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Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva

Print version ISSN 1517-5545

Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.7 no.2 São Paulo Dec. 2005

 

ARTIGOS

 

Programas de manejo de estresse ocupacional: uma revisão sistemática da literatura1

 

Occupational stress management programs: a systematic literature review

 

 

Sheila Giardini Murta2, 3

Universidade Católica de Goiás

 

 


RESUMO

Esta revisão buscou identificar as características metodológicas e de intervenção de programas de manejo de estresse ocupacional. Sessenta e um estudos, acessados através de bancos de dados eletrônicos, foram codificados, e os dados analisados através do programa estatístico SPSS. Os resultados indicaram que os programas têm sido implementados principalmente junto a profissionais de saúde e educação, com amostras pequenas, delineamentos experimentais ou quase-experimentais, avaliação de variáveis dependentes individuais e técnicas cognitivo-comportamentais. Foram encontradas evidências de que os programas com conteúdo multicomponente são os mais efetivos na redução de indicadores individuais, como ansiedade e depressão. Implicações para novos estudos e aplicação são discutidas.

Palavras-chave: Intervenção, Estresse ocupacional, Cognitivo-comportamental.


ABSTRACT

The aim of this review is to identify the methodological and interventor characteristics of occupational stress management programs. Sixty one studies were found by electronic data bases. Subsequently they were codified and their data were analysed by the statistical program SPSS. The results indicated that the programs have been implemented mainly in education and health contexts, with small samples, quasi-experimental and experimental designs, evaluation of individual dependent variables and cognitive-behavioral techniques. Evidences that multicomponent content programs are more effective in the reduction of individual indicators, as anxiety and depression, were found. Implications to new studies and application are discussed.

Keywords: Intervention, Occupational stress, Cognitive-behavioral.


 

 

A estreita relação entre trabalho e adoecimento vem sendo objeto de estudos científicos desde há várias décadas (Dejours, 1980/1992). De modo geral, o foco do estudo tem sido a compreensão das condições que potencializam o surgimento das doenças ocupacionais e para o desenvolvimento de métodos de prevenção e controle dessas doenças. Dentre os custos comuns para a saúde do trabalhador, encontram-se problemas associados ao estresse (Dias, Mendes e Schwartz, 2002). Um dos modelos teóricos usados para se compreender o estresse ocupacional é o modelo de desequilíbrio esforço-recompensa no trabalho, de Johannes Siegrist (Siegrist, 2001). Este modelo postula que o estresse ocupacional é uma resposta a um desequilíbrio entre alto esforço (demandas e obrigações no trabalho) e baixa recompensa (dinheiro, estima, segu-rança e progresso na carreira, entre outros). Certas características do ambiente de trabalho podem gerar tal desequilíbrio, como pressão para produtividade, retaliação por parte de chefias, condições desfavoráveis à segurança, indisponibilidade de treinamento e orientação, falta de controle do trabalhador sobre a tarefa, ausência de plano de carreira, problemas de comunicação e trabalho noturno (Calnan, Wainwright e Almond, 2000). A falta de reciprocidade entre esforço e recompensa pode resultar em ativação fisiológica em longo prazo e conseqüentes respostas físicas e psicológicas de estresse. Tais respostas podem ser extremamente variáveis, a depender de fatores situacionais, como suporte social, e fatores individuais, como predisposição genética, estilo de vida e estratégias de enfrentamento (Baum e Posluszny, 1999).

Evidências indicam que respostas individuais de enfrentamento podem minimizar o impacto negativo das condições e organização do trabalho e diminuir o risco de adoecimento (Koeske, Kirk e Koeske, 1993; Parkes, 1990). Em decorrência disto, intervenções para manejo de estresse ocupacional que buscam promover um repertório saudável de estratégias de enfrentamento ao estresse vêm sendo desenvolvidas. Essas intervenções visam diversificar as estratégias para lidar com situações estressoras e ampliar o controle do trabalhador sobre a sua saúde (Ivancevich, Matteson, Freedman e Philips, 1990). Ao lado de intervenções individuais, intervenções de interface (voltadas para a relação da pessoa com o ambiente de trabalho, em aspectos como participação, autonomia e melhoria de trabalho em equipe), intervenções organizacionais (direcionadas a mudanças em estressores situacionais presentes no ambiente de trabalho, tais como estrutura organizacional, condições de segurança, treinamento e desenvolvimento) e intervenções combinadas também vêm sendo estudadas. Todavia, intervenções individuais são mais freqüentemente conduzidas e publicadas, provavelmente por serem de implementação mais viável. Isto por serem menos intrusivas na rotina de uma organização (Murphy, 1984a), por não entrarem em conflito direto com a resistência à mudança em práticas organizacionais (DeFrank e Cooper, 1987) e por terem custos menores com delineamento e implementação (Bellarosa e Chen, 1997).

Revisões anteriores têm descrito alguns aspectos dos programas de manejo de estresse ocupacional, como seu conteúdo, delineamento (Van der Heck e Plomp, 1997), efeitos sobre indicadores de saúde (Murphy, 1996) e análise estatística dos dados (Bunce e Stephenson, 2000). Tais revisões têm enfocado a avaliação de resultados destes programas ou avaliação “caixa-preta”, sem se deter sobre o diagnóstico de necessidades anterior à intervenção (avaliação de necessidades) ou sobre o monitoramento do programa durante sua implementação (avaliação de processo) (Van der Klink, Blonk, Schene e Van Dijk, 2001). Alguns autores (Bunce, 1997; Nytro, Saksvik, Mikkelsen, Bohle e Quinlan, 2000; Saksvik, Nytro, Dahl-Jorgensen e Mikkelsen, 2002) argumentam que o modelo de avaliação pré e pós-teste é insuficiente para se compreender mais claramente a efetividade dos programas de manejo de estresse ocupacional. Eles defendem que tais programas sejam monitorados durante sua implementação, já que o modo como uma intervenção é conduzida é tão importante quanto o seu conteúdo. Com base nisto, realizou-se esta revisão da literatura especializada com o objetivo de identificar os contextos ocupacionais em que são realizados os programas de manejo de estresse ocupacional com foco no indivíduo, o conteúdo e formato das intervenções, características da avaliação e as evidências de efetividade de tais programas.

 

Método

Busca e critérios de seleção dos artigos

Foram considerados critérios de inclusão nesta revisão: (1) artigos publicados (2) em língua portuguesa ou inglesa, (3) acerca de intervenções com trabalhadores, (4) voltadas para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento individuais ao estresse (ainda que comparadas a outros tipos de intervenção) e (5) com avaliação formal de resultados. Os artigos foram localizados principalmente através de consulta a referências bibliográficas de revisões recentes (Bunce e Stephenson, 2000; Van der Heck e Plomp, 1997; Van der Klink e cols., 2001) e de busca a bancos de dados eletrônicos. Os bancos de dados consultados foram LILACS, PsycINFO, MEDline, ProQuest Psychology Journals, PsycAR-TICLES, Professional Development Collection, CINAHL, Business Source Elite, ABI, Ergonomic Abstracts Online, e Health Reference Center Academic. As palavras-chave utilizadas foram “Occupational Stress Mana-gement”, “Worksite Stress Management”, “Workplace Stress Management”, “Work-based Stress Management” combinadas com “Intervention or Program or Training”. Fez-se também uma busca manual em livros e periódicos relevantes, nacionais e internacionais.

 

Procedimento

Todos os artigos foram codificados em 11 critérios: estudo, delineamento, participantes, contexto, foco, formato da intervenção, conteúdo da intervenção, avaliação de neces-sidades, avaliação de processo, avaliação de resultados e resultados. Os critérios foram adaptados de Oldenburg, Ellis, Kelenshian e Pan (1994), com exceção de “avaliação de necessidades”, adaptado de Hawe, Degeling e Hall (1990) e “avaliação de processo”, adaptado de Steckler e Linnan (2002). Os critérios estão definidos na Tabela 1.

Os dados relativos a cada artigo foram inicialmente escritos em uma folha de codificação padronizada e em seguida inseridos no Pacote Estatístico para Ciências Sociais (SPSS). As análises foram feitas usando-se as freqüências absolutas e porcentagens de cada variável de interesse, bem como uma análise qualitativa de variáveis não-numéricas a fim de identificar predominâncias e tendências.

 

Resultados

A busca resultou em 90 artigos que correspondem de fato a 89 estudos, publicados entre 1977 e 2003. Destes, 28 artigos foram excluídos: 23 não apresentavam intervenções com foco no indivíduo (eram exclusivamente de foco organizacional, interface e/ou combinado), quatro artigos não apresentavam avaliação formal de resultados e um artigo descrevia uma intervenção focada em segurança ocupacional e não em manejo de estresse. A amostra final foi composta por 61 artigos, alvo da revisão ora descrita.

Contextos de Implementação

Conforme a literatura revisada, a produção científica em programas de manejo de estresse ocupacional focados no indivíduo teve início nos anos 1970 e vem crescendo gradativamente nas últimas décadas. Identificou-se um artigo nos anos 1970, 22 artigos nos anos 1980, 32 na década seguinte e seis na década corrente (até 2003). A maior parte dos programas foi conduzida na América do Norte (39 estu-dos, 63.9%) e Europa (16 estudos, 26.2%), seguidos de Austrália e Nova Zelândia (3 estudos, 4.9%) e Ásia (3 estudos, 4.9%). Não foi identificada nenhuma produção em países da América Latina que preenchesse os critérios mencionados anteriormente. As intervenções foram predominantemente implementadas em contextos de saúde (16 estudos, 26.2%), educação (13 estudos, 21.3%) e indústria (9 estudos; 14.8%). Contextos ocupacionais com menor freqüência de implementação desses programas foram financeiro (5 estudos, 8.2%), comunicação (5 estudos, 8.2%), forças armadas (5 estudos, 8.2%), serviço público (4 estudos, 6.6%) e transporte (1 estudo, 1.6%). Três estudos (4.9%) não mencionaram o ambiente ocupacional. Foram identificados diversos grupos ocupacionais alvo das intervenções, variando desde serviços gerais até funções gerenciais. Profissionais de saúde (ex.: enfermeiras) e professores foram os participantes mais freqüentemente encontrados. A grande maioria dos estudos (52 estudos, 85.2%) foi dirigida a trabalhadores independente do seu estado inicial de saúde e estresse. Apenas uma pequena parte dos estudos (9 estudos, 14.8%) selecionou para a intervenção participantes com nível mais alto de estresse ou hipertensos. Portanto, tipicamente estas intervenções têm sido dirigidas a populações não clínicas.

 

 

Conteúdo e Formato das Intervenções

A Tabela 2 mostra que uma grande parte das intervenções em manejo de estresse ocupacional focadas no indivíduo têm sido multimodais ou multicomponentes, isto é, fazem uso de técnicas cognitivo-comportamentais conjugadas, como fornecimento de instruções sobre causas e conseqüências de estresse, relaxamento, treino assertivo, reestruturação cognitiva e treino em solução de problemas. Outros componentes mencionados com menor freqüência foram meditação, biofeedback, manejo de tempo, exercício físico, informações sobre fatores de risco à saúde (sedentarismo, dieta inadequada, comportamentos aditivos e dificuldades com sono), construção de rede de suporte social, musicoterapia, enfrentamento focado na emoção, terapia de aceitação e compromisso, prevenção de recaída, manejo de dor e aconselhamento individual.

Aproximadamente metade dos estudos apresenta delineamentos com um grupo principal de intervenção e um ou mais grupos de comparação. Boa parte dos estudos compara diferentes versões de intervenções focadas no indivíduo (23 grupos de comparação são intervenções individuais). Uma menor parte dos estudos compara intervenções individuais com intervenções de interface (4 gru-pos) e intervenção organizacional (1 grupo). Estas intervenções não-individuais tiveram como conteúdo ações para promoção de autonomia e participação em solução de problemas no trabalho (interface: Tunecliffe, Leach e Tunnecliffe, 1986; Bunce e West, 1996; Bond e Bunce, 2000; Reynolds, 1997) e treinamento para manejo de sala de aula (organizacional: Sharp e Forman, 1985).

A Tabela 3 descreve o formato dos programas de manejo de estresse focados no indivíduo. Em seu formato mais comum, tais programas têm sido implementados com sessões semanais de 60 a 90 minutos de duração, estendendo-se por até 12 semanas, com até 12 sessões, num total de horas de contato entre quatro (neste caso geralmente sessão única) a 20 horas. Portanto, esses dados indicam que programas de curta duração são os mais freqüentes neste campo, ao invés de programas longitudinais.

 

 

 

Características da Avaliação

Em sua maioria, os estudos revisados têm usa-do delineamentos experimentais (40 estudos, 65.6%) e quase-experimentais (19 estudos, 31.1%), com grupos de comparação (28 estu-dos, 45.9%) e/ou grupos controle (47 estudos, 78%). Os tipos de grupo-controle descritos foram tratamento nulo (25 estudos, 53.2%), lista de espera (19 estudos, 40.4%) e controle ativo com treinamento dirigido a temas não relacionados a estresse e saúde (3 estudos, 6.4%). Apenas dois estudos (3.3%) utilizaram delineamento não-experimental com pré e pós-teste. A maioria dos grupos de inter-venção e grupos controle (65.2%) têm sido composta por amostras com menos de 50 participantes, como descrito na Tabela 4.

 

 

Avaliações de follow-up foram feitas em grande parte dos estudos (43 estudos, 70.5%). Foi predominante um follow-up (34 estudos, 55.7%), seguido de dois follow-ups (6 estudos, 9.8%), três follow-ups (2 estudos, 3.3%) e quatro follow-ups (1 estudo, 1.6%). O tempo decorrido entre a intervenção e o primeiro follow-up va-riou entre um a 24 meses. Follow-ups aos três meses (13 estudos, 21.3%), seis meses (9 estu-dos, 14.8%) e 12 meses (5 estudos, 8.2%) foram os mais comuns.

Avaliações de necessidades não têm sido comuns nestes estudos. Apenas 14 deles (23%) relatam algum tipo de levantamento de necessidades anterior à intervenção, utilizan-do técnicas diversificadas: escalas e questionários (7 estudos), entrevistas (4 estudos), ob-servação direta (4 estudos), aferição de pressão arterial (1 estudo) e exames laboratoriais para diagnóstico de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (1 estudo). Um estudo mencionou ter avaliado necessidades, mas não descreveu estratégias usadas (Long e Heaney, 1988).

Algum tipo de avaliação de processo foi identificado em 42 dos estudos (68.9%). Para se identificar a existência de avaliação de processo, foram utilizados os critérios propostos por Steckler e Linnan (2002): recrutamento, contexto, freqüência de participação no programa, dose fornecida, dose recebida, atitudes dos participantes frente à intervenção, fidelidade e implementação (ver definições na Tabela 1). Nenhum estudo apresentou avaliações de processo com todos os componentes anteriores. O estudo que apresentou a avaliação de processo mais completa foi o de Sallis, Trevorrow, Johnson, Hovell e Kaplan (1987), com cinco componentes avaliados: recrutamento, freqüência de participação no programa, dose recebida, atitudes dos participantes frente à intervenção e fidelidade. Grande parte dos estudos que incluiu avaliação de processo apresentava apenas informação relativa a recrutamento, ou uma combinação de dois ou três componentes. A combinação mais freqüente foi recrutamento (descrição de fontes usadas para recrutar os participantes), dose recebida (como freqüência de prática de relaxamento e meditação) e atitudes dos participantes frente à intervenção (como satisfação com o conteúdo da inter-venção e percepção de credibilidade da inter-venção). A Tabela 5 descreve todos os compo-nentes avaliados e suas respectivas porcentagens.

 

 

 

 

 

 

 

A avaliação de efeitos ou resultados destas intervenções tem se concentrado em variáveis individuais e de auto-relato, como sintomas de estresse. Apenas 16 estudos (26.2%) incluíram indicadores fisiológicos como variável dependente. Os indicadores fisiológicos utilizados foram pressão arterial, hormônios (prolactina, testosterona, cortisol, epinefrina e norepinefrina), taxa cardíaca, colesterol, temperatura das mãos e atividade elétrica da testa. Variáveis de interface, como satisfação no trabalho, e variáveis organizacionais, como absenteísmo e custos com doenças ocupacionais, têm sido menos investigadas do que as individuais. De modo geral, as variáveis dependentes mais comumente avaliadas nos estudos revisados foram sintomas de estresse, enfrentamento, queixas de saúde, ansiedade, depressão, assertividade e pressão arterial.

Evidências de Efetividade

Os dados acerca de resultados destes progra-mas sugerem que as intervenções multimodais produziram mais resultados benéficos nas variáveis medidas do que os grupos controle (por exemplo: Lee e Crockett, 1994; Baeyer e Krause, 1983; Kushnir, Malkinson e Ribak, 1994; Bertoch, Nielsen, Curley e Borg, 1989; Zolnierczyk-Zreda e Cieslak, 2001; Kushnir e Malkinson, 1993; Larsson, Stterling e Starrin, 1990; Keyes e Dean, 1988; Fava e cols., 1991; Forman, 1981; Peters e Carlson, 1999). Os resultados benéficos destas intervenções foram principalmente em variáveis individuais e de auto-relato, como em sintomas de estresse, enfrentamento, auto-eficácia, raiva, assertividade, ansiedade, depressão, queixas somáticas e crenças irracionais. Já variáveis organizacionais e de interface, tais como satisfação no trabalho, estressores no trabalho e absenteísmo, permaneceram inalteradas em diversos estudos (por exemplo: Eriksen e cols., 2002; Arnetz, 1996; Higgins, 1986; Reynolds, 1997; Peter e Carlson, 1999; Sallis e cols., 1987).

Efeitos benéficos sobre variáveis fisiológicas, como pressão arterial, hormônios e colesterol, mostraram-se contraditórios ou nulos. Enquanto alguns estudos (Charlesworth, Williams e Baer, 1984; Craig, e Hancock, 1996; Thomason e Pond, 1995) encontraram decrés-cimos significativos em pressão arterial, tanto em participantes normotensos quanto hipertensos, outros estudos (Gronningsaeter, Hytten, Skauli, Christensen e Ursin, 1992; Pruitt, 1992; Sallis e cols., 1987) não encontraram qualquer efeito significativo sobre esta variável. Melhoria nos níveis do hormônio prolactina foi encontrada por Arnetz (1996) e Wiholm, Arnetz e Berg (2000), porém neste último estudo os resultados não foram mantidos no follow-up. Estudos que utilizaram colesterol como variável dependente (Craig e Hancock, 1996; Gronningsaeter e cols., 1992) não encontraram efeitos significativos sobre esta variável. Estudos que comparavam versões similares de intervenções individuais multimodais em que uma delas era acrescida de uma dada técnica ou tema, em geral detetaram que as intervenções que incluíam maior diversidade de técnicas e temas foram mais bem sucedidas em seus resultados. Os componentes-extras associados a efeitos melhores foram musicoterapia (Cheek, Bradley, Parr e Lan, 2003), suporte social (Freedy e Hobfoll, 1994), exercício físico (Long, 1988), prevenção de recaída (Rowe, 2000) e automonitoramento (Thomason e Pond, 1995).

Estudos que comparavam intervenções individuais compostas por técnicas de relaxamento ou meditação em relação a grupos-controle produziram resultados contraditórios. Alguns deles identificaram resultados superiores do relaxamento e/ou meditação em relação ao controle (Alexander e cols., 1993; Peters, Benson e Peters,1977; Peters, Benson e Porter, 1977; Tsai e Crickett, 1993; Vaughan, Cheatwood, Sirles e Brown, 1989), enquanto outros não identificaram diferenças entre intervenção e controle (Aderman e Tecklenburg, 1983; Kolbell, 1995; Murphy, 1983; Fiedler, Vivona-Vaughan e Gochfeld, 1989) ou as mudanças no pós-teste não se mantiveram no follow-up (Wiholm, Arnetz e Berg, 2000; Winzelberg e Luskin, 1999).

Grande parte dos estudos que comparavam intervenções distintas (individual x individual, individual x interface e individual x organizacional) apresentou resultados similares entre elas (Bond e Bunce, 2000; Friedman, Lehrer e Stevens, 1983; Goodspeed e DeLucia, 1990; Brunning e Frew, 1986; Murphy, 1984b; Sharp e Forman, 1985; Sallis e cols., 1987) ou resultados positivos porém em variáveis diferentes (Gronningsaet e cols., 1992; Bunce e West, 1996).

Apenas três estudos não constataram qualquer benefício de intervenções em compara-ção a grupos controle (Abernethy, 1995; Lind-quist e Cooper, 1999; Craig e Hancock, 1996.).

 

Discussão

Os dados desta revisão apontam evidências consistentes de que as intervenções em manejo de estresse ocupacional focadas no indivíduo produzem efeitos benéficos sobre a saúde do trabalhador, e seus efeitos são supe-riores àqueles das condições placebo. Estes efeitos foram encontrados, sobretudo em estudos com conteúdo multimodal, e as variá-veis que foram mais positivamente afetadas foram variáveis verbais, tais como sintomas de estresse e queixas somáticas. Estes achados estão em acordo com os de Van der Klink e cols. (2001), que em sua metanálise também identificaram que intervenções multimodais são as mais efetivas e variáveis de auto-relato são as mais afetadas nestas intervenções. Enquanto são claras as evidências acerca de mudanças benéficas sobre variáveis de auto-relato, não foram encontradas evidências sólidas de que variáveis fisiológicas podem ser modificadas por tais intervenções. Alguns estudos encontraram efeitos positivos sobre pressão arterial, ao passo que outros não. Portanto, estes dados sugerem ser necessário que novos estudos incluam indicadores fisiológicos para que se esclareça a efetividade de intervenções de manejo de estresse ocu-pacional focadas no indivíduo sobre indicadores fisiológicos.

Tal como nas variáveis fisiológicas, evidências de efeitos benéficos para a relação do trabalhador com a organização e para a própria organização não encontraram suporte nos dados desta revisão. Uma implicação prática destes dados é que intervenções para manejo de estresse focadas no indivíduo não seriam recomendadas para afetar variáveis organizacionais. Poder-se-ia esperar algum efeito benéfico sobre variáveis individuais, ao se utilizarem intervenções com técnicas cognitivo-comportamentais combinadas. Por outro lado, não se poderia fazer uma previsão segura de que seriam obtidos efeitos positivos sobre variáveis fisiológicas, bem como efeitos positivos resultantes apenas de relaxamento ou meditação ou biofeedback.

Esta revisão indicou também que intervenções com diferentes conteúdos multimodais produziram resultados similares. Também produziram resultados similares intervenções individuais e intervenções de interface, e intervenções individuais e intervenções organizacionais. Achados semelhantes vêm sendo encontrados nas pesquisas em psicoterapia já há algumas décadas (Stiles, Shapiro e Elliot, 1986). Essas pesquisas identificaram que os diferentes métodos de psicoterapia produzem resultados convergentes, e que todos produzem resultados superiores ao placebo. Tal evento foi chamado de “paradoxo da equivalência” (Stiles Shapiro e Elliot, 1986). Baseando-se nestes achados, Bunce (1997) argumentou que a efetividade dos programas de manejo de estresse focados no indivíduo depende não só do conteúdo da intervenção, mas também de variáveis moderadoras, tais como auto-eficácia, locus de controle, compor-tamento Tipo A, suporte social e características da sessão de intervenção, como o senso de segurança e entusiasmo dentro do grupo, a credibilidade do facilitador do grupo e o vínculo terapêutico. A identificação de tais variáveis moderadoras poderia se dar, pelo menos em parte, através de avaliações de processo da intervenção. Contudo, como mos-tram os resultados desta revisão, são poucos os estudos que têm incluído avaliações de processo. Algum tipo de avaliação de processo tem sido relatado, enfocando basicamente procedimentos usados para recrutamento, o uso que os sujeitos fazem das técnicas ensinadas nos programas e as atitudes dos participantes frente à intervenção. Todavia, ligações entre o processo e resultados, de modo a se encontrar preditores de efetividade destes programas relativos ao processo da intervenção, raramente têm sido formalmente investigadas (Bond e Bunce, 2000; Bunce e West,1996). A falta de informações sobre o processo da intervenção e sua ligação com os resultados impede que se saiba quais são as condições ideais de implementação de um programa necessárias para se alcançar melhores resultados.

Os resultados desta revisão também mostram que tem sido incomum a realização de um levantamento prévio de necessidades para planejamento posterior da intervenção. Predomina a implementação de programas sem uma conexão explícita com as necessidades da população-alvo. É possível que isto se baseie em um pressuposto de que existam necessi-dades universais (por exemplo, todos pos-suem crenças irracionais e todos poderiam então se beneficiar de intervenções que incluam reestruturação cognitiva). Por outro lado, a ausência de sincronia entre as necessidades e expectativas dos participantes e o programa oferecido tem sido documentada como um dos fatores de fracasso de programas na área (Staa, Visser e Zowe, 2000).

A lacuna em avaliação de necessidades e pro-cesso se configura como um foco de investigação importante na agenda de pesquisa na área. A inclusão de avaliações de necessidades e de processo em estudos futuros poderia con-tribuir, em alguma extensão, para responder a algumas das principais perguntas na área acerca da efetividade destes programas: para quem são efetivos, sob quais circunstâncias e quais são os componentes ativos que produzem as mudanças observadas?

 

 

Referências

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Recebido em: 23/03/05
Primeira decisão editorial em: 26/09/05
Versão final em: 04/10/05
Aceito em: 10/12/05

 

 

1 Este trabalho é derivado da Tese de Doutorado da autora, feita no Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, sob a orientação do Prof. Dr. Bartholomeu Tôrres Tróccoli
2 Docente do Departamento de Psicologia da Universidade Católica de Goiás. Endereço para correspondência: Departamento de Psicologia, Universidade Católica de Goiás, Avenida Universitária , N. 1440, Setor Universitário, Goiânia, GO. CEP: 74605-010. E-mail: murta@cultura.com.br
3 A autora agradece à CAPES o apoio financeiro para realização deste trabalho, feito durante “doutorado sanduíche” na Queensland University of Technology (Brisbane, Austrália).