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Boletim - Academia Paulista de Psicologia

versão impressa ISSN 1415-711X

Bol. - Acad. Paul. Psicol. vol.39 no.97 São Paulo jul./dez. 2019

 

III. ACADEMIA PAULISTA DE PSICOLOGIA: 40 ANOS!

 

Marilene Proença; Lino de Macedo; Esdras Vasconcelos

 

 

A História da Psicologia reconhece oficialmente o ano de 1879 como aquele em que a Psicologia assumiu o status de Ciência Experimental, por meio da fundação do Laboratório de Psicologia por Willhelm Maximiliam Wundt, em Leipzig, Alemanha. Em 31 de dezembro de 1979, pesquisadores e estudiosos da Psicologia, do Estado de São Paulo, criaram a Academia Paulista de Psicologia, instituição sem fins lucrativos, justamente no ano em que se comemorava, internacionalmente, o Centenário da Psicologia como Ciência. Nesses 40 anos de vida, muitos foram os acadêmicos que possibilitaram à Psicologia se fazer presente, cada vez mais, no ambiente científico. Suas pesquisas e teorias expressaram significativos conhecimentos para a sociedade, e contribuíram para a compreensão e atendimento de necessidades humanas, sociais, ambientais, educacionais, éticas, técnicas e políticas.

Assinaram a Ata de Fundação da Academia Paulista de Psicologia os Profs. Drs. Samuel Pfromm Neto, Carlos Del Nero, Arrigo Leonardo Angelini, José Glauco Bardella, Romeu de Moraes Almeida, Noemy da Silveira Rudolfer, Durval Belegarde Marcondes, Cícero Christiano de Souza e Salomão Rabinovich.No texto de sua fundação, cuja sessão foi presidida por Samuel Pfromm Neto, destaca-se:

(...) de futuro, com o correr dos anos e da preciosa colaboração e participação de colegas ilustres e de boa vontade, a novel Academia certamente será um verdadeiro repositório de conhecimentos científicos o que, em última análise, será de utilidade não somente para os Psicólogos, como também a todos aqueles que, em profissões afins, valem-se da Psicologia como instrumento formal, tendo em vista sempre o bem estar da pessoa e da humanidade (Ata da Primeira Reunião da Academia Paulista de Psicologia, 31 de dezembro de 1979, p.1.)

Os Acadêmicos que a fundaram, propuseram um conjunto de atribuições a esta Instituição, que se materializaram em seu Estatuto, dentre os quais assinalamos: a divulgação científica por meio do Boletim Academia Paulista de Psicologia e dos demais meios de divulgação; a promoção de simpósios, seminários e outros eventos científicos para debate e divulgação de técnicas, pesquisas, teorias e outros assuntos de importância da Psicologia; a elaboração e atualização de glossário especializado, de forma a coligir termos novos ou raros, científicos ou populares, introduzidos no campo da Psicologia, bem como estudar suas diferenças de interpretação e significação; a constituição de acervo técnico e científico, sobretudo no que diz respeito à Psicologia em São Paulo e no Brasil; a promoção de coletânea de monografias, dissertações e teses sobre Psicologia, defendidas junto às universidades brasileiras; a instituição de prêmios para estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas em Psicologia, nas suas diversas áreas; a promoção e o reconhecimento através de distinções, àqueles que prestarem significativa colaboração à Psicologia; a coleção de dados para a elaboração da História da Psicologia em São Paulo e no Brasil, incluindo depoimentos dos Acadêmicos; a opinião sobre questões que envolvam direta ou indiretamente assuntos relativos à Ciência Psicológica; a colaboração com os empreendimentos dos poderes públicos relacionados a questões de caráter psicológico ou psicossocial; o estabelecimento e manutenção de estreitas relações científico-culturais com entidades congêneres de âmbito estadual, nacional ou internacional; a promoção do reconhecimento público da importância social e científica da Psicologia de forma a assegurar altos níveis de identidade profissional do Psicólogo e, por fim, a proposição de princípios e normas para a formação e para o exercício profissional do Psicólogo. Neste percurso, a Academia contou com a participação de mais de 80 Acadêmicos que ocuparam as 40 Cadeiras a eles reservadas, por meio de um processo de indicação e de votação previsto no Regimento Interno da Academia e com posse em Sessão Solene. Neste percurso de 40 anos, muitos foram os prêmios oferecidos a Dissertações e Teses que se destacaram por sua relevância acadêmica e social, fortalecendo a participação do conhecimento psicológico em várias de suas instâncias teóricas e metodológicas e possibilitando a articulação com fronteiras do conhecimento científico, tão necessárias à compreensão da complexidade do humano. Um aspecto a ser destacado nesta saudação refere-se ao Boletim Academia Paulista de Psicologia. Em seu 39º ano de existência, já publicou 38 volumes e 95 números, revelando sua importância e atualidade como veículo de divulgação da ciência psicológica e do conhecimento produzido por pesquisadores no Brasil e no Exterior, no âmbito da Psicologia. Tem por objetivo:

preservar a História da Psicologia no Brasil, em especial no Estado de São Paulo. Sua relevância para o saber psicológico se traduz por contribuições meritórias relacionadas com o legado dos pioneiros e o registro das memórias das personalidades atuais deste campo do conhecimento; com o progresso metodológico e instrumental de avaliação – intervenção; instalação e desenvolvimento de instituições em prol dos serviços comunitários, da pesquisa e/ou da docência. Acrescentam-se pesquisas historiográficas sobre as diferentes áreas da Psicologia; o processo evolutivo de revistas e outros órgãos de divulgação sobre a ciência psicológica; enfoques teóricos e estudos de casos; resenhas e informações sobre congressos e outros eventos científicos relativos à ciência que nos ocupa.

Atualmente o Boletim é editado pelas Dras. Aidyl Macedo de Queiroz Pérez-Ramos, Vera Maria Barros de Oliveira e Marilda Emmanuel Novaes Lipp. Conta com um significativo Corpo Editorial de pesquisadores brasileiros e internacionais e com um conjunto de avaliadores para análise, em fluxo contínuo, dos manuscritos submetidos a este periódico. O processo de avaliação e de edição permitem a qualificação cada vez maior deste importante veículo de comunicação científica, atendendo às normativas atuais para a qualificação de periódicos em nível nacional, estabelecidas pela Área de Pós-Graduação em Psicologia e pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação – CAPES/MEC. Recentemente o Boletim recebeu a classificação de Qualis A-4. A Academia é uma Instituição que tem um papel muito importante na preservação da História e da Memória da Psicologia no Estado de São Paulo, e por que não dizer, do Brasil, mas também se instaura enquanto instituição de vanguarda, buscando reconhecer os movimentos da ciência psicológica, seus novos campos de atuação, os desafios constantes que se apresentam à Psicologia enquanto Ciência e enquanto Profissão.

Parabéns Academia Paulista de Psicologia pelos seus 40 anos de existência!

Parabéns Acadêmicos que a constituíram e a constituem nos dias de hoje, mirando o futuro da Psicologia no estado de São Paulo, no Brasil e no mundo !

Dando início ao resgate da Memória dos Patronos da Academia Paulista de Psicologia, este Boletim reproduz, a seguir, textos referentes a cinco deles, com suas devidas referências, prática esta que terá sua continuidade em nossos próximos números.

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