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Cógito

Print version ISSN 1519-9479

Cogito vol.8  Salvador  2007

 

HISTÓRIA DA PSICANÁLISE

 

Freud: um gênio amado e traído *

 

 

Carlos Pinto Corrêa **

Círculo Psicanalítico da Bahia

 

 


RESUMO

A partir de uma proposição de Igor Caruso sobre a fidelidade e a traição ás idéias de Freud o autor pondera que grandes dificuldades a evolução da Psicanálise fora colocadas pelas chamadas renovadores da Psicanálise ou pela ortodoxia que tentou engessar as propostas freudianas. Presente trabalho, em comemorado sesquicentenário de Freud mostra como Lacan em sua releitura de Freud foi capaz de manter a sua fidelidade ao tempo em que favoreceu importante evolução no pensamento na clínica psicanalítica.

Unitermos: História da Psicanálise, Freud, Lacan, Ortodoxia


 

 

O que resta de grandezas para nós são os
Deconheceres.

Manoel de Barros

 

No dia 23 de setembro de 1964, Igor Caruso pronunciou uma palestra no Grupo Bogotá do Círculo Vienense de Psicologia Profunda, como celebração pelos 25 anos da morte de Sigmund Freud, ocorrida em 23 de setembro de 1938. Ele intitulou seu texto de modo que seria muito atual: "Freud, um morto venerado e traído". Lembrou que dizer que Freud tem um lugar no panteão dos grandes homens é uma fórmula vazia e ribombante, se não acrescentarmos que ele persiste sendo motivo de perplexidade e oportunidade de escândalo e que nisto consiste precisamente sua contraditória grandeza. Quando Freud iniciou suas investigações sobre o inconsciente, se deu conta que provocaria uma humilhação ao narcisismo e que a humanidade não o perdoaria facilmente. Sua morte possibilitou que todos os homens cultos daquele tempo pudessem falar do falecido com respeito e ponderação acadêmica. Esta é uma forma de dizer que, enquanto vivo, qualquer gênio pode implicar mais com sua pessoa do que com sua obra.

Freud nos legou um amplo método crítico de dúvida. Julgá-lo significa aceitá-lo, "buscar nele novas respostas (e mais do que respostas, novas perguntas); continuar pensando como ele e por ele e não considerar absolutamente nada como tabu instituído por ele mesmo" CARUSO. Em outras palavras, este mestre sugere que não há nada em Freud que sugira ou nos remeta a uma ortodoxia. De fato ele foi um revolucionário radical e suas conquistas do espírito humano se difundiram com rapidez tão sufocante que a ciência oficial e a filosofia se renderam ao que era revelado. Propôs preservar o exercício da psicanálise de modo que não surgissem práxis contrárias aos cânones defendidos em sua teoria. Isto levou muitos de seus discípulos a uma exacerbação defensiva que garantiu uma hiper-ortodoxia dogmática, capaz de transformar uma sociedade em proprietária da psicanálise e no policiamento da interpretação das idéias de Freud.

De início ele contou com o descrédito levantado por seus colegas médicos de Viena, não acostumados a qualquer contestação do poder médico. Também o marxismo organizado levantou suas bandeiras de oposição, embora Freud e Marx estivessem propugnando por uma melhoria nas relações entre os homens. Para os dois autores a possibilidade do ser humano se tornar livre estaria fundada na desalienação de suas necessidades, econômicas ou da ordem da pulsão, havendo mais divergências na práxis pelos caminhos possíveis, fossem a revolução social de Marx ou a psicanálise de Freud.

De lá para cá, os pensamentos filosófico e político fizeram progressos, aproximando as duas propostas. Em "Questão de Método" de SARTRE encontramos que "o pensamento fundamental é que a crítica é uma estrutura social e que deve estar apoiada e aprofundada eficientemente pela crítica do destino individual". O estudo das idealizações é apenas um enfoque para se entender os movimentos sociais, deixando de fora as questões fundamentais das motivações humanas que se transformaram em objeto crítico da psicanálise. Esta proposta tenta retirar a oposição existente entre o social e o individual, mostrando uma complementariedade, ou melhor uma diferença de níveis em que o assunto pode ser abordado. "Totem e Tabu", "Mal Estar na Civilização" ficam inseridos como base para entendimento da cultura.

Também as noções de racional e irracional precisaram de revisão ante a obra de Freud. A palavra realidade, expressa no conceito de realidade social, foi inteiramente subvertida quando Freud reafirmou a extrema subjetividade do sujeito, como alguns filósofos mais antigos pensavam. O homem pulsional, com suas questões inconscientes e ser social tal qual entendemos, só pode passar às adaptações exigidas pelo social por grave alienação de si mesmo e de uma falência pessoal frente à imposta "realidade".

Freud se antecipou e recusou que a psicanálise pudesse ser colocada a serviço da conjuntura social e cultural dominante, situando-a a serviço do desmascaramento dos tabus e juízos de valores que alienam o sujeito. Posteriormente, alguns teóricos da própria psicanálise se renderam às propostas ideológicas que propugnavam pelo ajustamento e uma educação não crítica. A noção do Eu expandiu-se para o SELF e o inconsciente se tornou secundário.

Por muito tempo Freud foi censurado como um fundador indeciso e mesmo indiferente às bases sociais que alicerçam a compreensão do indivíduo dentro da cultura. Esta crítica franqueou uma identificação da psicanálise com os ideais burgueses, ou como na lógica hegeliana situou a psicanálise em sua origem na casta dos senhores (aqui não estou tomando Hegel no sentido tomado por Lacan na questão dos discursos, mas no fundamento social da doutrina). De fato, a má psicanálise serve a esta questão, mas quando Freud reclama por "uma organização genital madura", o faz na certeza que teríamos aí o único modelo adulto e ético para que o indivíduo não se perdesse no social.

De 1964 para 2006 muitas das objeções ao pensamento de Freud foram superadas. A técnica psicanalítica evoluiu para uma clínica menos espetacular e mais profunda. O grande público passou a ter um conhecimento difuso da psicanálise que ao mesmo tempo traz certa imunidade contra suas possibilidades terapêuticas. O analista perdeu sua condição de estrela e o saber, antes tão especial, se vulgarizou em citações chulas. Sabemos que a modernidade nos trouxe o discurso capitalista que estabeleceu uma nova relação com o saber, como se este fosse uma mercadoria. O homem que pode tudo pensa que o saber é sempre acessível ao sujeito e por isso exigido como objeto possível.

O conhecimento difuso da psicanálise é em parte falso e serve às resistências do público contra a arriscada possibilidade de retificação subjetiva do sujeito. Mas há outro risco de falsear a aceitação das idéias psicanalíticas, pelos desenvolvimentos teóricos que tentam a negação do que há de mais revolucionário em Freud, servindo aos interesses que vão contra o sujeito. A armação de um conflito entre o homem adaptado contra o sujeito da falta tem piedosamente mobilizado uma priorização de um contrato tipo Rousseau, que pode ser contestada com o argumento de Freud que o destino da pulsão não é exatamente igual nas diferentes conjunturas sociais e o investimento libidinal depende da história concreta escrita por cada um.

Volto à questão onde está o ponto de partida para tantos pensadores se arvorarem como revisionistas ou modificadores da psicanálise em desmandos, que produziram uma clínica estropiada e usurpadora do status de psicanálise. Adler, o discípulo dileto, foi o primeiro a priorizar a pressão externa e a vontade de poder (tomada de Nietsche) sobre a pulsão, como se o desejo no homem viesse de fora. Depois de Jung, a árvore dos dissidentes cresceu rápida e frondosa, criando sombra que parecia ofuscar o que originariamente tinha sido a psicanálise. Os anos 60 são prolíferos em saberes que usam o rótulo de psicanálise e alguns conclamam que Freud estava morto.1

Na verdade, o nascimento de tantas vertentes do pensamento freudiano se deve a uma má compreensão do pensamento original. Grande parte destas propostas rebeldes não atenta para a unidade do saber psicanalítico. As alterações parciais das teorias costumam comprometer o todo, como em um corpo, no qual substituído um detalhe, fica quebrada a unidade e fabricado um monstro. A pergunta é: até que ponto o pensamento psicanalítico suporta ser alterado e continuar sendo ainda psicanálise?

Por ser eternamente inconclusa ou inacabada, toda leitura de Freud deve ser histórica, oportunizando-se um repasse pelo caminho metodológico percorrido pelo pensador primeiro. Ou, como proporia Foucault, a leitura exige a reconstrução de uma genealogia do seu pensamento. O primeiro ponto a ser considerado é a extensão da obra realizada por um único homem, que reviu toda a psicopatologia, construiu uma nova psicologia fundada no inconsciente, estabeleceu uma práxis terapêutica, além de interferir em todo pensamento moderno por sua contribuição à filosofia e às ciências sociais.

Em segundo lugar é preciso rever o método que o conduziu a encontrar assertivas tão importantes. ANZIEU acredita que Freud seria o produto de três sortes e dois infortúnios. A primeira sorte veio de ter um pai judeu descrente e liberal, que propiciou ao seu filho um sucesso na área cultural. A segunda sorte veio de sua mãe jovem, viva, doce, alegre, orgulhosa e acolhedora ao primogênito. A terceira foi a possibilidade de passar parte da infância livre no campo. Seus infortúnios foram o exílio precoce aos três anos e a pobreza dos anos iniciais em Viena, que avivaram o seu masoquismo traduzidos em sorte pelo desejo de sucesso. É uma tentativa de ligar o homem à sua história, como também tem sido pretendida por tantos estudos biográficos. A cada proposta de sua obra pode-se aventurar uma vinculação nova. Mas o que teria feito de Freud o que Freud realmente foi

Desde criança envolveu-se na curiosidade frente aos fatos do mundo em que vivia e mais ainda por seu mundo interior. Pode-se dizer que sua perplexidade era traduzida em perguntas sobre si mesmo e na certeza de que um dia seria capaz de responde-las. Assim ele vai traçando as malhas do método hipotético dedutivo que constitui a essência da lógica de sua criação. Nenhum fato lhe passa despercebido e ele busca a origem criando suas hipóteses. Se parasse por aí teria sido um filósofo, mas segue adiante tentando as comprovações das suposições imaginadas. Assim ele se torna um teórico. Mas não lhe basta e sua inquietação o leva a tentativa de mudar o homem, passando à clínica, que será a oportunidade maior para retificação das hipóteses.

Se ele próprio é o objeto inicial de sua curiosidade, torna-se também o objeto primeiro da retificação e da clínica. Pela sua auto-análise tenta fazer ser seu próprio analista graças à sua desassombrada coragem em descobrir as próprias falhas e evitar suas defesas. É assim que se aprofunda na interpretação dos sonhos, a obra que o tornou merecedor da placa de fundador de um novo saber. O risco da queda em um subjetivismo autobiográfico foi vencido pela crítica e revisão hipotética, responsável por este modelo insuperável e sempre vivo que tem sido a psicanálise.

Caruso em seu afã de repensar Freud além da origem e depois de muitas divergências, nos ensinou que quanto mais nos afastamos de Freud mais depressa devemos retornar a ele. É a noção de que estamos diante de um continente amplo e dinâmico e que o repensar em vez de nos afastar definitivamente com idéias substitutas, nos leva mais a estabelecer novos laços ou questões complementares. Os conceitos freudianos são articulados e como dissemos acima não suportam determinadas alterações sem que se mude o arcabouço teórico. É bom lembrar que Freud em sua autobiografia destaca que nunca abandonou a observação clínica em favor da especulação, por isso não se perdeu no imaginário. Tomemos como exemplo o complexo de Édipo objeto de tantas críticas por não psicanalistas. A antropologia liderada por Ruth Benedict, Clide Kluckhohn e Margaret Mead, se invectivou contra a proposta freudiana e partiu para a pesquisa de campo no intuito de provar que se tratava de uma questão apenas da cultura ocidental. A objeção veio de que nas sociedades matrilineares a relação com o pai estava deslocada para o tio materno. O argumento apenas comprovou a proposta freudiana, quando se entendeu que se alguém desempenhava a função paterna se tornava o verdadeiro pai para quem a relação se estabelecia. O princípio teórico do Édipo ficou comprovado.

Lacan, valorizando a castração como estruturante, enriqueceu a teoria, sem denegar o Édipo. Com as questões da modernidade e a falência da figura paterna têm aparecido os autores que renovam a crítica ao complexo de Édipo, propondo revisões capazes de explicar as grandes transformações do homem face às novas tecnologias e à globalização. Bem argumenta o trabalho de Cibele BARBIERI "Fronteiras da Psicanálise": "talvez isso aconteça numa proporção nunca antes vista, porque a função paterna opera na proporção inversa, o Pai cede cada vez mais. Mas não posso crer que isto implique uma nova estrutura para o sujeito do século XXI".

A persistência do modelo teórico decorre de ter sido elaborado com fundamentos que possuem uma base clínica, visto que a teoria psicanalítica tem sido comparada ao andaime dentro do qual nos movemos e reconstruímos. LACAN, no seminário 1, faz referência que podemos estar livres em novas hipóteses "desde que preservemos nosso espírito crítico e não tomemos o andaime pelo próprio prédio". Sábio conselho que nos leva ao entendimento que o definitivo da obra de Freud está não apenas nos fundamentos propostos, mas na sua dinâmica e possibilidade infinita de ser repensada e continuar sendo psicanálise.

Citamos Lacan como discípulo amado de Freud e nunca como o traidor. Seu pensamento original ocorre desde o início de seus trabalhos, quando foi identificado como rebelde. Aos trinta e cinco anos de idade , em 1936, ele aparece como psicanalista ao apresentar seu consagrado "O estadio do espelho", no Congresso Internacional de Marienbad, texto que receberá sua forma definitiva em 1949, com reformulações sobre a questão do Eu. Mas foi em 1953 no conhecido Congresso de Roma, que sugiram as grandes divergências com a Sociedade Psicanalítica de Paris. Lacan apresenta seu texto "Função do campo da palavra e da linguagem" e daí acontece a ruptura e a formação do grupo Lacan-Lagache. O mesmo homem começa a ser interpretado sobre a observação de duas facetas. É o psicanalista agudo que na leitura de Freud dá conta de lacunas e limites, e propõe acréscimos ou interpretações até então desconhecidas, infringindo pecaminosamente as regras impostas por uma ortodoxia defensiva da instituição. Sua outra face mostra o lado político de reivindicação e revolta que atuavam contra o seu desejo de continuar a trajetória do fundador da psicanálise. Amado pelos discípulos dos seminários ou quem se dispunha a estudar suas idéias, tornou-se ao mesmo tempo odiado, execrado e temido como destruidor da harmonia ortodoxa e dos tradicionais cânones da formação psicanalítica.

Se tomamos a idéia de Anzieu sobre as três sortes de Freud, podemos então pensar que Lacan teve pelo menos duas sortes. A primeira de estar em Paris na efervescência do estruturalismo e sua aproximação com a lingüística, que lhe permitiram as novas teorizações sobre o inconsciente, especialmente na revisão crítica da segunda tópica freudiana. A segunda sorte foi contar com um auditório fiel que lhe permitia uma interlocução importante na evolução de suas teorias. Assim, não se perdeu em uma teoria obediente à sua vasta cultura filosófica, mantendo-se ligado à demanda de seus ouvintes sempre atentos à questão das causas e da clínica.

Alguns revisionistas de Freud trabalharam em questões particulares da teoria de modo a subjugar conceitos freudianos a questões lógicas externas ao sistema ou a resultados pretendidos por uma clínica sem a prevalência do inconsciente. A revisão ampla da teoria freudiana se perdeu também no historicismo, e até o próprio Caruso se debateu entre a teoria, a práxis e as exigências para os resultados de uma clínica mais eficiente. Dito de outro modo, o verdadeiro entendimento da teoria psicanalítica é determinado pela compreensão do eixo em torno do qual gira o conjunto das proposições básicas de sustentação teórica. CESAROTO lembra que "uma leitura cronológica da obra freudiana não necessariamente evidenciaria as linhas mestras do seu pensamento". Na verdade os conceitos não apareceram de modo linear. Os raciocínios de Freud seguem uma elaboração numa dialética constante, sempre com novas antíteses e inferências clínicas em desenvolvimento que não anulam os conceitos precedentes, mas que os englobam e podem conserva-los. O mesmo autor lembra que "existe uma ordem de razões que organiza o sistema intelectual de Freud e é só a partir delas que a clínica analítica se mostra eficaz".

Para revisar é necessário criar suspeitas sobre as certezas, o que quase sempre sugere uma ação destrutiva, até que novas certezas sejam estabelecidas. Assim, a clínica psicanalítica precisava ser revista: a transferência cartesiana estabelecida em uma dissimetria que garantia o saber arrogante do psicanalista, passa à incômoda posição do suposto saber; a resistência que era tomada como reação à relação, se torna um artefato introduzido pelo próprio analista; a interpretação que de mágica fica submetida à ambigüidade própria das palavras; o desejo como o intangível desejo do outro. Além disso o foco estruturante derivado do Édipo foi deslocado para a castração, do mesmo modo que a centralização no Eu como impunha a segunda tópica foi recusada, trocando-se a questão da integração do cliente pela subjetivação através das cadeias significantes em direção a um real que nos fala de uma cura impossível. De outro modo, Lacan mostrou como a teoria psicanalítica se articula com uma prática que se define, antes de tudo, como submissão ao discurso.

Razões havia para que os menos avisados imaginassem que Lacan fosse o anti-Freud ou que pretendesse destruir a psicanálise, embora já em 1951 ele tivesse apresentado o seu ensino como um retorno a Freud. Segue até 1953 distinguindo os planos reconhecidos mas nunca tematizados pela doutrina psicanalítica do simbólico, do imaginário e do real. Melhor ainda quando define claramente os objetivos do Seminário I – Os escritos técnicos de Freud: compreender o que fazemos quando fazemos psicanálise.

Lacan além de modificar, criar, rever e ensinar se impôs como leitor por excelência de Freud. O revolucionário que explodiu a ortodoxia estéril e tido inicialmente como traidor, é para nós o discípulo que realmente foi capaz de amar Freud.

 

BIBLIOGRAFIA

ANZIEU, D. A Auto-Análise de Freud e a Descoberta da Psicanálise, Porto Alegre:Artes Médicas, 1989.        [ Links ]

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SARTRE, J.P. Question de Méthode, São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1966        [ Links ]

 

 

* Para a Dra Eny Iglesias, pelos seus 35 anos dedicados à Psicanálise e ao Círculo Psicanalítico da Bahia
** Psicanalista. Sócio Fundador do Círculo Psicanalítico da Bahia
1 O crescimento da psicanálise foi tão rápido que parecia comprometer a assimilação da teoria psicanalítica. Segundo BROSIN, em 1937, apenas trinta e sete anos da publicação da "Interpretação dos Sonhos", a IPA possuía 564 membros pertencentes a 18 sociedades filiadas e os Estados Unidos possuíam 126 membros subdivididos em 4 sociedades e 11 psicanalistas sem afiliação (não membros da IPA). Em 1966 a Associação Psicanalítica dos Estados Unidos possuía 500 membros, mais 650 candidatos e 224 analistas didatas.

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