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Psicologia: ciência e profissão

versão impressa ISSN 1414-9893

Psicol. cienc. prof. v.21 n.2 Brasília jun. 2001

 

ARTIGOS

 

A precocidade do processo de alfabetização: considerações acerca da prontidão da criança

 

 

Vanessa Lima*

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O artigo relata minha experiência como psicóloga escolar ao tratar da questão da prontidão para a alfabetização, lidando com os anseios paternos e o posicionamento de escolas públicas e particulares ao ingressar precocemente crianças neste processo.

Palavras-chave: Precocidade, Escola, Criança, Pais.


ABSTRACT

This article reports my experience as a school psychologist by dealing with the question of literacy readiness, managing parents’ wishes and public and private school positioning about introducing children in this process prematurely.

Keywords: Precocity, School, Child, Parents.


 

 

Falo como psicóloga e educadora que acompanhou “problemas educacionais” em escolas da capital e do interior do estado de Rondônia.

Na cidade de Ariquemes - Rondônia, atuando na Delegacia Regional de Ensino, estive particularmente envolvida com a problemática do ingresso precoce de crianças na alfabetização. Problemática que atinge muitos pais e crianças, independente de classe social.

Vamos à situação que deu vida a este artigo.

As escolas públicas, sem vagas para atender a todos, estabeleceu a idade mínima de 07 anos para o ingresso dos alunos na 1ª série do ensino fundamental.

Por outro lado, escolas de Educação Infantil da rede particular e pública, ingressam na alfabetização alunos de 05 anos incompletos. Conseqüentemente, ao chegar à 1ª série, estes alunos não tem 07 anos. Eis o dilema: fazer esta criança repetir a alfabetização? Já que não há vaga para ela na 1ª série?

Para esclarecimento: o fato de a criança estar numa escola de educação infantil particular, não significa que os pais tenham condições de mantê-las durante o ensino fundamental e médio. Principalmente no interior do estado, a ausência do estado na área da educação infantil obriga muitas famílias a colocarem seus filhos em escolas particulares cujo custo chega a ser baixo, se considerado de uma perspectiva da classe média – R$30,00 a R$50,001.

Voltemos a nossa situação. Atualmente, tem sido permitido o ingresso de crianças menores de 07 anos na 1ª série do ensino fundamental, mas no ano de 1995, mesmo as escolas particulares deveriam comprovar a prontidão da criança com 06 anos para cursar a 1ª série, através de avaliação psicológica.

As escolas particulares fizeram uma parceria com os pais para dividir os custos deste procedimento, que demandadas as condições onerava a todos.

Para as escolas públicas, a Delegacia Regional de Ensino montou uma equipe multidisciplinar, com pedagogas e psicólogas que realizava as avaliações.

A situação tomou-nos muitas noites de sono. A discussão sobre o valor dos testes; a importância dada a eles naquela situação; a avaliação descontextualizada; a entrevista e sua abrangência; enfim, todos os instrumentos pertinentes. E, principalmente, discutíamos longamente a diretriz imposta “de cima para baixo” sem abertura para discussões.

O resultado deste trabalho tomou rumos diversos. Muitos alunos puderam ingressar, outros não... O ano seguinte foi de abertura total. O grande debate que ocorreu em torno da situação deve ter colaborado para as novas propostas. Tudo o que passamos situou-se no passado e fomos tomados pelo curso natural do cotidiano.

A herança deste momento profissional é visível. Instalou-se em nós uma grande preocupação com este tema. Nossa percepção agora está voltada para situações como estas e, principalmente, para os exageros que ocorreram naqueles dias e hoje continuam.

Naquela oportunidade, a situação de ingressar na 1ª série do ensino fundamental crianças com 6 anos pareceu aos nossos olhos como na realidade eram. Na verdade, havia um número considerável de crianças de 05 anos de idade prontas para o ingresso.

Quanto às escolas públicas, um pai estava inconformado com a impossibilidade de sua filha ingressar. O pai, pois a mãe mantinha-se em silêncio durante nossas discussões do problema. A menina, muito tímida, mal lia em letra palito e tinha grande dificuldade para escrever – mas havia sido “formada” pela escola na alfabetização.

Quanto às escolas particulares, quatro casos se destacaram. Os pais, depois da avaliação em conjunto com a escola, recusaram-se a aceitar o resultado. Levaram seus filhos para avaliação particular. Nos quatro casos foram, após a avaliação, aconselhados a desistir do intento – deixando seu filho “ser criança” mais um pouco. Dois deles entraram com mandato de segurança para que as escolas recebessem as crianças. Um deles era um menino com 05 anos recém completados, atravessando uma visível fase de regressão por causa do irmão recém nascido. O pai, dominador e autoritário, não admitia contestação.

Depois deste fato extremo, tornei-me atenta para estas situações. Mas o fato que mais me surpreendeu ocorreu recentemente: uma conhecida relatava - orgulhosíssima de seu papel maternal e participativo - que sua filhinha de 02 anos de idade (incompletos), traz de sua creche/escola, respeitada escola da cidade, tarefinhas para casa três vezes por semana. É louvável o papel da mãe que se dispõe a participar ativamente da vida escolar de sua filha. Mas o que dizer de uma escola que impõe tal situação a uma criança de 2 anos incompletos? O que exigirá de seus alunos na 8ª série ou 3ª ano do ensino médio? O que dizer a esta mãe que não percebe o absurdo a que submete sua filhinha?

Dados estes dois exemplos, diferentes em sua estrutura, mas semelhante na causa, vejamos que esta questão deve ser abordada enfocando os atores envolvidos na mesma. A saber: as escolas, os pais e as crianças.

Quanto às escolas: A escola particular tem se curvado ao capital; a escola pública ao comodismo; ambas oscilam ao sabor das teorias e sucumbiram à ditadura da criança.

O poder do capital é o único que existe numa sociedade onde “pagar” é o essencial. Tudo se “compra”, tudo tem “preço”. Quanto maior a crise econômica que mergulha os pais, quanto maior a competição do mercado, maior a necessidade de se “conquistar clientes”, a educação é um caso para ser resolvido depois.

O comodismo em educação é desejar que nada se modifique. Manter as coisas exatamente no mesmo lugar, enquanto o mundo sofre grandes modificações, e o desequilíbrio entre o mundo da escola e o mundo fora dela se tornam um sintoma, entre outros, dos chamados problemas escolares.

Ao sabor das teorias, significa que muitos modismos teóricos são “comprados” pela escola antes que se tenha deles clareza, antes que sejam estudados e comprovados por pesquisas científicas. Isto significa um grande risco, na medida que muitos procedimentos podem ser mais prejudiciais que benéficos, embora tomados de boas intenções.

Na escola tradicional, as crianças eram desconsideradas e desrespeitadas. Todo procedimento educacional era uma coação adulta. Hoje, a situação inverteu-se completamente, infantilizamos o mundo para atender as crianças.

A questão de procurar tornar as aulas divertidas e completamente estimulantes, esconde a “ditadura das crianças”. Hoje, a escola está sempre “facilitando” para tornar-se atraente às crianças. Absolutamente, não é incorreto procurar novos métodos de ensino que façam com que a criança se torne na escola mais que um “papagaio” de boa memória. O problema é que agora temos feito justamente o contrário.

Não conseguimos ainda alcançar a boa medida, a média, o meio termo, entre as duas situações, como nos ensina Aristóteles, em Ética a Nicômaco (1996, II, 06).

Utilizamos abaixo de um exemplo de De La Taille (1998) para introduzi-los ao nosso segundo ator: os pais, incluídos aí, todos os adultos. Gostaríamos de convidá-los a pensar na mesma linha que vínhamos discutindo.

“ Limito-me a um exemplo, relacionado às músicas reservadas ao público infantil. Há pouco tempo ouvi uma clássica e conhecida canção francesa intitulada “Frère Jacques”, cantada em português com uma letra radicalmente diferente da original (com pretensões pseudopedagógicas (...) Ora, pergunto: por que não ensinar essa música com a letra original? Aliás é assim que, antigamente, as crianças brasileiras a decoravam. A resposta deve ser, para muitos: ora, porque não entenderiam a letra! Mas devolvo a pergunta com outras: 1) É melhor aprender uma letra malfeita, mas que se compreende (...)? Existe algum problema em colocar a criança em contato com outro idioma, em fazê-la procurar saber qual é o sentido das palavras? Não será mais rico para a criança apoderar-se de uma canção clássica e mundialmente conhecida do que pensar que se trata de mais um hit especialmente criado para ela? “ (p. 30)

Pensemos nesta responsabilidade que tem os adultos para com o desenvolvimento das crianças a que nos alerta De La Taille: a “ditadura das crianças” poupa os pais e demais educadores a responsabilidade de auxiliar a criança a crescer. Tenho presenciado muitos pais se recusando a assumir seu papel, esquivando-se de auxiliar a criança, preferindo pagar a falta de tempo com brinquedos.

Infantilizar o mundo para atender os desejos egocêntricos das crianças – naturais, saudáveis, esperados em seu desenvolvimento – é mais simples, rápido e fácil para muitos pais do que se preocupar em ajudar a criança a crescer, a superar os limites de seu dia-a-dia.

“Certamente, não é nada fácil convencer boa parte dos adultos de que devemos estimular a criança a transpor os limites se, eles mesmos, os adultos, preferem permanecer do lado de cá de seus próprios limites ou são obrigados a isso em razão da pobreza material em que vivem; se, para eles, a cultura se restringe à diversão, a seus respectivos grupos ou clãs ou suas idiossincrasias pessoais.” (De La Taille, 1998, p. 31-32)

É desgastante o processo de sentar-se à mesa com uma criança até que ela coma as verduras do prato, e mais, dar-lhe o bom exemplo comendo-as também, mais fácil é autorizar uma sessão de pizza.

Para as horas que seriam necessárias para sentar-se ao lado do “troninho” e contar ou inventar estórias até educar o esfíncter, melhor é usar fraldas até os 5 anos e trocar o colchão da cama a cada 6 meses.

Numa noite, no final de novembro de 1999, ouvi na Rádio Gaúcha (AM) um pai conversando ao telefone com o locutor, e dizia que autorizaria o filho a faltar na escola em função de assistir na televisão ao jogo de um determinado time de futebol em disputa internacional, o que ele considerava “um momento cívico”: mas não era a seleção brasileira que jogava.

Um último exemplo: temos acompanhado de perto o caso de uma menina de 5 anos que tem uma seqüela visual proveniente de toxoplasmose, para a qual os pais estão confortavelmente acomodados justificando que o problema não tem solução. Esta criança tem comportamentos regressivos, relaciona-se com dificuldade com outras crianças, não possui amiguinhas, tem dificuldade na coordenação motora fina e escreve muito pouco. Contudo, está lendo muito fluentemente letra palito.

A “alfabetização” que recebeu esta criança, deslumbrou os pais. Toda a problemática dela foi escamoteada diante do sucesso que está experimentando. Os pais, absolutamente justificados pela escola, retardam ainda mais a decisão de dar atenção à criança.

Impor limites seguros, precisos, fundamentados e ajudar as crianças a transporem os limites necessários para seu desenvolvimento tomam muito tempo dos pais. E, tempo é algo que os pais alegam ter cada vez menos... Eu lhes digo: ter tempo é uma questão de organização.

O último fator, porém não menos importante, é o fato de que as crianças se tornaram depositárias dos anseios e desejos reprimidos de seus pais, seus familiares e outros adultos com elas envolvidos. Mas, principalmente, os pais.

“No mundo das expectativas e competições, os adultos pensam haver sempre um meio de pressionar uma criança a produzir, assim como são pressionados em seu trabalho e vida social. Se o aprender por aprender não tem sentido para a criança, não quer dizer que o adulto não possa coagi-lo a integrar informações ou conhecimento, utilizando o método do condicionamento operante, por exemplo.” (Vayer, 1990, p. 122)

O quadro que de fato se delineia é a exagerada expectativa de pais e professores. Os pais porque projetam nos filhos seus ansiosos desejos de sucesso e realização, além, é claro, de procurar realizar neles seus recônditos sonhos. Os professores, porque muitas vezes, para se precaver de frustrações com os alunos ou de problemas com seus pais, negam realidades dizendo aos pais de uma capacidade que os alunos, de fato, ainda não tem.

Nosso terceiro ator é a criança: vamos considerar, nas próximas linhas, o mundo maravilhosamente mágico, fantasioso e lúdico de uma criança na primeira e segunda infância.

Vamos falar de um pequeno, inseguro e delicado indivíduo procurando sua existência. Convivendo e sendo objeto das expectativas de uma sociedade.

Estes pequenos seres vivem seus primeiros anos de vida em um mundo muito particular: egocêntrico e fantasioso. O pequeno indivíduo encontra sérias dificuldades ao se relacionar com o mundo exterior.

Passará os primeiros anos de seu desenvolvimento psico-físico-social introjetando valores e convenções do seu grupo social.

Tal desenvolvimento não cessa ao final da segunda infância, segue com o indivíduo por toda sua vida, embora esta fase seja essencial na formação dos traços básicos da personalidade dos mesmos.

As particularidades do desenvolvimento deste indivíduo devem ser respeitadas. Assim como não daríamos para uma criança de 30 Kg uma saca de 60 Kg para carregar, não devemos dar a ela a responsabilidade de seu aprendizado antes que esteja em desenvolvimento cognitivo e emocional adequados.

Espaço, tempo, cores, formas, horas são convenções à parte de seu delicioso mundo de fantasias.

“As percepções de tempo e espaço são tão complexas que a criança irá, sem qualquer exagero, levar anos a aperfeiçoá-las. Assim como as suas experiências de tempo são inicialmente descontínuas, também as suas apreciações do espaço são descontínuas também.” (Gesell, 1992, p. 09).

Queremos argumentar frente aos critérios que têm sido utilizados para o ingresso de crianças no processo de alfabetização, as condições destes processos e das crianças envolvidas nos mesmos.

Jean Piaget ao descrever o desenvolvimento cognitivo infantil deu-nos uma grande margem na idade cronológica para se suceder um determinado quadro de características em cada criança. Assim, o desenvolvimento cognitivo não está aprisionado à data de aniversário de uma criança, por isto Gesell (1992) nos lembra que: “descrições das várias idades esboçam simplesmente o trilho e a direção do desenvolvimento. Cada criança é um indivíduo e uma parte de sua individualidade exprime-se na maneira pela qual, e no ritmo a que, irá percorrer as diversas fases.” (p. 367).

Esqueceram-se os pedagogos, educadores e administradores escolares de respeitar as diferenças individuais. Muitas destas crianças, pode-se dizer, estariam portando instrumentos necessários para a realização de algumas atividades concernentes à alfabetização. Os pais têm destas crianças a impressão de um aspirante a pintor. Imaginemos que ele tem todos os artefatos: tintas, pincéis, tela.... mas sem uma técnica apurada, desconhece princípios como a linha de solo, sombreamento, angulosidade etc.

Para nosso questionamento importam, realmente, estas inúmeras condições que vão se dispor paralelas ao processo de alfabetização.

Voltemos ao peso excedente dos 60 Kg para a criança de 30 Kg ou ao aspirante a pintor a quem fosse encomendado um quadro cubista. Embora desejosa de atender as expectativas de todos – fato que traz em seu bojo a necessidade da criança de ser aceita. Embora se esforce demasiadamente, pois está sendo estimulada, e a ela são prometidas gratificações como brinquedos ou “ser doutor”, a criança não consegue realizar a atividade proposta. Relaciona consigo este desagradável resultado, passa a desenvolver um sentimento de menos-valia que vai acompanhá-la em sua história escolar e em outras atividades. “A causa mais comum do bloqueio ao aprendizado, particularmente em crianças de classe média, vem da pressão indevida que sofrem para atingir certas metas que estão além de sua capacidade. Essas crianças aprendem a falhar.” (Briggs, 1986, p. 169).

As escolas de educação infantil estão iniciando o processo de alfabetização cada vez mais precocemente, esquecendo de trabalhar aspectos básicos da personalidade dos indivíduos, como a afetividade e a sociabilidade, ou aptidões cognitivas, como lateralidade, classificação, discriminação etc.

Em resumo, estes indivíduos podem até chegar a aprendizagem satisfatória para a leitura e a escrita, o que não é incomum, mas ficam se qüelas na formação pessoal daqueles momentos infantis – brincadeiras, jogos, fantasias – castrados.

Sei o quanto é delicado e discutido o assunto que estou tratando, por isto esclareço que não se trata de as escolas assumirem o ônus por todo problema com seus alunos, não se trata de “trancar” as crianças em casa e só levá-las à escola depois dos 07 anos. Somos inclusive, mais favoráveis a deixar uma criança em uma creche de reconhecido valor, do que deixá-las com babás despreparadas.

Temos diante de nós a necessidade das escolas não se curvarem à ditadura das crianças e dos pais. Trata-se de ajudar a criança a transpor seus limites e a considerar o processo de educação necessário. Acompanhar de perto seu desenvolvimento e atender suas necessidades.

Trata-se de explicar aos pais o quanto sua ansiedade desmedida prejudica as crianças. Trata-se de respeitar o indivíduo e levar em conta mais do que a competitividade capitalista e a necessidade de “ser o primeiro”.

Trata-se da oportunidade de formar seres humanos.

 

Referências bibliográficas

Briggs, D. C. (1986). Criança Feliz – desenvolvimento da autoconfiança. SP. Martins Fontes.        [ Links ]

Coles, R. (1998). Inteligência Moral das Crianças. 2ª ed., RJ, Campus.        [ Links ]

Dantas, H.(1990). A Infância da Razão. SP, Manole.        [ Links ]

De La Taille, Y.(1998). Limites: Três Dimensões Educacionais. SP, Ática.        [ Links ]

Gesell, A.(1992). A Criança dos 0 aos 05 anos. 3ª ed., SP, Martins Fontes.        [ Links ]

Macedo, L. de. (1996). Cinco Estudos de Educação Moral. SP, Casa do Psicólogo.        [ Links ]

Mussen, P. H. et. al.(1995). Desenvolvimento e Personalidade da Criança. 3ª ed., SP, Harbra.        [ Links ]

Piaget, Jean.(1994). O Juízo Moral na Criança. SP, Summus.        [ Links ]

________ e Inhleder, B.(1989). A Psicologia da Criança. 10ª ed., RJ, Bertrand.        [ Links ]

Vayer, P. (1990). Psicologia Atual e Desenvolvimento da Criança. SP, Manole.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Vanessa Lima
Rua Padre Chiquinho, 1441 - Bairro Pedrinhas
Porto Velho – Rondônia
Tel.: +55-69 224-6370 / Cel.: +55-69 9981-5379
E-mail: vanl@mandic.com.br

Recebido 08/12/99
Aprovado 22/09/00

 

 

* Psicóloga pela Universidade Federal de Rondônia; Especialista em Metodologia de Ensino e Mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano -USP; Atualmente participa da Reforma e Expansão da Educação Profissional na Secretaria Estadual de Educação de Rondônia.
1 Valores de 1996. No Garimpo de Bom Futuro, a única escola que existiu durante muitos anos, era particular (de educação básica) e cobrava na, época, R$14,00 pela mensalidade – com grande inadimplência