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Cógito

Print version ISSN 1519-9479

Cogito vol.1  Salvador  1996

 

 

O toxicômano e sua inscrição na modernidade

 

 

Luiz Alberto Leite Tavares *

Círculo Psicanalítico da Bahia

 

 


RESUMO

O autor trata da função da droga no contexto da modernidade como substituto do sintoma, no sentido psicanalítico.

Palavras-chave: Toxicomania, Droga, Função paterna, Gozo.


 

 

A questão introduzida por Freud, na sua obra O Mal Estar na Civilização, é a da finalidade da vida humana, que ele assinala como a busca da felicidade, e os paradoxos e tropeços que se revelam ao longo dessa procura.

Uma das principais contribuições de Freud contidas no texto é de que o homem não encontrará, jamais inteiramente, sua felicidade, nem no que lhe propõe a civilização, nem tão pouco na sexualidade. O ser humano vê-se, assim, confrontado com o sofrimento ao longo da sua vida, por diferentes razões, no que se revela como a dor de existir.

Freud vai distinguir aí três fontes de sofrimento no homem:

a) A primeira delas, vinculada ao nosso próprio corpo, segundo ele, "condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência..." Ele mostra com isso que nunca dominamos inteiramente a natureza e nosso organismo corporal, permanecendo sempre como uma estrutura passageira, com limitada capacidade de adaptação e realização.

b) Outra fonte é o mundo externo – "que pode se voltar contra nós com as forças de destruição esmagadoras e impiedosas".

c) Finalmente, os nossos relacionamentos com os outros homens, que Freud vai apontar como o mais penoso de todos, chamando a atenção para a insuficiência de que se revestem as relações humanas.

Constatam-se, a partir daí, alguns paradoxos. O homem busca a felicidade, mas algo interno à ordem do mundo o impede, o que leva Freud a pontuar: "ficamos inclinados a dizer que a intenção de que o homem seja ‘feliz’ não se acha incluída no plano da Criação".

Um outro paradoxo é que, para Freud a felicidade se nutre de um contraste, que é marcado por um instante de grande intensidade. Diz: "o que chamamos felicidade, no sentido mais restrito, provém da satisfação de necessidades represadas em alto grau sendo, por sua natureza, possível apenas como uma manifestação episódica. Quando qualquer situação desejada pelo princípio do prazer se prolonga, ela produz tão somente um sentimento de prazer muito tênue. Somos felizes de modo a só podermos derivar prazer intenso de um contraste, e muito pouco de um determinado estado de coisas".

Vale lembrar aqui o dizer dos poetas, de que a felicidade não é mais que passageira.

Finalmente, o terceiro paradoxo, é que se é feliz quando se tenta amenizar o gozo. Diz Freud: "uma satisfação irrestrita de todas as necessidades se nos apresenta como o método mais tentador de conduzir nossas vidas; isso, porém, significa colocar o gozo antes da cautela, acarretando logo seu próprio castigo...". Há, portanto, um risco quando se chega a extremos.

Freud vai em seguida propor alguns métodos onde a fuga ao desprazer constitui a sua busca primordial:

a) O isolamento voluntário – que daria conta do sofrimento que advém dos relacionamentos humanos. Seria a felicidade da quietude. Ex: os eremitas, os aventureiros que empreendem viagens ou esportes solitários.

b) A Ciência, sobre a qual diz: "Outro caminho é o de tornar-se membro da comunidade humana e, com o auxílio de uma técnica orientada pela Ciência, passar para o ataque à natureza e sujeitá-la à vontade humana. Trabalha-se então com todos, para o bem de todos...". Um exemplo disso é de como o homem tenta intervir no corpo, aparelhando-o de várias formas: a cirurgia plástica, que vai da busca do rejuvenescimento à mudança do sexo; a própria pesquisa em torno da inseminação artificial e os seus preocupantes avanços, ou de drogas que prometem façanhas, como foi o caso do Prozac, a partir de 1987, denominado a droga da felicidade.

c) Como terceiro método, Freud vai citar os sedativos. Diz que, para suportar a vida, o homem não pode prescindir de sedativos, que ele aponta como sendo: "as diversões intensas que permitem considerar nossa miséria como insignificante, as satisfações substitutivas, incluindo os sintomas, que a amenizam". E, finalmente, "o mais grosseiro, embora também o mais eficaz desses métodos de influência é o químico: a intoxicação". Segue dizendo: "devemos a tais veículos não só a produção imediata de prazer, mas também um grau altamente desejado de independência do mundo externo, pois sabe-se que, com auxílio desse "amortecedor de preocupações", é possível, em qualquer ocasião, afastar-se da pressão da realidade e encontrar refúgio num mundo próprio, com melhores condições de sensibilidade."

Freud diz que a última técnica vital que permite ao sujeito satisfações substitutivas é a fuga na doença nervosa. Diante do fracasso desse recurso, na busca da felicidade, duas soluções se apresentam: a intoxicação crônica ou a psicose.

Tomemos a frase, "o mal estar do homem na civilização é estrutural". Mas, de que se trata aí?

É pela via da linguagem que a criança ingressa na Cultura, na ordem das trocas simbólicas, rompendo o tipo de relação dual que estabelecia com a mãe. Esse momento corresponde também à entrada do pai em cena e, conseqüentemente, à formação da família: é o momento do Édipo.

Com já vimos, o que o Édipo vai demarcar é uma passagem – a do Imaginário para o Simbólico – e por outro lado, uma divisão, uma clivagem da subjetividade em dois grandes sistemas: o Inconsciente e o Consciente.

Podemos dizer que se trata da passagem da Natureza para a Cultura, e que é marcada por um interdito: a proibição do incesto.

Diante do Édipo, nos confrontamos com dois interditos – um, enquanto regra, que diz respeito às alianças e às trocas no interior do grupo social; outro, que diz respeito ao desejo, ligado à história singular de cada sujeito.

Essa história começa antes mesmo do sujeito nascer, ali onde se constituem os primeiros significantes possíveis do próprio ser do sujeito. São os significantes que vão situá-lo nos discursos dos pais e, mais ainda, vão encontrar suas raízes nas relações mais arcaicas que cada um desses pais mantém com seu próprio desejo.

Ao ser humano é imposta, portanto, a linguagem não é, digamos assim, harmoniosa, pois o homem não vive livremente, ele é dominado pelas leis do inconsciente. Algo vai sempre lhe escapar.

É embaraçado no desejo que o homem almeja sempre dar conta do que vai mal nos laços sociais. Tenta, com isso, fazer frente ao que angustia os seres mortais, ou seja, os buracos onde o sentido da vida está perdido (a castração, a morte). O sujeito tenta fazer frente a essa angústia como pode!

É o pai que vai assegurar, na história do sujeito, o lugar a partir do qual ele pode falar. À mãe cabe reconhecer e permitir essa operação, pela via do pai. Quando o homem fala, isso lhe permite aceder a um lugar de reconhecimento na vida social. É a partir desse lugar que o sujeito passa a ser identificado ao seu próprio nome, seu lugar na filiação, seu sexo, seu estatuto social, etc... A identificação é aceita ou recusada, mas ela opera sempre a partir do Outro, e o sujeito a faz sua ou a recusa.

O pai, para além de uma função, constitui-se então numa operação. É por isso que a questão do pai centra-se na forma pela qual ele pode operar, para cada sujeito, resultando na transmissão de uma insígnia. Esta insígnia não é apenas de uma pertinência no mundo, mas também de um identidade sexual, no sentido de marcar as diferenças.

O pai é o responsável pela consumação do desejo. Um desejo que vai além da mãe e do filho. O pai coloca-se como princípio de separação e, ao mesmo tempo, de união: uma operação que separa o vivo de um gozo absoluto com a mãe, instaurando uma regulação desse gozo. Transforma assim o vivente em sujeito, e o gozo em desejo. O pai veta o gozo absoluto, impossibilita a plenitude, ao tempo em que liga o sujeito à lei. E, ao submetê-lo à lei cria o desejo, essa busca sem fim de uma completude impossível.

É como resposta ao enigma do desejo da mãe que a metáfora paterna vai propiciar o sentido, para dar conta desse movimento de presença e ausência do Outro, lugar constituído de desejo e mistério. O que um pai foi para uma criança se julga um a um , no trio que forma com a mãe e essa criança.

Num texto intitulado "Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar", de 1914, Freud aborda o momento de sua passagem de adolescente, na escola onde estudou, dos 9 aos 17 anos. Nessa passagem, ele vislumbra um desejo: o de contribuir para o saber humano. Freud coloca aí uma intenção ou, mais precisamente, a inscrição de um desejo no campo do Outro. O Outro de Freud era: o saber humano. Essa inscrição evidencia um momento de passagem, não de um estado a outro (da infância para a idade adulta), mas do pensamento para um ato. Existem formas do Outro para o Sujeito que permitem essa passagem: a pintura, para Picasso, a literatura, para Jorge Amado, o saber, para Freud etc... No absoluto, sabemos que é o Outro, mas ele porta um Nome bem preciso para cada sujeito, daí a diferença entre os sujeitos.

O "não sei" dos adolescentes pode encontrar razão nessa impossibilidade de nomear esse Outro, suscitando a instabilidade que verificamos, em certos adolescentes, nesse momento de suas vidas, momento de decisões e escolhas, do encontro com a sexualidade. Freud nesse mesmo texto vai também assinalar a importância dos mestres de sua época, não só na tarefa de ensino, mas no que permite ao sujeito verificar a direção do seu interesse, vacilando entre um desejo inscrito por razões diversas e uma certa complacência ou submissão ao mestre. Isso nos convoca a interrogar sobre o lugar do mestre na modernidade e as possíveis conseqüências do seu desmantelamento.

Freud diz "Tudo o que há de admirável e de indesejável na nova geração é determinado por esse desligamento do pai..." "É nessa fase que ele entra em contato com os professores..."

A substituição e a separação do pai definem a nova geração. Essa separação do pai é, sobretudo, para colocar em evidência a importância do pai. Sem pai, não há separação. Isso nos permite verificar as conseqüências de uma certa degradação da função do pai na sociedade moderna, no que ela aponta para o enfraquecimento do Simbólico, e onde a transmissão não pode se dar mais por essa via.

Poderíamos pensar nos sintomas dessa degradação como um desejo de se fazer um Nome, para compensar essa carência paterna, onde o que está na pauta cultural vem ocupar aí esse lugar.

A família vive hoje um novo questionamento, no sentido de rever os movimentos de liberação desses laços familiares, tão apregoados num momento anterior. Uma maior atenção é dada à criança e aos seus direitos; surgem novas demandas de tratamento para estas, bem como novas instituições. Questiona-se qual a função do pai e da mãe nas famílias, sobretudo a função do pai.

Freqüentemente, o psicanalista é chamado a sustentar essa "espécie em extinção", no dizer de Èric Laurent. Esse homem moderno, questionado nas suas funções de macho, pelo movimento feminista. O homem ausente, na opção de algumas mulheres que se propõem ter um filho, de forma "independente". Ou o homem frágil, apaixonado pela mulher empreendedora.

Num determinado momento, o foco de atenções era a mãe, quando se fazia, primordialmente, a ligação entre a doença mental e as perturbações relativas aos cuidados maternos. Hoje, a vertente sai da linha preventiva com a mãe e dirige-se ao pai, como se fosse possível uma certa "educação para o pai". Não haveria nada pior do que um pai ou uma mãe "educados".

Não devemos embarcar nessa tentativa de salvar o pai, mas devemos trazer seu "Nome" para a apreciação teórica e verificar sua incidência clínica.

O sujeito se insere na cultura com aquilo que ele tem de singular, fazendo laços sociais pela via dos discursos, e é nesse entrecruzamento que podemos constatar as conseqüências dessa carência simbólica, no que se define como a toxicomania.

A partir de constatações clínicas, percebemos que existem manifes-tações, comportamentos, que se apresentam como assintomáticos. O que emerge não é um sintoma, no sentido clássico do termo, mas um "fazer". Este "fazer" tem uma série de funções e, dentre estas, podemos pensar no viés da toxicomania como uma solução, no sentido freudiano do termo, proposto no Mal Estar da Civilização.

É na medida em que um Nome não pode ser estabelecido que isso terá conseqüências diretas sobre a forma que toma o sintoma. É o próprio sujeito que passa a administrar o seu gozo, estabilizado num determinado tipo de comportamento. Nesse sentido, o discurso da ciência adquire uma função especial, na medida em que ele vai assegurar a função de pai, pelo viés de uma Nomeação: ser toxicômano

Estamos freqüentemente submetidos a situações de alienação. Vemos pessoas dependentes de chocolate, dependentes de ginástica, produtos dietéticos, de tranqüilizantes, cigarro, comida... A questão é: como não ser dependente, quando os produtos da ciência nos convidam a isso, fomentando a idéia de que não podemos passar sem esses objetos?

Mas, para além dessas possibilidades, existem situações de dependência grave, para alguns, como é o caso da droga, onde se verifica uma intenção, uma vontade deliberada, um condicionamento prévio do Sujeito.

Diríamos, parafraseando Lacan quando se referiu à psicose, que não é toxicômano quem quer...

Percebemos, em torno da toxicomania, uma organização que, tanto no individual como no campo da cultura, tende a monopolizar a linguagem. No particular, é no seio da família que se aprende essa linguagem; na cultura, é nas engrenagens da sociedade em que vivemos que é necessário buscar sua expressão. Na toxicomania, trata-se de uma língua sem lei, com a significância comprometida.

É pelo Desejo da Mãe e pelo Nome do Pai que a família deve ser considerada como o primeiro Outro para o sujeito, o lugar que permite as primeiras identificações, o ponto de referência maior, a partir do qual o sujeito constitui sua história, como também suas diferenças. Isso permite vislumbrar os lugares da criança nessa família, como lugar de partida, orientando-lhe a saída desse núcleo familiar. A toxicomania constitui-se uma saída possível.

A cultura tenta suprir, tornar possível esse efeito de nomeação que não teve sua eficácia no meio familiar.

A clínica permite-nos verificar que os significantes droga/toxicômano/toxicomania ocupam um lugar, uma função, para o familiar que busca atendimento em nome de outro. O familiar apropria-se desse significante como uma garantia para a impossibilidade de se confrontar com sua própria castração.

Não é por acaso que muitas dessas demandas se traduzem como um "querer saber como lidar com o toxicômano", na tentativa de obter um "saber sobre a toxicomania". Querem aí adquirir o saber do outro, do especialista, "um saber a mais", na tentativa de, com isso, apagar o que deles tem a ver com o sintoma do paciente em questão. Um saber a mais, para cuidar melhor do caso.

Já os toxicômanos nos chegam com um enunciado: "eu sou dependente de cocaína", "eu sou viciado", "eu sou toxicômano", "o meu problema é o vício".

Devemos nos interrogar em nome de que alguns sujeitos também abraçam essa denominação do outro social, e a fazem sua.

O toxicômano atribui a essa convicção um valor, que assegura o seu lugar no mundo, sua relação com os outros. Isso torna-se a essência de sua vida. Não se trata aí de uma tomada de posição na sociedade, que ele assumiria em seu nome mas, ao contrário, ele toma o significante "toxicômano", "viciado", e se identifica brutalmente com ele, numa posição de objeto, tornando-se o sinônimo de seu Nome próprio. O sujeito se exila, como sujeito da palavra.

Quando nos procura, ele fala da droga, fazendo dessa causa a realidade. Fica deslocada, então, sua responsabilidade.

Não estamos aí longe do ideal da ciência, que procura determinar a causa de todas as coisas fora do sujeito. O toxicômano não se interroga sobre o seu desejo. Sobre isso ele nada quer saber, não quer pensar.

Quando alguém procura um analista, é porque reconhece em si um sintoma, cuja principal característica é a de percebê-lo como algo estranho. Ele não conhece as causas, e procura no outro uma resposta. Sente-se impotente para resolver as situações, e nos demanda um sentido para o que lhe acontece. Se ele não tem respostas, supõe encontrá-las naquele a quem ele dirige sua demanda. O sintoma não é, portanto, uma resposta, mas uma questão em aberto, a ser interpretada.

Para o toxicômano, a droga é uma resposta para o seu mal-estar. Ele nos chega pleno de sentido, congelado. Daí toda a dificuldade de se construir uma demanda de tratamento. Na droga, ele concretiza uma ruptura com o gozo fálico, sendo a solução buscada por ele para fazer frente à angústia de castração. É por isso que ele não chega a produzir um sintoma no sentido psicanalítico, ou seja, uma forma que implique uma divisão, uma falta.

Segundo Freud, é a partir do fracasso do sintoma que a droga toma o lugar de substituto. É porque o sujeito não pode construir um sintoma satisfatório para ele, que passa escolher a via da consolação, pela intoxicação crônica.

Na droga, ele se encontra por inteiro, reencontrando uma pretensa unidade, e tentando, com isso, apagar as diferenças. E são justamente as diferenças que permitem situar-nos como seres desejantes.

 

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* Psicanalista. Círculo Psicanalítico da Bahia

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