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versão impressa ISSN 1415-1138

Psyche (Sao Paulo) v.8 n.13 São Paulo jun. 2004

 

ARTIGOS

 

Entre o corpo e a palavra1

 

Between body and word

 

 

Mara SelaibeI

Centro de Estudos Psicanalíticos

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo apresenta e discute a questão da implicação do campo do sentido nos processos de simbolização por meio dos jogos transferenciais e contratransferenciais de uma seqüência clínica. Pode-se acompanhar especialmente o surgimento de uma interpretação e o sonho elaborativo dela derivado. Em termos teóricos psicanalíticos é considerada a fissura irredutível, bem como as ligações entre o corpo e a linguagem – esta como resultado do descolamento que o sujeito psíquico faz do universo materno ao tempo da construção de sua própria psicossexualidade.

Palavras-chave: Sentido, Processo de simbolização, Corpo, Boca, Transferência/contratransferência, Sonho, Linguagem, Psicossexualidade.


ABSTRACT

This article presents and discusses the implication of sense in symbolization processes through the interplay of transference and counter-transference in a clinical sequence. One can particularly follow the emergence of an interpretation and a dream and its derivative elaboration. In psychoanalytical terms, we consider the irreducible fissure as well as the ties between body and language – as a result of the detachment of the maternal universe made by the psychic subject while constructing his own psychosexuality.

Keywords: Sense, Symbolization process, Body, Mouth, Transference/contratranference, Dream. Language, Psychosexuality.


 

 

Considerações a propósito da simbolização

Não há dicotomia entre o corpo e a palavra. O corpo nasce imerso na palavra expressiva – aquela que proferida por outros porta afetos, e que tem o poder de simbolizá-lo antes mesmo que a criança adquira capacidade subjetiva para tal. Mas a simbolização como conquista psíquica constitui-se em um processo incessantemente desenvolvido para além da concretude dos corpos; é entre o corpo e a ampla gama das linguagens que ela está radicada. Em especial, na fenda que separa e articula o corpo e a palavra pulsa um campo virtual de sentido: ele atualiza-se para cada sujeito psíquico a partir do não-senso e enquanto a linguagem oral é adquirida. Esse descolamento do estado de concretude corporal é em si um longo trabalho de instauração da psicossexualidade, intensamente marcado pela demanda de satisfação imediata das exigências pulsionais, que na maioria das vezes tem de ser driblada.

A base somática pulsional é em si mesma uma abstração porque o nascimento precipita um campo de presença e alteridade, que de algum modo particular recebe o bebê, marcando de imediato o trato de suas demandas. A presença de alguém que se oferece como receptor dos investimentos pulsionais, e que testemunha de maneira acolhedora essa demanda, opera como interventora original e necessária, fomentando contornos corporais e subjetivos. Sem isso não se firmaria um complexo de experiências constitutivas do Self e diferenciadoras das instâncias psíquicas – o que justamente permitirá o acesso ao campo de sentido e a conquista do processo de simbolização.

É mais exato usar essa expressão no plural. Os processos de simbolização requerem uma base corporal e constroem-se sustentados sobre ela. Ferenczi (1913) ensina como a identificação (descrita por ele de uma maneira especial) é precursora do simbolismo: para os bebês e as crianças pequeninas, seus órgãos e os respectivos funcionamentos serão buscados e reencontrados em cada coisa, em cada objeto, a fim de obter, pelo deslocamento incessante do investimento libidinal, satisfações pulsionais por meio do modelo mais primevo fornecido diretamente pelas experiências realizadas na alimentação, na excreção e em todas as funções que se vinculam aos órgãos sensoriais e sexuais. Para ele, um tipo de relação profunda e persistente entre o corpo humano e os objetos seguirá existindo durante toda a nossa vida psíquica. A própria linguagem verbal é um simbolismo, uma vez que ela passa a ser o nicho da carga afetiva deslocada das partes do corpo e das funções corporais que eram a fonte primordial do interesse e da satisfação da criança. Precisamente por essa condição de símbolo, a linguagem, ao ser associada ao pensamento que é inconsciente, pode trazê-lo à consciência. Portanto, na base mais ancestral da simbolização encontra-se o corpo com seus órgãos e funcionamentos correspondentes.

Fédida (1998) reconhece a boca como princípio do corpo humano. O focinho/boca animalesca estará sempre prestes a rasgar a face, que ora se recata por meio da linguagem partilhada, e reapresentar sua mais pura ferocidade, bem como sua imediata busca de prazer por meio do excesso do sexual que os vocábulos carregam, garantindo às palavras um valor de não-recalcamento.

Para Deleuze, da boca como órgão das profundidades à boca como zona erógena, trata-se de instaurar uma superfície corporal da sexualidade, restando uma segunda passagem: aquela que confere o falar e a linguagem à boca, providenciando a indução “de uma outra superfície invisível, incorporal, metafórica onde todos os acontecimentos se inscrevem e simbolizam” (1969, p. 230).

Inscrever e simbolizar são tarefas psíquicas de vários graus de complexidade. A fantasia inconsciente, o sonho, o pensamento, são movimentos estruturantes do universo psíquico em seu caminho simbolizante, mas também surgem como pontos frágeis decisivos quando falhas no processo de simbolização deixam à mostra de que maneira cada uma dessas produções pode ser subvertida, e em um movimento regressivo, permanecer confundida com a concretude corporal.

Na fina tarefa de buscar viver em um mundo que faça sentido, muitos podem ser os desarranjos que atingem as pessoas. E de tal ordem chegam a ser seus efeitos, que assistimos a montagens defensivas radicais, as quais, quando descritas em si mesmas, têm de ser classificadas simplesmente como mortais. As alucinações que levam alguém a arrancar um pedaço do corpo, ou a queimar uma região da pele, e mesmo a se intoxicar, dão provas da derrocada desse processo. Ocorre que nas circunstâncias especiais nas quais se encontram, tais montagens, por mais incômodas, por mais promotoras de sofrimento que sejam, são paradoxalmente aquilo que sustenta um modo de vida possível. Diante delas, o psicanalista pode experimentar na sua pele psíquica o (quase) impossível de seu ofício.

Mas nem todas as falhas arrastam tamanha radicalidade. Incontáveis vezes a psicanálise é chamada a acompanhar situações nas quais o corpo do sujeito tem de arcar com o resultado do fracasso psíquico para processar algo que pertence a tal ordem da vida. Esses são exemplos de situações difíceis mas ainda localizadas em um campo psíquico que conta com recursos de simbolização preservados. Nessas circunstâncias, o trabalho analítico pode ser entendido como uma ferramenta que colabore para o paciente construir alguma passagem entre os recursos simbolizantes de que dispõe com solidez, e aquilo que não chegou a construir, que lhe faz muita falta e que somos convocados a interpretar.

 

Situação clínica

Uma mulher obesa, que não entendia como durante a adolescência sua escolha sexual havia migrado do sexo masculino para o sexo feminino, e que se ressentia de não conseguir se controlar diante de uma vitrine de doces ou salgados, fazia de suas sessões longos relatos minuciosos. Empanturrava-me com os dados de seu cotidiano mal digerido. Ao fim dessas sessões, a paciente costumava queixar-se: “Nossa! Acho que eu afundei neste divã...”; “Ufa! Tô me sentindo no fundo de um colchão d’água...”; “Ai, ai... Parece que tô acordando agora. Meu corpo tá pesado e tá difícil me levantar...”.

Ela sofria episódios depressivos nos quais tendia a ficar dormindo durante toda a manhã. Saía da cama por volta de 9h, tomava um “bom café” e voltava a se deitar e adormecer. Só se esforçava para descolar desse estado quando próxima da hora do almoço: momento em que deveria preparar-se para sair. As sessões ocorriam imediatamente antes de seu horário de trabalho.

Um dia, pressentindo aproximar-se o final da sessão, avisa-me: “Acho que você vai ter de me ajudar a levantar daqui. Minha cabeça está tão pesada e grande que não posso movê-la”. Para mim, seu apelo ressoou como uma descrição do estado de dependência absoluta ao qual ela se experimentava presa. Foi o que tentei lhe dizer.

Na sessão seguinte a paciente trouxe um sonho: estava à beira de um lago muito grande. Tinha de atravessá-lo. Na outra margem encontrava-se seu pai. O problema era que o lago tinha a superfície recoberta por uma fina camada de gelo que poderia romper-se caso seu corpo exercesse pressão sobre um ponto mais do que sobre outros. Ela decide usar um casco de árvore e tem de permanecer deitada sobre ele, sem se levantar, para evitar a ruptura da superfície e a queda nas águas profundas e gélidas do lago. Se fizer assim, poderá deslizar até o lado oposto, onde seu pai continua à sua espera.

Este sonho imantou associações preciosas, e além disso, tornou-se uma referência em sua análise. A cada vez que a paciente sentia fortes ímpetos de desistir de suas sessões e “fazer alguma outra coisa com esse tempo”, ela buscava a memória desse sonho para ajudá-la a “escolher ficar deitada no divã”, seguindo sua perigosa travessia.

 

Transferência/contratransferência e o campo do sentido

A situação clínica relatada indica certa indisponibilidade de acesso ao campo do sentido. Enquanto ele não se torna apresentável, a série dos “afundamentos” experimentados nas sessões só podem ser constatados e reconhecidos diretamente no corpo. Isso remete ao estado de coisa inaugural, inicial da vida de todos nós: o corpo como pára-raios diante da falta de opção de recursos psíquicos mais elaborados. Lançar mão das funções e órgãos do corpo, na busca de expulsar vivências desprazerosas e frustrantes, é condição natural do princípio da vida humana.

Entretanto, soa inquietante a presença maciça dessa estratégia na vida de uma mulher adulta. Seu órgão boca come e come. Parece autômato. A paciente lamenta, entre risinhos: “um minuto de prazer na boca, anos de gordura e peso para carregar...”. A boca come-come vomita sem digerir palavras, que apenas reproduzem um comer compulsivo às avessas. Há alívio nisso? O peso mortífero é imobilizador, e o corpo uma montanha de carne e gordura que aumenta sem cessar. Parece até que a paciente busca comer, comer até explodir, literalmente. O ato de vomitar palavras pode servir para manter a homeostase psíquica e evitar o transbordamento imediato.

O sonho do lago gélido será a primeira chance de atribuir palavras simbolizantes àquilo que tão somente gerava um peso de afundamento mortífero. Mas que diferença instaura esse sonho, primeiro sonho, de sua busca de análise?

Antes é necessário contar outra coisa: a voz que falava a fala do afundamento exercia sobre mim um efeito hipnótico agradável. Era um tanto relaxante, um tanto afundante: ou seja, eu experimentava algum prazer ao ouvi-la; não um prazer pela escuta analítica, senão que um prazer pelo estado de relaxamento dos músculos profundos. Além do que, sua sedução também incluía o exalar de uma fragrância suave, que criava junto com o tom de sua voz uma atmosfera ainda mais calma e paralisante. O peso e o afundamento eram vividos por mim (em uma versão invertida) com leveza e relaxamento. Apenas parecia não haver chance de nos movermos dali. Provavelmente meu torpor era parente próximo de sua depressão travestida de gula e sono. Ambas nos deleitávamos com os prazeres sensoriais que exerciam função semelhante à dos gases paralisantes e, quem sabe, letais.

A interpretação que antecedeu o sonho derivou, em especial, de uma fantasia inconsciente minha a propósito do risco psíquico que corria a paciente, e foi expresso por meio de uma lembrança pouco precisa que me ocorreu durante sua sessão: certa vez os jornais noticiaram a luta de um menino que caiu em um buraco e lá permaneceu imóvel por um tempo longo, alimentado por sonda. Não poder sequer mover a cabeça implica uma dependência absoluta para a vida e uma suscetibilidade absoluta à morte...

O sonho é surpreendente por apresentar um recurso de elaboração que a paciente não utilizara na análise até então. O que justificaria que ela devesse permanecer aderida à superfície de um lago-mãe, sob o risco de morte caso ousasse mover-se? Como apenas nessa posição afundada e rígida poderia sentir-se com a chance de alcançar a triangulação necessária para evitar a derrocada psíquica? Desde onde uma sexualidade aderida ao corpo materno (prazer oral, sono e entrega passiva) poderia ser, paradoxalmente, a salvação contra o terror psíquico de ser engolida pela própria mãe? De que modo essa sexualidade poderia apresentar-se como o caminho possível até a sexualidade triangular, que de fato exige algo mais para se deslocar da aderência oral?

Produzir o sonho não era, segundo o andamento das associações naquela sessão e da própria análise, extrair o conteúdo sonhado dos confins do inconsciente. Era criar um sonho usando a interpretação derivada da fantasia da analista, de dependência máxima/vulnerabilidade máxima, gerada con-forme o andamento decorrente das sessões e ancorada na fala da paciente. A interpretação tornou disponível um campo de sentido incorporal – as palavras fizeram transitar uma expressão que aglutinou o sonho. Esse sonho bem poderia ser algo como um pensamento onírico, cuja narrativa atualizada é o próprio sonho.

Após o sonho as sessões sofreram uma mudança de qualidade. Ao invés do corpo vivenciar um impedimento, um afundamento, um torpor, o sonho criou uma rota expressiva, simbolizante. A paciente ouvira-se narrando uma imagem-pensamento sobre sua condição psíquica.

Nesse instante a boca ultrapassou sua posição de órgão da profundidade cavernosa, órgão que engole, grita e grunhe; ultrapassou ainda sua função de superfície erógena, cujo prazer oral impregna, limita e molda a plasticidade pulsional intensiva. E foi quando a boca galgou a dimensão expressiva, por meio da qual passou a articular e proferir a palavra, cujo excesso erótico encontra-se conectado à experiência do pensamento inconsciente. Essa oportunidade instaurou um outro universo, que passou a conviver analiticamente com toda dinâmica própria da paciente. Ou seja, em paralelo a um funcionamento enclausurado, passou a vigorar um outro funcionamento, assentado na oportunidade de escuta da paciente sobre si mesma. Uma tal abertura, sustentada pelo par transferência/contratransferência, permitiu a passagem transversal do sentido na corrente discursiva.

A força da palavra articulada na linguagem encontra-se na disposição que esta tem de realizar e mudar as coisas e as situações – inclusive alterar a condição do afeto na vida psíquica. Toda análise se passa (ou é esperado que se passe) na articulação entre o corpo e a palavra. Isso se deve à chance que o método analítico cria de instigar e mobilizar impulsos pulsionais; de instigar e mobilizar a erogeneidade corporal, que é ao mesmo tempo articulada na fantasia inconsciente, fonte inesgotável da produção infinita da expressão simbolizante que transita pela linguagem. É por isso que o corpo bem alimentado, que se deita na cama para se afundar em um sono silenciosamente destrutivo, é diverso do corpo erógeno, que instigado pela interpretação, cria um sonho como modo de expressão. Sonho ruidoso que detém o poder de dizer e de ser escutado.

 

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Endereço para correspondência
Mara Selaibe
Rua Maranhão, 554/36 – 01240-001 – São Paulo/SP
Tel.: (11) 3662-464 0
E-mail: selaibe@aol.com

Recebido em 24/02/03
Versão revisada recebida em 06/05/03
Aprovado em 10/05/03

 

 

Notas

IPsicanalista; Membro do Departamento de Psicanálise e Integrante do Grupo de Entrevistas e Debates da Revista Percurso, do Instituto Sedes Sapientiae; Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP; Professora do Curso de Formação de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos.
1Este artigo deriva da pesquisa de minha tese de doutorado (Selaibe, 2001), que recebeu apoio da FAPESP.