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Cadernos de Psicologia Social do Trabalho

versión impresa ISSN 1516-3717

Cad. psicol. soc. trab. v.7  São Paulo dic. 2004

 

EDITORIAL

 

Nesta edição do Cadernos de Psicologia Social do Trabalho trazemos seis artigos que, no conjunto e em sua diversidade sobretudo teórica, expressam diversas leituras sobre Trabalho e Processos Organizativos. Este volume representa, assim, uma mostra da amplitude de perspectivas teóricas, de problemas, de focos e de possibilidades de intervenção que têm sido adotados e construídos na área. Por fim, a entrevista do economista Marcio Pochmann apresenta os desafios, o contexto e a definição de uma política pública na área do Trabalho em um município com as dimensões de São Paulo que tem como eixo norteador a idéia de emancipação social.

Vários são os entrecruzamentos temáticos e as possibilidades de indicação de proximidade e de distância entre os diversos artigos. Próximos às relações entre Trabalho e Saúde, temos os artigos: de Maria Luísa Sandoval Schmidt; de Maria da Graça Hoefel e colegas; de Mariana Brandão Lourenço Gonçalves e Frida Marina Fischer; e de Rosemeire Aparecida Scopinho. Que também apontam proximidades com outros temas caros à psicologia social do trabalho, como a economia solidária, os movimentos sociais, os processos de negociação etc.

Maria Luísa Sandoval Schmidt apresenta suas reflexões sobre a relação o sofrimento relacionado ao trabalho e ao desemprego, tomando sua visada a partir da clínica psicológica. Chama a atenção para a necessidade de desrespeitar as fronteiras construídas entre a psicologia do trabalho e a psicologia clínica, convocando-nos para um olhar interdisciplinar. Maria da Graça Hoefel e suas colegas abordam a situação de trabalhadores com Lesões por Esforços Repetitivos e nos apresentam sua experiência e suas reflexões sobre os Grupos de Ação Solidária, concebendo-os como proposta de intervenção e de transformação social. Mariana Brandão Lourenço Gonçalves e Frida Marina Fischer dedicam-se a relatar achados de pesquisa com trabalhadores de um hospital público em que foi utilizada a abordagem ergonômica. Rosemeire Aparecida Scopinho problematiza – mediante a leitura sobre os posicionamentos do Estado, das empresas e dos trabalhadores organizados –, situações do cotidiano de trabalho, como as mudanças tecnológicas e organizacionais, a cultura da qualidade e a ameaça do desemprego. Por fim, pontua a importância de os trabalhadores estarem qualificados para atuar sobre os problemas de saúde no trabalho e de se garantir a vigilância em saúde do trabalhador.

Maria Elisa Siqueira Borges, tomando a Ergologia como leitura teórica, problematiza a relação trabalho e subjetividade, propondo-nos pensar sobre os desafios que se apresentam, a partir desse olhar, para os profissionais de Recursos Humanos.     

O imaginário social está presente no artigo de Leonora Corsini e Edson A. de Souza Filho, que apresentam as representações sociais de estudantes universitários sobre estilos gerenciais, tomando-se diferenças e semelhanças em relação a gênero, tipo de empresa e expectativas sobre a gestão executiva.

 

São Paulo, novembro de 2004.

 

Leny Sato

Fábio de Oliveira

 

 

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