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Boletim - Academia Paulista de Psicologia

Print version ISSN 1415-711X

Bol. - Acad. Paul. Psicol. vol.39 no.96 São Paulo Jan./June 2019

 

TEORIAS, PESQUISAS E ESTUDOS DE CASO

 

Atividade, sentimentos e percepções de mulheres diante do processo de envelhecimento

 

Activity, feelings and perceptions of women facing the aging process

 

Actividad, sentimientos y percepciones de las mujeres ante el proceso de envejecimiento

 

 

Adna Sepulvida Maciel Cozzolino1; Ana Lúcia Gatti2; Rodrigo Jorge Salles3

Universidade São Judas Tadeu

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O aumento da população idosa, especialmente a feminina, é fato no país e no mundo. Entre outros fatores, a atividade, física, social e laboral, tem sido apontada como forma de incrementar a qualidade de vida no envelhecimento. A comparação entre a percepção que idosas ativas e não ativas revelaram diante do Senior Aperception Test foi o objetivo da pesquisa. Dois grupos com oito idosas, entre 60 e 75 anos, foram submetidos a questionário sociodemográfico e responderam a oito pranchas do teste. Os resultados revelaram a inexistência de diferença entre os grupos e evidenciarama predominância de pouco aprofundamento na investigação das situações, escassa incidência de citaçõe squanto a sentimentos em relação à velhice e perspectivas para o futuro. Conclui-se pela necessidade de realização de outros estudos com o instrumento, com maior controle de variáveis e número de participantes, para verificar seu alcance e obter maior conhecimento sobre a faixa etária.

Palavras-chave: Gerontologia; teste de apercepção temática; socialização.


ABSTRACT

The growth of the elderly population, especially women, is a fact in our country and in the world. Among other factors, the physical, social and labor activities have been pointed as a way to increase the quality of life in aging. The comparison between the perception of active and non-active elderly women revealed by the Senior Aperception Test was the objective of this research. Two groups of eight participants, aged between 60 and 75 years, under went a sociodemographic questionnaire and responded to eight test boards. The results revealed no difference between the groups and evidenced the predominance of little depth in investigating the situations, scarce incidence of references about feelings toward aging and prospects for the future. The results confirmed the need for further studies with the instrument, with more control of the variables and increased number of participants, to checkits range and obtain more knowledge about the age group.

Keywords: Gerontology; Thematic Apperception test; Socialization.


RESUMEN

El aumento de la población anciana, especialmente la femenina, es un hecho en el país y en el mundo. Entre otros factores, la actividad, física, social y laboral, ha sido apuntada como una forma de aumentar la calidad de vida en el envejecimiento. La comparación entre la percepción que las ancianas activas y no activas revelaron ante el Senior Aperception Test fue el objetivo de la investigación. Dos grupos con ocho ancianos, entre 60 y 75 años participaron, fue aplicado el cuestionario sociodemográfico y respondieron a ocho tablas de la prueba. Los resultados revelaron la inexistencia de diferencia entre los grupos y evidenciaron la predominancia de poco profundización en la investigación delas situaciones, escasa incidencia de citas en cuanto a sentimientos en relacióna la vejez y perspectivas para el futuro. Se concluye por la necesidad de realizar otros estudios con el instrumento, con mayor control de variables y número de participantes, para verificar su alcance y obtener mayor conocimiento sobre el grupo de edad.

Palabras clave: Gerontología; prueba de apercepción temática; socialización.


 

 

Introdução

Um dos fenômenos que têm chamado atenção na sociedade atual é o extraordinário crescimento da população acima dos 60 anos, tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos (Trindade et al, 2011). Tal fato está relacionado ao declínio nas taxas de fecundidade e de mortalidade (Cardoso et al, 2012).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que, nos próximos anos, a população idosa passará de 841 milhões para 2 bilhões até 2050, sendo que em 2020 a população idosa será superior à população de crianças de até cinco anos (Organização das Nações Unidas no Brasil, 2014). Quanto ao Brasil, este passará a ser o sexto país com o maior número de pessoas idosas no mundo. Segundo projeções, em 2050 a população idosa será 18% da população total brasileira (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], 2004).

O envelhecimento tem sido referido como um fenômeno heterogêneo, dado atingir os indivíduos e as comunidades de modo desigual, mas que se faz acompanhar por alterações biopsicossociais. É um processo que vai conduzir ao estado de "velhice", o qual, igualmente, não apresenta sempre as mesmas características, mas ainda é visto com preconceito e temor (Schneider & Irigaray, 2008; Bodner, 2009; Fechine & Trompieri, 2015).

Atualmente, a velhice ainda é percebida como um período que antecede o final da vida, quando o idoso passa a ter sentimentos de luto e vazio em relação ao futuro. Ocorrem também declínios neurológicos, físicos e psíquicos com mais frequência e intensidadese comparados às outras fases da vida. Essas alterações repercutem sobre as atividades básicas e instrumentais da vida diária do idoso, o que pode torná-lo dependente de outras pessoas. (Araújo, Amaral & Sá,2014; Barletta, 2014; Dias, Paúl & Watanabe, 2014).

Apesar da predisposição a desenvolver doenças, o envelhecimento não precisa ser considerado sinônimo de adoecimento e perda, especialmente quando o idoso desenvolve hábitos de vida saudáveis (Stella, Gobbi, Corazza& Costa, 2002; Trindade et al, 2011). Para tanto, faz-se necessário que o indivíduo estabeleça um compromisso de "autocuidado" e também que as leis que tutelam o idoso sejam efetivas, a fim de promover saúde a esta população, priorizando a disponibilização de recursos que possam garantir lazer, alimentação, educação e outros cuidados imprescindíveis a esta fase da vida. (Vilela, Carvalho & Araújo, 2006; Barletta, 2014).

Dentre as várias ações que podem propiciar um envelhecimento em que as perdas típicas do passar do tempo são minimizadas, a prática de atividade física é apontada como elemento indispensável na recuperaçãoe manutenção da saúde do idoso (Ribeiro,Cavalli, Cavalli, Pogorzelski, Prestes & Ricardo, 2012), sendo a alternativa mais procurada em função dos benefícios alcançados. Quando efetuados regularmente, os exercícios podem auxiliar na recuperação da capacidade funcional e autonomia, colaborando com a redução de quedas devido a melhora no equilíbrio, contribuindo também na prevenção de doenças crônicas e degenerativas (Gozzi, Sato & Bertolin, 2012; Valerio & Ramos, 2013; Medeiros, Brito, Perracini, Araújo & Santos, 2014). A participação social é outro fator que pode contribuir para que os idosos desenvolvam uma perspectiva positiva em relação a esta fase da vida, influenciando a percepção que os senescentes têm de si próprios e também do seu processo de envelhecimento, mantendo-os ativos, com autoestima, e melhora no humor (Both et al, 2011). Neste sentido, grupos de convivência que realizam atividades físicas, artesanais e culturais podem auxiliar os idosos a manterem-se ativos, com qualidade de vida e conscientização parao autocuidado, além de ajudá-los a estabelecer novas relações (Leite, Winck, Hildebrandt, Kirchner & Silva, 2012). O trabalho também é um fator que pode influenciar a percepção do processo de envelhecimento. Primeiramente porque ele é um meio que possibilita uma participação social mais ativa, auxiliando na manutenção da identidade, desempenho cognitivo e independência, além de proporcionar sentimentos como bem-estar, utilidade, motivação e produtividade, apesar das limitações decorrentes da idade, sendo necessário em muitos casos para complementação da renda familiar (Gomes et al, 2016). Por conseguinte, as perspectivas em relação à aposentadoria podem ser influenciadas pela concepção de trabalho, no qual o afastamento das atividades anteriormente realizadas muitas vezes passa a ser associado à inutilidade, solidão e perda (Lima, 2007; Antunes & Moré, 2014). Entretanto, boa parte dos idosos que procuram novos trabalhos após receberem o benefício da aposentadoria o fazem pela necessidade de se sentirem úteis ou devido às dificuldades financeiras decorrentes do baixo valor do beneficio (Cockell, 2014).

Se por vários motivos os idosos continuam trabalhando, Moura e Souza (2012) destacam que a forma como o idoso lida com o aumento do tempo livre decorrente da aposentadoria, se bem trabalhado e percebido pelo sujeito, auxilia-o a realizar atividades de lazer, sejam físicas ou sociais, que tendem a interferir positivamente na maneira como ele se percebe e socializa, proporcionando ganhos não apenas físicos, mas também afetivos e sociais. Sendo assim, não é possível afirmar que ao se retirar do mercado de trabalho apenas perdas ou ganhos sobre virão ao indivíduo, pois muitos elementos precisam ser considerados.

Ferreira, Chinelato, Castro e Ferreira (2013) apontam que a diferença de sexo também é um aspecto relevante no envelhecimento, já que este tende a modificar a forma como o mundo é percebido em função das diferenças fisiológicas e sociais. Quanto aos fatores fisiológicos, os autores esclarecem que as mulheres precisam lidar com alterações hormonais decorrentes da menopausa, que muitas vezes alteram o humor, ocasionando uma perda do interesse sexual além do surgimento de fortes sentimentos de tristeza e depressão.

No que se refere aos aspectos sociais, Antunes cols.(2014) apontam que na sociedade atual, a mulher tem desempenhado múltiplas tarefas, tais como: cuidar da familia e das questões do lar, além de auxiliar ou ser a única responsável pela renda familiar. Esta sobrecarga de funções exercidas pelas mulheres tende a potencializar o risco de adoecimento devido o grande desgaste emocional. (Silva & Lima, 2012). Desta maneira, supondo-se que haja modos de envelhecimento que são distintos segundo o gênero e nível de atividade, acrescido ao fato de a população feminina ser predominante na composição demográfica brasileira, sobretudo na terceira idade (Portal Brasil, 2015; IBGE, 2000), o presente estudo estabeleceu como objetivo pesquisar idosas, com idade entre 60 e 75 anos, a fim decomparar as que praticam algum tipo de atividade física, laboral ou social regularmente com outras que sejam mais restritas quanto a sua participação social, objetivando verificar possíveis diferenças entre os grupos quanto à percepção sobre o processo de envelhecimento, aferido por meio do Teste de Apercepção Temática para os Idosos (Senior Apperception Technique- SAT).

 

Método

Sujeitos

O grupo de participantes, selecionadas pelo critério de conveniência, foi composto por 16 mulheres com idade entre 60 e 75 anos. Destas, oito realizavam atividades físicas, sociais ou laborais regularmente e oito estavam mais reservadas ao convívio familiar.

Material

Para a realizaçãoda pesquisa foram utilizados: umtermo de consentimento livre e esclarecido- TCLE, um questionário de caracterização das participantes e o Teste de Apercepção Temática para Idosos (SAT). O questionário de caracterização levantou dados sobre alguns aspectos físicos, sociais, financeiros e familiares das participantes, tais como, idade, estado civil, quantidade de filhos e netos, atividades físicas, sociais oude trabalho realizados e frequência dessas atividades além de informações referentes aos integrantes que residem no mesmo domicilio que a participante. O SAT, criado por Leopold e Sonya Bellak, em 1973, tem como objetivo investigar problemas específicos e centrais da velhice, através da apresentação de figuras ambíguas retratando situações comuns na velhice e da solicitação de uma história com começo, meio e fim para cada uma das figuras apresentadas. O SAT foi inspirado em outro teste de apercepção temática, o TAT de Henry Murray, pois os autores acreditavam que a apresentação de figuras que remetiam a questões de relacionamento amoroso, familiar e social, além de dificuldades e possibilidades, poderia formar um panorama real das preocupações que afligem os idosos, sem ter que questioná-los diretamente sobre questões muitas vezes dolorosas (Bellack & Abrams, 1996/2013).

A última revisão do teste ocorreu em 1996, com a reformulação de três figuras e a introdução de mais uma (figura 17). O conjunto completo desta última revisão passou a apresentar situações interpessoais diversas com personagens de diferentes idades e ao menos um idoso (Bellack cols. 1996/2013). Esta versão foi aprovada pelo Conselho Federal de Psicologia em 2013 após adaptação à população brasileira. As pranchas escolhidas para esta pesquisa buscavam evidenciar supostas diferenças entre os grupos, adotando como critério de seleção a descrição dos temas frequentemente evocados para cada prancha apresentada no manual (Bellackcols., 1996/2013). Foram selecionadas as de número um, que remete os participantes a temas relacionados a comunicação e contato social, a prancha de número dois que sugere temas relativos a dificuldades financeiras e conteúdo oral, a prancha de número cinco que desperta sentimentos e opiniões em relação a casas de repouso para idosos, a prancha de número dez, que suscita sentimentos associados ao afastamento social, dificuldades financeiras e surgimento de doenças, aprancha de número doze, a qual evoca temas vinculados ao curso do tempo e suas complicações, a prancha de número quatorze, que remete à senilidade e seus inconvenientes, a prancha quinze, que sugere temas referentes ao convívio interpessoal, e a última prancha, de número dezessete, que tem como tema mais frequentemente evocado os sentimentos relacionados a juventude e seus benefícios, principalmente quanto à pratica de atividades físicas (Bellack cols., 1996/2013).

Procedimento

O projeto de pesquisado presente estudo foi aprovado em 23/03/2016 pelo comitê de ética da Universidade à qual pertencem os pesquisadores, sob o número de parecer CAAE:54354716.7.0000.0089. Após a anuência para realização do estudo, foi iniciada a seleção das participantes em locais como academias, parques e através de indicações.

Com a explicação da pesquisa e o aceite das mulheres, foram agendados local e data para a realização do procedimento de coleta de dados, respeitando as condições de privacidade e a conveniência da participante. Primeiramente foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), do qual houve a leitura e preenchimento, seguidos de alguns minutos livres para esclarecimento de eventuais dúvidas. Em seguida, o questionário de caracterização foi apresentado, preenchido e o teste psicológico realizado. As respostas dadas ao teste, de cada participante, foram registradas na íntegra, manualmente, e depois analisadas e classificadas, utilizando-se o modelo de categorias proposto pelo instrumento. A classificação foi realizada pelos dois pesquisadores individualmente e depois discutida nos pontos em que havia discordância, tomando-se o consenso para continuidade da análise.

Posteriormente à aplicação do teste com os 16 participantes, houve a construção de uma tabela no Excel com os dados de identificação das participantes, suas respostas no questionário de caracterização e os resultados obtidos com as análises das histórias. Testes de Quiquadrado e U de Mann- Whitney foram realizados a fim de identificar possíveis diferenças entre características sociodemográficas e percepções de cada grupo.

Resultados

A média de idade das participantes desta pesquisa é de 65 anos e três meses, não havendo diferença significativa entre as idades médias de cada grupo (p=0,1715, co2; = 2,076, cc2; = 4,600,). Quanto ao estado civil das mulheres dos dois grupos, 50% são casadas, 25 % são viúvas e as outras 25% estão divididas entre divorciadas e solteiras.

No que se refere à ocupação de todas as participantes, 37,1% declaram ainda trabalhar, enquanto que 43,8% se descreveram como sendo aposentadas e 18,8% afirmaram ser "do lar". Dentre o grupo das mulheres classificadas como ativas, 25,0% são aposentadas que realizam atividade social regularmente junto a igrejas, enquanto que das participantes que trabalham apenas uma realiza outra atividade (aulas de Pilates).

Com relação aos aspectos familiares de toda a amostra, 87,5% possuem ao menos um filho, sendo que destas apenas uma não possui netos. No que concerne ao convívio familiar, 87,5% de todas as participantes residem com o esposo e/ou no mínimo um filho. Quanto às características sociodemográficas levantadas, os grupos podem ser considerados como pareados, excetuando-se a característica de interesse, a atividade fora do ambiente doméstico.

Ao realizar o teste U de Mann-Whitney considerando amostras pareadas, com o objetivo de verificar se existiam diferenças significativas entre os grupos, quanto à percepção dos estímulos, não foi possível estabelecer diferenças estatisticamente significantes. Assim, a percepção e interpretação das idosas de ambos os grupos, mais (G1) e menos (G2) ativas socialmente, apresentaram-se de modo semelhante.

A tabela 1 apresenta os principais valores do teste realizado.

 

 

Tomando-se o grupo de participantes, suas respostas evidenciam que a percepção das idosas quanto às situações apresentadas pelas pranchas do SAT escolhidas para o estudo envolveram interpretações que, no geral, não destoam do esperado, evidenciando prevalência de adequação no modo que nelas se inserem, ainda que esta seja especialmente superficial, ou seja, o envolvimento nas situações restringe-se aos seus aspectos mais aparentes. Também, referências a vida interior tendem a ser mais escassas do que sua ausência, refletindo menor prevalência de envolvimento afetivo diante das experiências.

Quanto à motivação para a interação com o ambiente, esta ocorre predominantemente no intuito do estabelecimento de relação, a partir de narrativas que evidenciam a busca de interações, apoio ou socialização com outros personagens secundários, em detrimento de ações mais objetivas em confronto com o meio, o que é indicado pela baixa referência a solução de problemas nas histórias. Assim, as interações que ocorrem buscam prioritariamente atender às necessidades de contato com o outro e não à modificação das condições do ambiente, o que conduza certa passividade e submissão, com pouca mobilização afetiva, a qual, quando ocorre, tem tendência a ser vivida de modo mais negativo do que positivo.

Em especial, os sentimentos em relação à velhice são pouco discerníveis, dado que a própria condição do envelhecimento é pouco citada. Nas poucas vezes que ocorre a menção à passagem do tempo, esta tende a ser sentida como trazendo mais elementos negativos do que positivos.

Decorre que, para as participantes, enquanto grupo, o futuro imediato e remoto é evitado, especialmente o mais longínquo. Do futuro mais próximo, o que se espera é indefinido, ou seja, boas e más perspectivas têm igual peso.

 

Discussão

Após a análise dos resultados foi identificado que, apesar das participantes perceberem adequadamente os estímulos apresentados, estas demonstraram ter dificuldades em expor características de vida interior tais como pensamentos, compreensões e sensações relativos ao presente e também ao futuro. Montefusco(2013) esclarece que a fuga em relação aos sentimentose percepções do envelhecimento podem ocorrer por medo, mas também pelas representações sociais que valorizam o jovem, o belo, ativo e saudável, em detrimento da perda de autonomia, senilidade e aproximação da morte, o que faz muitos idosos, principalmente as mulheres, utilizarem recursos para manterem-se ativas, "jovens" e saudáveis. Entretanto, as mais ativas da pesquisa não se apresentaram de modo distinto das que tinham menos participação social.

Faller, Teston e Marcon (2015) explicam que para não entrar em contato com os aspectos negativos que possam fazê-los pensar sobre o futuro incerto, alguns idosos não se sentem "velhos", identificando a velhice nos outros, os quais teriam idade cronológica superior à que eles possuem. Tal fato está evidenciado nas respostas dadas ao SAT, as quais pouco referem avelhice, evitando-a e fugindo, de modo mais ou menos consciente, dos sentimentos que ela desperta. Certa retração em relação ao ambiente também é um aspecto relevante nesta pesquisa, dada à dificuldade que boa parte das participantes teve em demonstrar como este é percebido mais detidamente e como os problemas são ou não solucionados. Neste sentido vale destacar que houve uma dificuldade em localizar estudos voltados à percepção de idosos, principalmente quando relacionados ao ambiente. Dos quatro estudos encontrados, dois abordam a compreensão do ambiente vinculando facilidades e dificuldades com a motivação para a prática de atividades físicas, sociais e religiosas. Seus resultados demonstraram que, quanto mais positivo o ambiente, em termos concretos, maior a motivação para a realização de atividades (Salvador, Florindo, Reis & Costa, 2009; Giehl, Schneider, Corseuil, Benedetti & Orsi, 2012).

Pesquisa de Guerra e Caldas (2010), baseada em artigos publicados, refere que a percepção de idosos quanto ao ambiente está relacionada à concepção de trabalho, vínculos familiares e saúde física. Nesta foi possível observar as características positivas e negativas do envelhecimento elencadas pelos participantes, os quais dão destaque ao período que precede o envelhecimento, pelas escolhas realizadas, e a inserção social. Em certo sentido, os dados não foram congruentes com o encontrado no presente trabalho, no qual as idosas apresentavam níveis de inserção distintos, mas não diferentes percepções.

Quanto à percepção subjetiva do bem-estar, Dias, Carvalho e Araújo (2013) a compararam entre os idosos que residem sozinhos, com suas famílias ou em instituições. Nos resultados obtidos, o convívio social foi um dos elementos relacionados com a qualidadede vida, independente das condições de moradia, ou seja, a participação na sociedade seria um fator para uma melhor autoavaliação no envelhecimento, o que não foi constatado neste estudo.

Assim, ainda que não de modo direto, a investigação com o SAT não referendou dados de outras pesquisas, recordando-se que as citadas utilizaram outros instrumentos para inferir a percepção do envelhecimento. Por outro lado, destaca-se que o SAT envolve aspectos mais subjetivos do que condições ambientais concretas, sendo, então, mais sensível à personalidade dos participantes. Destaca-se que mesmo a área da Psicologia sendo uma das mais profícuas quando se trata do estudo do envelhecimentoe qualidade de vida, como verificado no estudo de Dawalibi, Anacleto, Witter, Goulart e Aquino (2013), o instrumento em causa, com uso restrito aos profissionais psicólogos, não tem sido objeto ou procedimento presente nas investigações, o que merece olhar cuidadoso, pelos dados que pode fornecer.

Ainda se tratando do uso do SAT na presente pesquisa, é importante considerar a relação entre a idade média dos participantes (65 anos de idade) e a natureza do estímulo. As ilustrações das pranchas expõem uma concepção de velhice mais avançada, com personagens em posições de maior passividade, podendo dificultar o processo de identificação de idosos mais jovens e ativos, influenciando diretamente na qualidade das narrativas construídas diante do estímulo.

Quanto à motivação para relacionar-se com o ambiente, a maioria das participantes respondeu ao instrumento – SAT - que esta se expressa no intuito de relacionar-se com o outro, mais do que agir sobre as condições concretas. Areosa, Benitez e Wichmann (2012), em pesquisa conduzida no Brasil e Espanha, referem que as relações sociais e familiares têm uma forte influência na vida dos idosos, interferindo na saúde tanto física quanto mental. Talvez a semelhança dos grupos quanto aos aspectos do convívio familiar possa ter diluído, em certa medida, a interferência do convívio social mais amplo. Também não foram avaliadas a saúde física e mental, as quais, eventualmente, evidenciariam diferenças entre os grupos.

No que diz respeito ao SAT, foram encontradas apenas duas pesquisas no país que utilizaram este instrumento. A comparação entre estas e o presente estudo é difícil pois, nos dois estudos (Gil & Tardivo, 2011; Salles, 2014), as análises dos resultados ocorreram de forma qualitativa, os participantes eram de ambos os sexos e apresentavam algum graude depressão, ou seja, os critérios para inclusão, os métodos e o foco dos trabalhos eram muito distintos dos envolvidos neste trabalho. Também, na pesquisa de Gil cols. (2011), além do SAT, foram empregados o inventário da organização mundial da saúde para avaliar a qualidade de vida (WHOQOL-BREF) e o Inventário Beck de Depressão (BDI). Já Salles (2014) também utilizou o SAT junto com outro instrumento, neste caso a escala de depressão geriátrica (GDS), e entrevista semi-dirigida.

No início do trabalho de Gil & cols. (2011) os participantes apresentaram as dificuldades sofridas no envelhecimento, tais como: solidão, abandono, perdas e angústias. Ao término, depois de oficinas, demonstraram uma melhora na autopercepção, sentimentos e sintomas depressivos, além de uma maior abertura para as relações. No estudo de Salles (2014) foi possível compreender algumas funções exercidas pela depressão na velhice, assim como a importante atuação do psicólogo na clínica social, destacando-se a utilização de instrumentos e métodos que auxiliam o terapeuta na construção do vínculo, no acesso a informações e na elaboração de um psicodiagnóstico.

Assim sendo, não foi possível estabelecer uma relação desta pesquisa com as demais. Isso ocorreu, pois enquanto este estudo pretendia identificar possíveis diferenças significativas na percepção do envelhecimento em dois diferentes grupos de idosas, o estudo de Gil & cols. (2011) objetivou apresentar uma proposta psicoterapêutica com enquadre grupal voltada a idosos, a fim de demonstrar os possíveis benefícios deste método. A mesma disparidade ocorreu na comparação com o estudo de Salles (2014), pois seu trabalho objetivou demonstrar a efetividade do psicodiagnóstico interventivo na clínica social com idosos depressivos.

Por fim, as participantes, de ambos os grupos, apresentaram dificuldade em definir, no questionário, o tempo que realizavam atividades físicas ou sociais, uma variável de importância, quando o que se pretendia era verificar a diferença entre uma maior ou menor participação das idosas na sociedade e suas percepções quanto ao envelhecimento. Xavier, Orsi, Sigulem e Ramos (2010) esclarecem que a dificuldade de especificação do tempo pode estar associada aos declínios da orientação temporal comuns na terceira idade, o que pode ter estado presente na avaliação que as mulheres tiveram problemas para realizar.

 

Conclusões

O estudo, se não pôde oferecer resultados que evidencias sem conclusões consoantes com o referido pela literatura quanto à importância da participação social na percepção mais positiva do envelhecimento, permitiu oferecer várias vertentes para outras pesquisas, como a aplicabilidade do SAT para o estudo com grupos, valendo-se dos dados quantitativos. Também um controle mais efetivo quanto a grau deescolaridade, situação socioeconômica, papel na rotina familiar e problemas de saúde poderiam ser objeto de investigação, a qual poderia ser realizada comum maior número de participantes, a fim de verificar o alcance do instrumento e obtendo, assim, maior conhecimento sobre esta fase da vida.

A partir dos resultados obtidos foi possível perceber uma necessidade de se realizarem novas e mais aprofundadas pesquisas voltadas aos diversos aspectos do envelhecimento a fim de compreender as disparidades e preconceitos comuns nesta fase da vida, podendo assim auxiliar a população idosa de forma mais efetiva a lidar com suas particularidades. Para isso, se faz necessário que haja um aperfeiçoamento dos instrumentos e métodos atualmente utilizados de forma que estes possam ser mais eficazes no levantamento e interpretação dos dados obtidos.

 

REFERÊNCIAS

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Recebido: 18.07.18
Corrigido: 20.11.18
Aprovado: 09.04.19

 

 

1Graduada em psicologia pela Universidade São Judas Tadeu. Endereço:Rua Werner Goldberg, 157, Tupancy- Barueri/ SP, CEP: 06414-025, E-mail: adna.sepulvida@yahoo.com.br,ORCID 0000-0001-8618-2201, Telefone: (11) 97806-2517.
2 Doutora em psicologia pela PontifíciaUniversidade Católica de Campinas. Professora na Universidade SãoJudas Tadeu. Endereço:, E-mail: prof.agatti@usjt.br, ORCID 0000 00031036 3510, Telefone: (11) 95375-0010
3Mestre e Doutorando em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologiada Universidade de São Paulo. Professor na Universidade São JudasTadeu. Endereço: E-mail: rodrigojsalles@hotmail.com, ORCID 0000-0003-0485-4671,Telefone: (11) 98206-2608

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