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Boletim - Academia Paulista de Psicologia

versão impressa ISSN 1415-711X

Bol. - Acad. Paul. Psicol. vol.40 no.98 São Paulo jan./jun. 2020

 

I. TEORIAS, PESQUISAS E ESTUDOS DE CASO

 

O discurso do sujeito coletivo das participantes de dança circular com lombalgias

 

The collective subject discourse of circular dance participants with low back pain

 

La discusión del sujeto colectivo con dolor lumbar participando de danza circular

 

 

Juerilla Moreira BarretoI; Andréa Patrícia Costa GomesII; Nilton Soares FormigaIII; Mariana Vieira FariasIV; Isabella Moreira Barreto Gomes de BritoV; Raquel Aparecida CasarottoVI

IDoutor em Ciência da Reabilitação na Universidade de São Paulo (USP). Professora/pesquisadora no Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Cidade Universitária; CEP: 58051-900 - João Pessoa, PB. E-mail: juerila@gmail.com. Agradecimento ao DINTER-USP/UFPB (2235/2015) pelo acordo celebrado entre as instituições que permitiram a qualificação em nível de doutorado (processo nº 23038.005009/2015-70). ORCID http://orcid.org/0000-0001-7502-7097
IITerapeuta Holística do Centro de Práticas Integrativas Equilíbrio do SER – Sistema Único de Saúde (SUS) R. Bancário Sérgio Guerra, 148 - Bancários, CEP: 58052-000 - João Pessoa, PB. E-mail: flor_dlotus@yahoo.com.br. Participou do projeto na condução das técnicas de Danças Circulares. ORCID https://orcid.org/0000-0002-5982-4472
IIIDoutor em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com estágio doutoral realizado na Universidade Rural do Rio de Janeiro. Professor/pesquisador da Pós-graduação em Psicologia (nível mestrado) na Universidade Potiguar, Natal, RN. E-mail: nilton.soares@unp.br, nsformiga@yahoo.com. ORCID http://orcid.org/0000-0003-4907-9736
IVDiscente do curso de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Cidade Universitária; CEP: 58051-900 - João Pessoa, PB. E-mail: marianavieira2@hotmail.com. Participou do projeto na coleta de dados junto as participantes. ORCID https://orcid.org/0000-0001-8894-0491
VDiscente do curso de Educação Física do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ; BR-230 km.22, Água Fria; CEP: 58053-000, João Pessoa, PB. E-mail: isabellambgb@gmail.com. Participou do projeto na coleta de dados junto as participantes. ORCID https://orcid.org/0000-0002-1230-7216
VIPrograma de Doutorado Inter-institucional e Programa de Doutorado em Ciências da Reabilitação (USP/UFPB), Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Orientadora do estudo originado da Tese de doutorado da primeira autora. E-mail: racasaro@usp.br. ORCID http://orcid.org/0000-0003-2852-2401

 

 


RESUMO

A lombalgia é uma disfunção que acomete muitas pessoas em todo o mundo; a utilização de práticas integrativas como prevenção vem despertando o interesse das pesquisas sobre este problema. Foram identificados os sintomas e efeitos colaterais manifestados por mulheres com dores lombares crônicas inespecíficas após intervenção com atividades de danças circulares em um centro de práticas integrativas. Participaram 19 mulheres, com idade média de 51,5 ± 6,8, 63,2% eram casadas e 68,4% apresentavam dores intensas. Realizaram-se 16 sessões, duas vezes por semana, com 60 minutos cada. Através do método do Discurso do Sujeito Coletivo, observaram-se Expressões Chaves (EC) do texto que se organizaram em cinco Ideia Central (IC), a saber: EC-A - Dor na coluna (IC = Diminuição da dor = 68,4%); EC-B – Emoções (IC = Bem-estar emocional = 63,2%); EC-C - Consequências do tratamento (IC = Melhor consciência corporal 57,9%); EC-D – Novos desafios (IC = Outras práticas = 5,3%) EC-E - Aspectos não exitosos do tratamento (IC = Melhora transitória 5,3%). A partir desses resultados, é possível destacar que a atividade em grupo da dança circular contribui de forma positiva para a redução da dor nas lombalgias inespecíficas e bem-estar emocional e consciência corporal.

Palavras-chave: dança circular; lombalgia; discurso do sujeito coletivo.


ABSTRACT

Low back pain is a dysfunction that affects many people around the world; the use of integrative practices as prevention has been raising the interest of research on this problem. Symptoms and side effects manifested by women with nonspecific chronic low back pain after intervention with circular dance activities in an integrative practice center were identified. 19 women participated, with average age of 51.5 ± 6.8, 63.2% were married and 68.4% had intense pain. There were 16 sessions, twice a week, with 60 minutes each. Through the method of Collective Subject Discourse, we observed Key Expressions (EC) of the text that were organized in five Central Ideas (CI), namely: EC-A - Pain in the spine (CI = Pain reduction = 68.4 %); EC-B - Emotions (IC = emotional well-being = 63.2%); EC-C - Consequences of treatment (CI = Better body awareness 57.9%); EC-D - New challenges (CI = Other practices = 5.3%) EC-E - Unsuccessful treatment aspects (CI = 5.3% transient improvement). From these results, it is possible to emphasize that the group activity of the circular dance contributes in a positive way to the reduction of pain in nonspecific low back pain; improvement of emotional well-being and better body awareness.

Keywords: circular dance; low back pain; collective subject discourse.


RESUMEN

El dolor lumbar es una disfunción que afecta a muchas personas en todo el mundo; El uso de prácticas integradoras como prevención ha aumentado el interés de la investigación sobre este problema. Fueron identificados síntomas y efectos secundarios manifestados por mujeres con dolor lumbar crónico inespecífico, después de la practica con actividades de danza circular, en un centro de práctica integradora. Participaron 19 mujeres, con una edad promedio de 51.5 ± 6.8, 63.2% estaban casadas y 68.4% tenían dolor intenso. Hubo 16 sesiones, dos veces por semana, con 60 minutos cada una. A través del método del discurso colectivo de los sujetos, observamos las expresiones clave (EC) del texto que se organizaron en cinco ideas centrales (CI), a saber: EC-A: dolor en la columna vertebral (IC = reducción del dolor = 68,4) %); EC-B - Emociones (IC = bienestar emocional = 63.2%); EC-C - Consecuencias del tratamiento (IC = Mejor conciencia corporal 57.9%); EC-D - Nuevos desafíos (IC = Otras prácticas = 5.3%) EC-E - Aspectos de tratamiento sin éxito (IC = 5.3% de mejora transitoria). A partir de estos resultados, cabe destacar que la actividad grupal de la danza circular contribuye de manera positiva, para la reducción del dolor lumbar inespecífico, bienestar emocional y conciencia corporal.

Palabras clave: danza circular; lumbalgia; discurso del sujeto colectivo.


 

 

Introdução

As doenças musculoesqueléticas geram limitações físicas em pacientes e são responsáveis pela redução da capacidade produtiva ao longo da vida. No Brasil, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio - PNAD de 2008 apontam a dor na coluna como a mais prevalente entre os adultos (Barros, 2011). No que se refere a dor lombar, pode ser definida como um desconforto ou dor localizada abaixo da margem costal e acima das pregas glúteas inferiores, com ou sem irradiação para os membros inferiores; sendo a dor lombar crônica caracterizada por persistir por pelo menos 12 semanas (Airaksinen, 2005). Além do comprometimento físico que a dor lombar crônica acarreta, outro aspecto muito importante é o impacto psicossocial sobre a vida do paciente uma vez que a permanência da dor por muito tempo promove modificações estruturais e funcionais no cérebro (Wand, 2011), com alterações cognitivas (pensamento, percepção, emoção, etc.) levando a limitações da vida social. Estudos  com idosos mostraram melhora na memória espacial após a prática da dança de salão (domínio cognitivo) (Merom, 2017). As habilidades de relacionamento interpessoal são essenciais para o convívio humano na experiência e expressão da empatia (Davis, 1983; Jani 2012; Krznaric, 2015; Kanamota 2016) e do comportamento pró-social (Behrends 2012; Formiga, 2012; Ferreira, 2017). Por volta de 1976, Bernhard Wosien o difusor das danças circulares (DC) no mundo encontrou a Comunidade Espiritual de Findhorn (Escócia), uma ecovila e centro internacional de aprendizagem holística, dando início a um movimento internacional no ensino das Danças Sagradas (Sacred Dance). As DCs conhecidas também como danças sagradas, danças étnicas, danças de roda, são danças tradicionais de diversos países; são expressões culturais de vários grupos humanos ao redor do mundo e contam histórias através de sua coreografia, gestos e suas músicas regionais (Wosien, 2000; Bear & Bear, 2014)

A DC é uma atividade aeróbica de baixo impacto, realizada através de movimentos suaves, sinuosos e harmônicos, podendo também ser intensos e firmes, realizada em círculo, com a finalidade de gerar uma integração social e um processo de aprendizagem para o cuidado com o corpo, melhorando aspectos físicos, mentais e emocionais. Na área da saúde ela também é utilizada para a melhora do equilíbrio estático e dinâmico, podendo trazer benefícios à marcha (Fleury, 2006; Carvalho, 2012). As DCs são realizadas em círculo (roda) de forma a registrar a presença de cada integrante e ao mesmo tempo ter acesso aos sinais verbais e não-verbais emitidos pelos demais integrantes, além disso, todos podem ser vistos simultaneamente. Na DC tem-se o incentivo da união entre as pessoas e a facilitação de sentimentos de pertencimento ao grupo, capaz de causar uma vinculação empática (Davis, 1983), especialmente importante quando no enfrentamento de mudanças pessoais e coletivas difíceis (Berrol, 2006; Andrada & Souza, 2015; Karampoula, 2018).

Nos últimos cinco anos, diversas pesquisas têm utilizado os movimentos coreográficos da dança com objetivos terapêuticos (Berrol, 2006) como no caso das danças do folclore Turco para trabalhar desempenho físico, equilíbrio, depressão e qualidade de vida (Eyigor, 2009), um estudo aleatório foi realizado utilizando a dança tradicional Tailandesa sendo verificada uma melhora no desempenho físico em mulheres idosas com resultados significativos, outro estudo também utilizando o mesmo tipo de dança    destacou    melhoras    nas       condições cardiopulmonares em mulheres na menopausa (Janyacharoen, 2013; Janyacharoen, 2015), já dança indiana Kathak, foi aplicada no controle da obesidade (Mukherjee, 2014); assim como movimentos baseados na dança para pacientes que sofriam de estresse (Bräuninger, 2012). Embora as danças sejam tão antigas quanto a própria humanidade, o seu aspecto terapêutico vem crescendo nas últimas décadas (Souza, 2009). No universo das práticas integrativas e complementares, as danças são vistas como um importante instrumento catalizador da díade corpo-mente. Em estudos realizados com pacientes hemiparéticos foi aplicada a dança sênior, que se caracteriza por passos curtos, movimentos leves e um pouco mais lentos e suaves ou realizada com os participantes sentados no caso de idosos com limitações, mesmo em cadeira de rodas de forma a integrá-los ao convívio de um grupo maior, com resultados positivos com melhora significativa sobre a qualidade de vida desses pacientes (Carvalho, 2012). O efeito da dança sobre a frequência cardíaca de repouso, resistência dos membros inferiores (MMII), saúde geral e dor corporal de idosos (Hui, 2009). Com pacientes oncológicos com estomia intestinal (Kimura, 2016), foram realizadas DC em que o ambiente proporcionado pelas atividades aumentou o  equilíbrio  entre  o  indivíduo  e  o  grupo, fortalecimento de vínculos  pela compreensão, aumentando a disponibilidade emocional, com resultados positivos para os pacientes. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar os sintomas e eventos adversos ou efeitos colaterais manifestados por  mulheres  com  dores  lombares  crônicas inespecíficas após intervenção com Danças Circulares.

 

Método

Este artigo faz parte da tese de doutorado na qual foi feito um recorte e feito uma analise qualitativa pontual dos registros escritos das falas das participantes do GDC pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), após a intervenção terapêutica, de forma a conhecer os possíveis sinais, sintomas e eventos adversos percebidos por integrantes do grupo após a atividade.

Caracterização da amostra

Participaram do presente estudo 19 mulheres com dor lombar inespecífica (DLCI) por um período igual ou superior a 12 semanas, que foram expostas a uma atividade coreografica de dança previamente selecionada. Foi realizada uma avaliação inicial (AV1) e após 16 sessões para a segunda avaliação (AV2).

Local

Foram selecionadas no período de março de 2016 a agosto de 2018, pacientes em três locais, a saber: (1) Serviço de Fisioterapia do Hospital Universitário Lauro Wanderley, (2) Clínica Escola de Fisioterapia da UFPB e (3) Centro de Práticas Integrativas – Equilibrio do Ser (SUS), foi solicitado acesso a lista de reserva de pacientes ao Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), em todos os serviços foram verificados e anotado o diagnóstico de encaminhamento, nome e telefone das pacientes selecionadas para posterior contato.

Critérios de inclusão/exclusão

Foram incluídas no estudo, mulheres com idade entre 35 e 60 anos, com dor lombar crônica inespecífica (DLCI) >= 3 pontos (END) com duração >= 3 meses com ou sem irradiação para os membros inferiores; ausência de afecções graves que impedisse a participação na atividade (cirurgia limitadoras dos movimentos da coluna, fraturas, tumores, infecções, doenças inflamatórias); ausência de deficiência física, visual, auditiva e cognitiva que não entendesse a escrita e a fala da língua portuguesa, não estar grávida e também em tratamento fisioterapêutico ou medicamentoso a base de opióides. No que se refere aos critérios de exclusão: a) a solicitação formal de desligamento da pesquisa; b) estar em litígio trabalhista (Patino, 2018).

Critérios éticos

As participantes do estudo foram informadas sobre as normas que disciplinavam a pesquisa e aquelas que aceitaram participar, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com a resolução 466/12. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) sob o protocolo de pesquisa nº 118/2016; tendo o número no CAAE: 55131916.7.0000.0065, e registrado no Clinical Trials sob o número NCT02807090.

Procedimento e análise de dados

As avaliações foram realizadas em dois momentos: antes das sessões de tratamento (AV1), ao final do tratamento na 16ª sessão (AV2). A parte inicial, da avaliação foi composta por: 1) Dados sociodemográficos: a) História  de saúde (Antecedentes pessoais e doença associadas; aspectos posturais e ergonômicos; aspectos psicossociais e econômicos; b) Sinais e sintomas específicos (localização da dor; intensidade; irradiação; fatores que pioram/melhoram a dor; utilização de medicação), c) Exame físico específico da coluna vertebral (Alexandre, 2001). Ao final da 16ª sessão, foi realizada a AV2 e utilizado uma escala de registro aberta, no qual as pacientes anotavam suas impressões sobre sinais e sintomas manifestados durante o tratamento. Os depoimentos foram analisados individualmente e captado seu conteúdo essencial, de acordo com Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), tendo por base a pergunta formulada: O que você sentiu em decorrência do tratamento realizado para a dor na sua coluna?

O discurso do sujeito coletivo (DSC) é uma forma de recuperar e expressar as representações sociais adquiridas da experiência vivida (empíricas), em que as opiniões ou expressões individuais que apresentam sentidos semelhantes são agrupadas em categorias semânticas gerais, como normalmente se faz quando se trata de perguntas ou questões abertas (Lefèvre, 2017). O DSC é uma técnica de processamento de dados qualitativos, principalmente de depoimentos, com vistas à obtenção e descrição dos sentidos das opiniões ou representações coletivas. A obtenção do discurso está subdividida em várias etapas, efetuado por meio de quatro operadores elaborados sobre o material verbal ou escrito coletado nas pesquisas. São eles: Expressões Chave (EC), Ideia Central (IC), Ancoragem (AC) e o Discurso do Sujeito coletivo (DSC) propriamente dito (Lefèvre, & Lefèvre, 2006; Lefèvre, 2017). As expressões chave (EC) são pedaços, trechos do discurso, que devem ser destacados pelo pesquisador, e que revelam a essência do conteúdo do discurso ou a teoria subjacente. A ideia central (IC) é um nome ou expressão linguística que revela, descreve e nomeia, da maneira mais sintética e precisa possível, o(s) sentido (s) presentes em cada uma das respostas analisadas e de cada conjunto homogêneo de EC, que vai dar origem, posteriormente, ao DSC. A ancoragem (AC) é a expressão de uma dada teoria ou ideologia que o autor do discurso professa e que está embutida no seu discurso como se fosse uma afirmação qualquer. O discurso do sujeito coletivo (DSC) é uma reunião em um só discurso-síntese redigido na primeira pessoa do singular de EC que têm IC ou AC semelhantes ou complementares (Lefèvre, Lefèvre, Cardoso, & Mazza, 2002; Figueiredo, Chiari, & Goulart, 2013).

Intervenções

As intervenções consistiam de atividades de DC realizadas durante 16 sessões, com frequência de duas vezes por semana e tendo cada uma das sessões duração de 60 minutos. O grupo DC não tinha um número fixo de participantes, pois, estava vinculado ao fluxo de atendimento de pacientes no dia da atividade do Centro de Práticas Integrativas- Equilíbrio do Ser, entretanto compareciam as atividades uma media de doze pacientes, no qual as participantes da pesquisa se inseriam ao grupo.

 

Resultados

O grupo era composto por 19 mulheres com idade média de 51,5 ± 6,8 e IMC 27,1 ± 7,2; 63,2% das participantes eram casadas e apresentavam dores do tipo intensas (entre 6-9 pontos na Escala Numérica de Dor - END) correspondendo a 68,4%. Foram efetuadas as análises qualitativas das respostas à pergunta citada anteriormente. Das respostas dos sujeitos, foram selecionados os estratos mais significativos do texto EC [(diz  respeito ao(s) conteúdo(s)], em um segundo momento a figura metodológica correspondente é a IC [diz respeito ao(s) sentido(s)], há um tipo de ideia central que é denominada de Ancoragem (AC) compreendida como um mecanismo geral em que o sujeito se apoia num conhecimento ou informação preexistente no seu repertório para poder dar sentido a um evento ou situação que a ele se apresenta. Entretanto algumas respostas fugiram da temática da pergunta ou as participantes não responderam à pergunta o que justifica o fato dos quadros não apresentarem percentual total de frequência 100%.

Após análise das respostas escritas pelas participantes, foram extraídas as EC que organizadas deram origem a cinco Ideia central (IC) a saber: EC-A - Dor na coluna (IC = Diminuição da dor = 68,4%); EC-B – Emoções (IC = Bem-estar emocional = 63,2%); EC-C= Consequências do tratamento (IC = Melhor consciência corporal 57,9%); EC-D – Novos desafios (IC = Outras práticas = 5,3%); EC-E - Aspectos não exitosos do tratamento (IC = Melhora transitória 5,3%).

O Quadro 1 apresenta as EC-A= Dor na coluna, no qual 68,4% das participantes informaram como IC = diminuição da dor, no pós-tratamento, ao término da 16ª sessão.

 

 

DSC

Me sinto bem melhor das dores. Pois, eu sentia mais do que sinto agora, a dor diminuiu. A dor diminuiu em algumas situações, mas, permanece sempre dor leve. Notei melhora das dores do ombro na cervical e lombar que diminuíram. Não sinto dor na hora do exercício. Melhorei muito, me sinto bem.

No Quadro 2 exibe a EC-B – Emoções, em que 63,2% das participantes declaram como IC = Bem- estar emocional; no pós-tratamento, ao término da 16ª sessão.

 

 

DSC

Estou muito feliz. Me sinto relaxada, tranquila e aliviada, gosto de companhia nos exercícios, da experiência e da vivência. Melhorei o humor e a autoestima. Gosto da atividade. Trabalhei o meu emocional. Durmo melhor após as sessões, aumentou o meu bem-estar, está sendo produtivo. Sinto mais confiança ao sentar e com postura. Eu sinto mais segurança para realizar as coisas, melhorei meu psicológico e só tem comentários positivos, tem feito bem de forma geral o acompanhamento. Penso mais em mim mesma, foco mais em mim do que nos outros, a interação com os participantes ajuda a desparecer.

O Quadro 3 mostra as EC-C – Consequências do Tratamento e a IC (Melhor Consciência corporal, no pós-tratamento, ao término da 16ª sessão.

 

 

DSC

Eu posso fazer o que eu não fazia antes. Melhorei a minha saúde, a flexibilidade, o equilíbrio, sinto a lubrificaçãodas articulações e querocontinuar. Sinto mais agilidade física e mentalmente. Eu sinto um certo alívio com os movimentos que flexibilizam os músculos. Estou aprendendo muito em relação a postura procuro melhorar a minha, gosto das atividades, me ajudam na concentração, equilíbrio, respiração. Eu era sedentária, e agora tenho que me movimentar, tem sidobastante proveitoso. Acho que o tratamento me ajudou de alguma forma, pois, eu senti algumas dores, e achei que ia (sic) ¨travar¨, mas não travei.

O Quadro 4 explicita a EC-C – Estilo de vida e IC (Autocuidado), no pós-tratamento, ao término da 16ª sessão.

 

 

DSC

Eu quero participar das outras atividades.

O Quadro 5 explicita a EC-E – Aspectos não exitosos do tratamento e IC nos (Melhora transitória), no pós-tratamento, ao término da 16ª sessão.

 

 

DSC

O alívio da dor permanece apenas por 2 a 3 dias, voltando a sentir dor. Não houve mudança significativa.

 

Discussão

Este estudo pretendeu analisar os registros escritos e identificar os sintomas e eventos adversos ou efeitos colaterais manifestados por mulheres com dores lombares crônicas inespecíficas, após 16 sessões de intervenção com Danças Circulares, a partir da pergunta: O que você sentiu em decorrência do tratamento realizado para a dor na sua coluna?

Como relação ao Quadro 1, o ponto mais importante a ser destacado nos registro das falas das participantes das DCs, foi a diminuição da dor; o que nos permite refletir acerca da atividade desenvolvida, uma vez que a DC permite movimentos suaves e coordenados de membros superiores e inferiores, favorecendo a mobilização das estruturas osteomioarticulares, que por sua vez solicita uma maior atividade cardiorrespiratória favorecendo uma distribuição de nutrientes ao longo do corpo e remoção de substância nociceptivas, essas informações se alinham com os trabalhos de Smith (2014) destacando que o aumento no nível de atividade física é favorável para o controle da dor. A dança circular trabalha com movimentos coordenados e também possui um aspecto interessante que é tirar o indivíduo da situação de medo-evitação na realização de atividades físicas, característica de pacientes com dor crônica (Wertli, 2014).

Em decorrência do alívio das sensações dolorosos, temo no Quadro 2, o ponto bem-estar emocional, que foi destacado como uma sensação importante percebida pelas participantes. A atividade em grupo faz parte da condição humana, a DC e mobilizadora das expressões de afeto e potencializadoras dos processos de desenvolvimento da pessoa, enquanto expressão artística gestual e coreográfica sensibiliza promovendo uma ampliação da consciência corporal e emocional, a partir de trabalhar os componentes biopsicossociais, colocados em movimento pelo toque, risos, e abraços, contribuindo na modulação de dor mediada pela liberação de neurotransmissores (Andrada, 2015), nos Quadros 4 e 5. Evidências científicas destacam a presença de um neuropeptídio sintetizado no núcleo paraventricular e supra-óptico do hipotálamo que é lançado na circulação através da neurohipófise, a oxitocina, e que está relacionada ao comportamento social, aos vínculos afetivos e a confiança (Zak, 2005; Campos, 2010). Sendo reconhecida como moduladora da percepção, cognição e do comportamento social favorece a promoção, a aproximação social e a formação dos  laços de confiança e o reconhecimento das emoções entre as pessoas, capaz de permitir maior vínculo na interação grupal (Campos 2004; Berrol, 2006; Formiga, 2012).

No Quadro 3 foi destacado como ponto importante as consequências do tratamento para as atividades da vida diária como um todo, sendo destacado, uma melhor consciência corporal (Cachoeira, 2018). Com uma atenção mais desperta para sentir o potencial de realização do próprio corpo é possível que contribua que a pessoal expresse palavras como a percepção da lubrificação das articulações ao movimento, tornando com isso, ciente de uma maior flexibilidade muscular, agilidade dos movimentos, o equilíbrio, a postura, a respiração agindo de forma integrada contribuindo para um corpo espontâneo e criativo. Tal condição torna-se importante para uma maior vigilância na realização das tarefas a ser empreendidas no cotidiano, protegendo dos agravos decorrentes do uso inadequado do mobiliário doméstico ou profissional. Nos Quadros 4 e 5, nos registros observou-se que a busca por outras práticas bem como, e os aspectos não exitosos do tratamento ambos destacados respectivamente por uma pessoa relata duas condições: a primeira poderia estar relacionada às particularidades do próprio sujeito na sua busca de satisfação em decorrente das demandas de outras atividades com aspectos mais intimistas (por exemplo, Yoga, Tai chi, Reflexologia e outras) motivando a busca de outras práticas. Outra reflexão para esse resultado poderia estar associada ao fato de não termos seguido as recomendações de distribuir as pacientes em subgrupos, recomendado por Fritz (2007); tal decisão levou em consideração o tamanho da amostra que poderia ficar comprometida e interferir no poder estatístico dos resultados e suas inferências teórico-explicativas (Fritz, Cleland, & Childs, 2007).

 

Considerações Finais

Com base neste resultado, o qual é inserido num recorte da metodologia qualitativa, pretendeu-se avaliar o discurso das participantes com base nos registros escritos na presença de possíveis sinais e ou sintomas apresentados durante o tratamento com DC nas lombalgias e suas metas para alivio da dor, melhorar a funcionalidade e contribuir para uma melhor qualidade de vida. A análise das impressões percebidas pelas participantes acerca do tratamento ao longo de 16 sessões tem uma grande importância para o profissional compreender como as participantes tornam-se capaz de fazer distinções dos efeitos da DC sobre os seus corpos, físico e emocional, e as  necessidades apresentadas  pelas  mesmas favorecendo ao desenvolvimento individual e coletivo. Este momento, não apenas contempla a condição de maior consciência enquanto sujeito responsável pelo seu processo de cura, mas, também, a identificação de novas perspectivas de vida, procurando tornar-se mais ativa e, devido a tal ação, comprometida com a sua própria saúde. Na intervenção com DC, foi possível apreender as mudanças percebidas das participantes para uma melhor compreensão do protocolo da pesquisa, que poderá permitir uma ampliação da consciência na aquisição de conhecimento sobre coluna vertebral. Tal condição, não apenas visa contribuir para uma educação em saúde do corpo, mas, também, na busca do bem-estar, associadas a qualidade de vida, adequadas a realidade individual de cada participante. Ao avaliar esses resultados, a partir do DSC, foi possível refletir na seguinte direção: as participantes reconhecem que a atividade física contribui para a diminuição da dor na coluna, que a atividade melhora o bem-estar emocional, aumenta a consciência corporal, aspectos importantes na administração ergonômica das atividades da vida diária. Por fim, acredita-se que a presente pesquisa tenha contribuído na agregação de novas informações pertinente as práticas integrativas na qual as DC estão incluídas tanto para área da saúde em geral, quanto na atenção fisioterapêutica em particular. No que se refere aos limites deste estudo, seria importante para futuros estudos, comparar esses discursos a partir de abordagens distintas para o tratamento da lombalgia, bem como, comparar essas falas considerando dados sociodemográficos e de outras variações dos problemas de saúde da participante e avaliar, inserindo uma medida quantitativa, o desenvolvimento do bem-estar subjetivo e autoestima nas respondentes e associá-lo ao discurso delas.

 

Referências

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Recebido: 08.09.2019
Corrigido: 11.02.2020
Aprovado: 10.03.2020

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