SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.18 número2A sobrevivência em oncologia: uma vivência paradoxalPrograma de Atendimento Psicológico da Unidade de Onco-Hematologia Pediátrica do Hospital de Apoio de Brasília índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Psicologia: ciência e profissão

versão impressa ISSN 1414-9893

Psicol. cienc. prof. v.18 n.2 Brasília  1998

 

A Psicopatologia do trabalho

 

 

Maria Elizabeth Antunes Lima

Professora Adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenadora do curso de especialização em Saúde Mental e Trabalho do Centro Universitário Newton Paiva Ferreira

Endereço para correspondência

 

 

Origens e desenvolvimentos recentes na França

O artigo apresenta um breve histórico da Psicopatologia do Trabalho na França, abordando as principais correntes, suas contribuições mais importantes, os autores mais representativos em cada uma delas e as possíveis críticas que poderiam ser levantadas ao conjunto de sua obra.

A finalidade maior deste artigo é a de resgatar reflexões que julgamos essenciais dentro de um campo relativamente pouco explorado pelos psicólogos brasileiros: o campo da saúde mental no trabalho (SM&T). Apesar de ser recente a discussão sobre este tema no Brasil, sabemos que ela iniciou-se na França, logo após a II Guerra Mundial, a partir de contribuições importantes da chamada "psiquiatria social". A publicação em 1987 do livro de Christophe Dejours, "A loucura do trabalho", teve uma importância crucial para o desencadeamento dessa discussão no nosso país, possibilitando o seu aprofundamento e incentivando os pesquisadores a aperfeiçoar-se e a desenvolver estudos dentro da nova especialidade que se delineava. Foi somente a partir daí, que o interesse dos psicólogos brasileiros pela questão da saúde mental no trabalho fortaleceu e adquiriu certa visibilidade. No entanto, se é inegável a importância dessa publicação (e de outras publicações do mesmo autor) para o desenvolvimento dessa especialidade no Brasil, não se pode negar também que a (quase) ausência de discussão em torno da obra de autores que também contribuíram para o crescimento dessa disciplina na França, favoreceu o surgimento de um viés em nossas pesquisas e produções teóricas sobre o assunto. Subestimando contribuições de teóricos importantes, os psicólogos brasileiros que se interessam por esta área de estudo podem construir uma imagem distorcida a respeito de uma disciplina que tem crescido graças às discussões e controvérsias suscitadas por representantes das mais diversas correntes que compõem o campo da SM&T na França.1 Seria impossível abordar de forma satisfatória toda a riqueza dos estudos realizados por esses teóricos em um espaço necessariamente limitado. É por isto, que nosso artigo pretende apenas apresentar algumas de suas proposições, mas esperando despertar no leitor o interesse por conhecê-los melhor recorrendo aos textos originais.

 

A psiquiatria social e o nascimento de um novo campo de estudo na França

O movimento liderado por alguns psiquiatras franceses e que adquiriu maior importância nos anos 50, no período efervescente do pós-guerra, teve alguns antecedentes importantes: a modernização crescente da indústria francesa (baseada nas tentativas de racionalização e de aumento da produtividade) desde a I Guerra Mundial, a criação de políticas de prevenção no campo da saúde e de um conjunto de medidas destinadas à promoção de uma "higiêne social", a consolidação do trabalho como um campo de estudo a partir da contribuição de uma vasta gama de disciplinas: a sociologia empírica, a sociologia das organizações, as ciências de gestão, a psicotécnica, a psicofisiologia do trabalho, a psicologia do trabalho, a medicina do trabalho, a ergonomia, etc. É importante assinalar também a transformação da psiquiatria no período entre as duas grandes guerras, após o seu encontro com a psicanálise, dividindo-se entre aqueles que aderiram e os que criticaram a incorporação da teoria freudiana à prática psiquiátrica. Ocorreram também mudanças cruciais em torno das reflexões a respeito do trabalho a partir das necessidades impostas pela II Guerra: as exigências de adaptação e de readaptação ao sistema produtivo. Outra questão fundamental concerne às novas interrogações a respeito do papel do trabalho na gênese da doença mental, mas também na integração dos indivíduos (principalmente dos pacientes psiquiátricos) à vida social. A busca de respostas a tais interrogações levou ao surgimento de novas formas de compreensão e de tratamento da doença mental, cujos expoentes mais importantes são Paul Sivadon e Louis Le Guillant.2

Paul Sivadon deu continuidade aos trabalhos de Henry Ey adotando, portanto, uma perspectiva teórica cujo eixo central se encontra na tentativa de conciliar as concepções organicista e dinâmica da doença mental. Ou seja, ele tenta integrar e, ao mesmo tempo, ultrapassar o orgânico na compreensão da estruturação da personalidade. De qualquer forma, a doença mental é entendida essencialmente como resultante de alterações no substrato orgânico (cf. Billard, 1996). Nos termos dessa autora, "a dinâmica de Ey se refere mais aos movimentos evolutivos e contra-evolutivos do desenvolvimento genético do que à dinâmica dos afetos e das representações tal como propõe a teoria freudiana" (p. 80). Como herdeiro teórico de EY, P. Sivadon terá sua obra atravessada por essa tentativa de integrar o psíquico, o orgânico e o social, mas sem jamais conseguir estabelecer de forma satisfatória as prioridades ontológicas entre essas três instâncias. Ele vai recorrer à teoria da Gestalt para tentar fazer essa integração dizendo que "se é verdade que elementos heterogêneos, tais como fatores orgânicos e psicossociais, não podem se adicionar, é igualmente verdadeiro que, sob certas condições definidas pela teoria, eles podem se integrar num conjunto (...) de onde emergirá uma nova função ou um conceito original" (p. 124). Fica evidente, pelo caráter excessivamente abstrato (para não dizer especulativo) da solução encontrada por Sivadon que ele não foi capaz de resolver satisfatoriamente o dilema diante do qual se encontrava.3

A contribuição maior de Sivadon para o campo da saúde mental no trabalho foi a sistematização de uma nova forma de abordar o doente mental: a ergoterapia.4 Através dessa abordagem, o trabalho passa a ser "reconhecido especialmente pelo seu valor de integração social" (Veil, 1985, p. 14). Mas foi também Sivadon que empregou pela primeira vez o termo "psicopatologia do trabalho". Ou seja, apesar de ter dedicado grande parte dos seus esforços à compreensão do valor terapêutico do trabalho no tratamento de doentes mentais, ele foi capaz de "reconhecer o trabalhador no doente mental"(Veil, op. cit, p.14), ao constatar o potencial patogênico de certas formas de organização do trabalho. No artigo em que nomeou a nova disciplina que emergia das transformações do pós-guerra, Sivadon percorre todo este caminho que vai do trabalho como fonte de crescimento e evolução do psiquismo humano até as formas perversas de organização da atividade laboral, gerando pressões e conflitos insuperáveis e possibilitando a emergência da doença mental.5

Louis Le Guillant integra também a chamada psiquiatria social francesa e é percebido juntamente com Sivadon como um dos mais importantes expoentes da Psicopatologia do Trabalho na França, embora suas perspectivas teóricas sejam fundamentalmente diferentes (ou mesmo divergentes) em vários aspectos. Ele irá apoiar-se em correntes de inspiração marxista e, principalmente, em Georges Politzer, o fundador da psicologia concreta na França, para elaborar sua teoria sobre os impactos do trabalho no psiquismo humano. Sua contribuição para o desenvolvimento dessa nova disciplina foi decisiva, mas é até agora (infelizmente) muito pouco conhecida no Brasil. Ele tenta compreender as possíveis relações entre alienação mental e alienação social, isto é, ele se interroga "sobre as repercussões patológicas do condicionamento social e da alienação no trabalho"(Billiard, art. cit, p. 82), vinculando-se às teorias que tentam captar os determinantes sociais da doença mental, mas sem perder de vista a dimensão psicológica. O que ele propõe é um esboço de uma psicopatologia social, isto é, tenta verificar o papel do meio no surgimento e no desaparecimento dos distúrbios mentais. Em outras palavras, apesar de não negar a presença de fatores orgânicos e psíquicos no adoecimento, Le Guillant busca nas transformações sócio-históricas os elementos essenciais para compreender a gênese das doenças mentais. Além disso, ele se apoia nas reflexões de Politzer, para concluir que somente após o resgate das condições reais de existência dos indivíduos, das suas formas concretas de trabalhar e de ganhar a vida é que estaremos em condições de compreender seu psiquismo e os distúrbios que possa apresentar. A sua tentativa é a de "estabelecer uma psicopatologia não da vida quotidiana, mas da realidade quotidiana" (Le Guillant, 1985, p. 339). Assim, a doença mental no trabalho seria conseqüência de toda uma trajetória do indivíduo (daí sua proposta de se estudar minuciosamente a história de vida dos pacientes) que se adicionaria a um contexto de trabalho repleto de contradições e de exigências. Para ele, a chave da disciplina está na questão da alienação, pois ela nos introduz "numa psicopatologia onde o subjetivo e o objetivo seriam menos separados e onde o conhecimento do indivíduo e da sociedade se reconciliariam" (ibidem, p.359). O que defende, portanto, é uma abordagem psicossociológica da doença mental, na qual o trabalho estaria no centro da realidade social.

A metodologia proposta por Le Guillant para o estudo do potencial patogênico do trabalho constitui-se numa abordagem pluridimensional envolvendo: dados estatísticos, entrevistas, dados obtidos junto aos sindicatos, junto aos serviços médicos especializados, leitura da literatura médica e da literatura em geral (romances, poesias) que abordem o tema estudado, além dos dados indiretos. Ela é posta em prática através de um "ir e vir" constante entre o qualitativo e o quantitativo, entre "os números e os fatos individuais"(ibidem, p.367). Em suma, Le Guillant tenta articular condições sociais, condições de trabalho e fatos clínicos. Ele admite a relação entre certos distúrbios psíquicos e certas situações de trabalho, apesar de constatar a grande dificuldade de se compreender concretamente como se dá "a passagem entre uma situação vivida e uma desordem de espírito" (ibidem, p. 389).6

 

A Psicodinâmica do Trabalho: outro campo de investigação em SM&T na França

É sem dúvida Christophe Dejours o maior representante de um novo campo de pesquisa que começa a se delinear a partir dos movimentos de Maio de 68 na França: aquele que se interessa pela investigação das conseqüências mentais do trabalho, mesmo quando não surgem doenças mentais propriamente ditas.7 Para este autor, o objeto de estudo da Psicopatologia do Trabalho é, acima de tudo, o sofrimento, mas isto não significa que tudo fique reduzido à constatação desse sofrimento. Trata-se também de realizar uma análise que abrirá possibilidades de transformação dessa realidade. Ele observa que muitas vezes não é possível alcançar um equilíbrio entre as exigências da organização do trabalho e as necessidades tanto fisiológicas quanto psicológicas do trabalhador. Deste conflito emerge um sofrimento que pode ser mais ou menos elaborado e apresentar repercussões mais ou menos acentuadas sobre a saúde mental.8 Segundo Dejours, o grande enigma para a Psicopatologia do Trabalho não é a doença mental e sim a normalidade, isto é, o que importa realmente é compreender as estratégias defensivas (individuais e/ou coletivas) adotadas pelos trabalhadores com a finalidade de evitar a doença e preservar ainda que precariamente seu equilíbrio psíquico. A partir dessa constatação, ele propõe a mudança do nome da disciplina para "Psicodinâmica do Trabalho" argumentando que não foi possível estabelecer uma relação causal entre certos distúrbios psíquicos e certas formas de organização do trabalho. Além disso, considera esta segunda denominação mais adequada na medida em que amplia o campo da investigação, permitindo um olhar para o sofrimento, mas também para o prazer no trabalho. Em suma, Dejours não admite que o trabalho seria causador de doenças mentais, podendo no máximo desencadeá-las e, ainda assim, sob certas circunstâncias bastante específicas. Segundo ele, "ao se dar a normalidade como objeto, a psicodinâmica do trabalho abre perspectivas mais amplas que (...) não dizem respeito apenas ao sofrimento, mas também ao prazer no trabalho; não apenas ao homem, mas ao trabalho; não apenas à organização do trabalho, mas às situações de trabalho no detalhe rigoroso de sua dinâmica interna".9 Além disso, ele afirma que o "desenvolvimento da psicopatologia do trabalho em direção da psicodinâmica do trabalho está baseado em uma 'descoberta' essencial" que é o reconhecimento de que "a relação entre organização do trabalho e o homem não é um bloco rígido, mas está em contínuo movimento".10

Nessa segunda fase do estudo da Psicopatologia do Trabalho na França, observa-se uma significativa presença de conceitos psicanalíticos nas suas principais produções teóricas, revelando a forte influência da psicanálise sobre a disciplina. Isto não é novidade, uma vez que já é bastante conhecido o "retorno" da psicanálise para o campo das Ciências Sociais, após os movimentos de maio de 68. Segundo Billiard (art. cit.,1996, p.82), no caso da SM&T esse impacto vai se dar de forma mais evidente na "'refundação' da psicopatologia do trabalho em torno dos anos 80". É fácil concluir que essa busca de recursos na psicanálise a fim de explicar o sofrimento psíquico do homem no trabalho tem sido objeto de polêmica. Para alguns autores, a teoria psicanalítica não tratou do trabalho e ainda menos das possíveis conseqüências psicopatológicas do sofrimento e da alienação presentes na relação do homem com sua atividade profissional. Codo, W. et alli (1994) discutem longamente a ausência da categoria trabalho não apenas na psicanálise, mas na psicologia em geral. Eles concluem que a maioria das teorias psicológicas têm pouca contribuição a oferecer para o campo da SM&T. Nós também fizemos uma longa reflexão sobre a pertinência dessa importação de conceitos psicanalíticos pela Psicopatologia do Trabalho (cf, Lima, M.E.A., 1988). No entanto, apesar de ainda considerarmos válida a maior parte dessas reflexões, concluímos que alguns desses conceitos ainda preservam sua força na explicação de certos fenômenos detectados nas pesquisas em SM&T.11

 

Conclusão

A partir dos trabalhos de Sivadon e, principalmente, após o seu famoso artigo intitulado "Psicopatologia do Trabalho", um novo campo de estudos delineou-se na França. Os autores que vieram a seguir, romperam em grande parte com a visão proposta por Sivadon. Alguns reforçaram a importância das categorias marxianas para a compreensão dos impactos do trabalho na saúde mental: neste grupo tivemos, inicialmente, Follin, Bonnafé e Le Guillante, atualmente, contamos com os trabalhos de Yves Clot e Bernard Doray. Um segunda vertente discute as possíveis contribuições da teoria freudiana para este campo, sendo C. Dejours o seu maior expoente. Entre discussões, rupturas e as inevitáveis tensões que acompanham a construção de qualquer disciplina, a "Psicopatologia do Trabalho" prossegue o seu caminho, oferecendo hoje uma vasta produção teórica que deveria ser mais explorada por nós psicólogos.

Ao tentar resgatar algumas dessas reflexões não tivemos, evidentemente, qualquer intenção de esgotar o assunto. Isto seria impossível dentro do espaço necessariamente limitado de um artigo. Nossa intenção foi bem mais modesta: pretendemos apenas despertar nos leitores que porventura desconheçam esse percurso, o interesse pelos trabalhos desses autores e por um "novo" campo de atuação que se apresenta para os psicólogos brasileiros.

 

Billard, I.(1996) "Les conditions historiques et sociales de l'apparition de la psychopathologie du travail en France (1929-1952) in Les histoires de la psychologie du travail, Paris: Octarès.        [ Links ]

Clot. Y (org.) (1996), "Les histoires de la psychologie du travail", Paris.:Ed. Octarès.        [ Links ]

Codo, W, Sampaio,J. & Hitomi, A.(1993) "Indivíduo, trabalho e sofrimento", Petrópolis: Vozes.        [ Links ]

Dejours, C.(1987) "A loucura do trabalho", São Paulo : Oboré.        [ Links ]

Dejours, C.(1 992) "Travail, usure mentale", Paris: Centurion.        [ Links ]

Dejours, C., Abdoucheli. E. & Jayet, C.(1994) "Psicodinâmica do Trabalho", São Paulo: Atlas.        [ Links ]

Dejours, C. (1988) (org.) "Plaisir et souffrance dans le travail", Paris: L'AOCIP.        [ Links ]

Le Guillant, L. (1984) "Quelle psychiatrie pour notre société?", Paris: Érès.        [ Links ]

Lima, M.E.A.(1989), "Lasignification du travail humain et ses implications dans le champ de la psychopathologie du travail". Monografia de D.E.A., Universidade de Paris IX, Paris.        [ Links ]

Lima. M.E.A. (1996), "Os equívocos da excelência - as novas formas de sedução na empresa", Petrópolis: Vozes.        [ Links ]

Politzer, G (1968)., "Critique des fondements de la psychologie", Paris: PUF (Originalmente publicado em 1928)        [ Links ]

Sivadon, P.(1993) "Psychiatrie et socialités", Paris: Érès.        [ Links ]

Wisner. A., Veil, C. & Dejours, C. (1985) (org.) "Psychopathologie du travail", Paris: Entreprise Moderne d'Édition.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Maria Elizabeth Antunes Lima
Rua Califórnia, 390, apto. 401 - Bairro Sion
CEP 30 315 500 Belo Horizonte, MG

 

 

1 Afirmando isto não estamos ignorando os esforços de alguns autores no sentido de resgatar as diversas contribuições no campo da SM&T. Estamos nos referindo a uma tendência mais geral nas produções teóricas sobre o assunto.
2 Ver a este respeito a coletânea "Les histoires de la psychologie du travail" (organizada por Clot e publicada pela Octarès em 1996), em especial o artigo de Billiard, "Les conditions historiques et sociales de l'apparition de la psychopathologie du travail en France (1929-1952)."
3 Cf. "Psychiatrie sociale" publicado cm "Psychiatrie et socialités", editora Érès, Paris, 1993.
4 É importante ressaltar que Sivadon reconhecia não ter sido o criador da ergoterapia (segundo ele, uma abordagem da loucura tão antiga quanto a própria loucura), mas sabemos que ele trouxe elementos (tanto empíricos quanto teóricos) extremamente inovadores para este campo.
5 O artigo intitulado "Psychopathologie du travail" e escrito em 1952, foi publicado novamente na coletânca de trabalhos do autor anteriormente citada.
6 Seria impossível trazer aqui toda a riqueza da obra desse autor (que não se limita absolutamente ao campo da psicopatologia do trabalho), mas podemos indicar aos leitores interessados a coletânea "Quelle psychiatrie pour notre société?", Paris, Editora Érès, 1984.
7 Para uma classificação detalhada dos campos que compõem essa disciplina na França ver. DEJOURS, C., VEIL, C. et WISNER, A. (org.) "Psycho-pathologie du travail". Paris, Entreprise Moderne d'Èdition, 1985
8 Vera este respeito, DEJOURS, C. "A loucura do trabalho", Ed. Oboré, 1986, São Paulo e DEJOURS, C. (org.) "Plaisir et souffrance dans le travail", Édition de l'AOCIP, 1988, Paris
9  Cf. posfácio à segunda edição de "Traväil, usure mentale", Centurion, Paris, 1992.
10 Assim como ocorreu com os autores precedentes, seria impossível trazer aqui toda a contribuição de C. Dejours. No entanto, no caso deste autor, o problema é menos grave uma vez que boa parte dos seus trabalhos foi publicada no Brasil. Dentro do campo específico da Psicopatologia do Trabalho indicamos ao leitor "Psicodinâmica do Trabalho", Ed. Atlas, 1994, além da obra já citada "A loucura do Trabalho".
11 Foi por isto que recorremos à teoria sobre os mecanismos de defesa para analisar resultados alcançados na pesquisa que subsidiou nossa tese de doutorado. Cf. Lima, M.E.A., "Os equívocos da excelência - as novas formas de sedução na empresa". Ed. Vozes, Petrópolis, 1996.