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Revista da SBPH

versão impressa ISSN 1516-0858

Rev. SBPH vol.19 no.1 Rio de Janeiro jun. 2016

 

ARTIGOS

 

Os projetos de terapia assistida por animais no estado de São Paulo

 

The animal assisted therapy projects in the state of São Paulo

 

 

Amaliani Raquel Oliveira dos Santos1; Cíntia de Jesus Silva2

União das Faculdades dos Grandes Lagos - UNILAGO, São José do Rio Preto, SP

 

 


RESUMO

A Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma intervenção planejada e dirigida por profissionais que se utilizam de animais como co-terapeutas, os quais são parte integrante do tratamento. O objetivo da presente pesquisa, parte de uma iniciação científica, foi identificar os projetos de TAA existentes no estado de São Paulo e caracterizá-los em relação ao público alvo atendido, aos coterapeutas utilizados e às propostas apresentadas. Para a coleta de dados consideramos os projetos de TAA desenvolvidos no estado de São Paulo e divulgados em sites eletrônicos, canais de televisão, revistas e jornais impressos. Foram identificados 29 projetos, os quais a maioria atende pessoas de todas faixas etárias, apresentando ou não necessidades especiais; utilizam-se com freqüência do cachorro da raça Golden Retriever como coterapeuta; e as atividades estão habitualmente voltadas ao desenvolvimento biopsicosocial. Por meio desta pesquisa observamos a necessidade e a importância da terapia assistida por animais ser mais dinamizada para que os seus benefícios alcancem e auxiliem os pacientes que sofrem em decorrência de sua condição física e/ou psíquica.

Palavras-chave: terapia assistida por animais, São Paulo, projetos.


ABSTRACT

The Animal Assisted Therapy (AAT) is a planned intervention directed by professionals who use animals as co-therapists, which are part of the treatment. The aim of this research, part of a scientific research, was to identify the TAA projects in São Paulo and characterize them in relation to the target audience attended, the co-therapists used and proposals presented. For data collection we considered the TAA projects developed in São Paulo and released in electronic sites, TV channels, magazines and newspapers. 29 projects were identified, which most serves people of all ages, with or without special needs; often Golden Retriever dogs are used as co-therapist; and activities are usually focused on the biopsychosocial development. Through this research we observed the need and importance of animal assisted therapy to be more streamlined so that its benefits reach and assist patients who suffer because of their physical and / or mental condition.

Keywords: animal assisted therapy, São Paulo, projects.


 

 

Introdução

Os animais eram por algumas crenças e culturas considerados fonte de poder e força. A proximidade entre homens e animais trouxe grandes benefícios para ambos e promoveu uma relação de maior respeito e cumplicidade entre eles, até mesmo porque o animal era visto como sagrado, fiel e protetor (Dotti, 2005).

No Brasil, o primeiro registro da utilização de TAA foi da médica psiquiatra Nise da Silveira, que utilizou de cães e gatos no tratamento de pacientes com transtornos psiquiátricos. Esse trabalho foi desenvolvido no centro Psiquiátrico Engenho de Dentro – Rio de Janeiro em 1955, onde nomeou e considerou os animais que realizavam esse tipo de trabalho como co-terapeutas (Volpi & Zadrozny, 2012).

Atualmente animais como cães, gatos e cavalos têm se tornado importante instrumento de pesquisa na minimização dos sentimentos apresentados pela sociedade contemporânea como a solidão, o isolamento e o estresse (Medeiros & Carvalho, 2008). Sendo assim, já podemos encontrar animais em alguns consultórios, hospitais, escolas, instituições e postos de bombeiros, para uma melhoria do humor, recuperação de doenças e sendo utilizado como guia para pessoas que apresentam deficiência visual (Caetano, 2010).

De acordo com Pereira, Pereira e Ferreira (2007), na TAA o animal é geralmente utilizado com o objetivo de restabelecer o bem estar e a autoestima dos pacientes em tratamento. Segundo Dotti (2005) a TAA envolve o comprometimento de profissionais da área de saúde na utilização dos animais como ferramenta para a melhoria da condição física, social, emocional e cognitiva apresentada pelos pacientes. A TAA busca a promoção da saúde através da diminuição da hiperatividade, da depressão, da solidão, da ansiedade, dos problemas respiratórios, de lesões cerebrais, de moléstias cardiovasculares, na melhoria da interação social, na superação motora, dentre outros (Kawakami & Nakano, 2002). De acordo com estes a utilização da TAA auxilia no aumento das células de defesa do corpo, na diminuição do uso de medicamentos e consequentemente no tempo de internação dos pacientes. O objetivo da pesquisa, parte de uma iniciação científica, foi identificar os projetos de TAA existentes no estado de São Paulo e caracterizá-los em relação ao público alvo atendido, aos co-terapeutas utilizados e aos objetivos apresentados.

 

Metodologia

A coleta de dados foi realizada por meio dos projetos paulistas de TAA divulgados em sites eletrônicos, canais de televisão, revistas e jornais impressos.

 

Resultado e discussão

Foram constatados vinte e nove projetos que admitem a TAA como parte do tratamento direcionado aos pacientes no estado de São Paulo: Amicão; Amigos da Hippo; Amigos da Malu; Atividade, Terapia e Educação Assistida por Animais de Campinas (ATEAC); Caminhar; Cão Afeto; Cão Carinho; Cão Cidadão; Cão Idoso; Cão Terapeuta; Centro de Hippoterapia e Equitação Terapêutica (CHET); Centro de Reabilitação e Equoterapia Santo André (CRESA); Doutor Escargot; Equoterapia do Jockey Club; Equoterapia Itapetininga, Equoterapia Mirassol; Equoterapia Mirassolândia; Fundação Selma; Grupo de Trabalho Integrado (GATI); Instituto Brasileiro de Educação e Terapia Assistida por Animais (IBETAA); Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistida por Animais (INATAA); Instituto Passo a Passo Equoterapia (IPPE); Medicão; Novo Guia; Patas Therapeutas; Pet Terapia; PetSmile, Projeto Social e Wendy. A caracterização de cada um destes projetos, quanto à sua localização, ao ano de criação, os referidos endereços eletrônicos e a forma utilizada pelas pesquisadoras para a coleta de dados, estão presentes na Tabela 1.

 

Tabela 1
Caracterização dos Projetos

  NOME DO PROJETO CIDADE ANO / INÍCIO ENDEREÇOS ELETRÔNICOS FORMA DE COLETA DE DADOS
1 Amicão São Paulo 2006 http://www.hospitalsaopaulo.org.br/sites/humaniza/index.htm Site
2 Amigos da Hippo São José do Rio Preto 2010/ 2011 https://pt-br.facebook.com/amigosdahippo Site e divulgação na TV
3 Amigos da Malu São José do Rio Preto 2013 https://pt-br.facebook.com/amigosdamalupetterapia Site e divulgação na TV
4 ATEAC (Atividade, Terapia e Educação Assistida por Animais de Campinas) Campinas 2004 http://ateac.org.br/ Site
5 Caminhar Lorena 1999 http://sites.amarillasinternet.com/projetocaminhar/quem_somos.html Site
6 Cão afeto São José do Rio Preto 2015 http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2015/10/caes-sao-usados-no-tratamento-de-criancas-em-hospital-de-rio-preto.html Reportagem eletrônica e jornal impresso
7 Cão Carinho São Paulo 2011 http://www.terapiacaocarinho.com.br Site
8 Cão Cidadão Araçatuba 2003 http://www.fmva.unesp.br/caocidadao/introducao Site
9 Cão Idoso São Paulo 2000 http://www.dogtimes.com.br/projetoidoso.htm Site
10 Cão Terapeuta São Paulo 1998 https://pt-br.facebook.com/caoterapeuta Site
11 CHET (Centro de Hippoterapia e equitação Terapêutica) São José do Rio Preto 1989 http://www.hippoterapia.com.br Site
12 CRESA (Centro de Reabilitação e Equoterapia Santo André) Santo André 2008 http://www.equoterapiasantoandre.com.br Site
13 Projeto Dr. Escargot Pirassununga 1994 www.usp.br/jorusp/arquivo/2002/jusp598/pag09.htm Site e divulgação na TV
14 Equoterapia do Jockey Club São Paulo 2011 www.espacoleticiajunqueira.com.br Site e divulgação na TV
15 Equoterapia Itapetininga Itapetininga 2004 http://g1.globo.com/sp/itapetiningaregiao/cidade/itapetininga.html Site
16 Equoterapia Mirassol Mirassol 2012 http://www.projetoequoterapiamirassol.blogspot.com.br/ Site e divulgação na TV
17 Equoterapia Mirassolândia Mirassolândia 2013 http://www.mirassolandia.sp.gov.br/default.asp?pg=noticias_view&id_noticia=721 Site
18 Fundação Selma São Paulo 2003 https://pt-br.facebook.com/FundSelma Site
19 GATI (Grupo de Abordagem Terapêutica e Integrada) São Paulo 1980 http://www.lianaequoterapia.com.br Site
20 IBETAA (Instituto brasileiro de educação e terapia assistida por animais) São Paulo 2012 http://www.ibetaa.org.br/instituto.aspx Site
21 INATAA (Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistida por Animais) São Paulo 2008 http://www.inataa.org.br Site e divulgação na TV
22 IPPE (Instituto Passo a Passo Equoterapia) Itatiba 2001 http://www.guia-se.com.br/sp/itatiba/centro/ippe-instituto-passo-a-passo-equoterapia Site
23 Medicão Campinas 2004 http://www.projetomedicao.com.br/ Site
24 Novo Guia São Carlos 2000 www.projetonovoguia.com.br Site
25 Patas Therapeutas São Paulo 2012 http://patastherapeutas.org Site
26 Pet Terapia Mirassol 2014 http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2013/06/tratamento-com-animais-ajuda-alunos-da-apae-em-mirassol-sp.html Site e divulgação na TV
27 PetSmile Sumaré 1997 www.psicologiaanimal.com.br/arquivos/artigos/sorriso.pdf Site
28 Projeto Social São José do Rio Preto 2014 Não possui Reportagem eletrônica
29 Projeto Wendy Araraquara 2012 https://www.bicharia.com.br/projeto/projeto-wendy Site

 

Através da Figura 1 podemos observar que os projetos atendem públicos de diferentes fases do desenvolvimento humano, infância, adolescência, adulto e velhice. A maioria, ou seja, vinte e dois dos projetos prestam atendimento à todas as pessoas independente de sua idade. Os projetos Amigos da Hippo, Cão Afeto e CHET atendem apenas crianças, os projetos Cão idoso e projeto Social se destina apenas para idosos, já o projeto Doutor Escargot atende crianças e adolescentes, e o projeto Patas Therapeutas é destinado a crianças e idosos. Esses resultados vão ao encontro com o trabalho de Domingues (2007) ao apresentar que as intervenções da TAA não se limitam a nenhuma faixa etária, mas suas atuações podem beneficiar crianças, jovens, adultos e idosos. Contudo, Bussotti, Leão, Chimentão e Silva (2005), nos alerta sobre a importância de conhecermos o real quadro clínico do paciente, antes de inseri-lo à TAA em decorrência da possibilidade de encontrá-los imunodeprimidos e consequentemente impossibilitados de entrar em contato com os co-terapeutas utilizados. Para Dotti (2005), a TAA apresenta algumas restrições aos pacientes com algum tipo de alergia desenvolvida pelo contato com animais, complicações respiratórias, ferimentos expostos, além daqueles que demonstram insegurança ao lidar com determinados co-terapeutas.

 

 

A terapia assistida por animais além de atender todas faixas etárias como citamos acima, também está voltada para os atendimentos com pessoas que apresentam necessidades especiais, como mostra a Figura 2.

 

 

Dentre os vinte e nove projetos, treze deles estão voltados apenas aos atendimentos com pessoas que apresentam algum tipo de necessidade especial, enquanto sete realizam intervenções somente àqueles pacientes que não apresentam estas limitações. Já os projetos Amicão, Cão Terapeuta, Doutor Escagort, IBETAA, INATAA, Medicão, Novo Guia, Patas Therapeutas e PetSmile direcionam seus atendimentos à toda comunidade,independentemente da condição orgânica e/ou psíquica apresentada pelo sujeito. Esse resultado coincide com a pesquisa de Machado, Rocha, Santos e Piccini (2008) ao verificarem que a TAA pode ser utilizada com pessoas que apresentam limitações em áreas relacionadas ao desenvolvimento psicomotor e sensorial; com distúrbios físicos, mentais, emocionais; ao proporcionar uma melhoria na capacidade de socialização e na recuperação da autoestima.

O tipo de atendimento prestado à população dependerá basicamente do objetivo proposto por cada um dos projetos. Através da Figura 3verificamos que a maioria dos projetos, ou seja, vinte e cinco deles, têm como objetivo promover e/ou reabilitar o desenvolvimento motor e cognitivo dos pacientes. Para isso buscam o desenvolvimento biopsicossocial por meio de atividades que promovem descontração dos pacientes através da relação estabelecida com os animais, o que auxilia na promoção da cidadania, qualidade de vida e integração social.

 

 

Já os projetos Doutor Escargot, IBETAA e Novo Guia têm como finalidade auxiliar no processo de ensino e aprendizagem de alunos através do desenvolvimento de algumas habilidades por meio da relação afetiva estabelecida com os animais. Para isso são desenvolvidas atividades que envolvam valores sociais assegurando um comportamento escolar mais adequado e preventivo em relação às temáticas como bullying, drogas e hábitos de leituras.

Os objetivos da TAA encontrados na presente pesquisa estão em anuência com a pesquisa de Silva (2011), ao ressaltar que a TAA está voltada à promoção orgânica e social dos pacientes, assim como o trabalho de Caetano (2010), ao abordar a TAA como uma terapia que auxilia na descontração do ambiente hospitalar, na melhoria das relações interpessoais e na facilitação da comunicação entre pacientes, familiares e equipe de saúde, promovendo uma melhor relação entre eles. Esta definição pode ser complementada pela pesquisa de Bussotti et al. (2005) ao demonstrar que a TAA promove uma grande contribuição na redução do estresse e de seu impacto negativo gerado pelo processo de adoecimento e tratamento.

Para alcançar os objetivos acima citados, os projetos utilizam-se de coterapeutas. A Figura 4nos mostra que o cachorro e o cavalo são os coterapeutas mais utilizados entre os projetos. Treze deles têm apenas o cão como co-terapeuta, e a equoterapia é desenvolvida em outros onze. Já os projetos Amigos da Malu, Patas Therapeutas, Pet Terapia e Pet Smile, apesar de também utilizarem cachorros em suas atividades, recebem reforço de outros animais como gatos, coelhos, aves, peixes, tartarugas, chinchilas e porquinho da índia. Por fim, o projeto Doutor Escargot utiliza como co-terapeuta o molusco.

 

 

Kawakami e Nakano (2002) descrevem que o cachorro, por ser um animal que apresenta certa facilidade em atender o ser humano, é o mais indicado e procurado pelos que recebem o tratamento da TAA. Essa afirmação é compartilhada por Kobayashi et al. (2009), ao descrever o cachorro como um animal facilmente adestrado e capaz de manifestar natural afeição aos seres humano, o que proporciona uma grande aprovação pela sociedade. Dentre as raças de cães utilizadas podemos notar na Figura 5 que o cachorro da raça Golden Retrivier se destacou como co-terapeuta nos projetos encontrados. Tal fato pode ter ocorrido em decorrência desta ser uma raça que demonstra um comportamento tranquilo e apresenta uma rápida sociabilidade diante dos pacientes (Kobayashi et al., 2009). Segundo o autor Bargh (1999), o cachorro Golden dispõe de um temperamento agradável e delicado ao contato com crianças e idosos e possui uma inteligência admirável ao convívio com seres humanos.

 

 

Em onze projetos são utilizados o cavalo como co-terapeuta. Segundo Motti (2007), a equoterapia utiliza como co-terapeuta o cavalo, que auxilia na reabilitação do paciente e proporciona ganhos biopsicossociais. Esta abordagem se diferencia das demais através do contato físico mais ativo entre o paciente e o animal, através da equitação. O Conselho Federal de Medicina (CFM), em Sessão Plenária de 9 de Abril de 1997, aprovou o parecer 06/97 que diz que a equoterapia é processo terapêutico que possui um tratamento interdisciplinar nas área da saúde, juntamente com a educação, focando no desenvolvimento biopsicossocial do paciente. Atualmente a equoterapia está inclusa entre os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, conforme o projeto de lei 5.499/05 da senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO) (Larcher, 2005).

Em relação aos outros animais utilizados na TAA, ou seja, além de cachorros e cavalos, Campos (2009) reafirma a possibilidade de utilizar-se de várias espécies de animais, contudo nos alerta que alguns deles como cobras, aranhas e outros similares, na maioria das vezes, não devem ser manuseados, pelo fato de poderem apresentar reações inesperadas diante do ser humano.

 

Conclusão

Ao perceber os benefícios promovidos pela TAA, acreditamos ser importante conscientizar a humanidade sobre a relevância de mantermos e preservarmos uma relação cuidadosa, respeitosa e adequada entre o ser humano e os animais.

Por meio desta pesquisa observamos a necessidade e a importância da terapia assistida por animais ser mais dinamizada para que os seus benefícios alcancem e auxiliem todos os pacientes que sofrem em decorrência de sua condição física e/ou psíquica.

À medida que resultados de pesquisas revelam que a TAA pode favorecer a recuperação mais rápida da saúde dos pacientes e uma melhor qualidade de vida também dos familiares e profissionais de saúde, sugerimos que esta terapia seja incluída dentro das unidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) em seus diversos níveis de prevenção.

O desenvolvimento de políticas públicas em prol da dinamização dessa terapia poderá contribuir para a diminuição de gastos públicos na saúde em decorrência de fatores como a prevenção de doenças, uma recuperação mais rápida da saúde dos pacientes, e consequentemente menor necessidade de medicamentos, de internações e de consultas. Estes aspectos contribuiriam naturalmente para a diminuição inclusive do fluxo, na maioria das vezes, intenso nas unidades de saúde pública.

Por fim, a TAA, como técnica importante a ser utilizada no enfrentamento da doença e tratamento, muitas das vezes invasivos, poderia proporcionar uma melhoria na qualidade dos atendimentos atualmente oferecidos à população assegurando o direito de terem suas necessidades orgânicas e psicológicas reconhecidas e assistidas por meio de um olhar mais holístico e humanizado.

 

Referências

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1 Estudante do curso de Psicologia da União das Faculdades dos Grandes Lagos- UNILAGO, São José do Rio Preto, SP, Brasil. E-mail: mally_any@hotmail.com.
2 Psicóloga e Mestre em Psicologia da Saúde pela Universidade Federal de Uberlândia-MG; Docente do curso de Psicologia da União das Faculdades dos Grandes Lagos – UNILAGO e do Centro Universitário do Norte Paulista- UNORP em São José do Rio Preto- SP; Representante da Subsede de São Jose do Rio Preto do Conselho Regional de Psicologia / SP no Comitê de Ética e Pesquisa - UNESP/IBILCE; Prestadora de serviços na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE de São José Rio Preto- SP. E-mail: jscintia@hotmail.com.

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