EDITORIAL

A divulgação da informação científica e profissional tem sido o principal intento da revista Psicologia: Ciência e Profissão. Também com objetivo similar, a Biblioteca Virtual de Saúde-Psicologia (BVS-PSI) tem sido motivo de muito orgulho para todos os que, ao longo dos últimos anos, participaram de sua organização, bem como para aqueles que têm se beneficiado do acesso à informação disponibilizado por ela. É inegável o reconhecimento da importância de seus serviços à comunidade da Psicologia, ressaltando que sua proposta tem inspirado a organização de iniciativas similares em outros campos.

No entanto, esses canais de propagação do conhecimento, especialmente os de acesso livre, precisam ser muito bem cuidados! É importante lembrar que hoje a Psicologia brasileira conta com 130 mil psicólogos. Assim, consiste em uma área já consolidada no País, que, por um lado, gera grande produção científica e, por outro, apresenta uma crescente demanda por informação.

Na construção desse cenário, inestimável tem sido o papel dos profissionais da biblioteconomia, que contribuem com incansáveis esforços para o desenvolvimento desse ambiente informacional. Impossível não destacar a equipe do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e todos os demais que colaboraram na consolidação desse projeto, viabilizando a geração, transferência e recuperação da informação em Psicologia.

O papel cooperativo e integrado do Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB) tem sido valioso para a manutenção cuidadosa desse projeto. Nesse sentido, a criação do Comitê Gestor da BVS-PSI, constituído por representantes de algumas entidades do Fórum (CFP, ABEP, ANPEPP e SBPd), além da diretoria científica e técnica da BVS-PSI, tem propiciado maior agilidade na implementação de decisões, facilitando as ações necessárias à sua continuidade.

Resta, ainda, um destaque à disponibilidade e à sensibilidade do Sistema Conselhos na constituição da "conta revista", que fornece verbas para a manutenção da BVS-PSI. Essa decisão retrata o reconhecimento da autarquia sobre a importância do caráter técnico-científico, bem como o da informação como insumo estratégico para o desenvolvimento da profissão e da ciência psicológica no Brasil.