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Construção psicopedagógica

versão impressa ISSN 1415-6954

Constr. psicopedag. vol.25 no.26 São Paulo  2017

 

ARTIGOS

 

A aprendizagem socioemocional pode transformar a educação infantil no Brasil

 

Social and emotional learning (SEL) can transform early childhood education in Brazil

 

 

Ana Luiza Raggio ColagrossiI, 1 ; Geórgia VassimonII, 2

ILampes
IIInstituto Sedes Sapientiae

 

 


RESUMO

Este artigo visa discutir a importância de desenvolver as habilidades socioemocionais na educação infantil no Brasil com foco nos desafios assim como nas diferentes formas de implementação e metodologias.

Palavras-chaves: Educação infantil, Metodologias, Estratégias e Socioemocional


ABSTRACT

This article aims to discuss the importance of developing socioemotional skills in early childhood education in Brazil focusing on the challenges as well as the different forms of implementation and methodologies.

Keywords: Early childhood education, methodologies and Socioemocional


 

 

Introdução

Os fundamentos da competência social que são desenvolvidos nos primeiros cinco anos estão ligados ao bem-estar emocional e afetam a capacidade posterior de uma criança de se adaptar na escola e de formar relacionamentos bem-sucedidos ao longo da vida.

(National Scientific Council on the Developing Child)

Existem cerca de 19.632.000 crianças entre 0 e 6 anos de idade no Brasil. Dentre estas, 74% das crianças de até 4 anos vivem em famílias com renda inferior à um salário mínimo, conforme foi apresentado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal durante a palestra do professor James Heckman3 em São Paulo em outubro de 2017: Os desafios da primeira infância - Porque investir em crianças de 0 a 6 anos vai mudar o Brasil. Os dados mostram claramente que a maior parte destas crianças vive em situação de vulnerabilidade, o que põe em risco o bom desenvolvimento intelectual e emocional por causa do difícil acesso à educação, ao saneamento básico, à moradia, à alimentação adequada, ao acompanhamento médico e à proteção, física e emocional. A violência está presente nos lares e nas escolas de muitas comunidades em diferentes formas, como falta de diálogo, incompreensão e bullying. Esta realidade tem um impacto enorme na formação das crianças.

Tendo em vista este altíssimo número de crianças vivendo em vulnerabilidade, torna-se tarefa fundamental desenvolver e saber lidar com ferramentas que minimizem esse impacto negativo nas futuras gerações. De acordo com o professor Heckman, uma grande pista nesta direção são os estudos mais recentes que mostram a importância fundamental do desenvolvimento saudável nos primeiros anos de vida e como os estímulos nestes anos podem gerar uma grande transformação positiva na vida adulta. Possibilitar que essas crianças tenham uma base familiar fortalecida com o foco em cuidados com as mães desde o pré-natal potencializa as chances de uma vida adulta saudável. Além disto, nos primeiros anos de vida, o cérebro se desenvolve em uma velocidade muito rápida e as primeiras experiências vividas serão a base para a construção do conhecimento e da emoção. Sendo assim, investir na primeira infância tem um reflexo direto na vida adulta, diminuindo, por exemplo, os índices de criminalidade e de evasão escolar, a taxa de gravidez na adolescência e, por outro lado, aumentando o índice de produtividade.

Muitos estudiosos de diferentes áreas têm se debruçado em pesquisas e estudos sobre as ações e programas realizados com essa faixa etária. Professor Heckman comprova que para cada dólar gasto com uma criança na primeira infância, o retorno será de cerca de 14 centavos por ano ao longo da vida. Tornar mensurável o investimento e seu retorno pode incentivar a ampliação de recursos para essa faixa etária, mesmo sendo a médio ou a longo prazo a visibilidade desse retorno.

O escritor Paul Tough (2017) nos lembra que nenhum programa ou escola é perfeito. Porém, cada intervenção bem-sucedida contém pistas sobre como e porque deu certo. Investigar tais pistas pode fornecer informações que ajudem a todos a encontrar caminhos de atuação.

Estudos nesse sentido têm despertado grande interesse no campo dos relacionamentos e o foco principal está na eficácia de programas socioemocionais, tanto em ações educacionais, quanto na prevenção de questões de saúde mental e de melhoria no desenvolvimento humano.

Em 2012, existiam cerca de 15 milhões de crianças menores de 5 anos vivendo no Brasil, com a taxa de crescimento da população ainda em ascensão. Estima-se que uma em cada seis dessas crianças de três e quatro anos não tinham habilidades básicas de desenvolvimento socioemocional ou cognitivo (McCoy et al., 2016).4 Apesar do aumento de investimentos na primeira infância no Brasil, a rápida expansão do acesso à educação infantil foi acompanhada de uma falta de recursos humanos de qualidade, o que levou a um sistema desigual que ainda não atinge adequadamente as crianças. Por exemplo, cerca de 85% das creches em seis capitais do Brasil receberam em 2010 uma classificação de qualidade "abaixo de adequada" (Wogan, 2014). Existe uma necessidade clara no Brasil de se concentrar em sistemas sustentáveis de melhoria da qualidade, com o foco em abordagens pedagógicas apropriadas ao desenvolvimento e integração entre cuidados na escola e em casa.

As crianças que entram na escola sem habilidades e competências socioemocionais suficientes podem ter dificuldade em aprender. No entanto, educadores dizem que eles próprios não recebem formação adequada para ajudar efetivamente as crianças a desenvolver tais habilidades. Construir um novo olhar para que educadores e gestores compreendam a importância do desenvolvimento humano e integral da criança não é tarefa fácil no Brasil, dada às dimensões e diferenças regionais.

 

Aprendizagem Socioemocional

As habilidades e competências socioemocionais podem ser ensinadas e aprendidas, pois são um dos fatores de proteção para o desenvolvimento do indivíduo.

Pensamos a estrutura da aprendizagem socioemocional como é desenvolvida e apresentada a seguir pelo Casel:

O ensino das habilidades socioemocionais é uma das estratégias mais significativas disponíveis hoje para promover sucesso estudantil e reformas escolares eficazes. Pesquisas extensas apontam que a aprendizagem socioemocional melhora resultados acadêmicos, ajuda alunos a desenvolver autorregulação, melhora as relações da escola com a comunidade, reduz os conflitos entre alunos, melhora a disciplina da sala de aula e ajuda jovens a serem mais saudáveis e bem-sucedidos na escola e na vida.

O gráfico 1, que pode ser encontrado no Website da Casel (casel.org), exemplifica o que acabamos de citar:

 

 

Nele encontramos as principais habilidades socioemocionais que precisam ser aprendidas:

Autoconhecimento - A capacidade de reconhecer as próprias emoções e pensamentos e como isso influencia o comportamento do sujeito.

Auto regulação - A capacidade de regular as próprias emoções, pensamentos e comportamentos em diversas situações.

Relacionamento Pessoal/Habilidades de Relacionamento - A capacidade de estabelecer e manter relacionamentos saudáveis com diversos indivíduos e grupos.

Consciência Social - A capacidade de assumir a perspectiva do outro. Demonstrar empatia, incluindo aqueles de diversas origens e culturas.

Tomada de Decisões Responsáveis - A capacidade de fazer escolhas construtivas sobre comportamentos pessoais e interações sociais baseadas em padrões éticos, e normas sociais.

No gráfico 2 podemos também destacar a importância do papel dos adultos na relação com as crianças, quer seja na sala de aula, na escola como um todo, na família e na comunidade em que elas estão inseridas.

Essa questão é reforçada por McCoy5, apresentado no gráfico abaixo que enfatiza a integração entre as áreas social, emocional e cognitivo.

 

 

De acordo com a Conferência Nacional de Legisladores Estaduais (NCSL), o desenvolvimento socioemocional é influenciado por três fatores principais: biologia, relacionamentos e meio ambiente. A biologia refere-se ao temperamento de uma criança e outras influências genéticas. Relacionamentos formados com familiares, cuidadores, educadores e outros são o veículo que impulsiona o desenvolvimento social e emocional ou, na mesma medida, retraem-no quando esses relacionamentos são abusivos, violentos. Os fatores ambientais que afetam o desenvolvimento socioemocional estão interligados aos biológicos e relacionais: ambientes mais vulneráveis, com estresse tóxico, geram impactos negativos; ambientes mais harmônicos e com cuidados geram impactos positivos.

O desenvolvimento das competências socioemocionais das crianças é fundamental para o seu sucesso dentro e fora da escola (Duncan et al., 2007). Essas competências incluem a capacidade das crianças de entender suas próprias emoções, focar a atenção, relacionar-se bem com os outros e demonstrar empatia. Os programas de aprendizagem socioemocional implementados em escolas podem apoiar o desenvolvimento nas crianças dessas habilidades importantes, ao mesmo tempo que melhoram a performance dos professores (Durlak et al., 2011).

A aprendizagem socioemocional é comumente conhecida também por outros termos, como por exemplo: educação de caráter, habilidades do século XXI, habilidades não cognitivas, soft skills, apenas para citar alguns. Cada rótulo se baseia em uma perspectiva teórica ligeiramente diferente que se refere a um conjunto diferente de pesquisas, e cada conjunto tem seus próprios campos e disciplinas relacionados.

Neste artigo, chamamos este domínio da aprendizagem de socioemocional por dois motivos. Primeiro, pesquisas de mercado recentes indicam que este é um termo familiar e preferido entre os formuladores de políticas, educadores e os pais. Em segundo lugar, de acordo com Stephanie Jones, o termo enfatiza o aprendizado e o desenvolvimento social levando em conta as emoções - proporcionando enquadramento mais positivo do que termos como habilidades não cognitivas ou soft skills. Ao enfatizar a aprendizagem e o desenvolvimento, o termo socioemocional também condiz com a missão fundamental das escolas de propiciar a aprendizagem acadêmica e a cidadania comprometida.

Aos 6 anos, para iniciar o Fundamental I, as crianças precisam ter desenvolvidas habilidades socioemocionais como focar a atenção, seguir instruções, lidar com emoções. Estudos recentes mostram que quando crianças são expostas a intervenções que desenvolvem as habilidades socioemocionais, não somente é percebida uma melhora em seu comportamento e em seus relacionamentos sociais, mas também em sua estrutura cerebral, o que irá se refletir em seu desenvolvimento acadêmico.

 

Diferentes enfoques na implementação do socioemocional

Existe, porém, uma grande diferença quando analisamos os efeitos de ações de programas e metodologias socioemocionais. Com isto em mente, McClelland, Tominey, Schimitt e Duncan examinaram detalhadamente a teoria e a ciência que embasam intervenções socioemocionais desenvolvidas para serem implementadas em salas de aula de educação infantil. Concentraram em estudos que focam em "randomized controlled design", o que significa que crianças ou grupos de crianças são separadas aleatoriamente para participar de uma intervenção (grupo de tratamento) ou não (grupo controle). Ao final do processo, as crianças nos grupos de tratamento e controle são comparadas nos principais resultados. Estudos que focam em "randomized controlled design" são considerados os mais eficientes porque permitem estimar se uma intervenção realmente causa o efeito observado. As intervenções foram organizadas seguindo seu modelo teórico.

O resultado desta análise resultou no artigo "SEL Interventions in Early Childhood" (DUNCAN, 2017) que mostra que as diferenças são explicadas pelos vários tipos de métodos, pelas características da população, e pelo tipo específico de formas de se implementar programas, entre outros. Ou seja, práticas e estruturas diferentes irão enfatizar habilidades diferentes. O artigo apresenta exemplos de metodologias e programas que focam em:

1.Professores que ensinam habilidades socioemocionais por meio de um currículo formal;

2.Melhorias das práticas de sala de aula (baseadas na coercion theory), desta forma fortalecendo o desenvolvimento das habilidades socioemocionais ao longo do dia escolar. Este modelo de intervenção, em alguns casos, também procura desenvolver as habilidades socioemocionais dos próprios educadores por meio de workshops, capacitação e apoio de material estruturado;

3.Metodologias que têm como essência desenvolver a inteligência emocional do professor. Desta forma, o professor será um bom exemplo a ser seguido, o que pode "inspirar" os alunos;

4.Teorias cujos modelos de aprendizagem social baseiam-se em como as crianças interpretam as pistas sociais e respondem ao desafio social;

5.Processos cognitivos (cognitive regulation). Estas intervenções visam melhorar uma habilidade socioemocional específica ou alguma subcategoria desta habilidade (subcategoria da função executiva que inclui flexibilidade cognitiva, memoria de trabalho e controle inibitório.);

6.Formas de ajudar crianças a refletirem em como processam e constroem seus pensamentos por meio de metacognição6, prática de mindfulness7 e yoga.

A fidelidade ao processo de implementação deve ser levada em consideração, pois vai influenciar diretamente na eficácia da intervenção. Alguns programas que tem um processo de implementação complexo dificultam que o professor alcance os resultados esperados, na medida que os educadores não conseguem completar as tarefas semanais das aulas propostas ou não articulam os conteúdos com outras atividades da escola.

 

Considerações finais

Como destacado recentemente pelo Casel em seu website (casel.org), aprendizagem socioemocional não é um único programa ou método de ensino. Envolve estratégias coordenadas em salas de aula, escolas, residências e comunidades.

As pesquisas e a nossa experiência com a implementação de programas e ações para desenvolver as habilidades socioemocionais, nos mostram a relevância do papel dos adultos na relação com as crianças, isso pode parecer óbvio, mas valorizar a interação com qualidade entre as pessoas tem sido pauta de muitos trabalhos, principalmente no que se refere a primeira infância. Nesse sentido, o papel que os professores têm muita importância e as estratégia que utilizarem para se vincular com as crianças e suas famílias serão decisivas para que as habilidades socioemocionais possam fazer parte da vida delas.

A família é peça fundamental, principalmente quando pensamos na educação infantil. Envolvê-la para que entenda o processo permite que as crianças tenham chance de dar continuidade em casa ao que foi aprendido na escola. Por meio de workshops, pode-se ensinar aos pais como ajudar a construir e praticar estas habilidades. Desta forma, o efeito das ações será potencializado, ampliando ainda mais seus benefícios e fortalecendo os vínculos familiares.

Em meio a tantas possibilidades, o importante é entender para quem e em quais condições as intervenções funcionam. Algumas metodologias e programas são mais eficazes ou completas. Algumas funcionam melhor em determinado grupo. É fundamental perceber também que as intervenções demoram um tempo para apresentar resultados ou são influenciadas pela oportunidade que as crianças têm de praticar determinada habilidade (dosagem). Este entendimento mais amplo transforma não só a prática de professores e a escola, mas pode também influenciar políticas públicas.

Pensando no Brasil e nas diferentes possibilidades de implementação, metodologias, programas e de estratégias, estamos diante de um enorme desafio. Porém, tudo o que tem sido publicado e pesquisado nessa área nos incentiva a continuar apostando no trabalho com as habilidades socioemocionais desde a primeira infância, na perspectiva de gerarmos juntos um mundo com pessoas vivendo de forma mais responsável, comprometida e ética.

 

Referências bibliográficas

CASEL -The Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning; www.Casel.org.         [ Links ]

DUNCAN, G.J., DOWSETT, C.J., CLAESSENS, A., MAGNUSON, K., HUSTON, A.C., KLEBANOV, P., JAPEL, C. (2007). School readiness and later achievement. Developmental Psychology, 4396), 14288-1446. Doi: 10.1037/0012-1649.43.6.1428        [ Links ]

DURLAK, Joseph A., WEISSBERG, Roger P., DYMNICKI, Alisson B., TAYLOR, Rebecca D., SCHEILLINGER, Kriston B. (2011) The Impacto f Enhancing Students's Social and Emotional Learning: A Meta-Analysis of School-Based Universal Interventions - Child Development Journal - Volume 82, Issue 1 January/February 2011 Pages 405-432        [ Links ]

JONES, Stephanie M., DOOLITTLE, Emily J. - Social and Emotional Learning: Introducing the Issue - The Future of Children (Princeton - Brookings) Volume 27, Number 1, Spring 2017        [ Links ]

MCCLELLAND, Megan M., TOMINEY, Shauna L., SCHIMITT, Sara A., DUNCAN, Robert - SEL Interventions in Early Childhood - The Future of Children (Princeton - Brookings) Volume 27, Number 1, Spring 2017        [ Links ]

TOUGH, P. Como ajudar as crianças a aprenderem: o que funciona, o que não funciona e por quê; tradução Maria Luiza X. de A. Borges. 1º ed., Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017.         [ Links ]

WOGAN, J.B. (2014) - What the U.S. Can Learn from Brazil's Less - Than - Universal Preschool        [ Links ]

WEBSITE DO CASEL (casel.org): https://developingchild.harvard.edu/innovation-application/innovation-approach/latin-american-innovation-clusters/        [ Links ]

 

 

1 Mestre em Psicologia Aplicada pela New York University - NYU e pós-graduada em Neuropsicopedagogia - FACON. Pedagoga pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ. Membro fundadora do Instituto Vila Educação aonde atuou como Diretora Executiva responsável pela área pedagógica. Uma das responsáveis pela elaboração e implementação do Programa Compasso Socioemocional. Membro do ILab- NCPI (Núcleo da Ciência pela Infância) e do LAMPES - UFRJ
2 Mestre em Educação pela UMESP, Pedagoga formada pela PUC/SP, Didata e Supervisora pelo Getep - Grupo de Estudos e Trabalhos Psicodramáticos; Capacitadora e Supervisora de trabalhos em ONGS, Instituições Públicas e Privadas. Professora e Coordenadora do curso de Psicopedagogia; Professora do curso de Dinâmicas Familiares na Atualidade ambos do Instituto Sedes Sapientiae, além de ser membro da diretoria desta instituição.
3 Professor emérito da Universidade de Chicago e ganhador do Nobel de Economia em 2000.
4 Palestra proferida por Dana McCoy no Rio de Janeiro no IMS - ""Building Children's Socio-Emotional Skills and Beyond" em Março de 2017.
5 Palestra proferida por Dana McCoy no Rio de Janeiro no IMS - ""Building Children's Socio-Emotional Skills and Beyond" em Março de 2017.
6 Metacognição se refere à habilidade de refletir sobre uma determinada tarefa (ler, calcular, pensar, tomar uma decisão) e sozinho selecionar e usar o melhor método para resolver essa tarefa.
7 Atenção plena, conectar ação e pensamento a experiência presente. O aprendizado desta forma de atenção se dá através de técnicas de meditação e outros exercícios afins.

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