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Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva

versión impresa ISSN 1517-5545

Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.5 no.2 São Paulo dic. 2003

 

EDITORIAL

 

Levar uma associação científica e profissional à frente não é tarefa fácil. A própria reunião de muitas pessoas com opiniões e posições teóricas diferentes parece ser um material altamente “explosivo” e “volátil”. Tão explosivo que parece ser um milagre que a ABPMC tenha durado tanto tempo. Parece milagre, mas não é.

A argamassa que dá a liga tão sólida a constituintes tão dessemelhantes tem sido o trabalho das diretorias que têm assumido o propósito de congregar tantos, tão bons e tão diversos profissionais e estudantes. A diretoria que ora se despede desse brilhante gestão cumpriu com enorme êxito essa tarefa tão trabalhosa, mas tão gratificante. Um balanço de dois anos de gestão mostra que todos nós ganhamos - e muito - com o trabalho cuidadoso, delicado, paciente e profissional da diretoria encabeçada pela Maria Zilah e pela Fátima. A vocês, em nome de todo o corpo de associados da ABPMC, expresso nossa gratidão e reconhecimento.

Por outro lado, a continuidade é importante (obviamente sem continuísmo). Com solidez preparada pelas gestões anteriores e pelos desafios que despontam em nosso futuro próximo, também em nome dos associados dou boas vindas, mais uma vez, à diretoria presidida pelo Hélio e pela Patrícia. Batalhador incansável pelos propósitos da ABPMC, e tendo assumido já algumas vezes o desafio de desenvolvimento da associação, coube ao Hélio e à sua equipe a árdua tarefa de organizar, juntamente à ABA (Association for Behavior Analysis) o segundo Encontro Internacional de Análise do Comportamento, concomitantemente ao nosso 13º Encontro Anual. Por nossa história (da associação) e pelo desempenho e capacidade de organização, divulgação e incentivo que as diretorias anteriores presididas pelo Hélio já demonstraram, podemos ficar tranqüilos de que estes eventos serão mais um passo em direção à colocação do Brasil em posição de destaque internacional no âmbito da análise do comportamento e daspsicoterapias cognitivistas.

Podemos ficar tranqüilos, mas não cruzar os braços. Nem só de diretoria é que depende o sucesso dos eventos. Teremos que apresentar o melhor de nós (como sempre) para cumprirmos com o nosso papel e obtermos o destaque que merecemos.

A ABPMC já havia, em outros anos, abrigado congressos internacionais de atividades clínicas comportamentais aqui no Brasil... Em 1999, o Latini Dies foi um sucesso no Rio de Janeiro, orquestrado por Bernard Rangé, sob a diretoria presidida por Rachel Kerbauy. Em 2004, teremos uma outra oportunidade para que possamos apresentar daqui, de dentro de casa, a nossa produção ao mundo.

O melhor de tudo é que, em minha avaliação, esta nova oportunidade não nos foi dada. Ela é uma conseqüência. Uma conseqüência do que tem sido nossa participação em congressos internacionais, demonstrando nossa capacidade produtiva, sempre com muita qualidade. A participação brasileira em congressos da ABA, nos Latini Dies, e outros tantos congressos internacionais atestam que o que se produz aqui não deixa nada a dever para a produção de países de primeiro mundo, e com muitomenos incentivo financeiro e condições tecnológicas que as encontradas lá.

Assim, com criatividade, inventividade, responsabilidade científica e competência tecnológica, merecemos abrigar em nosso país este evento de tamanha importância.