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versão impressa ISSN 1415-8809

Psicol inf. vol.14 no.14 São Paulo out. 2010

 

COMUNICAÇÃO

 

Ensaio sobre psicologia e religião: uma questão do olhar

 

An essay about Psychology and Religion: particular views

 

 

José Jorge de Morais Zacharias*

*Psicólogo, mestre em psicologia escolar e doutor em psicologia social pela USP.
Especializado em psicologia junguiana pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Analista trainee pelo Instituto de Psicologia Analítica de Campinas – IPAC da Associação Junguiana do Brasil. Autor de obras em tipologia e psicologia da religião. Docente universitário e organista. Contato: zacharias@terra.com.br.

 

 


RESUMO

Psicologia e religião são duas áreas que apresentam íntima relação, principalmente no contexto do atendimento analítico na praxis clínica. A par da história da ciência e sua tradição positivista, a psicologia como ciência tende a excluir a experiência religiosa do paciente ou reduzi-la a influências puramente psicossociais. Isto se deve ao fato de que a psicologia, assim como a cultura contemporânea, atribui o status de verdade aos postulados que podem ser demonstrados nos moldes da metodologia científica convencional. No entanto, a ciência é apenas um dos campos de conhecimento, ao lado da religião, das artes e da filosofia. Nenhum destes campos tem a verdade final. O fenômeno pode ser acessado por diversos olhares a partir destes campos, mas não há a superioridade de um olhar sobre o outro. A experiência da vida humana realiza-se neste quatérnio de campos fenomênicos e o diálogo entre a ciência psicológica e estes outros campos da experiência, via a prática analítica, conduzirá a análise para uma compreensão mais profunda da vida humana.

Palavras-chave: religião, religiosidade, prática analítica, psicologia da religião.


ABSTRACT

Psychology and religion are two areas that present an intimate relationship in the analytical context of the clinical práxis. According to the positive tradition, Psychology as a branch of science tends to exclude the patient's religious experiences or to consider them as the sole product of psychosocial influences. In our contemporary culture the status of truth is given just to the postulates that can be demonstrated in a conventional scientific methodology. However, science is one source of knowledge, just as religion, arts and philosophy and none has the ultimate truth. The phenomenon can be accessed by different visions, but there isn't a better vision. The life experience happens in this quaternary phenomenal field, including Psychological science, Art, Philosophy and Religion and the comprehension of this relation in the process of the analysis will lead to a deeper comprehension of human life.

Keywords: religion; religiosity; analytical practice; religion psychology.


 

 

As questões teóricas e conflitos entre a práxis da psicologia e atividades místicas ou religiosas sempre foram campo de muitos debates e pesquisas, seja em função de posturas mais radicais em termos de cientificismo ou posturas mais inclusivas do fenômeno religioso pela psicologia científica; ou por atividades ingênuas e crédulas que remetem ao pensamento mágico infantil. Estas oscilações de foco criam um movimento pendular e enantiodrômico.

Por um lado, o pêndulo tende para a postura científica mais positivista, em que alguns autores abordam o fenômeno religioso como algo exclusivamente psicossocial ou psicofisiológico, descrevendo crenças e valores de um determinado grupo ou mapeando sinapses e alterações bioquímicas do cérebro. Nestes casos, a essência transcendente da experiência religiosa, para o indivíduo que a vive, é alienada da natureza humana, reduzindo a vivência religiosa a um engodo, pois as divindades ou planos espirituais não passariam de conexões elétricas entre neurônios ou de crenças e tradições aprendidas culturalmente. Neste sentido, não há um significado intrínseco ao indivíduo que se relacione com as estruturas de sua personalidade.

Por outro lado, o pêndulo dispara para práticas e posturas pseudocientíficas, e que, se justificam todas as experiências religiosas como tal, sem a tentativa de se compreender quais suas implicações psicológicas, assim se autoriza uma postura contemplativa e fenomenológica primária sem a busca de suas implicações mais profundas.

Estes extremos de oscilação pendular nos remetem ora para o Logos crítico e cético, ora para o Eros crédulo e ingênuo.

O que Freud chamou de "onda mística" não é algo tão facilmente desconsiderado no âmbito da psicologia e das ciências sociais como um todo. Não é possível simplesmente pensar em resguardar a psicologia da "lama negra do ocultismo", como queria Freud no início da psicanálise (JUNG, 1975). Assim como o futuro de uma ilusão não se concretizou como ele julgava, isto é, a ciência substituiria a religião e esta última desapareceria, parece que a questão não é tão simples assim.

Nossa cultura brasileira foi construída na tradição católica popular portuguesa, amalgamada por práticas religiosas indígenas e africanas. Nossa religiosidade, a exemplo de todas as culturas, sempre incluiu aspectos místicos que foram se difundindo na vida social. E que de outro modo poderia ser, se afinal uma das expressões humanas mais legítimas é o comportamento religioso?

As culturas, sociedades e comunidades sempre dirigiram sua devoção a um deus, aos mortos, aos espíritos, a elementos da natureza, aos animais; e mais modernamente à ciência, ao capital ou ao partido. Sim, pois o comportamento religioso não precisa ser direcionado exclusivamente a entidades sobrenaturais em si; podemos observar a devoção a pessoas e deuses mais materiais, como ao Estado e ao capital, deuses um tanto mais perversos que os antigos. O comportamento religioso e místico é observado em todas as culturas e épocas, mesmo quando a Razão foi elevada à condição de deusa e consagrada na Catedral de Notre Dame durante o Iluminismo.

A partir disso, não podemos entender a questão do misticismo esotérico ou da religiosidade como algo que bate às portas da psicologia, como alguns psicólogos já colocaram na atualidade. Se assim fosse, seria o mesmo que admitir que a psicologia nunca se interessou em olhar a dimensão mística e religiosa do comportamento humano. Quem poderá afirmar que o misticismo e a religiosidade chegaram ao mundo depois da psicologia?

É fato que em muitas regiões do Brasil as pessoas confiam mais nas tradicionais benzedeiras do que nas práticas médicas convencionais e cientificamente demonstradas. Certamente, este dado evidencia, por um lado, uma sociedade organizada na desigualdade social, em que muitos nunca tiveram acesso a tratamentos médicos adequados e que o apoio mágico de benzedeiras foi o único alento em meio ao sofrimento físico e emocional.

Não queremos dizer com isto que somente o tratamento médico resolveria todo o problema, pois se esta população for arrancada de suas raízes tradicionais corre o risco de perder a alma. Sem as benzedeiras muito dos mapas de realidade destas populações se esvaziaria, lançando-as em um limbo entre sua tradição expropriada e a cultura cientificista não atingida. Entendemos alma aqui como raiz e cultura que dá sentido e significado a um indivíduo e a uma comunidade.

Com o desenvolvimento das ciências biológicas, psicológicas e sociais, certamente, os antigos xamãs, curandeiros, feiticeiros, adivinhos e outros foram forçados a ceder lugar aos médicos, psicólogos e cientistas sociais. Os séculos XIX e XX demonstraram o triunfo da ciência positivista e igualmente o da insanidade individual e coletiva (JUNG, 1988).

Não estou me referindo ao doente mental, que foi institucionalizado na tentativa da sociedade exorcizar o seu próprio mal-estar coletivo, personificado no indivíduo desidentificado, como bem o descreveu Foucault (1972). Referimo-nos aos que, se julgando portadores da racionalidade científica, jogaram o mundo em duas grandes guerras insanas.

Nunca houve tanta ciência no mundo, e este conhecimento jamais se comprovou comprometido exclusivamente com o bem-estar e desenvolvimento humano. Os conflitos da atualidade surgem de questões histórico-sócio-psicológicas, além das econômicas. A atual postura belicosa entre Ocidente e Oriente, entre a cultura cristã e islâmica, bem como o conflito na Palestina tem por base questões psicológicas profundamente arraigadas nas culturas afins.

Não pretendemos negar o conhecimento científico e tecnológico e tão pouco sua importância no desenvolvimento humano, mas gostaria de afirmar minha posição de que a ciência não é a única verdade pela qual deva se pautar a vida humana e a sociedade. Nem afirmar que a religião tem a habilidade de resolver os problemas do mundo. Aliás, muitas guerras foram e são provocadas por questões religiosas, mas nem por isto a religião deve ser um campo menosprezado; pelo contrário, deve ser compreendido, pois, segundo Jung, ainda habita em nós o ser humano primitivo (JUNG, 1987).

O dinamismo humano inclui outras verdades que, embora não sejam científicas, compõem o substrato de nossa experiência. Refiro-me a um quatérnio de campos de experiência humana, em que cada um possui suas verdades e conjunto de saberes, ainda que por métodos diferentes. Como podemos afirmar que a metodologia científica é a única forma de se acessar o conhecimento? Cada um dos quatro campos tem sua metodologia própria, em função da natureza do objeto ou fenômeno em escopo. Além disto, estes campos podem criar pontes de diálogo através de uma abordagem sistêmica e holística, lugar de amplificações dos saberes particulares de cada um dos campos de experiência.

Quem atenta para o humano e para si mesmo percebe a dinâmica destes saberes que coexistem na existência humana, se entrelaçam, se constroem e reconstroem ao longo da vida e da história. Uma verdade científica é tão real quanto uma verdade artística, religiosa ou filosófica. Cada saber se constrói com base nas diversas experiências.

Assim, os pressupostos da física, da biologia ou da psicologia são tão válidos quanto o é a obra de J. S. Bach, a filosofia de Kant ou os milagres de Lourdes. Não se utiliza o mesmo método para cada um destes saberes, mas todos eles não exprimem verdadeiramente o fato da existência humana? Compreender a existência como uma pluralidade de experiências com campos de conhecimento, cada um íntegro em si mesmo, é conferir maior abrangência às dimensões humanas e sua fenomenologia.

Deixando estes saberes todos no mesmo nível e importância para o desenvolvimento e compreensão humana, gostaríamos de propor um sistema de abordagem – a questão do olhar.

Entendendo cada um de nós como um ser único, apesar de multifacetado e coletivo, preferimos nos referir ao ser humano como um fenômeno humano que é manifesto em cada indivíduo e na sociedade (presente, futura e histórica).

Desta maneira, podemos abordar este fenômeno através de diversos olhares. Podemos compreender a experiência e a existência pelo olhar religioso ou científico, pelo olhar filosófico ou artístico.

Se optarmos pelo olhar religioso, ainda precisamos definir se avaliamos e compreendemos a experiência do nosso interlocutor sob o nosso próprio olhar ou na perspectiva religiosa do paciente; se pretendemos convertê-lo, compreender ou afirmar sua crença.

Se optarmos pelo olhar científico, mais especialmente, o olhar clínico psicológico, nós precisamos avaliar e compreender a experiência do nosso paciente sob o enfoque da ciência psicológica, sempre tendo como referência a vivência pessoal que nos é narrada.

O que está em jogo não é o fenômeno em si, que pode abarcar muitas leituras, mas a questão está nos olhos de quem vê.

Propomos uma analogia. Podemos observar uma plantação de soja como um belo quadro a ser pintado – o olhar estético. Uma obra do Criador em sua beleza e bondade – o olhar religioso. Um bom desempenho da safra com o preparo adequado do solo para a cultura da soja – o olhar agronômico. Um valor econômico na proporção de capital empregado e lucro obtido com a venda da soja – o olhar empresarial. Uma exploração de boias-frias que ganham muito menos do que podem render ao agricultor – o olhar sócio-político, e muito mais. O fenômeno é o mesmo, o que se altera é o olhar. E a possibilidade do diálogo entre os diversos olhares possibilita maior compreensão do fenômeno observado, com suas múltiplas implicações sem, contudo, abarcar toda a sua fenomenologia.

O mundo dos espíritos e o inconsciente possuem fenomenologia semelhante. No entanto, o psicólogo o abordará do ponto de vista da ciência psicológica e o xamã, o médium ou a yalorixá do ponto de vista mágico e espiritual. Um não invalida o outro, pois possuem entre si íntima relação analógica. Um se torna espelho do outro, mas não podemos saber precisamente qual a fonte produtora da imagem, se espiritual ou psicológica. Aliás, na prática, esta questão não importa muito, pois a intervenção analítica ou ritualística produzirá efeitos no indivíduo.

Por outro lado, em sua origem, não podemos claramente separar o que é espiritual ou psicológico, pois o campo em que se dá o fenômeno religioso é a própria psique (JUNG, 1991). Acreditamos que a fonte está muito além do que entendemos por espiritual e psicológico.

Neste sentido, o analista deve estar consciente do olhar profissional que é esperado dele. O psicoterapeuta não é, no exercício de sua profissão, um xamã – embora trabalhe com os mesmos conteúdos. O que diferencia um do outro é o olhar, a maneira e os referenciais conceituais que utiliza para referenciar sua atuação junto ao paciente. Como afirma Jung, a postura da consciência frente ao inconsciente sempre é uma postura religiosa (JUNG, 1980).

Quando o paciente traz conteúdos religiosos, a conduta mais apropriada ao analista é compreendê-lo sob os parâmetros da ciência psicológica e das crenças do paciente, sejam elas quais forem – sem julgamento ou preconceito. A dinâmica religiosa é do paciente e o analista deve respeitar isso, sabendo que a ciência não invalida a religiosidade, mas que esta compõe o todo do seu paciente.

O analista deve atuar com olhar científico, isto é, seu mapa de referências fundamentado na ciência psicológica, para dialogar com as crenças, experiências e valores de seu paciente, bem como com a vivência e questionamentos religiosos deste, sob o ponto de vista dos conceitos religiosos próprios do paciente e nos limites da prática psicológica cientificamente recomendada.

Apresentamos, a título de exemplo, um breve estudo de caso, também encontrado em Zacharias (1989) sobre uma mulher, denominada Rosana, de 35 anos que apresenta amargura em sua postura pessoal. Veste-se sempre de cores escuras e sorri com dificuldade. Chegou ao consultório com uma queixa vaga de falta de ânimo generalizado.

Atinha-se à rotina de trabalho em um RH (recursos humanos) de uma empresa de porte médio e morava sozinha na casa de seus pais já falecidos. Em sua infância, teve muitos problemas com a família. Sendo filha única, sempre presenciou e teve que lidar com os conflitos em casa. Seu pai bebia nos intervalos do emprego, e sempre se tornava agressivo, o que levava Rosana a enfrentá-lo quando estava violento, impedindo que este agredisse sua mãe.

Na juventude começou a participar de um terreiro de umbanda e tornou-se médium, desenvolvendo a habilidade de incorporação de guias espirituais: caboclo, preto-velho e exu. A partir deste desenvolvimento mediúnico passou a incorporar "seu exu" para enfrentar o pai quando este se tornava violento. Segundo ela, seu pai... "tinha medo deste exu".

Apesar desta situação familiar, ela sempre se achava na incumbência de cuidar dos pais. Havia a disposição de resguardar a família de qualquer problema, a ponto do pai de Rosana comentar no leito de morte que ele a havia impedido de se casar para ficar cuidando dele, e que o pai diz que... "naquele momento, se arrependia".

A partir da morte dos pais, ela passou a vestir-se de preto, continuou a morar sozinha na mesma casa, sem alterar nenhum móvel de lugar. Está configurado o aspecto mórbido em sua vida. Quando ela veio para análise, davaa impressão de ter saído de um velório, aliás, ainda não havia saído!

Nos altos dos seus trinta e cinco anos, não desenvolvera a sua vida sexual e afetiva; pois não havia superado a mutilação sofrida. Deixou o quarto dos pais como estava no dia da morte deles, não arrumou ou reformou o ambiente, permanecendo simbolicamente na tumba dos pais. Dormia na sala com a TV ligada, pois sentia medo da noite.

Há três anos havia se convertido à Seicho No Ie e guardado imagens de santos católicos e entidades da umbanda, bem como outros objetos em um armário junto com os botijões de gás. Tudo muito bem trancado com um grande cadeado!

O trabalho com desenhos logo trouxe a figura de uma mulher solitária e sombria que aos poucos vinha à tona, ao passo que as figuras masculinas, em vermelho vivo, pareciam distantes e melancólicas, embora com aspecto agressivo.

De início, ficou claro que a passagem de uma prática religiosa para outra não ocorreu, mas sim um recalque da religiosidade vinculada à sua história pessoal e a sobreposição de outra prática religiosa diametralmente oposta, admitida pela persona que tentava ostentar.

O caminho analítico sugeriu que ela retirasse as imagens e objetos da umbanda, sua prática religiosa anterior, que estavam trancadas no armário do passado, passado este repleto de gás perigoso e explosivo.

Estas imagens foram lavadas, mas a paciente não sentiu vontade de jogá-las fora; ao invés disto, colocou-as sobre uma prateleira. A experiência mediúnica foi retomada e trabalhada em análise e, segundo a paciente, era filha da orixá Eua que, segundo alguns mitos, pediu ao pai para morar em um cemitério depois de sofrer muitos dissabores com seu amor por Xangô. O aprofundamento do mito de Eua favoreceu a compreensão da própria experiência pessoal da paciente com sua família e os rumos que sua vida tomou. Agora há sentido na experiência!

Surgiram algumas mudanças, como a nova disposição dos móveis e o cuidado com a casa. O aspecto tumular estava se transformando, na medida em que se transpunha a fase de morbidez de Eua para a função de intermediária de mundos e dinamismos.

Esta transformação foi conseguida graças à retomada da religiosidade antiga recalcada juntamente com o passado. A casa foi restaurada e limpa, os objetos da mãe e do pai, há muito guardados, foram doados. Os objetos da religiosidade anterior foram transpostos para a nova proposta da Seicho No Ie, compondo uma religiosidade sincrética, mas cheia de significados para Rosana. O jardim foi limpo, e o coração de Rosana preparou-se para transpor os limites do mundo sombrio. Eua e Perséfone realizam a viagem de volta. Ela conseguiu abrir-se ao mundo e ao relacionamento com o outro.

Finalizando, acreditamos – e esta é uma expressão da nossa crença religiosa na vida – que o fenômeno humano é vasto e não cabe somente nos parâmetros da ciência tradicional. Seria possível imaginar um mundo repleto de seres racionais, deterministas e probabilísticos sem música, filosofia ou religiosidade?

Procurar compreender a pessoa como um ser plural e único e, humildemente, atuar dentro dos limites dos nossos conhecimentos, o olhar psicológico, não temendo se confrontar com o sentimento de maravilhoso frente ao mistério da vida, trará dignidade e profundidade ao nosso trabalho e, quem sabe, poderemos ficar um pouco mais próximos da sabedoria.

 

Referências

FOUCAULT, M. História da loucura. São Paulo: Perspectiva, 1972.         [ Links ]

JUNG, C. G. A natureza da psique. CW v. VIII. Petrópolis: Vozes, 1991.         [ Links ]

______. Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.         [ Links ]

______. Presente e futuro. CW v. X. Petrópolis: Vozes, 1988.

______. Psicologia da religião oriental e ocidental. CW v. XI. Petrópolis: Vozes, 1980.         [ Links ]

______. Psicologia do inconsciente. CW v. VII. Petrópolis: Vozes, 1987.

ZACHARIAS, J. J. M. Ori axé, a dimensão arquetípica dos orixás. São Paulo: Vetor, 1998.         [ Links ]

 

 

Recebido em: 12/05/2010
Aceito em: 01/08/2010