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Estilos da Clinica

versão impressa ISSN 1415-7128versão On-line ISSN 1981-1624

Estilos clin. vol.22 no.3 São Paulo dez. 2017

http://dx.doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v22i3p1-9 

FUNDAMENTOS

 

O pequeno Freud e o Complexo de Édipo

 

Little Freud and the Oedipus Complex

 

El pequeño Freud y el Complejo de Edipo

 

 

José Maurício Teixeira LouresI; Sonia Xavier de Almeida BorgesII

IMestrando no programa de Mestrado Profissional em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida. Psicólogo graduado pela Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
IIDoutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Psicanalista da Escola de Psicanálise do Campo Lacaniano e professora dos programas de Mestrado Profissional e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida, Rio de janeiro, RJ, Brasil

Correspondência

 

 


RESUMO

É inegável na experiência clínica que o destino de Édipo ecoa em cada paciente, pelo reconhecimento de seus desejos criminosos: o parricídio e o incesto. Este artigo faz um retorno ao complexo de Édipo a partir da análise feita por Freud de um sonho que teve aos sete ou oito anos de idade, em que reconhece em si os mesmos desejos proibidos que marcaram o destino de Édipo na tragédia de Sófocles.

Descritores: complexo de Édipo; interpretação; sonhos.


ABSTRACT

It is undeniable in clinical experience that the fate of Oedipus echoes in each patient, for the recognition of his criminal desires: parricide and incest. This article makes a return to the Oedipus complex from Freud's analysis of a dream he had at the age of seven or eight, in which he recognized in himself the same forbidden desires that marked Oedipus's fate in Sophocles' tragedy.

Index terms: Oedipus complex; interpretation; dreams.


RESUMEN

Es innegable en la experiencia clínica que el destino de Edipo resuena en cada paciente, por el reconocimiento de sus deseos criminales: el parricidio y el incesto. Este artículo retorna al complejo de Edipo a partir del análisis que Freud hace de un sueño que tuvo a los siete u ocho años de edad, en que reconoce en sí los mismos deseos prohibidos que marcaron el destino de Edipo en la tragedia de Sófocles.

Palabras clave: complejo de Edipo; interpretación; sueños.


 

 

Assiste-se hoje a uma discussão sobre a atualidade do complexo de Édipo, tendo em vista as grandes transformações sociais da contemporaneidade. Alguns autores vêm defendendo a desconstrução do Édipo, tendo como principal argumento o declínio da função paterna. Tais ideias, em nosso entendimento, se distanciam do campo epistemológico proposto por Freud e são, por isso mesmo, descartadas por Lacan no decorrer de seus seminários. Se em 1938, em seu artigo "Os complexos familiares", Lacan apresenta uma versão "familiarista" da psicanálise, a partir dos anos 1950 a substitui pelas leis da linguagem, a partir da influência de Roman Jakobson. O procedimento de Lacan é de nos levar do simbólico do mito grego ao real da estrutura do Édipo. A importância desse mito em Lacan não é menor do que em Freud.

Nesse contexto, tomaremos como referência para esta discussão um sonho do próprio Freud, aos sete anos, por ele apresentado e analisado em A interpretação dos sonhos. Nesse sonho, Freud se deparou com os mesmos desejos proibidos que marcaram o destino de Édipo na tragédia de Sófocles: o parricídio e o incesto.

Freud encontrou nesse mito um caráter universal, um destino comum a todo ser humano, e evidenciou que, "tal como Édipo, vivemos na ignorância de desejos que ofendem a moral . . . e depois de sua revelação, por certo, todos gostaríamos de desviar o olhar das cenas de nossa infância" (Freud, 2016, p. 286).

Sobre o seu sonho, Freud relata:

[O sonho] foi bastante vívido e me mostrou minha querida mãe com uma expressão facial singularmente calma, adormecida, sendo carregada para o quarto e deitada na cama por duas (ou três) pessoas com bicos de pássaros. Acordei chorando e gritando e atrapalhei o sono de meus pais (Freud, 2016, p. 611).

Ao interpretar esse sonho, mais de trinta anos depois, Freud nos diz: "Tomei as figuras com bicos de pássaro, muito altas e singularmente vestidas, da ilustração da Bíblia de Philippson; acho que eram deuses com cabeças de gavião que faziam parte de uma tumba egípcia" (Freud, 2016, p. 611). Também identifica que a expressão facial de sua mãe fora copiada do rosto de seu avô em coma, poucos dias antes de sua morte. E afirma: "A interpretação feita no sonho pela elaboração secundária deve ter sido a de que [minha] mãe estaria morrendo, e o relevo da tumba também se ajusta a isso" (Freud, 2016, pp. 611-612).

A partir da análise de sonhos de morte de irmãos, Freud (2016) observa que, de modo geral, o sentido desses sonhos, como indica seu conteúdo, costuma ser o desejo de que a pessoa em questão venha a morrer. Contudo, Freud ressalta que jamais usaria um sonho desse tipo como evidência de que o sonhador tenha recalcado, na atualidade, o desejo de morte dessa pessoa, podendo, neste caso, se tratar da manifestação de um desejo proveniente de épocas passadas. Mas, se tratando especificamente dos sonhos de morte dos pais, Freud questiona: "como se deve explicar o desejo de morte dos pais, que lhe dispensam amor e satisfazem suas necessidades, e cuja conservação [a criança] deveria desejar precisamente por motivos egoístas?" (Freud, 2006, p. 278).

Sobre essa questão, Freud (2006) aponta um caminho: os sonhos de morte dos pais evidenciam a sexualidade do sonhador numa tenra idade, como se a criança olhasse para o seu pai ou para a sua mãe como um rival no amor, cuja eliminação lhe traria vantagens. Com isso, podemos perceber não só que os desejos sexuais despertam muito cedo, mas que o pai e a mãe são, para a criança, primeiro objeto de amor e de desejo.

Ernest Jones, amigo e biógrafo de Freud, nos conta que Freud tinha poucas lembranças conscientes dos seus seis ou sete anos iniciais, mas em sua autoanálise recuperou, sem dúvida, boa parte das lembranças importantes que tinham sido esquecidas. Uma delas, nos diz Jones, "é a da entrada no quarto dos pais, movido por curiosidade (sexual), e a ordem para sair recebida de um pai irado" (Jones, 1989, p. 20). Em "Um tipo especial de escolha de objeto feitas pelos homens (Contribuições à psicologia do amor I)", Freud comenta:

[O menino] começa a desejar a mãe para si mesmo. . . . Não perdoa a mãe por ter concedido o privilégio da relação sexual, não a ele, mas a seu pai, e considera o fato como um ato de infidelidade. Se esses impulsos não desaparecem rapidamente, não há outra saída para os mesmos, senão seguir seu curso através de fantasias que têm por tema as atividades sexuais da mãe, nas mais diversas circunstâncias. . . . Como resultado da ação combinada, constante, de duas forças impulsivas, desejo e sede de vingança, as fantasias acerca da infidelidade da mãe são, de longe, as que prefere. . . (Freud, 1910/2006, p. 177).

Cabe observar que Freud, em sua infância, havia fantasiado que seu meio irmão e sua mãe, ambos da mesma idade, eram amantes – conforme o próprio Freud relata e esclarece em seu artigo "Lembranças da infância e lembranças encobridoras", de 1901. Neste, Freud narra uma lembrança anterior aos seus três anos de idade em que se via exigindo alguma coisa e chorando, parado diante de um armário cuja porta seu meio-irmão mantinha aberta. E então, de repente, sua mãe entrou no quarto, como se estivesse voltando da rua. O esforço analítico o levou a uma concepção totalmente inesperada da cena. Freud relata:

Eu sentira falta de minha mãe e passara a suspeitar de que ela estivesse trancada nesse armário . . . e por isso pedira que meu irmão abrisse sua porta. Quando ele me atendeu e me certifiquei de que minha mãe não estava no armário, comecei a chorar (Freud, 1901/2006, p. 65).

Freud, aproximadamente quarenta anos depois, se questiona sobre o que o levou a procurar no armário a mãe ausente. Após conversar com sua mãe, já idosa, sobre os acontecimentos dessa época, Freud se lembrou de uma babá que costumava insistir que ele lhe entregasse as moedinhas que recebia de presente. Essa pessoa desonesta praticara grandes furtos na casa da família de Freud enquanto sua mãe convalescia do parto. Por iniciativa de seu meio-irmão, a babá foi levada ao tribunal. O desaparecimento repentino da babá não lhe foi indiferente: perguntou justamente a esse irmão onde ela estava, que lhe respondeu dizendo que ela estava "encaixotada". Freud relata: "Na época, entendi essa resposta à maneira infantil", ou seja, que a babá fora colocada dentro de uma caixa (Freud, 1901/2006, p. 66). Freud percebera que sua irmã, Anna, que acabara de nascer – e ele estava muito longe de aprovar este acréscimo à família – havia saído do ventre de sua mãe, onde desconfiava ocultar ainda mais crianças. O armário (ou caixote) era para ele um símbolo do ventre materno. Seu irmão, que foi capaz de "encaixotar" a babá desaparecida, tomara o lugar do pai como seu rival, pois tornou-se também suspeito, de algum modo, de ter introduzido a menina recém-nascida no ventre materno. Em outras palavras, seu irmão fizera "aquela coisa" que, certo dia, o pequeno Freud viu seu pai e sua mãe fazendo no quarto e que, de certa maneira, estaria relacionado com a indagação sobre de onde vêm os bebês.

Mas, voltemos ao sonho. . .

Como vimos, a produção do sonho está submetida à condensação, em que há, por exemplo, substituição de uma pessoa por outra ou combinação de duas pessoas. Nesses casos, supõe-se uma equiparação dessas pessoas, uma relação simbólica entre elas. Sobre o sonho de Freud, podemos destacar: seu meio-irmão chamava-se Philipp – nome que podemos associar a Ludwig Philippson, tradutor da Bíblia judaica à qual Freud se refere. Poderíamos então formular a hipótese de que o conteúdo do sonho apontaria para a fantasia de infidelidade de mãe?

Bem, deixemos o sonhador fazer suas próprias associações.

Além da lembrança da ilustração da Bíblia, Freud associa as estranhas figuras à recordação do que escutara de um "malcriado filho de porteiro", também chamado Philipp, que costumava brincar com ele no gramado em frente à sua casa. Freud relata: "me parece que foi desse garoto que ouvi a palavra vulgar que designa a relação sexual. . . . Devo ter adivinhado o sentido sexual da palavra pela cara do meu experiente mestre" (Freud, 2006, p. 611). O menino lhe dissera a palavra vögeln, que significa "foder", e Freud a relaciona com a palavra vogel, que quer dizer pássaro.

Lacan (1957/1998, p. 514), na esteira de Freud, nos lembra que: "as imagens do sonho só devem ser retidas por seu valor de significante, isto é, pelo que permitem soletrar do 'provérbio' proposto pelo rébus do sonho. Essa estrutura de linguagem que possibilita a operação da leitura está no princípio da significância do sonho", de sua interpretação. Ao tomar a imagem das pessoas com bicos de pássaros como um significante, Freud estabelece uma relação entre o emprego fonético e simbólico das palavras vögeln e vogel, o que o leva a perceber que o recalque da causa da angústia revela, em suas palavras, "um apetite obscuro, manifestadamente sexual, que encontrou sua boa expressão no conteúdo visual do sonho" (Freud, 2016, p. 612).

Sobre a interpretação feita por Freud de seu próprio sonho, podemos acrescentar que, em uma carta a Fliess, de 15 de outubro de 1897, o autor relata que sua libido despertara em relação a sua mãe numa ocasião em que, na infância, a viu nua. E afirma: "Descobri amor pela mãe e ciúme do pai, também em meu próprio caso e agora acredito que esse é um fenômeno generalizado da tenra infância" (Freud, 1897/1986, p. 293, tradução nossa). E nessa mesma carta acrescenta: "Todo espectador foi um dia . . . em imaginação, um Édipo, e cada qual recua, horrorizado, frente à realização de seu sonho transposto na realidade, com toda a carga do recalcamento que separa seu estado infantil de seu estado atual" (Freud, 1986, p. 293, tradução nossa).

Segundo Freud, o mito de Édipo nos comove tanto quanto comovia a plateia grega da época justamente por falar de um destino que poderia ter sido o nosso, afinal, "antes do nosso nascimento o oráculo lançou sobre nós a mesma maldição que caiu sobre [Édipo]" (Freud, 2016, p. 285). Com efeito, é o destino de todos nós dirigirmos nosso primeiro impulso sexual para a mãe, como também o primeiro impulso de ódio e o desejo de morte para o pai.

O Rei Édipo, que matou seu pai Laio e casou com sua mãe Jocasta, é apenas a realização dos desejos de nossa infância. . . . Enquanto o poeta vai trazendo à luz a culpa de Édipo naquela investigação, ele nos força a conhecer nosso próprio íntimo, no qual aqueles impulsos, embora reprimidos, ainda existem (Freud, 2016, p. 285).

Freud também nos lembra que na tragédia, num ponto em que Édipo começa a se sentir perturbado por sua recordação do oráculo, Jocasta o consola fazendo referência a um sonho que muitas pessoas têm, ainda que, em sua opinião, não tenha nenhum sentido:

JOCASTA:

Fará sentido o padecer humano,

se o Acaso impera e a previsão é incerta?

Melhor viver ao léu, tal qual se pode.

Não te amedronte o enlace com tua mãe,

pois muitos homens já dormiram com a mãe

em sonhos. Quem um fato assim iguala

a nada, faz sua vida bem mais fácil (Vieira, 2015, pp. 71-72).

Sobre essa passagem, Freud comenta que hoje, como outrora, muitos homens sonham em ter relações sexuais com suas mães tal como sonham com a morte do pai. E isso lhes causa indignação e assombro. A história de Édipo, conclui Freud, partiria então destes dois sonhos típicos.

Posto isso, em 1909, ao descrever e analisar o caso Hans, Freud afirma ter encontrado de maneira concreta a confirmação do que tinha abordado na Interpretação dos sonhos, no que diz respeito aos desejos sexuais de uma criança para com os seus pais. Vejamos agora os comentários de Freud sobre um sonho de Hans, que nos parece elucidar aspectos de seu próprio sonho.

Aos quatro anos e nove meses, Hans despertou em lágrimas e, quando foi indagado sobre o motivo de seu choro, disse a sua mãe: "Quando eu estava dormindo, pensei que você tinha ido embora e eu ficava sem a Mamãe para mimarmos juntos" (Freud, 1909/2006, pp. 29-30). Sobre a interpretação desse sonho, Freud nos diz que podemos facilmente reconstruir o que de fato ocorreu no inconsciente: a criança sonhou que trocava carinhos com sua mãe e dormia com ela, "mas todo o prazer foi transformado em [angústia], e todo o conteúdo ideativo, no seu oposto" (Freud, 1909/2006, p. 108).

Em seu artigo "Observações sobre a teoria e prática da interpretação dos sonhos", (1923[1922]/2006), Freud nos mostra que uma parte característica do conteúdo do sonho pode ser substituída por uma "contradição defensiva" que conduzirá à substituição do conteúdo onírico por algo que é, em outro sentido, seu oposto ou contrário. Isto pode explicar o fato de que em seu próprio sonho e no sonho de Hans a deformação provocada pela censura fez com que o conteúdo manifesto do sonho representasse algo não só diferente, mas contrário ao pensamento onírico latente. Trata-se, segundo Freud, de "uma formação reativa contra os pensamentos oníricos, uma rejeição e contradição completa deles" (Freud, 1923[1922]/2006, p. 134).

Poderíamos então inferir que Freud seria um "pequeno Édipo" – como se refere a Hans –, desejando ter seu pai "fora do caminho', para que pudesse ficar sozinho com sua linda mãe e dormir com ela? Se assim for, ao acordar, de fato um desejo se realizou: o pequeno Freud conseguiu tirar seus pais da cama: "não desisti até ter despertado meus pais", disse Freud. E ainda acrescenta: "lembro-me de ter me acalmado repentinamente assim que vi minha mãe" (Freud, 1900/2006, p. 616).

Ao acompanharmos os passos que levaram Freud ao complexo de Édipo, inevitavelmente esbarrarmos em sua autodescoberta. Não diferente de nós, Freud reencena a trama do herói de Sófocles, cujo desvelamento de sua origem acontece de forma gradativa e engenhosa – assim como o percurso de uma análise. Nesse desvelamento, Édipo, que se vê como um estranho em Tebas, se descobre, contudo, filho de Laio e Jocasta. E Freud, ao se deparar com o estranho destino de Édipo, encontra na tragédia algo de familiar: uma metáfora de seus próprios desejos infantis.

Essa mesma constatação Freud encontrará em sua clínica. No magistral caso do Homem dos Ratos (Freud, 1909/2006), por exemplo, após exaustiva interpretação de sintomas e sonhos, pôde constatar, na origem de sua neurose, o ódio pelo pai, o desejo parricida. Em Dora, também encontrou, na gênese de seus conflitos, uma encenação da trama edípica.

Se podemos, assim, situar o complexo de Édipo como a tragédia com a qual nos deparamos nas análises, sendo, portanto, o principal alvo atingido pela interpretação, é também o que demarca os limites da experiência analítica, tal como o situa Freud, em seu texto "Análise terminável e interminável":

Frequentemente temos a impressão de que o desejo de um pênis [na mulher] e o protesto masculino [que Freud situa como "luta contra sua atitude passiva ou feminina para com outro homem" ou, ainda, como "repúdio da feminilidade"] penetraram através de todos os estratos psicológicos e alcançaram o fundo, e que, assim, nossas atividades encontram um fim. . . . Seria difícil dizer se e quando conseguimos êxito em dominar esse fator num tratamento analítico (Freud, 1937/2006, p. 270).

Quanto à discutida atualidade do complexo de Édipo na contemporaneidade, inicialmente mencionada, é facilmente constatável, na experiência clínica, que o destino de Édipo ecoa em cada paciente, por reconhecer em si mesmo desejos criminosos: o parricídio e o incesto. O oráculo recebido por Édipo na famosa tragédia de Sófocles, no século V a.c., tornou-se um paradigma do próprio homem, tamanha sua importância simbólica – "matarás teu pai e dormirás com a tua mãe".

 

REFERÊNCIAS

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Freud, S. (2006). Análise terminável e interminável. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (E. A. M. de Souza, trad., Vol. 23, pp. 231-270). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1937)        [ Links ]

Freud, S. (2016). A interpretação dos sonhos (R. Zwick, trad.). Porto Alegre, RS: L&PM.         [ Links ]

Jones, E. (1989). A vida e a obra de Sigmund Freud (J. C. Guimarães, trad., Vol. 1). Rio de Janeiro, RJ: Imago.         [ Links ]

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Vieira, T. (2015). Édipo Rei de Sófocles. São Paulo, SP: Perspectiva.         [ Links ]

 

 

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Recebido em março/2017.
Aceito em dezembro/2017.

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