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Natureza humana

versão impressa ISSN 1517-2430

Nat. hum. v.5 n.2 São Paulo dez. 2003

 

ESTUDO DE CASO

 

Ver-se e ser visto na terceira idade*

 

Seeing yourself and being seen in old age

 

 

Maria Ivone Accioly Lins

Psicanalista. Fundadora e Coordenadora do "Espaço Winnicott - Estudos em Psicanálise e Cultura"

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A autora examina a relação entre a auto-imagem na terceira idade e a construção de uma identidade pessoal. O papel de espelho da mãe, da família e da sociedade em sentido mais amplo adquire, em determinada etapa do amadurecimento, uma importância relevante na construção de um si-mesmo autêntico e singular. Depoimentos pessoais de duas cineastas e relato clínico são utilizados na aplicação das proposições teóricas de D. W. Winnicott sobre a relação entre ser e ser visto.

Palavras-chave: Auto-imagem, Amadurecimento pessoal, Identidade pessoal, Meio ambiente, Terceira idade, Papel do espelho.


ABSTRACT

The author examines the relationship between self-image in old age and the construction of personal identity. The role of mirror played by the mother, the family and the society acquires, in large part, in a certain phase of maturity, an important role in the construction of an authentic and singular I. Personal accounts of two filmmakers and clinical reports are utilized in the application of the theoretical proposals of D. W. Winnicott regarding the relation between being and being seen.

Keywords: Self-image, Personal maturity, Personal identity, Environment, Old age, Mirror role.


 

 

A auto-imagem, enquanto produto da imaginação, visão ou concepção particular que o indivíduo tem de si mesmo, resulta, em homens e mulheres, de um processo que envolve os fatos e as experiências, as impressões e os sentimentos vividos pelo indivíduo ao longo de sua existência. Na terceira idade, esse processo tem uma longa história. É o início dessa história que abordarei neste texto.

Partindo do argumento proposto, utilizarei as idéias de Donald Winnicott, particularmente as expressas por ele no artigo sobre o papel de espelho que a mãe e a família desempenham no desenvolvimento infantil (Winnicott 1967c). No texto citado, o autor reafirma a importância do meio ambiente no processo de construção de uma identidade pessoal, construção que, no meu entender, subjaz à criação da auto-imagem dos indivíduos, homens e mulheres, em qualquer idade.

Winnicott acredita que a edificação de uma identidade pessoal tem início na etapa primordial do amadurecimento, momento que poderíamos chamar de estágio de indiferenciação, em que o bebê ainda não percebe a mãe como algo diferente de si mesmo. A primeira identidade do bebê se dá no sentido de ser um objeto que é ele mesmo. A mãe é um objeto subjetivo, diz o autor, usando uma expressão paradoxal para falar da primeira relação do bebê, uma experiência indizível em termos racionais. Nessa experiência primordial encontra-se a base para o sentimento que temos de possuir uma identidade.

A mãe de um bebê nesse estágio, por sua vez, identifica-se com o filho de um modo tão especial que leva Winnicott a dizer que o bebê é a mãe e a mãe é o bebê, deixando claro o novo significado que o conceito de identificação primária adquire em seu pensamento: uma identificação no sentido de ser, que se dá na medida em que a mãe se adapta ativamente às necessidades de seu filho.

O papel de espelho da mãe no processo de estruturação da uma identidade pessoal tem lugar na etapa seguinte do amadurecimento, o estágio eu sou, quando a mãe começa a ser percebida pelo filho como um componente objetivo do meio ambiente, como um não-eu.

Nessa etapa,aquilo que o rosto dela exprime, quando o olha, tem relação direta com o que está lá para ser visto. Isso se dá de tal modo que o bebê, ao contemplar o rosto materno, vê a si próprio nele refletido.

Foi após ler o texto de Lacan, sobre "O estágio do espelho", que Winnicott, com total originalidade, relacionou o espelho com o rosto materno. Para ele, no processo de amadurecimento emocional do indivíduo, "o precursor do espelho é o rosto da mãe" (ibid., p. 153). Os espelhos distribuídos pela casa têm importância para as crianças, assim como são significativas as ocasiões em que elas vêm seus pais se olharem neles. Mas é, sobretudo, no sentido figurado que o autor recorre à imagem do bebê refletida no rosto materno.

A capacidade de refletir o que está lá para ser visto é, para Winnicott, o resultado da capacidade de identificação da mãe com seu filho e do forte sentimento de devoção que ela nutre por ele. Tudo isso, afirma Winnicott, é comum às mães e faz parte do estado de preocupação materna primária em que elas se encontram no início da vida de seu bebê.

É preciso deixar claro que um autor que introduziu, na psicanálise, a idéia de espaço potencial não está falando de percepção objetiva do ponto de vista da mãe nem, tampouco, do bebê. Também não se trata de puras subjetividades de um ou do outro. Acredita Winnicott que tudo que é percebido é, ao mesmo tempo, concebido. Em outras palavras, o que percebemos é, em certa medida, por nós, criado.

Dentro dessa perspectiva, não há lugar para qualquer interpretação determinista e exclusiva do papel de espelho da mãe na constituição do seu filho, nem de uma total autonomia em relação à visão que a mãe tem dele. Cada bebê traz um potencial inato singular, que se atualiza nas relações com o meio ambiente.

Os homens e as mulheres, na terceira idade, tiveram experiências singulares de serem vistos por suas mães e, mais tarde, pela família, pelos cônjuges, filhos, netos e amigos. Se suas primeiras experiências foram boas, eles têm maiores chances de se verem refletidos em espelhos fiéis, rejeitando as imagens refletidas por espelhos deformadores, que não refletem o que estava lá para ser visto, mas sim o mundo interno de quem olha. As exigências de uma determinada sociedade podem exercer o papel de um espelho desse tipo.

Winnicott, ao transpor para a relação amorosa entre adultos o que vê a mãe quando olha o filho, diz: "o homem que se apaixona pela beleza difere totalmente daquele que, amando uma moça, tem o sentimento de que ela é bela e pode ver nela o que existe de belo" (ibid., p. 156).Tal afirmação será aqui ilustrada pela entrevista concedida pela cineasta, de meia-idade, Agnès Varda, para o filme Janela da alma - um filme sobre o olhar, dirigido por Walter Carvalho e João Jardim.

Diante da câmara, diz Varda: "Quando você pergunta se há momentos em que faço as coisas diferentes, lembro-me de quando estava filmando "Jacquot de Nantes" (...). É [um filme] sobre a infância e a adolescência de Jacques Demi, meu marido, que quando criança era chamado de Jacquot".

A cineasta fala de seus sentimentos ao olhar o marido através da câmara:

Eu estava fazendo o filme sobre a história que ele me contara e ele ficava lá assistindo às filmagens dele próprio quando criança. As imagens foram feitas na garagem de Nantes, no lugar real. (...) Eu me lembro de ter pensado fazer toda essa ficção sobre o Jacques. E Jacques estava lá, vivo, e talvez não ficasse vivo por muito mais tempo, pois estava doente. Eu pensei: "O que seria possível fazer por ele? Ah! ficar muito perto; o mais perto possível de alguém que sofria e sentia dor". E como cineasta, estar perto é perto mesmo.

Enquanto as pessoas podiam ver o seu rosto, braços e mãos, o que não era nada especialmente íntimo, quer dizer, como se ele estivesse tomando banho em casa, a forma como eu filmei seus braços, mãos e rosto, de perto, muito de perto, dava para ver, na textura daquele homem, cada pêlo; como se a gente estivesse dentro da pele dele.

Acho que só tive essa visão porque tinha medo de perdê-lo e o perdi. Ele morreu seis meses após as filmagens. Creio que nenhuma pessoa poderia o enquadrar exatamente como eu o fiz. (...) A visão é alterada por sentimentos, sentimentos fortes.

Um outro exemplo, segundo a cineasta:

Em 1986, fiz um documentário quando ele filmava. Encontrei as imagens muito mais tarde. Há uma cena em um bar. Jacques comprou um novo suéter branco. Catherine Deneuve está nesse bar, linda como um anjo, com um vestido listrado. Está divina! Vinte e quatro anos, uma beleza. E lá está Jacques, muito orgulhoso de seu novo suéter.

Ele tira a etiqueta e começa a vestir o suéter. Veste o suéter bem lentamente. Eu o focalizo. Depois de um tempo, ninguém mais olha para a bela Catherine Deneuve. Só se olha para o homem vestindo o suéter tão vagarosamente que chega a ser engraçado. Lembro-me de que, na narração, eu disse que nenhum jornalista ou repórter ficaria filmando o meu querido vestindo o suéter. Só eu, pois ninguém ficaria ali para ver isso. Ele faz assim, e faz aquilo, e faz assim, sem parar.

Vendo essas imagens, agora que ele já se foi, lembro-me que ficava com raiva por ele ser tão lento. Agora, eu o perdôo totalmente porque isso está no filme e as pessoas podem ver como ele era. As pessoas sorriem [ao ver o documentário] porque, de certa forma, era engraçado e porque esquecemos totalmente a Catherine Deneuve, passando a olhar exclusivamente para o suéter. Acho que só eu, amando-o daquela forma, poderia ter filmado essa imagem.

E conclui:

Então, a mudança não é o fato de a pessoa estar doente ou cega. Acho que é o sentimento que temos e nossa posição no momento em que olhamos ou filmamos. É nossa relação, nossa conexão com o assunto, com a pessoa; ou com os momentos de nossa vida. Era um filme de família e ele estava radiante de estar ali. Só eu poderia filmar meu amor se vestindo com aquele seu ritmo tão especial.

 

***

 

Alerta-nos Winnicott para os casos em que os"bebês têm uma longa experiência de não receber de volta o que estão dando. Eles olham e não se vêem a si mesmos" (ibid., p. 154). Nesse caso, o rosto da mãe reflete apenas suas próprias inquietações ou, pior ainda, a rigidez de suas defesas.

Privado do reflexo de si, o bebê vê apenas o rosto materno quando olha para a mãe. Tudo isso tem conseqüências nele; mais grave é a diminuição de sua capacidade criativa, uma vez que, nessa circunstância, a percepção objetiva toma o lugar da percepção criativa, não deixando espaço para uma experiência enriquecedora, em que a descoberta de si se alterna com a descoberta do mundo das coisas.

Winnicott explica que existem estados intermediários. Alguns bebês não perdem toda esperança. Em muitos casos, eles buscam um outro meio de obter algo de si de volta, a partir do meio ambiente. As crianças cegas exemplificam essa capacidade. A mãe, cuja expressão é rígida, pode responder de outras maneiras, como, por exemplo, através dos cuidados especiais dispensados ao filho quando ele adoece.

Em Janela da alma, uma segunda entrevista me chamou a atenção. A entrevista de uma outra mulher, também cineasta de meia-idade. Marjut Rimminem fala da experiência traumática de ser olhada pela mãe sem ser vista e da sua superação do trauma. Diz Rimminem:

Você provavelmente vê que estou olhando para você. Antes, quando eu olhava para uma pessoa, ela sempre se virava e dizia: com quem você está falando? Isso era muito chato. Você não consegue contato com as pessoas. Lembro de minha mãe olhando para mim. Sempre com o olhar muito deprimido e triste. Olhando e olhando, mas não se comunicando comigo de fato. Olhando através de mim. "Oh, minha pobre menina, oh, que horror." E isso me afetou. "Sou um fracasso porque minha mãe me olha desse jeito."

Remminem deixa claro que a mãe não a via, via apenas seu estrabismo. Continua a cineasta:

Mas eu estava decidida a não fracassar, a reagir, a fazer o que eu pudesse, a escolher uma profissão onde tivesse uma coisa que ninguém tinha. Onde pudesse transformar essas cinzas em uma jóia. Algo realmente sobre o trauma de ser deformado.

Na verdade, eu fiz o filme por outra razão. Nesse filme, o mal é feito mentalmente à criança por ela ter visto coisas difíceis e traumáticas. A visão é lesada de alguma forma, mas o filme é muito mais sobre isso de que sobre a deformidade.

Sobre sua infância, conta a cineasta:

Eu queria ser uma princesa como as minhas colegas e representar o papel principal da princesa na peça da escola. Mas nunca fui escolhida para ser a princesa. Certa vez, o meu papel foi o do rei. Passava a maior parte do tempo, no palco, debaixo de um pano cinza, transformada em pedra. No final da peça, quando o feitiço se quebrava, eu me levantava e podia ser o rei de novo por uns dois minutos. Esse era o final da peça e esse era o meu papel.

Então, depois de um tempo, eu não queria mais ser a atriz principal. Comecei a imaginar coisas e, como eu sou uma cineasta, faço cinema de animação. Faço todos os papéis. Movimento as marionetes, desenho os personagens, represento os papéis de todos os personagens. E adoro isso. Finalmente, consegui o papel de princesa que sempre quis fazer na escola.

O paradoxo disso tudo é que na última vez em que operaram meu olho, com bastante sucesso, o defeito foi corrigido e ninguém notou. Ninguém disse: "O que aconteceu com seu olho? Que maravilha!" Então, obviamente, todo esse trauma foi para quê?

Para Rimminem, seu grande trauma não era ser vesga, mas sim não ter sido vista. É o que deixa entender quando, no final da entrevista, fala do seu trauma:

É a minha lesão interna. Acho que é também sobre isso que tento falar no filme; que a verdadeira lesão não era perder um olho, ficar deformada, com o rosto que nem uma ameixa enrugada. Era ser feia e vesga, mas sem ninguém notar nada. Trágico, não é?

 

***

 

Gostaria de terminar com algumas palavras sobre o papel de espelho do analista, pois qualquer teoria, em psicanálise, não tem valor se não encontra sua aplicação na clínica.

Por muito tempo, os psicanalistas ortodoxos discriminaram os idosos em sua clínica, sob o pretexto de eles terem a personalidade já bastante estruturada. Mas, como pensa Winnicott, o paciente não tem idade ou tem todas as idades.

Quando comecei a ser procurada por pessoas da terceira idade, na maioria mulheres, duas coisas me surpreenderam: a capacidade que têm de voltar às experiências da infância e a amplidão de relações e histórias de vida que nos trazem.

Elas vêm para que as ajudemos a viver o luto da perda do cônjuge, o sofrimento de vê-lo acometido por enfermidades dolorosas e o medo da solidão. Vêm porque um dos filhos não conseguiu da vida o que esta tem para oferecer e por se sentirem culpadas quando acusadas, pelo marido e pelos outros filhos, da falta de êxito daquele que apresenta dificuldades.

Mesmo quando a queixa inicial diz respeito a seus problemas atuais, a história de suas vidas nos é contada no decorrer do tratamento. Falam de pais idealizados ou omissos, rivalidades entre os irmãos e de doenças físicas. Lembram de não terem sido suficientemente atendidas, compreendidas ou amadas. Esperam que compartilhemos de suas lembranças, o que as faz, muitas vezes, levar para a sessão álbuns de fotografia, apresentando-nos assim toda a família.

Identificadas com esses problemas, problemas da vida, devolvemos o que elas nos dizem, sem, muitas vezes, saber que o disseram.

Dona Grace foi um caso especial. Aos 79 anos, chegou ao meu consultório dizendo-se muito triste. O motivo de sua tristeza era claro para ela: o marido, dois anos mais velho, saía de casa todas as tardes para encontrar-se com sua ex-secretária no apartamento desta. A visita era rápida. Logo que começava a escurecer, estava de volta.

Descendente de estrangeiros, mulher reservada, minha paciente se casara com um homem mulato muito comunicativo e divertido. Desde o início do casamento sabia que era traída, pois chegou a flagrar o marido, algumas madrugadas, saindo do quarto da empregada. Enganava a si própria pensando que talvez não fosse bem aquilo o que se passava. Jamais falou sobre esses acontecimentos com quem quer que fosse. Tinha vergonha de ser traída.

No momento em que me procurou, começara a brigar muito com o esposo. Tratava-o mal e rejeitava qualquer tentativa de aproximação dele. Uma coisa a incomodava muito: perdera o companheiro que, às tardes, levava-a ao cinema. Não podia sair com as amigas - as que não tinham marido - porque elas estranhariam a nova situação e, certamente, lhe fariam perguntas embaraçosas. Dona Grace tinha uma auto-estima muito baixa. Sentia-se envergonhada, humilhada, como se houvesse algo errado nela. Ser traída era perder a dignidade.

Pouco a pouco nossos encontros passaram a ter uma função nova: era o lugar em que ela retomava os caminhos percorridos. E eles foram muitos. Juntas, revisitamos seu passado. Contou-me sua infância, lembrou da oposição que os pais fizeram ao seu casamento, falou-me da frustração de não ter tido filhos. Falava de como se via e como se sentia.

Mais fortalecida pela experiência de reconstrução de sua história, começa a sair com as amigas, ao mesmo tempo em que deixa de brigar com o marido. "Estava na sua." A resposta dele não demorou: passou a presenteá-la e, se não deixou de ver sua ex-funcionária, pelo menos estava mais discreto em suas escapadas. Minha paciente sentia-se vista pelo marido e divertia-se quando falava dos lucros que estava tirando da nova situação: passara a ser atendida todas as vezes que lhe pedia para lhe comprar algo. Tinha um fogão novo, novas panelas, nova louça. "A cozinha estava uma beleza."

Na medida em que a análise avança, a experiência dos pacientes de se verem refletidos no olhar do outro tem mão dupla. Eles tornam-se capazes de ver o analista como ele é, diz Winnicott, em seu texto "O uso de um objeto e o relacionamento através de identificações" (Winnicott 1969i).

Outro dia, no momento em que convidei uma cliente para entrar no consultório, surpreendi-me com a expressão de estranheza do seu olhar: ao mesmo tempo em que parece recuar, abre bem os olhos, como se examinasse meu rosto. Espelhada na sua fisionomia, tomo, de imediato, consciência do meu cansaço; nos dias anteriores, havia trabalhado demais e dormido "de menos". O rosto da minha paciente, como um espelho, refletira o que estava lá para ser visto. Habituada a suas projeções maciças sobre mim, dou-me conta de que ela começara a ver-me tal como eu me apresentava e a preocupar-se comigo.

 

Referências bibliográficas

Winnicott, Donald W. 1967c: "O papel de espelho da mãe e da família no desenvolvimento infantil". In: Winnicott 1971a.        [ Links ]

____ 1969i: "O uso de um objeto e o relacionamento através de identificações". In: Winnicott 1971a.        [ Links ]

____ 1971a: Playing and Reality.London, Tavistock. Tradução brasileira: O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago, 1975.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
E-mail: linsluz@iis.com.br

Recebido em 30 de janeiro de 2003
Apovado em 1º de outubro de 2003

 

 

* Trabalho apresentado no II Encontro de Gerontologia: "Dimensões do Envelhecer". Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2002.