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Psicologia: ciência e profissão

versão impressa ISSN 1414-9893

Psicol. cienc. prof. v.23 n.4 Brasília dez. 2003

 

EDITORIAL

 

Neste número, destacaremos uma questão de interesse de todo psicólogo brasileiro. Trata-se do Congresso Nacional de Psicologia que acontecerá em junho de 2004. É importante frisarmos a realização deste congresso neste editorial porque, diferentemente dos congressos científicos, os psicólogos brasileiros realizam a cada três anos um encontro nacional, cujos representantes são escolhidos democraticamente em todo o Brasil, em encontros regionais, para discutir os rumos políticos da profissão. Neste Congresso, somos convidados a apresentar nossas idéias, questionamentos, propostas de encaminhamento por meio de teses que serão apresentadas e discutidas com nossos pares. Este processo finaliza com a aprovação de um conjunto de teses que se tornam diretrizes a serem seguidas pelos futuros dirigentes do Sistema Conselhos, em âmbito federal e estadual.

Que significado tem esse processo para a formação profissional? Consideramos que parte dessa resposta possa ser analisada quando verificamos a natureza dos temas que comparecem hoje no campo profissional, os questionamentos presentes nos artigos que chegam à Revista Psicologia Ciência e Profissão , à diversidade de campos de atuação profissional de psicólogos. De fato, a Psicologia tem hoje a perspectiva do compromisso social enquanto ciência e profissão, delimitando ações e ampliando possibilidades na relação com os problemas sociais a serem enfrentados. Somos reconhecidos por meio das lutas que realizamos no Movimento Antimanicomial, pelos Direitos Humanos e pela melhoria da qualificação e formação profissional. Ações que seriam impensáveis em outros momentos da história da ciência e da profissão, hoje são consideradas como necessárias de serem assumidas como diretrizes profissionais. Embora tenhamos conquistado espaços sociais, muito há que ser construído nesta direção, principalmente o fortalecimento de relações organizativas. Envolver as novas gerações por meio da participação estudantil, da formação política desses jovens muito contribuirá para que este fortalecimento se dê. Esperamos que as futuras teses do V Congresso Nacional de Psicologia mantenha os bons ventos da democracia, do compromisso social e do protagonismo social. Que estes ventos nunca parem de soprar!