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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Cogito v.8  Salvador  2007

 

CLÍNICA PSICANALÍTICA

 

Brincar: aquém e além do carretel

 

 

Maria Clarice Baleeiro *

Círculo Psicanalítico da Bahia

 

 


RESUMO

Este trabalho fala do brincar. Brincar como produção de significantes e das diversas etapas dessa produção, como um verdadeiro processo que perpassa o desenvolvimento infantil. Toma como base o material contido no livro "O brincar e o significante" do psicanalista argentino Ricardo Rodulfo, que articula diversos conceitos relacionados ao brincar.

Palavras-chave: Brincar, Brinquedo, Significante, Criança.


 

 

Sorridente, entra no consultório com algo nas mãos. Põe em cima da poltrona e anuncia: trouxe uma coisa para você. Abre o pacote feito de guardanapo e retira um chocolate. Estendendo a mão em minha direção, fala – este é seu.

Anda pela sala e corre para o gavetão. Abre e pega um brinquedo – um quebra-cabeça. "Hoje, quero brincar", coloca o brinquedo na mesa, abrindo a caixa e retirando as peças. Arruma e começa a armar – me sento, então, à sua frente, no outro lado da mesa.

Começa, cuidadosamente, a encaixar as peças, consegue dar forma, procura novos encaixes, debate-se com as dificuldades, conserta erros, sorri e vibra com os acertos – e fala: "Quero lhe mostrar uma coisa" - levanta, abaixa a bermuda desnudando as pernas. Estão cheias de marcas roxas e vermelhas. "Meu pai me bateu". Silêncio – volta para o jogo e continua colocando novas peças.

Depois de um tempo, olha para mim e diz: "Fico com raiva, mas, não diga nada a meu pai porque eu gosto muito dele". Novos encaixes, novas palavras – "Vou ter um irmão".

A criança continua a brincar e, na busca de peças, nos encaixes que consegue, nas dificuldades que encontra, vai falando de suas questões. Coisas que dizem respeito a uma realidade que é só sua. A sua realidade psíquica.

Os encontros se sucedem e, no desenrolar das sessões, novos fatos vão surgindo e o trabalho vai sendo realizado como um montar de quebra-cabeça – peça por peça.

A criança brinca e ao brincar retira e processa significantes. Segundo Ricardo Rodulfo (1990, p. 21), "Para que algo seja significante, deve repetir. E mais, o significante não reconhece a propriedade privada, não é próprio de ninguém; cruza, circula, atravessa gerações, trespassa o individual, o grupal e o social; não é pertencente a algum membro da família; em todo caso é o problema que interpela cada um".

O significante vai além das palavras, é arbitrário, mas, sempre conduz para algum lugar. O que é dito a uma criança traz conseqüências e aponta direções sejam elas positivas ou negativas, boas ou ruins. Como a criança não os recebe pacificamente, pois processa, transforma, ressignifica, o que faz com esses significantes, o lugar e o peso que ocupam na sua vida, que direção eles tomam, determinam o valor que vão assumir no seu desenvolvimento subjetivo.

De onde a criança recebe esses significantes? Eles procedem de onde ela ainda não existia: dos mitos das famílias, das histórias que passam de geração a geração, do que falam quando é esperada e do que lhe é dito. E isso faz ao brincar.

O brincar está ligado à constituição subjetiva e toda atividade significativa no desenvolvimento da criança está relacionada a esse processo. Ele nos indica como acontece o desenvolvimento e nos aponta não só para os avanços, as conquistas, os progressos, como para os emperros, as dificuldades e as patologias. As brincadeiras progridem quando interessam, caso contrário, são interrompidas.

O brincar é uma prática significante. Prática essa que tem uma função e assume diferentes nuances a depender do momento em que o sujeito se encontra na sua estruturação subjetiva. Brincar é normal para a criança, sem tempo, nem local, envolve o corpo e satisfaz. O brincar não é dentro ou fora, para Winnicott, "brincar é fazer", "implica confiança e pertence ao espaço potencial existente entre o bebê e a figura materna, com o bebê num estado de dependência quase absoluta e a função adaptativa da figura materna tida como certa pelo bebê" (1975, p. 76).

Nesse espaço existente na relação mãe e filho, constrói-se um objeto que não é nem a mãe nem o filho, mas que permite ao bebê ir elaborando uma ausência que será necessária para que ele comece a se diferenciar de sua mãe. Esse espaço só é possível se essa mãe tiver disponibilidade para acolher e, paulatinamente, o objeto construído desaparece, logo que perde sua função.

E a criança brinca. Brinca espontaneamente, não importa como, nem o seu conteúdo. Brinca simplesmente. Importante ressaltar que, quando falamos de brincar não estamos fazendo uma ligação brincar-brinquedo. O brinquedo nos remete a um produto com determinados conteúdos; a atividade em si, o brincar, tem caráter de produção, de processo.

A psicanálise com crianças pode e deve usar do brinquedo. O que não implica ficar reduzida a essa atividade, sob o risco de parecer apenas uma brincadeira. É do brincar que surgem os significantes; brincando, a criança vai simbolizando suas questões.

Na Psicanálise, o marco com referência ao brincar vem da observação de Freud acerca do seu neto, brincando com um carretel. Esse jogo de aparecer e desaparecer instaura a separação e inscreve a diferença sexual. Aparecer, desaparecer – simbolizar um desaparecimento, dar uma representação a uma perda, lidar com a angústia. Para Melanie Klein (1982, p. 277), "O medo de perder a mãe torna doloroso o afastar-se dela, mesmo por certos períodos; e várias formas de brincar dão expressão a essa ansiedade e são um meio de superá-la".

Mas a questão é anterior. Para poder simbolizar, a criança precisa separar-se da sua mãe, rompendo a díade mãe/filho. Esta separação representa uma grande dificuldade - sair do "corpo de dois" para ser ela mesma, tendo o seu próprio corpo. As primeiras funções do brincar estão, portanto, ligadas à edificação do corpo, superfície sem volume, sem solução de continuidade, sem buracos.

Como ao nascer o bebê é como um bolo de carne, indiferenciado da mãe, sem forma, aos poucos ele vai precisar construir o seu corpo. Para isso, necessita, antes, fazer pele. Essa pele representa o limite entre o interno e o externo, entre o seu corpo e o da mãe e vai sendo construída quando o bebê brinca com o lençol, com pedaços de pano, quando se lambuza. Por isso mete o dedo no nariz da mãe, no olho, morde, bate. Pega e segura qualquer coisa.

Brincando, ela se presenteia com um corpo e essa produção está assegurada pelo meio e pela cultura. É daí que surgem os significantes que vão estruturá-la como indivíduo separado, diferenciado. Uma mãe "suficientemente boa" cria um ambiente e a possibilidade do filho poder construir seu corpo e poder dela se diferenciar.

Também é ao brincar que a criança vai se curando em relação aos pontos traumáticos de seu desenvolvimento. Nas patologias não há como brincar. Porém, o brincar não é algo fixo; no processo de estruturação, vai sendo, paulatinamente, ressignificado – fabricar superfície, explorar conteúdos e assim por diante.

Essas atividades do brincar combinam dois momentos: esburacar/fazer superfície. Brincar e esburacar. O buraco não é algo deficitário, o buraco é uma ponte e está ligado ao prazer e a erotização. Ao nascer o bebê esburaca a mãe e é essa produção de furo que permite a vida – permite ser. Esburacar, portanto, é uma operação fundante e está ligada às atividades do primeiro ano de vida do bebê quando tira significantes do corpo do Outro – da mãe.

A criança anseia penetrar no corpo da mãe e se apossar do seu conteúdo, retirando materiais dos quais necessita para unificar-se, constituir-se. Quando a mãe não permite, fica difícil para o bebê realizar essa operação. Perfurar para possibilitar a saída libidinal. Furar a mãe para sair desse corpo e construir seu próprio corpo. Fazer um buraco para construir a pele em volta – porque é em volta do vazio que se constrói o sujeito.

A partir da estruturação primordial do corpo, através do brincar, a primeira coisa que se constrói não é, de maneira alguma, um interior, ou um volume, mas uma película, como fita contínua. Sem dentro nem fora. A aquisição interno/externo se faz com a simbolização. Como o bebê está tão "incrustado" no corpo do Outro não há ainda um sentido de propriedade, meu corpo, seu corpo. Não se possui a si mesmo, ainda não se sabe sujeito.

Cada subjetividade tem um tempo de construção, forçar uma simbolização causa muita angustia e um sentimento de que ele, o bebê, pode se desintegrar. Como se separar sem criar, antes, sua própria pele?

A mãe permite esse processo quando, ao cuidar de seu filho, cria rotinas importantes para sua estruturação. A rotina é educativa, mas, antes disso é uma forma pela qual o bebê pode edificar seu corpo. Quando essa mãe toca seu filho, ela o erotiza, dá contorno.

As rotinas do bebê também são necessárias porque a mãe está na rotina. Elas tornam previsível algo para alguém imprevisível ; a rotina traz a certeza de que a mãe está presente e produz superfície – o Outro oferece meios para que, mais tarde, a criança possa simbolizar. Simbolizar a ausência, a descontinuidade, a perda, a falta.

A segunda função do brincar refere-se aos jogos continente/conteúdo. O bebê põe e retira coisas de compartimentos, abre portas, retira objetos de gavetas e armários, quer saber o que há dentro de uma caixa, encaixa, desmonta. Ainda não há o grande e o pequeno, quem devora quem – estas relações nada significam porque o bebê não tem noção de espaço, não percebe diferenças – isso vem do Outro que aponta e marca, isso vem com a diferenciação corpo da mãe e seu próprio corpo.

No início de sua vida o bebê é muito dependente, precisa de cuidados e total atenção às suas necessidades. Aos poucos vai obtendo autonomia. Como depende do Outro e percebe que este pode ausentar-se, desaparecer, passa por uma imensa angústia. Nesse momento, não é possível separar-se, para o bebê, o importante é ser cuidado; isso é estruturante.

Como a relação mãe/filho é de pleno gozo, sair dessa relação é possibilitar o desejo, permitir que um outro possa entrar. Parece paradoxal, mas, para poder separar-se o bebê deve estar muito unido a sua mãe. Segundo Winnicott é a fusão que permite a separação. Com a separação, a criança passa de ser de gozo para sujeito de desejo. E de falta.

A criança vai se desenvolvendo. O brincar vai se ressignificando. Primeiro esburacar para formar uma pele – criar um corpo. O bebê que fura, esburaca, cava, tirando significantes do corpo materno, agora começa a brincar de esconde-esconde, aparecer/desaparecer, morto/vivo.

Nessa etapa, ocultar-se é essencial. Até esse momento, o desaparecer causava angústia, agora, já é possível ter prazer com essa brincadeira. O bebê passa, então, a deixar cair coisas. Para Winnicott, a criança primeiro solta coisas e depois lança; essa é uma brincadeira que está ligada ao desmame. Processo complexo que não só inclui o deixar de mamar, mas, o separar-se da mãe. Deixar cair coisas é desinvestir.

O objeto não se vê lançado fora. Ao lançar o objeto é que se produz um fora, sendo possível, assim, poder atirar coisas. Esse fora, ato inaugural, permite simbolizar algo antes impensável – a saída da mãe porque a angústia era destrutiva e difícil de manejar - o que ia não tinha como retornar.

A criança brinca. Brinca de cobrir-se e descobrir-se – desprender-se do olhar do Outro, surgindo daí a relação olhar/existir.

A operação simbólica é um processo – nela há uma verdadeira modificação subjetiva: sair do corpo da mãe para o seu próprio corpo. Simbolizar a angústia da separação. Antes, se alguém ia, isso não incluía a volta, o retorno, o que era sentido sob a forma de destruição corporal. Agora, nem tudo é mãe – o bebê já é um – a entrada do pai mostra que essa díade se partiu, já é possível a palavra, o encontro com o não acontece.

Como conseqüência, a porta que antes só abria, já pode abrir e fechar - a criança brinca de desaparecer do olhar do Outro. No âmbito da linguagem verbal, brinca de dizer não. Responder ao Outro com um não embora tome o que lhe é oferecido. Brincar de não querer, o que é decisivo na construção subjetiva. Este é um momento de ambivalência da criança que oscila entre condutas agressivas e amorosas, ter angústia e gostar de desaparecer.

Na separação da mãe, a criança passa para um espaço que não é o corpo materno. Quando há falha nesse processo, ela não consegue ficar só, não brinca sozinha – geralmente são crianças boas e carinhosas que exigem companhia o tempo todo. Não conseguem brincar de esconder, perdem-se no escuro – o outro tem de estar sempre por perto. O fracasso do fort-da complica a problemática edípica da criança que não avança na simbolização de um lugar desprendido da ligação concreta com o objeto.

O fort-da quebra a relação mãe/filho. E pode ser resumido em pequenas práticas, repetidas indefinidamente, como atirar miudezas e improvisar jogos de esconde-esconde. Com a repetição da operação aparecer/dasaparecer, a criança cria um espaço que antes não existia. A repetição ajuda na superação dos sentimentos de perda e de mágoa.

Nessa etapa, como a criança já é capaz de fabricar imagos que a ajudam a esperar – se o Outro vai, não vai de todo; para ela, em especial não vai embora, seu corpo. Porém, quando ainda não dispõe desse recurso, se o Outro vai é a sua destruição, principalmente para um bebê novo que não dispõe ainda de defesas – por isso adoece – responde com o corpo porque esse é o instrumento que tem ao seu alcance. A fabricação de intermediários – os objetos transicionais, torna-se importante para não precisar recorrer ao corpo.

A patologia do fort-da é de "incrustação". A criança ao invés de fabricar suas próprias imagos, e com elas essa nova espacialidade fora do corpo da mãe, só consegue existir tentando refundir-se continuamente com o Outro, anexando-se a ele. Ou permanece aderida, ou se apega a qualquer um demonstrando um excessivo desapego, precisando ser aceita socialmente, querida, despojada de toda ambivalência e angústia, mascarando a absoluta incapacidade de estar só.

A criança brinca. O brincar ajuda a fabricar imagos próprias.

Nesse momento se produziu, na criança, o voltar-se para o pai – se ele não se apresenta, ela retrocede para a mãe porque o que não pode fazer é ficar sem dirigir seu amor para algum lugar, retornará, então, carregada de decepção.

E a criança brinca. Acena, dá adeus, até logo e com isso se reconforta diante da separação. Brincando, cresce, desenvolve. Agora, adolescente, traz à tona o processo de estruturação subjetiva, reedita, retoma e conduz a um outro patamar de desenvolvimento simbólico.

O brincar, instituído não como brinquedo, mas como processo e produção, também muda. Antes, construir superfícies trazia a possibilidade de unificação – agora, acentua a desarmonia e a falta. Nem criança e nem adulto – um desconhecido –o espelho marca esse conflito, mostra a fragmentação e traz angústia.

Mais uma vez necessita fazer superfície. Como, agora, não mais é possível aderir ao corpo materno, se apega aos grupos, à turma, que lhe vem como promessa de um Ideal. Esta relação não é de dentro/fora, mas de inclusão recíproca – eu sou o grupo/o grupo sou eu.

Também a masturbação aparece para o adolescente como forma de dar-se um corpo e não apenas como um meio de alcançar prazer. A sujeira reedita a função de criar superfície, assim como o uso de algumas roupas, repetidamente. Hoje, o brincar vem com as tatuagens, os piercing que, de qualquer forma, dão superfície e marcam um corpo – concretamente.

O adolescente também reedita o fort-da – desaparecer/aparecer surge na quebra dos modelos de identificação familiar. Por isso o uso de determinados tipos de roupa, a linguagem bem específica, os modos de ser ditos bizarros, as seitas, a necessidade de habitar um outro lugar.

O adolescente atua – transgride, contradiz, usa drogas, engravida. Mais uma vez precisa se diferenciar. Atua porque não consegue brincar. Não consegue ir e vir, tomar e deixar- adere às drogas, ao computador, aos games, ao culto do corpo, à televisão .

Como todo ser humano nasce bissexual, na puberdade o sujeito tem de definir seu rumo – homem ou mulher. O adolescente, a princípio, brinca com sua identidade sexual sofrendo, muitas vezes, o efeito de ser rotulado dentro de uma perversão. Criança, seu sentimento era de completude. Adolescente, precisa abrir mão de um modelo e entrar na falta. Sofrer a castração – abrir mão de um sexo e ser o outro.

O adolescente sofre, mas, é preciso seguir o "itinerário lúdico" na busca de novos significantes.

Ao longo da adolescência, também na busca da diferenciação, surge o trabalho. O brincar como prática significante urge ser transformado em trabalho. Trabalho esse que precisa ser encarado como brinquedo para que possa permitir ao sujeito continuar se desenvolvendo, sem ficar alienado e preso a algo distante do seu desejo.

Na nossa sociedade, o brincar fica como infantil e o trabalho como algo adulto. Esta dicotomia retira a função de brincar do trabalho, do sexual, perdendo-se a dimensão do desejo.

Vemos isso perfeitamente na atividade escolar, tão distante e alheia à função do brincar e tão pouco intricada com o desejo e o prazer. Desejar, aprender, investigar é o brincar transformado, garantindo que tudo possa continuar acontecendo como aprendemos – brincando.

O que quer o adolescente, o que deseja para seu futuro, o que será, qual o seu Ideal de Ego, quais os seus projetos e suas fantasias?

Para Ricardo Rodulfo (1991, p. 159), "Onde cala o desejo, onde acaba o brincar o sujeito está perdido". Portanto, o desejo existente na atividade de brincar exige ser redirecionado para o trabalho, passar de um campo a outro, para que possa garantir ao sujeito se diferenciar e, mesmo na falta, continuar buscando novos significantes para a sua vida.

 

BIBLIOGRAFIA

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* Psicanalista. Membro do Círculo Psicanalítico da Bahia

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