HOMENAGEADO

Jurema Alcides Cunha

A gaúcha, nascida em 1925, teve seu primeiro contato com a Psicologia no Curso Normal no Instituto de Educação Flores da Cunha, onde teve a oportunidade de ser aluna de Victor de Britto Velho e Graciema Pacheco, dentre outros.

Em 1946, tornou-se professora primária no Grupo Escolar Rio Branco, em Porto Alegre. No mesmo período, iniciou seus estudos de Filosofia, concluindo-os em 1950, pela antiga Universidade do Rio Grande do Sul, atual Universidade Federal – UFRGS. Sua atração pela Filosofia se deu devido aos contatos com diversas disciplinas relacionadas à Psicologia, como a psicopatologia e o psicodiagnóstico.

A filósofa passou a lecionar Psicologia em 1952, para o Curso Normal do Instituto de Educação General Flores da Cunha. Dois anos depois, a então professora se matriculou no primeiro Curso de Especialização em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS.

Foi aprovada para o cargo de psicóloga em 1963, no concurso da Divisão Especial da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul, tornando-se, logo depois, presidente da Comissão de Pesquisa. Essa comissão foi criada para colaborar com um projeto de pesquisa do Instituto de Psiquiatria da Universidade de Maryland, com apoio do Foundations Funds for Research in Psychiatry e da Fullbright Comission, coordenada pelo Dr. Eugene B. Brody. Por esse intercâmbio, Cunha foi, entre 1963 e 1966, professora visitante da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, EUA. O projeto resultou na publicação do livro The Lost Ones: Social Forces and Mental Illness in Rio de Janeiro (Brody & Cunha, 1973).

Em 1972, matriculou-se no Curso de Mestrado em Psicologia da PUC-RS, sob a orientação de Isaac Sprinz, concluindo-o em 1977, com a dissertação Sinais simbólicos de agressão no teste de Bender e a dimensão da normalidade – anormalidade.

Jurema Alcides Cunha escreveu aproximadamente trezentos artigos de divulgação psicológica para o Correio do Povo, de Porto Alegre, e traduziu vários livros, que foram muito utilizados nos cursos de graduação de Psicologia no Brasil.