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Print version ISSN 1415-8809

Psicol inf. vol.15 no.15 São Paulo Dec. 2011

 

Artigo

 

 

Fatores preditivos de transtornos alimentares entre estudantes do Ensino Médio

 

Eating Disorders Preditive Factors Among High School Students

 

 

José Carlos de Souza*; Neomar Souza**; Luis A. Magna***; Natália Segaglio Magna****

 

 


RESUMO

Os transtornos alimentares têm aumentado muito e com início cada vez mais precoce. Este estudo objetivou detectar a prevalência de sintomas indicativos de distúrbios alimentares em adolescentes. Responderam a um teste 1.108 adolescentes (sexo feminino) e 968 (sexo masculino) com idade média de 15,92 anos; 9,7% tiveram o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) positivo. A análise multivariada demonstrou a influência do sexo e sentimento em relação ao peso (p<0,001), sintomas depressivos (p=0,002) e índice de massa corporal (IMC) (p=0,010). Conclui-se que as adolescentes estudadas apresentam escores de EAT+ semelhantes aos descritos na literatura mundial.

Palavras-chave: adolescentes; transtornos alimentares; estudantes.


ABSTRACT

Cases of eating disorders and their premature onset have been increasing. The objective of this study was to detect the prevalence of symptoms suggesting eating disorders in Brazilians adolescents. Were interviewed 1108 females and 968 males, with mean age of 15.92 years; 9.7% of them had positive results on the Eating Attitudes Test (EAT- 26). The multivariate analysis showed that the results were influenced by gender and self-consciousness about weight (p<0.001), depressive symptoms (p=0.002) and body mass index – BMI (p=0.010). We concluded that the EAT scores presented by the female adolescents in this study were similar to those found in the international literature.

Keywords: Adolescents; eating disorders; students.


 

 

Introdução

O medo de ganhar peso e o desejo de perdê-lo podem desencadear uma preocupação excessiva com a alimentação e causar alterações comportamentais e até mesmo transtornos alimentares (TAs) (ALVES; VASCONCELOS; CALVO; NEVES, 2008). Nos últimos 20 anos, a incidência de TAs tem aumentado na população jovem; a prevalência de anorexia nervosa (AN) varia de 2% a 5% em mulheres adolescentes e adultas e é a terceira doença crônica mais comum entre adolescentes nos Estados Unidos (FISCHER et al., 1995); entretanto, Silva (2005) relata entre 4% a 30% de prevalência da AN; e em estudos como de Silva, Cruz e Coelho (2008), esses números chegaram a 65,21%.

A identificação precoce e o diagnóstico preciso dos TAs, com o tratamento adequado, podem prevenir a progressão e reduzir o risco de consequências crônicas à saúde (SILVA, 2005; AUSTIN et al., 2008). Do contrário, estes transtornos podem levar a consequências drásticas para o desenvolvimento social e acadêmico dos jovens e adolescentes em faixas etárias cada vez mais precoces (CONTI; FRUTUOSO; GAMBARDELLA, 2005); além disto, os TAs podem desencadear um atraso na maturação sexual e no desenvolvimento neuropsicomotor desta população específica (AZEVEDO; ABUCHAIM, 2006), inclusive com repercussões no relacionamento familiar (CAVALCANTE, 2009).

No que tange à avaliação desses transtornos, o uso de questionário de autopreenchimento tem se mostrado excelente parâmetro indicativo de transtornos alimentares (O'BRIEN; LEBOW, 2007, WILSON; TRIPP; BOLAND, 2005, YAMAMOTO; UEMOTO; SHINFUKU; MAEDA, 2007, SIERVO; BOSCHI; PAPA; BELLINI; FALCONI, 2005). Fairbun e Beglin (1994) compararam a entrevista estruturada, com a anamnese, e o questionário de autopreenchimento, para avaliar os distúrbios alimentares, e concluíram que o questionário apresentava maiores escores; porém ambos os métodos subestimavam o peso corporal.

As transformações ocorridas com relação à percepção da alimentação e do peso, bem como comportamentos alimentares disfuncionais, podem ser identificados por meio de instrumento específico, como o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) (GARNER; OLMSTED; BOHR; GARFINKEL, 1982). O EAT-26 foi elaborado por Garner e Garfinkel (1979) e compunha-se de 40 itens, tendo como proposta uma medida objetiva, de autorretrato, dos sintomas indicativos de transtornos alimentares. Posteriormente, foram eliminados alguns itens e atualmente contém 26. O EAT-26 foi validado no Brasil por Nunes et al. (1994) transformando-se em um instrumento muito utilizado em estudos epidemiológicos, para investigação de pessoas predispostas ao desenvolvimento de transtornos de conduta alimentar. Seu ponto de corte, para populações brasileiras, é 21 (NUNES et al., 1994). Pontuações maiores que 21 são indicativas de sintomatologia relacionada aos transtornos alimentare.

O presente estudo teve como objetivo detectar a prevalência de fatores preditivos de distúrbios alimentares em adolescentes estudantes do ensino médio, por intermédio do EAT-26.

 

Método

O método utilizado foi quantitativo, descritivo e de coorte transversal. Amostra – foi reunida por conveniência e composta de alunos do ensino médio de três estabelecimentos escolares particulares de Mato Grosso do Sul, dois da capital Campo Grande e um de Ponta Porã, situada a 335 km da capital, na fronteira seca com o Paraguai. Foram entrevistados 1.108 mulheres (53,4%) e 968 homens (46,6%), com idade média de 15,92 anos e desvio-padrão de 1,56 anos.

Instrumentos – foram aplicados dois instrumentos, sendo o questionário EAT-26 e um questionário sociodemográfico com as variáveis – idade, sexo, peso e altura (convertidos a IMC em Kg/ m2 para as finalidades do estudo); também foi perguntado como a pessoa se sentia em relação ao peso, se já teve sintomas depressivos, se praticava alguma atividade física e, em caso afirmativo, quantas vezes por semana e quais atividades.

Procedimentos – foram entrevistados 1.108 mulheres (53,4%) e 968 homens (46,6%), com idade média de 15,92 anos e desvio-padrão de 1,56 anos. A coleta de dados foi realizada em sala de aula, com a anuência dos professores e dos alunos, nos dias de atividades letivas nos quais não havia nenhum tipo de avaliação ou apresentação de trabalhos pedagógicos. Os métodos estatísticos utilizados foram a comparação de proporções pelo qui-quadrado (X2), ou teste exato de Fischer, no caso das variáveis de atributo ou categóricas. A comparação das médias foi feita pelo método t de Student, para amostras independentes, no caso das variáveis quantitativas. Já a análise multivariada foi realizada por meio do método da regressão linear múltipla escalonada.

Questões Éticas – quanto aos procedimentos éticos – para pesquisa com seres humanos, ressalta-se que todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, homologado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

 

Resultados

A população estudada mostrou prevalência de 9,7% de EAT positivo (IC 95% de 8,4% a 11,0%), resultado este que foi influenciado pelo sexo, como se sentia em relação ao peso, se já teve sintomas depressivos anteriormente e pelo estado nutricional (IMC). Em 23,5% dos casos houve indicação de mais de uma atividade física praticada pelo entrevistado, sendo considerada a primeira resposta a esta pergunta, para a finalidade da verificação da relação da modalidade de atividade física praticada com o escore do EAT-26 (tabela 1).

 

 

Houve uma significativa e maior prevalência de mulheres na categoria com escore superior a 21 do que homens. Constatou-se a mais alta prevalência de escore superior a 21 entre aqueles que sentiam seu peso como muito gordo, seguido dos que se sentiam gordo; a seguir, vinham as respostas médio e muito abaixo do peso, com igual prevalência; a menor prevalência foi a observada entre os que declararam se sentir abaixo do peso. A maior prevalência se deu entre aqueles que declararam já terem apresentado sintomas depressivos no passado; e entre os que se dedicavam à dança, ficando as demais modalidades assim distribuídas: sem atividade, academia e outra atividade com prevalência semelhante, seguidas de luta e esportes, também com igual prevalência.

 

 

A tabela 2 mostra que somente o peso e IMC, por decorrência, apresentaram diferença em seu valor médio. A idade e número de vezes que praticava atividade física na semana não apresentaram diferença significativa entre as duas categorias de EAT.

Procedeu-se à análise multivariada, segundo o modelo de análise de regressão linear múltipla escalonada (stepwise), tomando as categorias de EAT 26 e as variáveis sexo, como se sentia em relação ao peso, presença de sintomas depressivos e IMC. Não foi considerada a variável atividade física por se tratar de variável multinomial e não categórica. O resultado desta análise mostrou correlação significativa entre EAT 26 categorizada e as variáveis consideradas (p < 0,001 para como se sentia em relação ao peso e sexo; p = 0,002 para presença de sintomas depressivos; e p = 0,010 para estado nutricional (IMC)), nesta ordem de importância, segundo o coeficiente de determinação obtido (tabela 3)..

 

 

Discussão

O resultado de 9,7% de EAT positivo entre adolescentes obtido neste estudo assemelha-se com outros estudos realizados, como o de Alves et al. (2008) em que estudaram 1.148 adolescentes do sexo feminino de Florianópolis, SC, com a idade média de 14,1 anos (DP=2,3) e detectaram 15,6% de EAT positivo entre as adolescentes. Também se assemelha com resultados de Sampei (2001), que avaliou 279 adolescentes de 15 a 18 anos, de uma escola particular de São Paulo, SP, e encontrou 21,2% delas com indicativos de sintomas de AN (EAT positivo). Sepúlveda, Carrobles e Gandarillas (2008) investigaram 2.551 universitários de 13 escolas, de 18 a 26 anos, e tiveram uma prevalência de 14,9% dos homens e 20,8% das mulheres com alto risco de desenvolverem distúrbios alimentares; houve diferenças significativas quanto ao sexo (p<0,001). Resultado menor que o presente estudo foi encontrado por Rodríguez-Cano, Beato-Fernández e Belmonte-Llario (2005), na Espanha, entre 1.076 adolescentes, onde detectaram apenas 3,71% de prevalência do EAT positivo (6,4% mulheres e 0,6% homens).

Já Terry e Waite (1996) avaliaram 124 remadores de elite ingleses e detectaram que os atletas de baixo peso apresentavam 16,2% de EAT positivo, resultado maior que esta pesquisa. Hoffmann-Müller e Amstad (1994) avaliaram 203 estudantes do sexo feminino e 153 do sexo masculino, entre 14 e 19 anos de idade, e encontraram 4% das mulheres com alto risco da presença de distúrbio alimentar. Assemelham-se, também, ao presente estudo, Raymond-Barker, Petroczi e Quested (2007) que pesquisaram 48 atletas de resistência e detectaram 10,2% com risco de desenvolverem transtornos alimentares. Perini et al. (2009), encontraram resultados semelhantes entre atletas adolescentes de nado sincronizado, denotando uma tendência mundial de preocupação com a alimentação entre os adolescentes.

Na República Tcheca, Janout e Janoutová (2004) foi realizado um estudo epidemiológico com 403 pessoas e tiveram uma prevalência de 11,7% com EAT positivo; 10,9% tinham o IMC menor ou igual a 17,5 e apenas cinco pessoas tinham o IMC maior que 29, indicativos de AN e obesidade, respectivamente. No presente estudo houve correlação significativa do EAT positivo com o IMC, o sentimento em relação ao peso, o sexo e a presença de sintomas depressivos. Já Suhail e Zaib-u-Nisa (2002) encontraram 17% de EAT positivo entre 111 voluntários paquistaneses, sendo que 59% das mulheres tinham o peso normal e 21% estavam abaixo do peso e consideravam-se acima do peso. Corroborando com este estudo, Evans e Wertheim (1998) chegaram a estas mesmas conclusões e, ainda, incluíram a relação direta também com a ansiedade e a fobia social, em um estudo com 360 mulheres australianas.

Em um estudo transcultural, Toro et al. (2006) compararam a prevalência de distúrbios alimentares e de fatores de risco socioculturais entre 467 adolescentes espanholas do sexo feminino e 329 mexicanas, de padrões socioeconômicos semelhantes, na idade entre 11 e 12, e 17 a 18 anos; um quarto delas mostrou um risco significante de desenvolverem distúrbio alimentar e 6 a 7%, provavelmente, já o desenvolveram; não houve diferenças significativas entre as duas amostras. Este estudo transcultural assemelhou-se ao presente, que também apresentou certa influência do país vizinho, Paraguai, o qual possui hábitos e costumes alimentares semelhantes aos nossos. Porém, outros estudos demonstram muitas controvérsias ao analisarem a relação entre etnia e fatores indicativos de TAs, como o estudo de Sampei, Sigulem, Juliano, Colugnati e Novo (2009) que encontraram maiores escores no EAT-26 entre as adolescentes caucasianas do que as nipo-brasileiras, da cidade de São Paulo.

A amostra do presente estudo demonstrou uma prevalência de EAT-26 positivo dentro da média mundial, sendo que taxas de 8,8% ou menos são consideradas baixas e acima de 20% exigem uma preocupação maior (FIATES; SALLES, 2001, BENAVENTE; MORILLA; LEAL; BENJUMEA, 2003, ALVES et al., 2008).

Vale ressaltar que há a necessidade de se ampliar o estudo para outras escolas, tanto aquelas privadas, como públicas, para uma maior generalização dos resultados; assim como para colaborar com a prevenção dos TAs, visando, em última análise, uma melhor qualidade de vida dos adolescentes.

 

Referências

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Recebido em: maio de 2011
Aceito em: setembro de 2012

 

 

Agradecimentos

Aos alunos do Mestrado em Psicologia da UCDB, Cristiane Vinholi, Carlos Eduardo Vilela Gaudioso e Domingos Sávio da Costa, que colaboraram com este trabalho.

**Docente do Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Católica Dom Bosco UCDB – Campo Grande MS. Psiquiatra, Doutor pela FCM Universidade Estadual de Campinas – Unicamp; PhD pela Faculdade Medicina de Lisboa josecarlossouza@uol.com.br
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Psicóloga, Mestre em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco, UCDB; neomarsouza@uol.com.br

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Professor Titular de Genética Médica, Depto. Genética Médica, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. lamagna@uol.com.br
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Discente, bolsista de Iniciação Científica, Faculdade de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCamp. lamagna@uol.com.br