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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Cogito v.9 n.9 Salvador  2008

 

PSICANÁLISE E ARTE

 

Paixão e amor na nossa MPB

 

 

Gabriel Câmara*

 

 


RESUMO

Falando da relação Amor-Ódio e suas vicissitudes o autor chega à questão do prazer. Passa aos compositores da Bossa Nova mostrando a questão do narcisismo, da idealização e da ética como aparecem na música que canta o amor e seus desencontros.

Palavras-chave: Música popular; Amor; Ódio; Prazer; Bossa nova.


 

 

Sentimentos de amor e de ódio são, sem sombra de dúvida, o tema mais freqüentemente abordado por nossos compositores da Música Popular Brasileira e por tantos outros artistas que representam tantas outras artes. Isto não é sem sentido. Se levarmos em consideração que nenhum ser humano passará pela vida sem experimentar estes sentimentos, e quão poderosos em nossas vidas eles podem ser, concordaremos com nossos compositores e os aplaudiremos por sua escolha. Em verdade, a maioria de nós, humanos que atingimos a idade adulta, já passamos, estamos passando ou passaremos várias vezes pela condição, sempre inusitada, do estado de estar amando, ou loucamente apaixonados.

Freud, em O Mal-Estar na Civilização, cita a busca do amor sexual — amar e ser amado — como uma forma de busca de felicidade, importante na vida da maioria das pessoas. Não deixa de afirmar, também, que esta busca pode trazer sentimento oposto, pois nunca estamos tão indefesos contra o sofrimento quanto quando amamos, e o objeto sexual escolhido pode nos trair. A dor da perda do objeto amado nos deixa desamparados.

Sentimento aparentemente oposto, o ódio acompanha os amantes, destrutivo, um produto da pulsão de morte. Machado de Assis já afirmava que todos os contrastes estão no homem.

Freud, em Além do Princípio de Prazer cita o mito do andrógino de Platão, que afirma que, no início, havia três gêneros de seres humanos. O andrógino seria este ser que tinha duas faces, duas cabeças, dois sexos, quatro pernas e braços. Finalmente, Zeus resolve puni-los e dividi-los em dois. Desde então, cada metade busca a outra, esta eterna busca do objeto sexual, da sensação de completude no outro, nunca totalmente atingida.

Porém, qual de nós se atreveria a dizer que desistiu de amar? A libido narcisista não nos provê de tudo que necessitamos, temos necessidade de investir parte de nossa libido no outro, pois, um excesso de narcisismo daria vitória certa à pulsão de morte. Este seria um narcisismo mortífero, que produz uma busca compulsiva de repetição do mesmo. De acordo com Freud, o amor impõe um freio ao narcisismo. Eros — a energia vital — se alimenta da união de dois ou mais organismos vivos. Em fluxo contrário, a pulsão de morte, mais sorrateira e silenciosa, tenta a volta do orgânico ao inorgânico. A teoria baseada neste dualismo, que marcou, desde o início, a vida na terra, nos guia caminho adentro da teoria freudiana.

Mas sabemos que existem relacionamentos amorosos prazerosos, onde duas pessoas conseguem conviver e trocar sentimentos afetuosos, reproduzindo assim um bem-estar no cotidiano de ambos. Sem dúvida, uma forma de auto-conhecimento e amadurecimento pessoal. Além destes, existem também pares que parecem nunca se entenderem, que mantêm um vínculo amoroso desprazeroso. Nestes casos, é comum ouvir alguém de fora — ao falar sobre o par amoroso — declarar que “eles vivem em pé de guerra”.

Existem diferentes formas de amar? Qual a forma de amor sexual que dá certo? Quais as diferenças básicas entre amor-paixão e o amor propriamente dito, o primeiro teria necessariamente que anteceder o segundo?

Neste ensaio, tomo como objetivo definir os conceitos de amor e paixão, destacando as diferenças existentes entre ambos, utilizando como material de reflexão letras de compositores de nossa MPB. Fazendo uma revisão sobre a teoria do narcisismo, utilizando como principal fonte de pesquisa os textos de Freud sobre o assunto, tento compreender com mais clareza a posição assumida pelo indivíduo apaixonado e seu discurso perante o outro.

Creio ser válido relatar a definição de amor e paixão do dicionário:

Amor: afeição profunda; paixão; entusiasmo.

Paixão: Sentimento excessivo; afeto violento; amor ardente; vício dominador; alucinação.

Percebam que no próprio dicionário há uma mistura dos dois sentimentos, paixão se encontra dentro da definição de amor e esta, por sua vez, poderia ser descrita como um amor ardente.

Esta mesma confusão está presente em muitas letras da nossa MPB, percebo que nossos compositores muitas vezes se perdem nos meandros destes afetos, supõem a morte quando não estão próximos do ser amado, o objeto sexual escolhido, e declaram ser capazes de tudo fazer só para conquistá-lo. A quem mesmo o indivíduo apaixonado deseja?

Citarei agora uma bela letra de Djavan que acredito trazer muita informação sobre o nosso tema, a começar pelo título: Oceano.

Assim que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você, que solidão
Esquecerá de mim
Enfim, de tudo que há na terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri

Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar, me dá teu calor
Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim e eu oceano
Esqueço que amar é quase uma dor

Só sei viver se for por você

Nosso poeta estava definitivamente enamorado ao escrever tal letra. Chama a atenção quando ele afirma que amar é quase uma dor. Outra coisa que se percebe ao ler esta letra é que objeto sexual não está presente em sua vida cotidiana, porque, se assim fosse, o compositor não perguntaria cadê você e não se sentiria tão solitário como afirma estar. Não é minha intenção analisar Djavan, tão pouco seria interessante psicanalizar qualquer forma de expressão artística, mas, no momento, uma pergunta ajudaria a apontar um caminho para se seguir em meio de uma mata tão densa — estaria o poeta confuso com seus sentimentos ao escrever esta letra?

 

O NARCISISMO E A PAIXÃO

Para melhor compreendermos a situação de quem está apaixonado, ou “morrendo de amor”, é mister que se compreenda algo sobre o narcisismo.

Narcisismo é uma palavra derivada da mitologia grega, Narciso era um jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco, que o desejava ardentemente. Por ter rejeitado o amor desta, ele foi amaldiçoado de forma a apaixonar-se incontrolavelmente por sua própria imagem refletida na água. Narciso, por fim, suicidou-se por afogamento.

Freud cita dois tipos de escolha objetal, o tipo anaclítico e o narcisico. No tipo anaclítico o indivíduo toma como referência a sua mãe, a primeira pessoa que foi alvo de suas pulsões libidinais. Bom lembrar que, de princípio, as pulsões sexuais coincidem com as satisfações das pulsões do ego. A mãe, o primeiro objeto de desejo da criança, é ao mesmo tempo quem satisfaz suas necessidades vitais.

No tipo narcísico de escolha objetal, o indivíduo toma como modelo seus próprios “eus”, e escolhe seu objeto de desejo por uma das seguintes características que ele encontra — ou pensa que encontra — no outro, que é seu objeto de desejo: o que ele próprio é; o que ele próprio foi; o que ele próprio gostaria de ser; alguém que foi uma vez parte dele mesmo — no caso da mulher.

Não é para se concluir, a partir do exposto nos parágrafos anteriores, que podemos dividir os seres humanos em dois grupos, de acordo com seu tipo de escolha objetal. Na maioria das pessoas colaboram os dois tipos, sendo que um predomina sobre o outro.

Na paixão, o ego do indivíduo está vazio, eclipsado pelo outro — o objeto de desejo. Para colocar nas palavras de Freud:

A libido objetal atinge sua fase mais elevada de desenvolvimento no caso de uma pessoa apaixonada, quando o indivíduo parece desistir de sua própria personalidade em favor de uma catexia objetal [...].

Portanto, neste momento parece que o narcisismo do indivíduo está posto em cheque. Com toda sua catexia libidinal direcionada para o objeto, seu ego está ameaçado de extinção. Situação na qual o indivíduo perde os limites externos que delimitam seu ego e se funde com o outro, fazendo de dois um. Daí a sensação da paixão oceânica, ilimitada, a fusão do apaixonado com seu objeto.

Mas, apesar de aparentemente contraditório, a paixão é um estado de narcisismo exaltado, pois o indivíduo projeta no outro coisas de si. A visão do outro é totalmente distorcida no momento em que o indivíduo não o reconhece como um ser castrado, com suas próprias idiossincrasias. Daí que ele nunca vai até o outro, e é por isso mesmo que o amor-paixão tende a não se realizar, sua intenção é lograda por sua própria natureza.

A partir do exposto acima, dá para se ter uma noção da sensação de solidão do nosso poeta. Reparem que o compositor fala sobre a vida que vai na sela dessas dores, e que a mesma não sabe voltar, lhe dar seu calor. Afirma também que nada vai crescer sem que seu objeto amoroso chegue. Sua libido está catexizada para o espelho, cuidadosamente colocado por ele na frente do seu objeto sexual escolhido.

 

IDEALIZAÇÃO E EGO IDEAL

O indivíduo apaixonado toma seu objeto de desejo como seu ego ideal, que é produto da idealização. Tudo que ele vê no outro é perfeito e deve ser elogiado, o objeto fica, por assim dizer, livre de qualquer crítica. Ele é superior a todos os outros, meros mortais de carne e osso. O ego ideal caracteriza-se pela incondicionalidade da admiração do outro. De acordo com Hugo Bleichmar “A incondicionalidade da admiração que constrói o ego ideal refere-se então a um livre deslocamento da valoração desde o atributo idealizado até a totalidade da representação do sujeito”.

O discurso da paixão é, portanto, um discurso totalizante: todos os traços encontrados no objeto sexual escolhido são igualmente maravilhosos, se, no caso, ele conseguir preencher um pré-requisito — através de apenas um de seus traços que é extremamente admirado pelo indivíduo apaixonado — todos os outros passam a ter o mesmo valor. Daí que para o olhar deste, o ego do outro é unificado e ideal.

Este olhar de fascinação, quando letrado em música por um grande poeta, se torna algo esteticamente belo, que nos remete a nós mesmos. Nos identificamos com seu encômio . Então, diz Caetano Veloso:

Fonte de mel
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol
A sua coisa é toda tão certa
Beleza esperta
Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás

Linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Vocé é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim

Onda do mar do amor, sentimento oceânico, sem limites, uma fusão entre o eu e o outro, título da música de Djavan, que citamos anteriormente. O apaixonado se completa com o objeto sexual, o resto do mundo parece carecer de coisas que o interessam. Caetano afirma que seu objeto amoroso “me deixa a rua deserta, quando atravessa...”.

A volta do sentimento que a criança experimenta quando ainda mama, confortável no colo de sua mãe. Na tentativa de resgatar o narcisismo infantil perdido — o sentimento de perfeição — o indivíduo coloca o objeto de desejo no lugar do ego ideal. Ego e bom, mundo externo e mau. Assim, projetando no outro o que de fato lhe pertence, o apaixonado volta a ser “Sua majestade, o bebê”, mesmo que temporariamente.

Mas por quanto tempo pode perdurar o estado de estar apaixonado, sabendo-se que há uma perda de energia vital do ego em tal situação? Porque é que o indivíduo fica neste lugar, já que, aparentemente, não recebe nada em troca?

Roland Barthes afirma que o indivíduo apaixonado não pára de acreditar que é amado. Ele alucina aquilo que ele deseja. “Um dia, compreendo o que me aconteceu: eu pensava que sofria por não ser amado, mas é porque eu acreditava sê-lo que eu sofria”.

Não estou querendo afirmar, a partir do exposto, que a paixão seja um estado patológico ou necessariamente fadada ao fracasso. Todo amor tem sua dose de narcisismo. Também é possível o amor propriamente dito proceder à paixão. Tento descrever aqui a paixão no seu estado mais puro. Se fosse possível estabelecer uma gradação — que iria desde a paixão narcisista mais pura, ao amor sem nenhum grau de paixão — diria que tentei destacar a paixão na sua gradação extrema. As gradações intermediárias são sempre mais difíceis de estudar e descrever, mas também, são as que ocorrem com mais freqüência no mundo real.

A paixão é efêmera, não pode perdurar por muito tempo, há um gasto de energia muito grande, dirigida para o objeto. Por outro ponto de vista, a construção do ego ideal é frágil, Hugo Bleichmar afirma que ela é como um enorme edifício assentado sobre um único pilar, que, se se quebrar, leva ao desmoronamento de toda a estrutura.

 

A ÉTICA DO AMOR

Platão em O Banquete faz Sócrates dialogar com Diotima, esta então afirma que o amor é um gênio, um ser que está entre o mortal e o imortal, pois é filho do Deus Recurso com a Pobreza. É ele quem torna possível a comunicação entre os Deuses e os humanos. Por ser filho da Pobreza, ele é “duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro, deitando-se ao desabrigo, às portas e nos caminhos...”. Mas, também é filho de um Deus e por isso é “Insidioso com o que é belo e bom, e corajoso, decidido e enérgico, caçador terrível, sempre a tecer maquinações, ávido de sabedoria e cheio de recursos, a filosofar por toda a vida ...”.

O amor, para Platão, está entre a ignorância e a sabedoria, ora ele germina e vive, ora ele morre e de novo ressuscita. Está aí a tentativa do filósofo de revelar a identidade do amor, tarefa extremamente difícil, por sua ambigüidade. Não é um Deus, pois tem suas faltas. É o amante e não o amado, e ama justamente aquilo que lhe falta.

Em O Banquete, Platão fala sobre o amor de uma forma mais abrangente, como o amor entre pais e filhos, amor pela profissão e etc. Fala também sobre o amor sexual, que é o tema central deste texto.

Freud, ao longo de suas obras completas, não sente necessidade de diferenciar o amor propriamente dito do amor-paixão. Em alguns textos, ele usa termos como “fascínio” ou “servidão” para descrever a situação de alguém que esteja extremamente enamorado. Ele afirma que um relacionamento amoroso mais duradouro e estável ocorre quando há uma associação entre impulsos diretamente sexuais e outros com sua finalidade inibida. Estes sentimentos afetuosos com a finalidade sexual inibida são, portanto, cruciais para se manter um vínculo amoroso deste tipo. A supervalorização sexual, típica dos indivíduos do sexo masculino e que, para Freud, é a causa da idealização, tende a diminuir no momento em que há a possibilidade de descarga das substâncias sexuais, durante o coito.

A minha impressão sobre a concepção de Freud em relação ao amor é que este não escapa da escolha incestuosa. Os dois tipos de escolha objetal — anaclítico e narcísico — findam por chegar ao mesmo lugar. Independentemente do tipo que predomina no indívíduo, ele está sempre fadado a repetir, pois, se no tipo anaclítico o indivíduo busca alguém como sua mãe, há uma boa dose de narcisismo também aí, já que a relação mãe e filho é também impregnada pelo narcisismo.

Maria Helena de Barros e Silva se dedica a diferenciar o amor propriamente dito da paixão. Ela cita que no amor o indivíduo não abdica da sua solidão — ele está só, no entanto não nega o outro. Um encontro amoroso mais saudável é possível, caso o indivíduo tenha coragem de se deparar com sua solidão e com suas faltas, e colocar seu objeto amoroso no lugar de um ser castrado, que vê o mundo de forma diversa à sua.

Poderíamos ir além de Freud e acreditar num amor sexual entre duas pessoas no lugar de algo que é novo? Um “amor-criação”, ao invés de um “amor repetição”? Enfim, um amor que vai além, que escapa da repetição do gozo incestuoso.

De qualquer modo, mais importante é ouvir o que o paciente em análise tem a dizer sobre seus sentimentos amorosos. Um processo de análise pode ser significativamente enriquecido se, no caso de um paciente que está vivenciando este sentimento tão intenso e mobilizador quanto a paixão, desejar aprofundar sua análise, e se confrontar com suas faltas e seus desejos mais recônditos. Sem dúvida, material valioso para um encontro de si.

Portanto, finalizo este ensaio com uma letra de um poeta que se dedicou intensamente não só a viver o amor, mas também a traduzir estes sentimentos — que muitas vezes nos fazem afásicos — para a linguagem da poesia:

Canção da canção que nasceu

Eu não via nada senão teu olhar
Só havia o nosso amor pra cuidar
Parecia uma infinita canção
Até que um dia
Houve uma separação

Foi aí, amor
Que em mim a vida renasceu
E a luz do nosso grande amor
Foi indo e desapareceu

Foi aí, amor
Que uma outra luz transpareceu
E eu vi o mundo todo em cor
E nesse mundo havia eu:
E uma canção
De mim nasceu

(Vinícius de Moraes)

 

REFERÊNCIAS

FREUD, Sigmund. Sobre o narcisismo: uma introdução. In: ___.Edição Standard das Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1972, Vol. XIV        [ Links ]

FREUD, Sigmund. Além do princípio de prazer. In: ___. Edição Standard das Obras Psicológicas Completas Rio de Janeiro: Imago, 1972, Vol. XVIII        [ Links ]

FREUD, Sigmund. Psicologia de grupo e a análise do ego. In: ___.Edição Standard das Obras Psicológicas Completas Rio de Janeiro: Imago, 1972 , Vol. XVIII        [ Links ]

FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. In: ___.Edição Standard das Obras Psicológicas Completas Rio de Janeiro: Imago, 1972, Vol. XXI        [ Links ]

BLEICHMAR, Hugo. O Narcisismo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985        [ Links ]

PLATÃO. O Banquete. Lisboa: Difel, 2006.         [ Links ]

BARTHES, Roland. Fragmentos de Um Discurso Amoroso. Rio de Janeiro:Ed. Franciso Alves, 1995.

CASTELLO, José. Livro de Letras, Vinícius de Moraes. São Paulo: Companhia das Letras, 2005        [ Links ]

 

 

* Médico. Aluno do Curso Básico de Teoria Psicanalítica do Círculo Psicanalítico da Bahia em 2007.

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