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versão impressa ISSN 1415-1138

Psyche (Sao Paulo) v.11 n.21 São Paulo dez. 2007

 

ARTIGOS

 

Contribuições de Michael Balint para uma reflexão sobre a alteridade

 

Contributions of Michael Balint to the concept of alterity

 

 

Julia Coutinho Costa Lima

Faculdade Integrada do Recife

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo tem como tema a alteridade, pensada a partir da valorização e do lugar que recebe nas teorizações sobre a constituição subjetiva. Propõe-se apresentar e discutir as contribuições específicas ao tema advindas das construções teóricas de Michael Balint, cujo novo ângulo de leitura não se limita à abertura ao outro, possibilitada pela idéia da relação primária de amor, que afasta a idéia de solipsismo do sujeito, oferecendo subsídios para se pensar esta relação com a alteridade sob outras qualidades afetivas. As formas de satisfação psíquica e de demanda obtidas nas relações com o mundo não envolvem somente a voluptuosidade descrita nos modos de ligação da pulsão sexual, mas a ternura, as experiências de quietude e bem-estar.

Palavra-chave: Alteridade, Michael Balint, Amor primário, Ternura, Reciprocidade.


ABSTRACT

The main subject of this paper is alterity and its value in self’s constitution specifically that encountered in the theoretical constructions of Michael Balint’s work. The new angle of interpretations that can be drawn from the works of Balint is not limited to openness to the other by primarily love but includes reciprocity, tenderness, the experiences of tranquility and well being.

Keywords: Alterity, Michael Balint, Primary love, Tenderness, Reciprocity.


 

 

As crenças teóricas que sustentamos muitas vezes induzem a uma reificação de conceitos e à construção de práticas que podem dificultar a confrontação com novas experiências. Além disso, as marcas da filiação histórico-filosófica dessas crenças da psicanálise estão constantemente sendo refletidas nos modos de lidar com essas experiências em transformação. Isto ocorre especialmente com as noções de subjetividade e sujeito, nas formas de descrever o funcionamento e desenvolvimento do centro de gravidade da experiência subjetiva e suas fronteiras. Algumas vertentes dentro da psicanálise configuram o centro da experiência subjetiva com uma conotação que podemos chamar de internalista da constituição do sujeito e da categoria de espaço psíquico, dando margem a uma leitura que pode reforçar os dualismos entre mundo interno e mundo externo, realidade psíquica e realidade material.

Esta leitura, que aqui se pode chamar de internalista, utilizaria desses dualismos e parece conceder à realidade psíquica interior e singular o caráter de autônoma, independentemente dos objetos e do mundo, o que poderia ser ilustrado por meio do foco na fantasia. O internalismo carregaria também uma certa ênfase e maior atenção a tudo que estaria nessa posição de “dentro”, ao que seria interno: a mente (em detrimento ao corpo), o inconsciente (contra o consciente). O espaço, aqui, seria tomado como continente psíquico interno, protegido, e que sofreria uma espécie de “invasão”, afetação, pelo mundo externo, e então geraria as representações internas. As implicações deste quadro de visão podem envolver a crença de que toda espontaneidade, força, beleza e verdade do sujeito se situam radicalmente nessa dimensão interior, íntima, mental e privada; como também a redução da noção de ação no mundo para a idéia de atuação, de passagem ao ato.

Neste sentido, o valor atribuído à alteridade e à esfera do outro nas subjetividades de certo modo parece estar retraído, e o caráter dessa relação, por sua vez, parece carregar um sentido de invasão, de sofrimento, enfatizandose as disjunções e separações. Essa problemática da alteridade vem sendo discutida, seja a partir de questões de dentro do corpo teórico psicanalítico, seja a partir de questionamentos sobre os novos modos de relacionamento do sujeito com os outros sujeitos e com o próprio corpo na contemporaneidade.

No viés das questões teóricas, Octávio Souza (2001) apresenta uma discussão dos diferentes matizes na valorização dos afetos ligados à alteridade. Estas diferenças, em seu entender, são fruto das soluções que os autores pós-freudianos buscaram construir, cada um a seu modo, como diferentes respostas à dificuldade colocada pela noção de representação implicada no conceito freudiano de pulsão. O caminho de Balint, ainda segundo Souza, foi o de considerar os objetos do mundo externo do ponto de vista de seus aspectos qualitativos.

Em um outro nível de análise, o papel desempenhado pelo outro na vida subjetiva tem sido chamado à discussão pela emergência das novas “patologias culturais”, dos novos “mal-estares” da contemporaneidade e novas modalidades de relação sujeito-sujeito, sujeito-outro, que vão desde a preocupação com a solidão, falta de confiança, tédio, passando pela drogadição, compulsões de consumo, e indo até o culto ao corpo e à construção de identidades baseadas nesse corpo físico, aparência. De uma maneira geral, este contexto pode ser relacionado &– como afirmam, entre outros, Lasch (1983; 1990) e Sennett (1988) &– com a perda de espaço do mundo público na construção das subjetividades, o crescimento das experiências de intimidade e de interioridade, o esvaziamento do político, “declínio do homem público” e o crescimento de uma cultura narcísica, na qual predominam as necessidades do eu em detrimento às do outro, e acredita-se que a “verdade” e “autenticidade” dos próprios desejos e impulsos é mais “verdadeira” que a verdade da sensibilidade do outro. O que retorna como questão é qual o alcance, como eixo de construção de identidades, de princípios tão auto-referidos? O que pode operar como referente externo? O quanto o repertório da autenticidade, com suas “tiranias da intimidade”, ou o repertório corporal, do fitness, são suficientes para suprir nossas construções identitárias? Qual o espaço, aqui tido como a proximidade/ distância, entre o eu e “meu corpo” e entre o eu e os objetos, capaz de tornar possível a criatividade, o novo e a liberdade?

É desse modo que a via dos ideais e das identificações continua a ser postulada como uma via privilegiada, e nesse domínio, o lugar da alteridade coloca-se como central. Assim, uma noção de sujeito e de vida subjetiva ligada a um “internalismo”, um “mentalismo”, parecem contar com poucos subsídios para dar conta dessas experiências contemporâneas, neste contexto que pede tanto a tematização da relação eu e outro, e mesmo a dissolução das dicotomias entre interno-externo, mente-corpo etc.

Talvez seja ainda possível afirmar, com Castel (1987), que uma vertente da psicanálise, seguramente a mais voltada para o internalismo, deu margem ao desenvolvimento de uma cultura psicológica, que reforça este cenário atual de culto às individualidades, às autenticidades, à instrumentalização do eu e ao desinvestimento do político. No entanto, é verdade que essa psicologização a que Castel se refere teve como eixo a massificação da psicanálise e a banalização de seu conteúdo. Portanto, essas técnicas psicológicas, mesmo que tenham sido derivadas em algum ponto da psicanálise, tomaram desenvolvimentos incompatíveis com seus fundamentos e princípios originais.

Para tentar dar conta dessa problemática e lidar com as experiências que estão se colocando no contexto atual, a busca de um olhar pautado em uma visão menos interiorizada da vida subjetiva parece ser uma saída bastante interessante. Será que uma reflexão centrada em uma abordagem mais externalista não facilitaria a tematização do lugar da alteridade e da relação do sujeito com o outro? Acredito que seja possível encontrar apoio para este tipo de análise dentro da psicanálise mesmo, entre as próprias soluções desenvolvidas pelas gerações de discípulos de Freud. As construções teóricas de Michael Balint, por exemplo, são férteis de contribuições neste sentido e dão possibilidades de descrever a constituição do sujeito e sua vida subjetiva de uma maneira diferente, sobretudo nas qualidades afetivas que se postulam às relações do sujeito com o outro.

Balint propõe um modelo de compreensão para a gênese do sujeito fundado em sua noção de Amor Primário, que ele constrói a partir da experiência clínica com seus pacientes, e contrapõe à teoria do narcisismo primário, fazendo uma diferenciação entre o desenvolvimento pulsional e o desenvolvimento relacional. Suas considerações partem da experiência do feto, sua situação biológica em que o “entorno” e o self se interpenetram, em que esse entorno é indiferenciado, ainda não há objetos. E essa situação do feto será considerada como modelo de distribuição da libido, que perdura no momento posterior ao nascimento. Balint fala aqui de uma “mistura harmoniosa” entre o bebê e o mundo a sua volta, e lança a imagem da substância, do mundo como substância, substrato, sem contornos nítidos, sem solidez, nem impondo resistência ao self, solidez que só viria com a emergência gradual dos objetos.

Outras partes do mesmo mundo, que não são sólidas, não são muito resistentes e não têm contorno real, são chamadas como substância, substrato, ambas mostrando similaridade com o sujeito, denotando nós mesmos. (…) A conseqüente inferência é que a um tempo havia mistura harmoniosa em nossas mentes entre nós mesmos e o mundo em volta de nós, e que nossa mãe estava envolvida nisso (Balint, 1959, p. 62).

O amor primário seria constituinte de uma relação entre uma criança sadia e uma mãe sadia. Mãe e criança são tão bem adaptadas entre si, que a mesma ação vem inevitavelmente satisfazer a ambas; relação em que não há conflito de interesses entre as duas partes, há harmonia. E Balint faz a ressalva de que afirmar o amor primário é profundamente diferente de se dizer que não existe experiência em um mundo externo nessas primeiras fases do bebê; ao contrário, no amor primário se pressupõe a experimentação do mundo externo, mas se assume que existe uma harmonia entre o indivíduo e seu mundo.

Neste início da vida após o nascimento, os bebês só seriam capazes de se relacionar com o entorno de uma forma primitiva, somente numa relação bipessoal. Nesta, apenas uma pessoa pode ter desejos, interesses, e não há necessidade de esforço (Balint, 1993). O amor primário envolve um desejo passivo de ser amado por um outro, sem ter de retribuir a esse amor, que ele caracteriza como terno. Mas diferente de Freud, não vê a ternura como desejo inibido quanto ao seu objetivo &– a ternura estaria, para ele, no início. Em outras palavras, a filiação ferencziana de Balint faz com que ele acompanhe a mudança de um vocabulário econômico para um vocabulário interpessoal, levando a uma outra mudança de posição quanto à teoria pulsional, com a noção da libido infantil como fundamentalmente terna. Diferente de ter o objetivo de reduzir as tensões pulsionais com afetos violentos, passionais e destrutivos, a ternura é, sobretudo, permeabilidade ao outro e afeto distintivo dos primeiros estágios da libido.

É possível notar a contribuição original deste conceito. Com o conceito de amor primário já é possível diferenciar que há uma relação com a alteridade &– mas sem subjetividade formada &– de um com o outro, de um self com o não-self, que estão em interação e harmonia. Já há relação e experiência com o mundo. Esse mundo da realidade já existe, não é como na idéia de narcisismo primário, em que só um existe, só há uma entidade. E é importante observar que essa realidade não se apresenta, para Balint, como oposição ao self, matriz dos conflitos, como oposição que fundaria esta dicotomia entre vida interna e vida externa. A realidade aqui aparece como substância.

Na seqüência do desenvolvimento, o que vem é a perda dessa harmonia, dessa relação com a substância, e a emergência dos objetos independentes com contornos nítidos, gradualmente, a partir da matriz, da mãe. O nascimento seria o momento representativo dessa ruptura na mistura harmoniosa, levando a um processo adaptativo que intensifica a separação entre o indivíduo e o entorno, e modifica o fluxo dos investimentos libidinais (que antes eram homogêneos do id para o entorno), criando retenções e concentrações a partir da descoberta dos objetos &– matéria. Há, assim, um retorno da libido ao ego, que acelerará seu desenvolvimento para tentar recuperar a sensação de “unidade”. O narcisismo que ele admite é, então, apenas secundário ao investimento originário no entorno, secundário à frustração na relação primária da mistura interpenetrante harmoniosa.

A perda dessa harmonia inicial é, para Balint, ontológica &– deixará marcas e fará com que os sujeitos insistentemente se aproximem do mundo para tentar recuperar aquele estado, ajam no mundo buscando em suas relações com os objetos, a substância, como uma tentativa de restabelecer esta relação com a substância nas relações do sujeito com o outro. E essa será a matriz para o desejo e a satisfação, a fonte da força presente nos fenômenos de toda a vida subjetiva, sem se caracterizar como uma aspiração regressiva ou uma fase a que se fixou. “A intenção de todos os esforços humanos é estabelecer &– ou provavelmente, restabelecer &– uma harmonia envolvente com o entorno, para poder amar em paz” (Balint, 1993, p. 59).

A partir da emergência dos objetos, o que antes se configurava como amor objetal passivo terá que se transformar em amor objetal ativo. E o que possibilita esta mudança é o princípio de realidade. É importante perceber, novamente, que o estatuto dessa realidade não é o de algo disruptivo, traumático, que ameaça e age por recalque, por repressão, mas é simplesmente a percepção do outro como um indivíduo com vida própria, que também deseja ser amado passivamente (Costa, 1998).

As maneiras dos sujeitos lidarem com esta descoberta traumática, que foram privilegiadas por Balint, ocorrem por meio da construção de relações de objeto ocnofílicas e filobáticas. Constituem dois tipos básicos de relação de objeto, que não são estados opostos, mas duas atitudes diferentes quanto a uma problemática comum. No tipo ocnofílico, a presença do objeto é constantemente reivindicada em um vínculo de “agarramento”, que confere segurança frente ao medo dos espaços “vazios” que separam esses objetos. O ocnofílico “vive na ilusão de estar ele mesmo em segurança enquanto mantiver contato com um objeto seguro” (Balint, 1972, p. 41). Esse tipo de relação leva sempre à frustração, pois o objeto como simples substituto da substância não é inteiramente satisfatório, e também porque esse objeto possui uma vida própria &– por mais ligado que esteja ao sujeito, deve seguir seu próprio caminho. O mundo filobático, por sua vez, se constitui de espaços ou expansões amigáveis, espalhados de objetos perigosos e imprevisíveis. O tipo filobata vive evitando todo contato com o outro, e nutre a ilusão de não precisar de nenhum objeto particular &– a “zona de segurança” estaria nos espaços amigáveis, livres da proximidade com os objetos imprevisíveis, que devem ser vigiados à distancia.

Um aspecto fundamental deste modelo para nossa discussão é que aqui os objetos não são tidos como ponto de apoio para descarga da pulsão sexual nem da pulsão agressiva, não são apenas alvos, a direção da ação, mas são sobretudo obstáculos no caminho da ação &– “de fato, um obstáculo resistente, que tem que ser negociado” (Balint, 1959, p. 60). É o outro, o objeto com vida própria que pode a qualquer momento abandonar o sujeito, que resiste a ser “transformado” em substância, e portanto, tem que ser conquistado. Balint fala desse trabalho de conquista como a busca de transformar um objeto indiferente ou hostil em um parceiro cooperativo. O que parece se conquistar, nesta perspectiva, é a possibilidade de compreendermos o sujeito como um “ator” no mundo, que se depara com o mundo e age, transforma-o, cria em suas relações, toma a iniciativa de afetar o outro. Torna-se diferente de uma noção de psiquismo que sofre a “invasão” do que é externo, afeta-se e reage. É no caminho desse processo e nessa atividade que vão se construir as singularidades.

Uma outra qualidade pode ser observada nas relações de objeto descritas sobre este foco: a negociação posta como central coloca o outro em uma posição de reciprocidade, em que é preciso ceder algo ao objeto, a seu desejo, fazer com que ele também tenha prazer em satisfazer o sujeito, a fim de que se torne um parceiro &– um igual &– cooperativo. Ou seja, o ideal sob o qual se constrói o modelo de relação “eu-outro”, que deve se reproduzir durante a vida dos sujeitos, é o ideal moderno de reciprocidade igualitária.

Com esse ângulo de leitura, o que se pode retirar dos trabalhos de Balint não se limita apenas à abertura ao outro, possibilitada pela idéia da relação primária de amor, que afasta a idéia de solipsismo narcísico do sujeito &– ele também oferece subsídios para se pensar essa relação com a alteridade sob outras qualidades afetivas. As formas de satisfação psíquica e de demanda obtidas nas relações com o mundo não envolvem somente a voluptosidade descrita nos modos de ligação da pulsão sexual, mas a ternura, as experiências de quietude e bem-estar.

Octávio Sousa (2001) elaborou uma tentativa de matizar e distinguir a ternura, de Ferenczi, Balint e Winnicott, e a voracidade, de kleinianos, lacanianos, e seus desdobramentos, como pontos de partida para a introdução da alteridade nas teorias psicanalíticas da constituição do sujeito. Segundo ele, Balint fez críticas sistemáticas ao predomínio da voracidade pulsional na compreensão das experiências primárias. Isto pode ser percebido, por exemplo, no entendimento das conseqüências da frustração pulsional nesse início da vida. Para Balint, essa frustração pode gerar uma falha na estruturação de alguns sujeitos &– falha básica &–, mas não leva a uma experiência de opressão ou perseguição, não criaria um objeto mau, voraz e privador.

É possível, assim, notar que as proposições de Balint contribuem iluminando o papel do outro nas primeiras experiências, enfatizando outras qualidades afetivas das relações, colocando-as sob o signo da ternura, da reciprocidade. Além disso, possibilita um outro ângulo de olhar sobre o papel da realidade, do mundo, e do conflito que viria daí. Nesta maneira balintiana de entender o conflito psíquico, a negociação pode recuperar a satisfação do amor primário (Costa, 1998).

Torna-se mais “interacional” esta relação do eu com a realidade &– que é primeiramente substância e depois também objeto, e então as ações desses sujeitos na realidade serão tidas como fundamentais para a constituição de sua vida subjetiva. Este tipo de compreensão das relações de objeto abre oportunidade para se entender o espaço psíquico com uma intenção externalista, como um espaço de interações, onde corpos diferentes se encontram, se aproximam ou afastam; agem buscando transformar o mundo, conquistar os outros objetos.

A partir deste recorte espera-se que as contribuições de Balint possam se somar às reflexões sobre a alteridade no contexto da clínica e da cultura atual, buscando uma valorização em nossas experiências, construções teóricas e visões de mundo, da ação dos sujeitos no mundo e dos ideais de mais ternura e reciprocidade entre sujeitos.

 

Referências

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recebido em 05/09/06
versão revisada recebida em 03/04/07
aprovado em 20/04/07