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Estilos da Clinica

versão impressa ISSN 1415-7128

Estilos clin. vol.4 no.7 São Paulo  1999

 

DOSSIÊ

 

Tratar sem fim as crianças autistas?1

 

Neverending treatment for autistic children?

 

 

Jeanne Marie Costa RibeiroI; Márcia Gaspar GomesII

IPsicanalista do Núcleo de Assistência Intensiva à Criança Autista e Psicótica (Naicap) do Instituto Philippe Pinei (RJ), membro do Centro de Estudo e Pesquisa em Psicanálise com Crianças (Ceppac)
IIPsicanalista do Núcleo de Assistência Intensiva à Criança Autista e Psicótica (Naicap) do Instituto Philippe Pinei (RJ), membro efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro

 

 


ABSTRACT

O artigo apresenta algumas reflexões construídas no cotidiano de um trabalho institucional que se dirige à criança autista e psicótica, tendo como eixo a psicanálise. As autoras põem em destaque os impasses que se apresentam na clínica no momento de se pensar o final do tratamento.

Autismo; sujeito; psicanálise; tratamento; instituição


ABSTRACT

Considering psychoanalysis as its main axis, the article brings some reflections built upon a daily institutional work with autistic and psychotic children. The authors emphasize the impasses they deal with at clinical work when considering the end of treatment.

Autism; subject; psychoanalysis; treatment; institution


 

 

Há alguns anos trabalhamos no Núcleo de Assistência Intensiva à Criança Autista e Psicótica (Naicap) do Instituto Philippe Pinei, órgão do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.

O Naicap é um serviço especializado para assistência, ensino, pesquisa e formação de recursos humanos na área do autismo e psicose na criança. Tem como eixo e fio condutor de seu trabalho a psicanálise.

Ao longo destes anos de trabalho, muitas foram as questões e os impasses com que deparamos no convívio cotidiano com as crianças, mas foram sempre elas que nos apontaram a direção a seguir. É, portanto, com alguns fragmentos de casos que apresentamos, na primeira parte deste artigo, o caminho já percorrido e a direção de nosso trabalho, construído a partir do que aprendemos com as crianças ditas autistas. Na segunda parte, traremos para discussão uma questão que mais recentemente tem instigado a equipe, pondo-nos em trabalho. Trata-se do momento de saída das crianças da instituição. Defrontamos aí com os impasses de uma separação extremamente difícil.

 

O PERCURSO DE UM TRABALHO

Nossa perplexidade, ao iniciar o trabalho com essas crianças, foi constatar a extrema radicalidade da posição que sustentam diante do Outro.

- Artur tapa os ouvidos sempre que o outro lhe dirige a palavra. Perambula errante pelos corredores sem fixar-se em nada, fazendo um gesto ritmado com as mãos, enquanto assovia.

-Alexandre pica papéis e revistas, sempre virado de frente para a parede, durante horas. Se algum outro aproxima-se, interrompendo seu trabalho, entra em agitação, podendo tornar-se muito agressivo.

-José repete incansavelmente a mesma frase: José está chorando! José está chorando.

- Francisco, ao perceber o olhar do outro sobre ele, interrompe imediatamente sua atividade, indo isolar-se num canto.

- Tomás é tomado pelo pânico e horror sempre que um outro interpõe-se, impedindo-o de ter acesso ao que quer. Grita intensamente, cerra os punhos, soca as próprias costas, num estranho movimento que parece encenar um outro que bate nele.

-Alexandre, tomado pelo que parece ser uma angústia devastadora, quebra tudo o que encontra pela frente, repetindo uma frase, um enunciado do outro: segura esse menino! Esse menino é perigoso!2.

Aparentemente surdas e mudas, essas crianças estão no campo da linguagem. Uma criança autista que fecha suas orelhas não está no pré-verbal, ao contrário, está plenamente na linguagem, porque, tampando os ouvidos, ela protege-se dos significantes do Outro, nos diz Lacan (1975). Mas, estando na linguagem, esta não foi subjetivada num discurso, como nos mostra Alexandre e sua ecolalia. Em seu aparente isolamento e alheamento, não são indiferentes à presença do Outro, muito pelo contrário, parecem sustentar a decisão de manter o Outro excluído.

"Há nessas crianças uma insondável decisão do ser de não ceder ao significante, manter o Outro à margem e fazer da língua uma língua morta" (Manzotti, Teggi, Vita, Pagadezádebal & López, 1998, p.83).

Se não pretendemos recuar diante da psicose, qual então a direção de um trabalho que não tome a estranheza dessas crianças como um déficit, propondo uma adequação à "normalidade", mas que reconheça aí a posição singular de um sujeito e que possa sustentar essa aposta?

Nos exemplos citados acima constatamos que o Outro é intrusivo sempre que toma a iniciativa. O que parece insuportável é a demanda, a iniciativa do Outro.

Lacan (1985), no Seminário 3, define a entrada na psicose (o desencadeamento) como o momento em que o Outro toma a iniciativa.

Marc Strauss (1993) aponta que há uma estreita relação entre a iniciativa do Outro e o inaceitável e que todo sujeito, neurótico, psicótico ou autista, tem de se confrontar com o inaceitável. Cada um arranjando-se a sua maneira na relação com o Outro, contanto que a iniciativa possa ficar do lado do sujeito. O neurótico, por efeito da metáfora paterna, dando uma significação fálica ao que a demanda do Outro veicula de desejo enigmático; o psicótico, reconciliando-se com um Outro destacado, numa partilha conveniente para ambos. Schreber, em seu delírio, reconcilia-se com a idéia insuportável de seu fantasma (ser uma mulher submetendo-se à copula) correlacionando seu lugar com a iniciativa do Outro, seu Deus. Assim, ele não perde sua própria iniciativa, mas vem completar, corrigir a de seu Deus, para que juntos restituam ao mundo sua totalidade perdida.

E os sujeitos autistas? Por falta da metáfora paterna, não possuem a chave fálica que lhes permitiria uma certa margem de manobra em relação à demanda do Outro (correm assim o risco de se tornarem objetos do gozo do Outro, de serem tragados por seu olhar, invadidos por sua voz). Também não têm o recurso da suplência de uma construção delirante, como na paranóia. Os autistas apresentam-se de fato como os sujeitos com menos latitude para se deslocar no mundo. Que recursos utilizariam para fazer frente ao Outro?

Todos os autores, desde Kanner (1997), que se aproximaram dessas crianças insistem: o universo delas, para não ser devastador, tem de ser controlado, por elas, nos mínimos detalhes. A presença do Outro e os signos de seu desejo, como o olhar e a voz, podem ser avassaladoramente invasivos, portanto, devem ser controlados ou radicalmente anulados, reduzidos à inexistência. Assim, parecem totalmente alheios, em suas atividades repetitivas, como Alexandre picando papéis, ou Artur com seus incansáveis gestos. Nesses momentos parecem prescindir do Outro, anulá-lo totalmente, não lhe fazendo nenhum apelo ou demanda. Mas, de repente, uma crise desencadeia-se, basta um olhar, uma voz, uma pequena aproximação, uma intimação do Outro.

Entretanto, esses sujeitos autistas podem responder de forma diferente. Se não nos dirigirmos diretamente a eles, se estivermos distraídos, ocupados com outra coisa, é então que eles se aproximam, surpreendendo-nos com o endereçamento de um apelo, um sorriso, um olhar. Como então trabalhar com essas crianças, sem nada demandar, ou seja, de que lugar operar?

Alexandre recusa-se a atender quando chamado para o almoço. Diante de nossa insistência, vai virando-se de costas, até voltar-se totalmente para a parede, fechando os olhos e tapando os ouvidos. Quando o deixamos de lado e chamamos outra criança, Alexandre levanta-se prontamente e senta-se para almoçar.

Jorge, quando chamado a participar de qualquer atividade, recusa-se. Entra e sai da sala, sempre errante, agitado, pedindo para ir embora, sem fixar-se em nada. Mas interessa-se por galhos de árvore, tocos, restos de lápis, fitas isolantes, barbantes. Com esse material constrói belíssimos objetos. Convoca então um adulto para ajudá-lo. Este tem que se comportar exatamente como ele determina. Segurar o galho de tal maneira, cortar aqui ou ali como ele ordena. Se obedecermos a todo este ritual, chega ao fim de sua criação. De posse desse objeto, que parece fazer uma mediação entre ele e o Outro, é capaz de permanecer por um tempo bem mais longo no Naicap.

Leo, quando chega ao Naicap, não dirige o olhar a ninguém, nem atende quando chamado. Aos 5 anos, lê com grande facilidade tudo que lhe vem à mão, agendas, cartazes, jornais, livros, até mesmo se estes estiverem de cabeça para baixo. Parece não tomar conhecimento de nada ao seu redor. Toma a mão de um adulto da equipe, segurando o seu dedo e faz com que este dedo vá deslizando pelo texto enquanto lê. De início, não podíamos em nada interferir na sua leitura.

Nossa postura foi então a de aceitar as suas regras, dando-lhe tempo. Aos poucos, permite que participemos de seu trabalho de leitura, cria um baú em que guarda seus jornais, interessa-se pela oficina de culinária, de fantoches. Constrói com seus jornais postos de gasolina, onde circulam carros, a gasolina entra e sai etc.

Acreditamos que, como nos aponta Virginio Baio, nessas crianças as estereotipias, repetições de gestos, pedaços de palavras, batimentos, rodopios, são recursos possíveis na tentativa de barrar o Outro (Baio & Kusnerk, 1993).

Se nos pusermos em posição de deixarmo-nos "esvaziar", dirigindo-lhes uma espécie de "oferta sem demanda", uma "presença ausente", como às vezes costumamos dizer, é que algo do sujeito pode então ser localizado.

É na singularidade de cada caso, desarmados de um saber prévio e numa postura de certa espera e observação de cada criança, que podemos encontrar o ponto em que uma falta, uma ausência possa fazer emergir um sujeito.

Nossa direção tem sido, então, a de reconhecer o trabalho de um sujeito nas desconcertantes produções dessas crianças. Um enunciado repetido do Outro, como a fala ecolálica de Alexandre, por exemplo, "Segura esse menino, esse menino é perigoso" é tomado como concernindo ao sujeito. Alexandre, de tudo o que ouve, escolhe este enunciado, e não outro, e o repete em determinados momentos, e não em outros. Há portanto aí uma escolha do sujeito. Ao sustentar esse reconhecimento na transferência, constituímo-nos enquanto lugar de endereçamento do que consideramos então como mensagem, abrindo assim um caminho para a possibilidade de a criança poder reconhecer esse dizer como seu e implicar-se aí.

Francisco chega ao Naicap com 8 anos. Roda em círculos com algum objeto enfiado na cabeça, como um balde, por exemplo. Faz-se portanto totalmente ausente. Olhos, ouvidos, boca, nariz tapados, não há brechas, gira, gira, até ficar tonto num gozo sem freio, agitado. Entra na sala da analista e, de costas para ela, bate com força num arquivo de ferro, fazendo um barulho ensurdecedor, saindo logo em seguida. Por muitas e muitas sessões, repete-se o mesmo movimento.

Um dia a analista, ao som de sua batida, começa a dançar e a cantar. Francisco assusta-se, olha para ela pela primeira vez. Nas sessões seguintes bate e olha para ela, que canta e dança no ritmo de sua batida. Francisco vai variando as batidas, e a analista, a música e o ritmo da dança. Francisco, a partir daí, espera ansioso a hora de sua sessão com a analista, sabe os horários e pergunta a todos pela analista: "Regina, Regina". Interessa-se por vários instrumentos e em participar da oficina de música. Aos poucos vai saindo do seu mutismo e isolamento. Fala, não só nomeando objetos, como começa a situar-se dinte de todos da equipe do Naicap. No refeitório diz: copo, liqüidificador, suco para o Francisco, suco para a Regina, para o Artur etc. Nomeia todos os membros da equipe e as crianças. Regula todos os horários das atividades e não deixa ninguém se atrasar: Samantha, 2 horas, hora de ir para o pátio etc... Circula pelo Naicap, entrando em contato com todos, mas sempre obedecendo a alguns rituais. Só pisa em determinadas partes do chão, apaga as luzes e ventiladores, arruma sempre as cadeiras da sala de recreação na mesma posição. Sabe onde mora cada membro da equipe, repetindo: Monique, Copacabana; Jeanne, Botafogo etc....

Na sala da analista guarda um baú com os seus nenens, com quem encena brincadeiras. Pega o boneco no colo, cuidando com carinho. Outras vezes, grita, berra, fura os olhos, arranca os braços para depois remontar os bonecos. Nessa mesma época, olha-se muito no espelho, falando seu nome. Diverte-se muito trancando alguma criança ou adulto numa sala ou banheiro, avisando às gargalhadas o que fez e correndo com a chave na mão. Exercita-se assim em vários domínios. Freqüenta escola regular, numa turma especial, e sua professora fica entusiasmada com seus progressos.

Esse foi o percurso que Francisco construiu no Naicap, num primeiro tempo. Os impasses que se puseram no momento em que trabalhávamos sua saída nos fizeram adiar este projeto. Francisco nos apontou, por uma ruidosa manifestação, que tínhamos nos precipitado e que ainda havia trabalho a ser feito. Novamente isolado e apresentando uma encoprese, trouxe sua mãe, muito angustiada, de volta ao Naicap, e levou a equipe a trabalhar mais intensamente a questão da saída das crianças do Naicap ou do fim de uma etapa de tratamento3.

 

TRATAR SEM FIM AS CRIANÇAS AUTISTAS?

Com essa direção de trabalho, alguns efeitos se produziram. Mudanças às vezes aparentemente pequenas, mas muito importantes para nós e que representam um intenso trabalho realizado pelas crianças. E que mudanças são essas? Uma certa pacificação, apaziguamento do gozo, crianças que saíram de seu isolamento, algumas que começam a falar, que podem se expressar, participando, minimamente que seja, da vida coletiva, podendo estabelecer alguns laços sociais; enfim, a promoção de um alargamento de seus horizontes, a possibilidade de serem tomadas por seus pais como um sujeito, e não apenas representadas por um único significante: autistas.

Na medida em que essas crianças dependerão sempre de uma atenção particularizada, não prescindindo de um dispositivo de cuidados, como pensarmos a saída delas do Naicap, fim de uma etapa de tratamento, levando em conta tratar-se "da direção da cura que não se cura" (Jerusalinsky, 1999, P-92), aqui onde "dirigir uma cura implica definir por quais caminhos se dirige o inairável'? (idem, ibidem).

Observamos, ao longo destes anos de trabalho, que a estabilização conseguida por essas crianças é extremamente precária, podendo ser rompida a qualquer momento. Mesmo quando saem do Naicap, este permanece como referência para os pais. Em várias ocasiões somos convocados a intervir em momentos de crise. Mas os pais também nos procuram como interlocutores em outras situações que consideram importantes na vida de seus filhos.

Acreditamos que a questão da saída, do fim, deve ser pensada desde o início. Não no sentido de metas a serem atingidas, de um planejamento, mas de um projeto, de possibilidades a serem conquistadas.

Indicadores de um fim devem ser identificados. Ora, se a montagem institucional se faz em torno da possibilidade de operar com a falta, como poderíamos tratar sem fim essas crianças? Estamos atentos para que, tomados pela angústia desse tempo sem fim, não estabeleçamos normas burocráticas como limite de idade, por exemplo, mas que os parâmetros nos sejam indicados pela clínica, na singularidade de cada caso.

João Pedro, um adolescente psicótico, expressa o paradoxo que se põe ao se pensar um final para o trabalho nesta clínica. Ele nos diz: "Deus vai me ajudar, que um dia não vou mais precisar destes remédios, mas sem vir aqui não consigo viver".

A idealização inicial que os pais fazem da instituição com todo o saber sobre a criança nela projetado, ou o seu oposto, uma arrogante certeza de um saber exclusivo a respeito de sua criança, costuma ser seguida por uma retomada, pelos pais, da condução da vida de seus filhos. É o que nos mostra o pai de Fabrício, quando procura informar-se sobre a existência de locais de permanência para seu filho, ou quando se põe a buscar "uma casinha com quintal onde ele e sua mãe possam ficar".

Alexandre vinha faltando bastante às suas atividades. Tânia, sua mãe, nos indicou o momento do término de uma etapa de trabalho, quando, visitando as novas instalações do Naicap, nos disse: "Como ele iria aproveitar se fosse pequeno!"

É importante ressaltar que algumas crianças permanecem num estado de grande precariedade psíquica, nas quais a melhora alcançada teve como efeito tão-somente evitar uma internação numa instituição fechada. Contudo estamos atentos para não criar uma situação de cronificação institucional, girando em torno de uma rotina automatizada, petrificada, com efeitos mortíferos, tanto para a criança quanto para a equipe.

Certamente é com a castração que deparamos, e com o que de invenção e possibilidades este confronto nos descortina. A cada criança, sua singular criação. Para cada membro da equipe, um caminho diferente. Mesmo que se busque uma direção comum, há que se inventar a cada caso.

"O terapeuta terá de fazer uma renúncia à sua pretensão narcísica de ver sua obra acabada, aceitando que a criança tenha a vida imperfeita, com as instituições imperfeitas, que, neste mundo imperfeito, estes pais imperfeitos poderão lhe proporcionar" (Jerusalinsky, 1999, p.96).

 

NOTAS

1 Este trabalho foi apresentado no I Simpósio Brasileiro Inter-Institucional sobre Autismo, Psicoses Infantis e a Intervenção Precoce, outubro de 1999, Recife, PE.

2 Alguns desses fragmentos clínicos já foram citados no artigo "O autismo como enigma" (Ribeiro & Couto, 1996, p. 207).

3 Agradecemos a contribuição de Regina Rodrigues Fampa, psicanalista do Naicap, que gentilmente cedeu suas anotações do caso clínico.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Recebido em 11/99