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Natureza humana

versão impressa ISSN 1517-2430

Nat. hum. vol.11 no.2 São Paulo fev. 2009

 

RESENHA

 

Walter Brogan (2005). Heidegger and Aristotle: The Twofoldness of Being. Albany: Published by State University of New York.

 

 

Mario FleigI ; Cristóvão Atílio VieroII

I IIUniversidade dos Sinos

Endereço para correspondência

 

 

 

A obra do autor estadounidense Walter Brogan é uma relevante contribuição para o estudo, interpretação e difusão da leitura que Heidegger propõe de textos fundamentais de Aristóteles, da qual participaram alunos seus, como Leo Strauss, Hans–Georg Gadamer e Hannah Arendt, no início dos anos 20. A época anterior à publicação de Ser e tempo, e na qual se gestou sua obra capital, é um período de grande importância para a gênese do pensamento do filósofo alemão, e tem uma relevante influência composicional para a sua compreensão da fenomenologia. Nesse caminho, o autor do livro em estudo pretende não só demonstrar o impacto de Aristóteles no desenvolvimento e formação do pensamento de Heidegger como, mais do que isso, mostrar também o que nós podemos aprender sobre o Aristóteles das leituras de Heidegger.

Em contato com o teor revolucionário dessas interpretações heideggerianas sobre o corpus aristotélico (com ênfase na Física, Metafísica, ética e Retórica), a obra dirige–se a estudiosos de Heidegger e de Aristóteles, com uma cuidadosa e detalhada análise de muitos dos mais importantes trabalhos de Heidegger sobre Aristóteles, visando mostrar a sua validade por meio da estratégia de sujeitar a um rigoroso exame as interpretações de Heidegger sobre específicos conceitos aristotélicos, e de como eles surgem no contexto das suas traduções de passagens de Aristóteles, impondo–lhes um teste mais amplo. Esse trabalho é feito pelo autor em termos de confrontação da interpretação heideggeriana com passagens de textos de Aristóteles. é nesse horizonte que o livro oferece um estudo dos textos centrais, nos quais Heidegger apresenta seu retorno ao pensamento originário de Aristóteles, e salienta a proposta do filósofo alemão sobre a necessidade da deslatinização dos conceitos da filosofia aristotélica por meio da Destruição da história da metafísica. O objetivo dessa proposta é livrar Aristóteles das interpretações romana e cristã, e assim viabilizar uma volta à radical, originária e não metafísica dimensão da sua filosofia:

Destruição é o autêntico caminho no qual o presente deve ser encontrado em seus movimentos básicos, e encontrado de tal forma que por isso a ständige Frage, o questionar persistente, emerge da história, na medida em que o presente está preocupado com a apropriação e interpretação da possibilidade de uma experiência radical e fundamental. (p. 11)

O foco temático principal da explanação de Brogan está direcionado para o fato de que as leituras de Heidegger sobre Aristóteles são orientadas pela tese segundo a qual este último pensou o ser como twofold (“duplo”). Dentro desta descoberta, situa–se o que lhe que permite tomar o sentido do movimento (kinésis) como central para o pensamento e compreensão do sentido de ser em Aristóteles. O movimento (kinésis) é o tópico central que guia a interpretação de Heidegger e, segundo ele, é a principal questão da filosofia aristotélica: o problema do movimento e a questão do caráter ontológico dos entes que se movem. Enfim, o caráter ontológico do movimento (kinésis) constitui o que Brogan denomina de ontologia kinética.

O livro está organizado em cinco capítulos. No primeiro, Brogan tenta defender a posição de que para Aristóteles a metafísica é tanto física como a física é metafísica. Expondo uma apresentação do texto de 1922 sobre “as interpretações fenomenológicas sobre Aristóteles” (Informe Natorp), busca informar a estratégia que Heidegger emprega na leitura de Aristóteles, e o insight que governa suas interpretações. O insight é que Aristóteles descobre a dupla arché do ser, e que o primordial sentido de ser em Aristóteles é a produção, o ser produzido. As estruturas ontológicas descritas por Aristóteles emergem a partir da forma primordial de dispormos dos entes em geral. Mas, lembra Brogan, Heidegger não está dizendo que Aristóteles compreende tudo, inclusive o existente humano, em um modelo desenhado pela techné, e sim que os entes da técnica, os entes naturais e o existente humano são produzidos diferentemente, mas todos interpretados como formas de ser produzido. Quando se trata de tornar explícito o caráter ontológico da estrutura dos entes, o campo de investigação de Aristóteles não é o da techné, mas o da physis, aquilo que emerge e produz por si mesmo. Assim, o “texto básico para uma investigação ontológica dos entes produzidos é a Física” (p. 15). Heidegger faz isso para mostrar que Aristóteles preserva, mesmo em face de seu mestre Platão, um eco do pensamento grego originário.

Em seguida, no segundo capítulo, investiga a dupla visão de Natureza em Aristóteles, buscando confirmar a tese heideggeriana de que o projeto da filosofia aristotélica é o estudo do ser da kinésis (movimento). Mostra–se a afinidade existente do tratamento que o filósofo grego faz da physis em relação ao sentido predecessor de physis (remetendo à palavra original para o sentido do ser em geral). A physis tem um sentido composto, duplo, e é o nome para o duplo movimento do ser (génesis e stéresis). O autor expõe a questão heideggeriana de modo a mostrar que a concepção aristotélica de natureza trabalha a physis atendendo a uma concepção fundamental de natureza, diferente daquela de ser ela apenas o continente ao longo do qual os entes estariam dispostos. Há um originário sentido de physis como um dicotômico significado do ser em geral. E, quando este duplo sentido permanece inquestionado, a separação entre ser e ente se torna proeminente, resultando em uma divisão da filosofia em ontologias regionais. Uma crítica à visão ocidental de natureza impõe–se aqui. Aquilo que sustenta essa oposição e a mantém unida é o que permanece inquestionado. A visão de Aristóteles, segundo Heidegger, é a visão do caráter dúplice e ambivalente da physis, sem negar a unidade que caracteriza o ser. O que, segundo Brogan, Heidegger quer evidenciar na sua leitura, é a inseparabilidade da questão do ser e da questão da natureza no pensamento de Aristóteles. Torna–se indispensável, para Heidegger, que se faça levantar, na forma de esclarecer esta afirmação, um novo questionamento sobre a relação entre physis e techné na filosofia de Aristóteles.

Conforme Brogan, seguindo a leitura heideggeriana, “physis é uma aition” (p. 33). physis é entendida como a causa dos seres naturais. Nessa forma inicial, é posta em questão as formas de ser dos entes produzidos pela técnica e dos entes naturais (sunestoia), na sua complexa relação.

Separar as duas regiões de entes (os naturais e os artificiais) remete às duas diferentes formas nas quais os entes pertencem ao ser. Em ambos os casos, o movimento de ser produzido ou emergir ao ser caracteriza a forma de ser. Mas, em cada caso, o movimento de produção é diferente. Pôr essa diferença serve para articular a forma na qual kinésis é o ser dos entes naturais e saber como é que os entes naturais são revelados. O objetivo é clarear esse horizonte de diferença pela discussão do modo de ser da técnica. Entender como os entes são revelados de diferentes maneiras nos ajuda a esclarecer o horizonte para compreensão do movimento ontológico da physis.

A técnica procede referida pela forma de compreensão categorial dos entes à disposição, dentro daquilo que está voltado para a sua finalidade produtiva. Na forma da techné, os entes naturais são endereçados não como eles são em si mesmos, mas em termos de como eles podem ser apropriados na produção de algo pela techné. Porém, Brogan chama a atenção para o caráter derivado da techné, visto que sua capacidade de produzir entes não é natural, estando baseada numa familiaridade originária e pressuposta do ser dos entes naturais. A techné pressupõe um contato com o ser dos entes, ou seja, com a physis. Ela pressupõe o desvelamento. Ainda, essa técnica não está interessada pelo ser dos entes, mas por como estes entes poderão ser usados por ela. A intenção de Brogan, ao pôr em discussão o fato de que os entes naturais são em si mesmo aquilo que torna a techné possível, lança–nos em outro nível de consideração: a questão da ousia, pensamento central da filosofia de Aristóteles, como o horizonte de interpretação do ser da physis.

Segundo Heidegger, explica Brogan, Aristóteles parte da afirmação sobre a situação pré–ontológica da kinésis como sendo a forma de ser dos entes naturais. O pressuposto é que, guiados por uma análise fenomenológica dos entes naturais e pela compreensão ordinária dos entes por meio da técnica, nós alcançamos o sentido central do ser, que é a ousia. Assim, a ousia é o sentido unificador do ser, da qual depende a compreensão da estrutura dos entes. é nessa ambiguidade que se esconde a diferença ontológica que foi esquecida pela metafísica, e é essa diferença que governa o horizonte de compreensão entre ser e entes no pensamento de Aristóteles. Tal instância está além do campo da prova ou da definição.

Isso posto, no horizonte dessa diferença, encontramos os limites de um tipo de lógos, isto é, os limites do lógos da asserção proposicional. Não se chega a uma evidência do ser pelo caráter assertivo da afirmação proposicional, dado que esse tipo de lógos aparece apenas no horizonte da techné.

A principal questão era como resolver o paradoxo do movimento e da ousia, isto é, a questão de como os entes que são pela ousia podem ter a kínésis como sua forma de ser. Para resolvê–la, Brogan mostra que, conforme a interpretação de Heidegger, Aristóteles funda a solução inserindo uma única palavra no princípio de não contradição: hama (tempo). Ao mesmo tempo ser e não ser não são o mesmo. Por meio dessa palavra, Aristóteles é capaz de articular a estrutura do ser como mudança. Ele identifica um sentido ontológico de movimento através do tempo como um caminho necessário da presença dos entes naturais.

Adiante no livro, Brogan ressalta a posição de Heidegger de que Aristóteles diferencia ser e ente, indicando a diferença ontológica. Com efeito, é apenas colocando essa diferenciação que ele é capaz de pensar a mesmidade de um ser movente com o seu ser. Assim, compreende–se que um ente natural não é physis, mas um ente natural é na physis; e physis também não é um ente natural.

Aristóteles teria então aberto o caminho próprio para compreendermos a physis dos entes naturais. Seu método não é uma técnica, mas um método estritamente filosófico, visto que mostra que mudança é um caráter necessário do ser dos entes naturais, e nenhum caminho categorial de concepção da mudança pode chegar a esse mais profundo significado de kínesis.

O método de Aristóteles visa manter–se aberto à duplicidade da physis e à unidade que pertence a essa duplicidade. O twofoldness (duplicidade) do ser dos entes e o twofoldness (duplicidade) do próprio ser veio à luz por meio do lógos, no qual Aristóteles ancorou todo o percurso de seu pensamento.

Heidegger busca mostrar que, para Aristóteles, cada ato de pôr a si mesmo em presença é sempre um retirar–se da presença em direção à ausência ou não presença. Novamente, nas palavras de Brogan: “A duplicidade de génesis–stéresis é a presença permanente, a ousia dos entes naturais” (p. 108). O não ser pertence juntamente com o ser, como o ser dos entes naturais. “Ocultamento e stéresis não estão banidos do ser” (idem). Esta compreensão final da duplicidade do ser (twofoldness of being) no seu sentido mais radical implica uma relação contraditória, isto é, não apenas multiplicidade no sentido de que o ser tem duas partes, mas uma compreensão do ser como essencialmente divisiva e “agonística”, para usar a palavra do autor. “Vir a ser e queda estão reciprocamente unidos” (p. 109). Separação, individualização, multiplicidade são determinações dessa unidade original. Pensando como o múltiplo pode pertencer a um ente sem contradizer a unidade que caracteriza o ser dos entes, Aristóteles conclui que a mesmidade do ser e do uno não é uma mesmidade que acaba com a diferença, mas um pertencer conjuntamente (belonging together), uma multiplicidade que envolve uma transformação em outro que nunca é separado dos outros, tal que a unidade do ser é para ser entendida como um reunir–se na unidade, uma comunidade, uma relação originária. O ser difere em si mesmo em uma unidade que é dupla (génesis–stéresis).

O quarto capítulo enfoca o conceito de dúnamis. Nas leituras do livro Theta da Metafísica, Heidegger tenta ver a central importância ontológica da dúnamis na filosofia aristotélica, a partir da noção de “força”. Assim, contra uma longa tradição, para Heidegger, a potencialidade na filosofia de Aristóteles não é apenas uma característica acidental que pertence aos entes.

Para Heidegger, o primeiro contato que temos com a noção de força é quando algo bloqueia um acontecimento, no sentido de resistência. Ou seja, o que também ocorre na dúnamis é o não vir a ser (not comming through), um não ser apto. Resistência invade o poder sobre os entes naturais e primeiramente em relação à techné humana. Esta arché, como referência estrutural que comporta esses dois sentidos da dúnamis, necessita ser entendida como um deixar–ser e um resistir, sendo assim a origem de uma relacionalidade ambígua (a twofold relationality), conforme Brogan. Há, assim, um sentido de oposição no coração da dúnamis, sendo ela uma mútua e agonística relação, num belo jogo de opostos de uma mesmidade (kalos). O retorno ao horizonte originário e radical da filosofia de Aristóteles é proposto por Heidegger ao negar que a separação entre existência e essência fora realizada pelo filósofo, pois há uma prioridade da questão do how (“como”), na ontologia aristotélica. Há um “como” que pertence a toda força, de tal forma que a questão do ser só pode ser posta a partir da questão do “como” (existência de um ente). Há um objetivo para a sua completude, um ser direcionado para o cumprimento da sua finalidade: a referência ao telos é inerente à própria constituição da dúnamis.

O sentido não categorial de lógos buscado por Aristóteles tem estreita relação com o significado mais originário de dúnamis. Na base do lógos são diferenciados múltiplos tipos de potência. Potências que têm o lógos são distintas daquelas que são “sem lógos”. Aristóteles diferencia homens (dúnamis meta logou) dos outros entes (dúnamis alogos) pela capacidade que tem a dúnamis meta logou de abrir–se à relação com os contrários do ser, de estar aberto à duplicidade do ser (twofoldness of being).

O lógos humano tem uma forma de percepção que é unicamente humana, visto que se dirige ao múltiplo caráter do ser, estando aberto à dupla arché do ser, e é um “entre” que não pertence nem ao que percebe nem ao percebido, isto é, pertence a ambos, mas não de uma forma que acabe com a diferença entre eles. Questionar esse lugar, diz Brogan, para Heidegger, preparar–nos–ia para compreender que nós somos fundamentalmente atopos, incapazes de estarmos em casa em qualquer lugar. Assim, cabe ressaltar a interpretação de Heidegger, para quem a filosofia de Aristóteles procura pensar o dúplice caráter do ser sem negar a unidade que caracteriza o ser. O existente humano pode alcançar esse múltiplo caráter do ser à medida que o seu lógos (que é em si mesmo um duplo lógos) permaneça no “entre” que é aberto no espaço dessa duplicidade de ser e entes.

O capítulo final do livro tem como tema a análise da leitura de Heidegger sobre a ética nicomaqueia. A linha central da explanação de Brogan visa mostrar como a ética a Nicômaco, de Aristóteles, é uma ontologia do ser–aí humano, o que remete à gênese da analítica do ser–aí como foi apresentada por Heidegger em Ser e tempo. Brogan faz referência à segunda seção de Ser e tempo que, especificamente, indica ser a resolução em face de seu próprio ser (o abrir–se para o seu ser mais próprio) a base para um relacionamento livre com outros entes distintos de nós mesmos. Com base nessa perspectiva, Brogan é levado a afirmar:

A meu ver, a filosofia prática de Heidegger é fundada em Ser e tempo, que como a ética nicomaqueia de Aristóteles se enraíza em um insight essencial dentro da inseparabilidade de ontologia e ética. (p. 148)

Partindo daí, o autor mostra que Ser e tempo, principalmente na segunda secção que trata do ser–para–a–morte, não postula que o autêntico sentido de ser humano seja solipsista e isolado do envolvimento prático com outros, mas abre para um novo sentido de autenticidade que dá provimento a uma nova fundação para a compreensão de comunidade humana:

A comunidade entre tais entes é tal que não aspira ao fechamento e é tal que nela há sempre uma falta de totalidade. A comunidade do ser–ai nunca é sem uma relação com o que está fora, com a alteridade. [...] Ser–para–a–morte ensina–nos a não nos fecharmos em nós mesmos. (p. 156–157)

Brogan conclui com uma citação de Heidegger:

Como uma possibilidade não relacional, a morte individualiza, mas somente enquanto possibilidade insuperável, para tornar o Dasein como ser–com compreensivo para o poder–ser–com–outros. (p. 157)1

Neste último capítulo, Brogan visa mostrar como a duplicidade do ser (twofoldness of being) é evidente na discussão e interpretação de Heidegger da alétheia, no livro VI da ética a Nicômaco. Também busca evidenciar a inadequação da divisão filosófica usual entre a filosofia teorética e prática, provinda tipicamente da leitura de Aristóteles como um metafísico. A tarefa do capítulo é explanar acerca do sentido primário de verdade e não verdade, que é o chão de possibilidade para veracidade e falsidade do discurso apofântico da asserção e da proposição.

Na génesis – o movimento do eidos do não ser para o ser – um ente vem à presença e sustenta a si mesmo em seu ser enquanto ele é. Assim, Aristóteles diz dos entes naturais “que eles resistem como tais enquanto sua génesis é também ausência de mudança em consideração ao não ser (Física 230 a10, b11). A duplicidade de génesis e stéresis é a presença permanente dos entes. O ser dos entes é um repentino emergir da não verdade ou velamento na verdade. [...] Mas desvelamento, a emergência e ser de um ente, sempre permanece em relação e em oposição ao velamento. Esses opostos não se excluem mutuamente, mas concedem o desvelamento dos entes. Alétheia, verdade, pertence ao ser e é uma forma de ser porque o existente humano permanece essencialmente relacionado com o caráter duplo do ser. Esse desvelamento originário, a unidade do “ver” e ser, é a base para o lógos da asserção e da proposição lógica. (p. 187)

A obra de Brogan oferece uma exposição da interpretação fenomenológica de Aristóteles realizada por Heidegger, e dessa forma reconhece seu débito para com o pensamento deste e igualmente mostra a pertinência da temática abordada em Ser e tempo em relação a uma adequada interpretação do pensamento do Estagirita. Esse itinerário favorece o questionamento da crença comum de que Heidegger vê a sua filosofia como uma tentativa de recuperar o esquecimento do ser, que teria começado com a distorção aristotélica do pensamento grego originário, mostrando que as considerações de Heidegger vão no sentido de ter sido Aristóteles aquele que levou o pensamento grego ao seu ápice e a fulgurar no mais intenso brilho.

 

 

Endereço para correspondência

Mario Fleig
E–mail: mfleig@unisinos.br
Cristóvão Atílio Viero
–mail: cristovaoav@hotmail.com

 

 

* Doutor em Filosofia, Professor do Programa de Pós–Graduação em Filosofia da Universidade dos Sinos.
** Bolsista de Iniciação Científica – Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade dos Sinos; Graduando em Filosofia pela Universidade dos Sinos; Bacharel em Direito pela Universidade dos Sinos.
1 Heidegger, Martin. Sein und Zeit. Tübingen: Max Niemeyer, 1972. p. 264 apud Brogan, Walter. Heidegger and Aristotle: The twofoldness of Being. Albany: State University of New York Press, 2005.