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Revista da SBPH

versão impressa ISSN 1516-0858

Rev. SBPH vol.13 no.2 Rio de Janeiro dez. 2010

 

ARTIGOS

 

Manifestações obsessivas em mulheres: uma nova demanda?1

 

Obsessive manifestations in the female universe: a new request?

 

 

Sandra Regina Turke*

Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este trabalho objetiva problematizar a relação entre a obsessão e a feminilidade mediante a afirmação, feita por quatro psicanalistas contemporâneos, de que as manifestações obsessivas em mulheres teriam aumentado na atualidade. Esse aumento estaria acontecendo principalmente em decorrência das modificações no papel social da mulher. Implicada na afirmação desses autores que são Chemama, Costa, Kehl e Santoro, está a idéia de que a mulher, que na época de Freud desempenhava um papel social passivo, encontra-se na atualidade desempenhando um papel social ativo. Uma discussão enfocando essa temática foi viabilizada por meio de uma pesquisa, realizada por mim no curso de mestrado, período no qual recorri à exploração de alguns textos de Freud. Na pesquisa como um todo, inicialmente foram apresentados alguns dados atuais, um breve panorama, sobre as manifestações obsessivas no universo feminino e, na seqüência: a matriz clínica da neurose obsessiva em Freud (até 1896) e a neurose obsessiva em Freud (de 1900 a 1926) – a concepção de feminino em Freud; e, por fim, uma discussão sobre a concepção freudiana de neurose obsessiva enfocando principalmente as noções de ativo e passivo. Neste trabalho são apresentadas de forma breve as conclusões as quais pude chegar por meio da referida pesquisa.

Palavras-chave: Obsessão, Feminilidade, Ativo, Passivo, Metapsicologia freudiana.


ABSTRACT

This research aims to analyze the relationship between obsession and femininity through the assertion made by four contemporary psychoanalysts that obsessional manifestations in women had increased today – mainly due to the changes in their social role. Related to Chemama, Costa, Kehl and Santoro's statement is the idea that the woman, who at the time of Freud played a passive role in society, is currently playing an active one. A discussion focusing upon this theme was made possible through the analysis of some Freudian texts. Initially some current data are presented, a brief overview on the obsessive manifestations in the female universe and, as follows: the array of clinical neurosis in Freud (until 1896) and the obsessional neurosis in Freud (1900–1926) - Freud's concept of female, and, to finish, a discussion on Freud's conception of the obsessional neurosis, mainly on the concepts of active and passive.

Keywords: Obsession, Femininity, Active, Passive, Freud's metapsychology.


 

 

Introdução

Na ocasião de hoje, aqui junto a vocês, minha intenção é compartilhar de forma breve das conclusões a que pude chegar por meio de uma pesquisa realizada por mim no curso de mestrado2. O objetivo dessa pesquisa, cuja natureza é uma revisão bibliográfica de alguns textos freudianos, consistiu em problematizar a relação entre obsessão e feminilidade.

Parafraseando Freud em seu texto "Feminilidade" (1933/1996, p. 114), dentre as pessoas presentes neste auditório, aos que se consideram homens, sinto informar de que não terão como fugir de ter que se preocuparem e de lidarem com esse problema, dentre as que se consideram mulheres, bem podemos ficar tranqüilas, isto não se aplica a nós, pois consistimos nós mesmas o problema.

Com a devida tranqüilidade que me cabe neste latifúndio freudiano, considerei então como ponto de partida para a essa problematização o discurso de quatro psicanalistas contemporâneos, Chemama (1999), Costa (1999), Kehl (1999) e Santoro (2006), que apontam para um aumento na apresentação de casos de mulheres obsessivas. A justificativa para esse aumento estaria, na opinião desses psicanalistas, atrelada às mudanças na configuração familiar desencadeadas principalmente pelo novo papel social da mulher, que estaria atualmente assumindo funções mais ativas antes conferidas ao homem. Pretendi então investigar se essa afirmação poderia ser considerada compatível com as premissas de Freud sobre a neurose obsessiva e também sobre as noções de ativo e passivo. E ainda, se existiriam na concepção freudiana especificidades, e no caso de existirem, quais seriam essas especificidades relativas à manifestação da neurose obsessiva na mulher, ou seja, se essa manifestação poderia ser considerada diferente, em comparação com a manifestação da neurose obsessiva no homem.

Esse interesse foi despertado a partir da afirmação feita pelos psicanalistas, que citei a pouco, de que o novo papel social da mulher estaria influenciando o aparecimento de um maior número de mulheres obsessivas. Em outras palavras haveria, de acordo com esses autores, uma relação quase direta entre uma maior atividade no papel social da mulher na atualidade e o suposto crescimento das manifestações obsessivas entre mulheres. Considerei que essa afirmação por si só mereceria uma pesquisa à parte e por essa razão meu estudo não pretendeu questioná-la, uma vez que ultrapassava seus objetivos. Tomei então, ao menos temporariamente, essa afirmação como verdadeira e formulei a seguinte questão: se de fato o número de mulheres obsessivas aumentou na atualidade seria possível, tendo como base a concepção de Freud sobre a neurose obsessiva, considerar o papel social atual da mulher (mais ativo) como uma razão aceitável para o aumento da manifestação obsessiva entre as mulheres? E o que mais interessa refletir junto a vocês por ocasião da nossa VIII Jornada: estaríamos diante de uma nova demanda e, por conseguinte, da produção de novos saberes?

Levando-se em conta que, do ponto de vista da metapsicologia freudiana sobre esse quadro sintomático (a neurose obsessiva) o fator determinante é a atividade relacionada à pulsão e não simplesmente a atividade como manifestação social (comportamento social), o trabalho realizado reuniu um material que, por meio de seu exame, possibilitou uma revisão da concepção de Freud sobre a neurose obsessiva e sua aplicabilidade ainda nos dia de hoje. Dito de outra maneira, que a sua manifestação sintomatológica tem outros fatores determinantes independentemente do gênero no qual se manifesta.

A reflexão tomou então a seguinte direção: de acordo com a concepção freudiana, a manifestação da neurose obsessiva não teria a ver com o gênero, mas emergiria como resultado do funcionamento de um aparelho psíquico no qual o aspecto ativo do destino pulsional tornou-se preponderante. Em outras palavras, a pesquisa realizada pretendeu demonstrar a atualidade da concepção freudiana sobre a neurose obsessiva, que não se limita ao gênero.

Uma das principais razões para o desenvolvimento do estudo realizado foi a preocupação das instituições de saúde com a qualidade de vida de seus pacientes e, portanto, com uma prestação de serviço com excelência no que diz respeito à assistência. Este é o caso principalmente das instituições públicas, incluindo o hospital para o qual atualmente presto serviços como psicóloga, que, em geral, buscam uma articulação entre assistência, ensino e pesquisa.

Parte das sensações e impressões acumuladas em anos de trabalho junto a pacientes demandou, nesse período de estudo, um esforço de elaboração e análise. Considerando-se que a neurose obsessiva é uma dentre outras formas de sofrimento humano, esta análise só poderia ser vivenciada por meio de um trabalho de pesquisa. Espero que nossas reflexões aqui hoje possam contribuir no âmbito teórico e prático, levando-se também em conta o nosso engajamento profissional em equipes interdisciplinares empenhadas no tratamento (recuperação e prevenção) de problemas bio-psico-sociais desses pacientes.

Durante a revisão bibliográfica para a minha pesquisa foram encontradas diversas referências à neurose obsessiva no universo feminino. Dentre essas referências causou especial interesse as afirmações em torno do aumento expressivo dessa patologia entre as mulheres na atualidade. Foi dessa maneira que o trabalho discutiu esses dados, considerando-se que, desde Freud, a neurose obsessiva pertencia mais ao âmbito do masculino e a histeria ao do feminino, dentro da referência ativo/passivo, apesar de em diversos textos ter o próprio pai da psicanálise se referido à neurose obsessiva em mulheres3.

De qualquer maneira, pesquisar mais sobre a neurose obsessiva era uma preocupação de Freud (1996/1909c, p. 214), que convocou outros estudiosos a fornecerem mais esclarecimentos sobre esta estrutura clínica e suas manifestações. Segundo o autor, uma discussão como esta contribuiria para uma maior compreensão a respeito da natureza do consciente e do inconsciente. Espero oferecer então uma pequena contribuição para o atendimento a essa convocação, inspirada pela exemplar dedicação de vários autores contemporâneos que têm se debruçado sobre esse tema.

Faz-se mister afirmar que em minha fala todas as vezes que o termo neurose obsessiva é citado, diz respeito ao conceito criado por Freud desse quadro sintomático, ou seja, diz respeito às manifestações obsessivas e, portanto, não há nenhuma pretensão em utilizá-lo de acordo com outros referenciais teóricos, como por exemplo quando Jaques Lacan, fazendo uma releitura da obra freudiana, defende a idéia de uma estruturação obsessiva, apesar de minha pessoal simpatia pela técnica lacaniana.

Tinha, contudo, uma questão central que me acompanhava desde o início de meu estudo: seria a afirmação dos quatro autores citados anteriormente uma continuidade ou uma ruptura do fio com o qual são tecidos os textos freudianos? Fosse qual fosse a resposta para essa questão, acreditei que um retorno às premissas de Freud poderia trazer, uma pequena contribuição à discussão contemporânea, fazendo com que as afirmações atuais no campo psicanalítico pudessem ser enriquecidas à luz de sua memória.

Façamos então um vôo razante para que possamos vislumbrar rapidamente um panorama sobre as manifestações obsessivas no universo feminino.

 

Revisão do diagnóstico

Começo com a análise feita por Ribeiro (2005) em seu artigo "A mulher obsessiva entre a tragédia e o humor" na qual a autora aponta para o fato de, no século XIX, a psiquiatria conceber o quadro de neurose obsessiva como pertencendo às "loucuras maníacas e depressivas" (p. 399). A autora discute como se modificou o diagnóstico desse quadro desde antes de 1896, época na qual Freud ofereceu a este o estatuto de uma nova forma de neurose. Ribeiro (2005) nos conta que psiquiatras como J. P. Falret e Legrand Du Saulle afirmavam que após uma doença como a febre tifóide ou cólera observavam-se claras manifestações do que naquela época era denominado "alienação parcial com predomínio do temor ao contato com os objetos externos" ou "loucura da dúvida"4 (apud RIBEIRO, 2005, p. 399). Estes psiquiatras observavam também que essa patologia era atribuída principalmente ao campo feminino e afirmavam: "a loucura da dúvida afeta muito mais as mulheres que os homens, pode aparecer pela primeira vez na puberdade e se observa quase sempre nas classes sociais mais altas" (apud RIBEIRO, 2005, p. 399).

Tomando como base as afirmações dos médicos, citados anteriormente, a autora nos aponta ainda que no século XIX as mulheres se apresentavam em maior número nos consultórios psiquiátricos para falarem sobre suas obsessões e que estas últimas eram concebidas como fazendo parte de um quadro de loucura.

O que Ribeiro (2005) nos apresenta, portanto é que o quadro de neurose obsessiva em mulheres, ainda que diagnosticado com outra nomenclatura, já era antigo e freqüente e, como vimos, bem anterior à sua conceitualização em Freud. O novo está em que a partir de Freud essa patologia não é mais localizada no território das psicoses.

Segundo a autora, o motivo conferido à tendência das mulheres para freqüentarem em maior número os consultórios particulares dos psiquiatras, no século XIX, e falarem mais de si, em comparação com os homens, estaria atrelado ao que Freud considerou como sendo próprio do feminino devido às vivências implicadas na travessia do complexo de Édipo. Assim, o feminino teria, na argumentação de Ribeiro (2005), o que pude entender como uma marca psíquica produzida a partir da falta do pênis no corpo (castração), a qual instala, por sua vez, uma falta no inconsciente. A essa marca a autora se refere como uma dor própria, "a dor da falta"5(p. 401).

Gostaria de comentar que quando Ribeiro (2005) relata que no século XIX a neurose obsessiva era atribuída principalmente ao campo feminino, isso pode nos parecer, num primeiro momento, conflitante com as idéias defendidas por Freud de que a histeria pertenceria mais ao âmbito do feminino e a neurose obsessiva mais ao do masculino. Contudo, Freud apresenta vários exemplos de neurose obsessiva em mulheres e lembro que o feminino, em sua concepção, estava associado a uma posição que dá preferência a fins passivos e o masculino a uma posição que dá preferência a fins ativos, podendo então qualquer uma das duas posições ser apresentada tanto em um homem quanto em uma mulher. Para explicar melhor isto, que, segundo o próprio Freud, sempre foi de difícil elucidação, recorro a uma citação sua:

Poder-se-ia considerar característica psicológica da feminilidade dar preferência a fins passivos. Isto naturalmente, não é o mesmo que passividade; para chegar a um fim passivo, pode ser necessária uma grande quantidade de atividade (...) Devemos, contudo, nos acautelar nesse ponto, para não subestimar a influência dos costumes sociais que, de forma semelhante, compelem as mulheres a uma situação passiva. (FREUD, 1933, p. 116).

Temos nesta afirmação de Freud a evidente importância dada por ele à influência da esfera social. É interessante notar também que, de acordo com Ribeiro (2005), no século XIX as mulheres obsessivas já se apresentavam aos psiquiatras e em maior número e isso é diferente do que é apontado atualmente por psicanalistas. Estes últimos alertam para um aumento na apresentação de casos de neurose obsessiva na mulher em seus consultórios. Não há tempo suficiente neste momento para que eu possa fornecer alguns exemplos disso, mas há um trabalho meu intitulado "A neurose obsessiva sob a ótica contemporânea"6 que poderá ser consultado por quem dentre vocês se interessar.

A razão pela qual recorro hoje à contribuição dada por Ribeiro (2005) está ligada à menção que a autora faz ao diagnóstico da obsessão em mulheres no século XIX, o que nos permite um breve resgate histórico. Além disso, a partir de sua exposição, somos levados a pensar na existência de diferentes formas de diagnosticar esse quadro no campo da psiquiatria e da psicanálise. Para a psiquiatria a obsessão estaria no campo da psicose e para a psicanálise no campo da neurose. Desta forma, considerando a historicidade, somos levados também a refletir sobre a obsessão como fazendo uma passagem da loucura para a neurose, estando esta última mais próxima do que socialmente se considera normal. Esclareço que, neste ponto especificamente, utilizo o termo normal como aquilo que socialmente se considera mais próximo do comum, ou seja, do que se manifesta em maior número na população em geral.

Bem, meu estudo como um todo abrange as conceitualizações da neurose obsessiva bem como a do feminino realizadas por Freud e ainda demarca os vários casos de neurose obsessiva em mulheres tratadas por ele. Devido à restrição do tempo, na ocasião de hoje, poderei apenas compartilhar com vocês das conclusões às quais este estudo, até onde pode avançar, pôde nos oferecer.

 

Conclusão: atividade pulsional , obsessão e gênero

Considerando que neste estudo procurei entender se existiriam diferenças na manifestação de quadros de neurose obsessiva entre homens e mulheres, problematizando desta maneira a relação entre obsessão e feminilidade, cheguei às seguintes conclusões até o momento:

Nas premissas freudianas sobre a neurose obsessiva, considerando principalmente suas concepções de ativo e passivo, o que o autor leva em conta é sempre a atividade e passividade da pulsionalidade e não atividade e passividade dentro de um contexto social, onde o que se releva é sempre o comportamento do indivíduo em seu grupo comunitário.

Constatei que Freud (1894-95/1994) relata o atendimento de várias mulheres obsessivas (ver seção 3.2.1 da dissertação como um todo)7 e esse é um elemento importante que foi reforçado pelo argumento trazido por Ribeiro (2005) em seu artigo "A mulher obsessiva entre a tragédia e o humor", na qual a autora aponta para o fato de que, no século XIX, a psiquiatria concebia o quadro de neurose obsessiva como pertencendo às "loucuras maníacas e depressivas" (p. 399).

Enfim, o que Ribeiro (2005) apresenta em seu texto contrapõe-se ao que afirmam os quatro psicanalistas contemporâneos antes mencionados - Chemama (1999), Costa (1999), Kehl (1999) e Santoro (2006) -, que defendem um aumento, na atualidade, da apresentação de casos de mulheres obsessivas em comparação com a época de Freud. Haveria, de acordo com esses autores, uma relação quase direta entre uma maior atividade no papel social da mulher na atualidade e o suposto crescimento das manifestações obsessivas entre mulheres. No entanto, volto a afirmar que do ponto de vista da metapsicologia freudiana sobre esse quadro sintomático, o fator determinante é a atividade relacionada à pulsão e não simplesmente a atividade como manifestação social (comportamento social).

Assim, com o material reunido nesse estudo e por meio de seu exame, espero ter contribuído para uma melhor compreensão da concepção de Freud sobre a neurose obsessiva e sua aplicabilidade ainda nos dia de hoje. Dito de outra maneira, espero ter deixado ao menos algumas indicações que possibilitem compreender que a manifestação sintomatológica obsessiva tem outros fatores determinantes, sobretudo, a atividade característica da vida pulsional, e que independe do gênero no qual se manifesta. De acordo com a concepção freudiana, a manifestação da neurose obsessiva não tem a ver com gênero, mas emerge como resultado do funcionamento de um aparelho psíquico no qual o aspecto ativo do destino pulsional tornou-se preponderante.

Espero, por fim, que este trabalho tenha oferecido indicações sobre a atualidade da concepção freudiana sobre a neurose obsessiva, que não se limita ao gênero.

 

Referências

Chemama, R. (1999). A neurose obsessiva feminina hoje. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, (17), pp.16-25.         [ Links ]

Costa, A. M. M. (1999). A obsessão e a clínica contemporânea. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, (17), pp.9-15.         [ Links ]

Editorial. (1999). Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, (17), pp. 7-8.         [ Links ]

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______. (1996). Inibições, sintomas e ansiedade. In J. Strachey (Ed. e Trad.), edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (vol.20, p. 79-171). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1926).         [ Links ]

______. (1996). Feminilidade. In J. Strachey (Ed. e Trad.), edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (vol.22, p. 113-134). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1933).         [ Links ]

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Kehl, M. R. (1999). Blefe. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, (17), pp. 79-82.         [ Links ]

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Ribeiro, M. A. C. (2005). A mulher obsessiva entre a tragédia e o humor. In: Berlinck, M. T. (Org.). Obsessiva Neurose. São Paulo: Escuta, p. 399-404.         [ Links ]

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Endereço para correspondência
Sandra Regina Turke
E-mail: Sandra.turke@hotmail.com

 

 

1 Trabalho apresentado na VIII Jornada de Psicologia do HU/UEL e 2° Congresso Brasileiro de Psicologia Aplicada à Saúde, realizados em Londrina, 27-28-29 outubro de 2010.
* Coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná e docente do Curso de Formação em Psicologia Hospitalar da Universidade Estadual de Londrina/ HUTEC. E-mail: Sandra.turke@hotmail.com
2 Curso de Mestrado em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá. Linha de Pesquisa: Psicanálise e Civilização. Área temática: constituição do sujeito e subjetividade. Orientador: Hélio Honda; Co-orientadora: Viviana Carola Velasco Martinez; 2007 a 2010.
3 Por exemplo, nas "Conferências Introdutórias" (Freud, 1915-1917/1996) e em "Inibição Sintoma e Angústia" (Freud, 1926/1996).
4 Temos aí dois elementos, alienação ou loucura e dúvida, passíveis de uma associação com o que atualmente se discute em psicanálise sobre um agravamento nos quadros de neurose obsessiva, os quais apresentam uma conjugação com a psicose através de manifestações paranóides. Esse agravamento é nomeado de formas diferentes, por diferentes autores, e posso citar três fontes que servem de exemplos dessa discussão: como uma "condição trágica" (RIBEIRO, 2005, p. 402) que levam a mulher obsessiva a um "enlouquecimento maior" (SANTORO, 2006, p.02) ou "catástrofe fálica" (JERUSALINSKY, 1999, p. 32).
5 Considero "a dor da falta" (RIBEIRO, 2005, p. 401) como um terceiro elemento a ressaltar. Tanto quanto este último, os outros dois elementos citados anteriormente (a loucura e a dúvida), aparecem de forma marcante em toda a discussão (por isso faço uma retomada dos mesmos na categoria A clínica) num trabalho meu intitulado "A neurose obsessiva sob a ótica contemporânea". Esse trabalho poderá ser consultado, por quem dentre vocês se interessar, nos anais do "III Congresso Internacional de Psicanálise Fundamental e IX Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Categoria: apresentação em mesa redonda. Área temática: psicanálise e civilização, no ano de 2008.
6 Trabalho publicado nos anais do "III Congresso Internacional de Psicanálise Fundamental e IX Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Categoria: apresentação em mesa redonda. Área temática: psicanálise e civilização, no ano de 2008.
7 Dissertação de mestrado intitulada: "Obsessão e Feminilidade em Freud: contribuição à discussão atual sobre o crescimento de manifestações obsessivas entre mulheres" – Maringá, 2009.

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