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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Cogito vol.10  Salvador out. 2009

 

O humor na criminalidade perversa

 

The humor in perverse crime

 

 

Maria Thereza Ávila Dantas Coelho*

Colégio de Psicanálise da Bahia

 

 


RESUMO

O objetivo deste trabalho é investigar os modos pelos quais o humor se apresenta na criminalidade perversa. Para tanto, utiliza o referencial teórico da psicanálise freudiana e lacaniana e explora o célebre caso de 'Landru', retratado no filme 'Monsieur Verdoux', por Charles Chaplin. O trabalho aponta que o humor, na criminalidade perversa, força o limite do risível e faz borda com o Real, desafiando as normas estabelecidas pela cultura. Ele subverte valores e produz um questionamento profundo sobre a vida, ao tempo em que busca uma inserção simbólica na cultura, dividindo o ouvinte/espectador, que experimenta sentimentos contraditórios diante do humor nesse contexto.

Palavras-chave: humor; criminalidade; perversão; matador em série.


Abstract

The objective of this study is to investigate the ways in which the humor is presented in the perverse crime. Thus, using the theoretical framework of Freudian and Lacanian psychoanalysis, it explores the famous case of 'Landru,' portrayed in the film 'Monsieur Verdoux', by Charles Chaplin. The work suggests that the humor, in the perverse crime, forces the limit of the laughable and it makes edge with the Real, challenging the standards set by culture. It subverts values and produces a deep question about life, it seeks a symbolic inclusion in the culture, dividing the listener/spectator, who tries contradictory feelings of the humor in this context.


Key words: humor; crime; perversion; serial killer.


 

 

Apesar de o humor ter sido um tema explorado pela Psicanálise desde Freud, verificamos que pouco se tem debatido sobre ele na criminalidade perversa. Talvez uma das razões disso seja o caráter absurdo que o humor adquire nesse contexto, a estranheza que provoca, a ruptura que produz em relação ao bom senso, à lógica comum e às regras pré-estabelecidas pela sociedade. Se na análise a expressão de um desejo inconsciente de morte pode fazer rir, a morte, em si mesma, pode desencadear o humor na perversão. A presença do humor em situações-limite, como a iminência irreversível da morte, parece ser, assim, um fenômeno característico da perversão.

Apesar de Freud não ter se detido na ocorrência do humor ligada à criminalidade, tangencia esta questão, ao comentar o caso de um criminoso que, quando foi levado à forca numa segunda-feira, afirmou: "Bem, a semana está começando otimamente" (Freud, 1927, pág. 189). Esse tipo de comentário humorístico, feito por um criminoso diante da sua punição máxima pela morte, não é incomum. Encontramos uma outra ocorrência desse tipo de humor em Landru, famoso criminoso perverso francês. Diante da pergunta de um capelão sobre se ele queria ouvir a missa, pouco antes de se dirigir para a guilhotina, em praça pública, Landru respondeu: "Seria com prazer, padre, mas não quero deixar estes senhores esperando..." (Susini, 2006, pág. 43). Nessa mesma situação, quando questionado sobre a sua crença em Deus, ele interrogou: "Padre, o senhor acha que é o momento de colocar adivinhações?" (Susini, 2006, pág. 54). Apesar desse momento, a princípio, apontar para uma derrota, em todos esses comentários verificamos o mesmo sentimento narcisista de triunfo sobre o mundo, já apontado por Freud em seu texto sobre o humor, de 1927. Entretanto, há aí uma recusa avassaladora da realidade, que não encontramos, por exemplo, no comentário humorístico de Freud, diante da queima de seus livros pelos nazistas. Freud (apud Roudinesco & Kapnist, 1997) reagiu a esse acontecimento com as seguintes palavras: "Um progresso. Na Idade Média, teriam me queimado. Hoje, contentam-se em queimar os meus livros". Enquanto que Freud se regozijou de não ter sido queimado vivo, falando de algo que efetivamente acontecia na Idade Média, Landru e outros criminosos considerados perversos, diante de sua própria morte, fizeram um comentário que parecia ignorar o sofrimento que a morte lhes produziria. Eles não apresentaram, nessa situação, nenhum constrangimento pelos atos cometidos, nenhum sentimento de culpa, nem quaisquer sinais de temor ou sofrimento diante da condenação de morte e perda da vida. Ao contrário, manifestaram um humor ferino, sarcástico e sutil, que questiona a ordem das coisas. É estranho rir e conseguir fazer rir, no momento em que se está caminhando para a própria morte. É um nonsense. É esquisito extrair prazer de um momento que, a princípio, produziria imensa dor. O humor, nessa situação, parece incongruente. Ele subverte a lógica corrente, os costumes, o que se considera como normalidade. Isso é estranho e, ao mesmo tempo, é familiar, por várias razões. Busca diminuir o impacto da situação traumática e minorar o sofrimento. Visa transformar o sentimento de desprazer em sentimento de prazer. Sustenta uma negação da morte. Mantém uma posição de indestrutibilidade e de invencibilidade diante das situações que ameaçam. Revela a existência de impulsos cruéis e porta o próprio movimento em direção à autodestruição. Um gozo pulsional e uma busca de libertação da dor estão aí em jogo. Diante da situação-limite do inexorável da morte, se faz rir.

Um outro aspecto que merece ser ressaltado, nesse contexto, é a presença do cinismo. O humor cínico tem sido considerado como um mecanismo de defesa, que se expressa através da fala ou da atitude (Eiguer apud Sá, 2006). Ele é um dos produtos possíveis da perversão. Dominado pela pulsão de morte, o cinismo revela uma ausência de valores, uma perda de escrúpulos, aliada às intenções astuciosas que predizem catástrofes futuras. Ele ataca o que parece belo, bom, nobre e válido; dribla as proibições, as interdições e os limites. O humor cínico, aliado à mentira, é uma estratégia de sedução, que alimenta a onipotência narcísica característica da perversão. Ele é uma defesa maníaca diante da morte, uma denegação, que revela a clivagem do eu e a exaltação onipotente dos próprios dons. O cinismo utiliza, assim, o mecanismo da recusa para deslocar a dor (Coutinho et alli, 2004). Vejamos como esse processo ocorreu com Landru, o famoso criminoso francês que já mencionamos.

Landru foi preso em 12 de abril de 1919, aos cinquenta anos de idade, em sua casa (Susini, 2006). Sua carreira criminosa havia começado há quatro anos antes e, neste ínterim, ele teve 283 mulheres, além de uma amante fixa e uma esposa, com quem possuía quatro filhos. Landru assumiu diversos personagens para essas mulheres, todos eles com elevada reputação social. Ele seduzia mulheres viúvas, em torno dos quarenta anos, que tinham traços parecidos entre si. Tornava-se noivo delas e, posteriormente, esquartejava algumas, em sua casa de campo, onde as assava num forno de fogão. Tomava posse, então, de seus bens e, num apartamento alugado em Paris, guardava todos os móveis e joias assim roubados, alguns dos quais eram ofertados como presentes à sua esposa e à amante. Aos filhos, sempre dava uma pequena parte do dinheiro subtraído das vítimas. Esse mesmo roteiro se cumpria a cada assassinato. Quando foi preso, Landru foi acusado e, posteriormente, condenado pelo assassinato de dez dessas mulheres e de um filho de uma delas.

Landru era conhecido por sua extrema elegância e cordialidade (Susini, 2006). Antes de cometer tais assassinatos, já havia sido preso por crime contra o patrimônio, o que causou muito desgosto à sua família e contribuiu para o falecimento de sua mãe e o suicídio por enforcamento de seu pai (Sousa, 2002). Em casa, era considerado um ótimo pai e um marido dedicado (Susini, 2006). Sabemos que essa duplicidade de atitudes, como a de um assassino e bom marido (Ramos, 2004), é uma das características da perversão e reflete, mais uma vez, o mecanismo da clivagem do eu, segundo o qual duas atitudes opostas perante a realidade coexistem lado a lado, sem se influenciarem reciprocamente (Freud, 1940).

Landru saía diariamente dizendo que ia trabalhar e, muitas vezes, viajar a negócio. Na realidade, a sua agenda de trabalho era constituída pelos inúmeros encontros, de hora em hora, a cada vez com uma mulher diferente, em lugares distintos, sob pseudônimos e identidades diversas: engenheiro, professor, diplomata, cônsul, homem de negócios (Susini, 2006). Algumas de suas amantes testemunharam que ele era um parceiro excepcional, um amante perfeito!

Após sua prisão e durante dois anos, Landru foi manchete de jornal (Susini, 2006). Ele foi o primeiro criminoso perverso a usufruir da indústria da imprensa. Em seu julgamento, uma multidão compareceu ao tribunal, desde pessoas da alta sociedade parisiense, até membros das classes mais populares. O seu silêncio, a sua calma, o seu domínio de si e indiferença fascinaram. Em seu julgamento, revelou ao promotor: "O senhor pede tanto a minha cabeça, Sr. Promotor, que lamento só ter uma para lhe oferecer!" (Susini, 2006, pág. 33). Os risos e os aplausos explodiram. O seu comentário humorístico desequilibrou aquela situação. O presidente ameaçou, então, evacuar a sala e pedir que cada um voltasse para sua casa, ao que ele retrucou: "De minha parte, Sr. Presidente, será um prazer" (Susini, 2006, pág. 33). Vemos, assim, que o humor, em Landru, insiste e parece cumprir um papel importante em sua economia psíquica. De um lado, revela uma estratégia de enfrentamento de uma situação que, para outros, poderia ser extremamente penosa. Essa estratégia consiste em retirar da atenção consciente o conteúdo ideacional que porta o afeto doloroso, transformando-o em descarga de prazer. De outro lado, o humor é também um artifício de sedução e de encantamento de sua plateia. O vilão diverte, torna-se o ator principal da cena, deixando em segundo plano todos os demais protagonistas de sua história. Certa ocasião, Landru presenteou o juiz Bonin, que cuidou de seu caso por dois anos, com um desenho de um autorretrato nu, com o pênis em ereção. Podemos pensar que, através desse desenho, Landru, sempre disposto a satisfazer suas múltiplas mulheres, revelava que cumpria bem o seu dever de homem, ao tempo em que mostrava a verdade do sexo, em seu movimento transgressor.

É importante reiterar que Landru efetivamente fascinou multidões (Susini, 2006). Na prisão, recebeu milhares de cartas, mensagens de simpatia de alguns homens, caixas de charutos e balas, declarações de amor, pedidos de casamento por parte de admiradoras. O diretor da prisão costumava conversar com ele em sua cela. Os jurados, que o condenaram à morte, assinaram, ao mesmo tempo, um pedido de indulto ao Presidente da República, para lhe conceder a liberdade. Em 1919, quatro mil eleitores puseram o seu nome na urna. A sua caricatura, por sua vez, enfeitou o cardápio do restaurante Chez Maxim's. Um horticultor chegou a lhe pedir autorização para dar seu nome a uma rosa. Um ano depois de sua execução, seus objetos foram arrematados num leilão, que contou com numeroso público, e a peça mais apreciada e melhor vendida foi a pequena cozinha oxidada, onde queimava suas vítimas (Tonkonoff, 2006). Por fim, Charles Chaplin escolheu fazer dele o herói de seu filme "Monsieur Verdoux". Por que tanto fascínio? O que teria feito com que um dos diretores e atores mais consagrados do gênero do humor se lançasse na empreitada de transformar a história de vida desse homem numa película de cinema?

É provável que Chaplin tenha acompanhado o processo de Landru, já que ele também ocupou as primeiras páginas dos jornais americanos, na época (Susini, 2006). Talvez ele tenha sabido que, devido aos risos desencadeados pelo criminoso em seu julgamento, o promotor tenha clamado para a plateia não o confundir com um Carlitos do crime! Carlitos era, inegavelmente, um dos personagens mais populares do mundo. É possível que sua identificação a Landru, em sua capacidade de divertimento, tenha contribuído para a decisão de Chaplin quanto à realização desse filme. Sabemos que houve também uma sugestão de Orson Welles, nesse sentido, e que, por isto, ele recebeu uma quantia em dinheiro (cerca de cinco mil dólares) e um correspondente crédito na película (Robinson apud Chaplin, 2003). O fato é que, vinte e cinco anos após a execução de Landru, entrou em cena, em 1947, o "Monsieur Verdoux", que teve Chaplin como roteirista, diretor e ator principal. A crítica e o público, entretanto, não receberam bem esse filme e ele foi rapidamente tirado de cartaz, devido aos piquetes de protesto realizados na porta do cinema. Ainda que esta tenha sido a película que Chaplin tenha considerado como a mais brilhante de sua carreira, ao mesmo tempo ela foi a que representou o seu maior fracasso de bilheteria. Talvez a intensidade da satisfação perversa que ela provocou tenha mobilizado forças repressoras e tenha sido responsável pelo juízo negativo que se fez sobre essa obra.

O paradoxo enfrentado por "Monsieur Verdoux" é o de um criminoso monstruoso, que faz rir (Susini, 2006). Por que isso acontece? Chaplin talvez tenha querido experimentar todos os mecanismos do riso, explorando os seus limites. Para ele, a comédia não estava longe nem da tragédia, nem do horror, já que, em certas circunstâncias, o assassinato pode ser cômico (Robinson apud Chaplin, 2003). A película propõe, então, o riso diante da tragédia, da crueldade e do cinismo do personagem; um riso constrangido, escandaloso, estranho, que tangencia a indignidade e produz sentimentos contraditórios na plateia. Mas, afinal, de que se ri?

Sabemos, com a Psicanálise, que o riso libera um afeto de prazer, por estar próximo a uma verdade. Ele permite ao espectador satisfazer simbolicamente seus impulsos mais cruéis, através da identificação inconsciente com o personagem. Um gozo se insinua, então, apesar da censura. Em última instância, é da própria mentira, da própria duplicidade e da divisão subjetiva que o espectador ri (Susini, 2006). Algumas cenas risíveis do filme merecem, então, ser assinaladas. Verdoux, vestido de jardineiro, colhe rosas em seu jardim, na casa de campo, assobiando e dançando, enquanto que uma de suas vítimas queima, em pedaços, no forno de seu fogão. Retira, então, de seu caminho, um pequeno animal, para não matá-lo! Em outro momento, após assassinar, à noite, uma de suas amantes, ele desce as escadas da casa, na manhã seguinte, prepara o café, cantarolando, e coloca duas xícaras sobre a toalha, após o que retira uma. Noutra ocasião, num passeio de barco, ele tenta assassinar, por várias vezes, uma outra mulher e, sem conseguir, mostra-se desconcertado e embaraçado a cada vez que ela está prestes a flagrar o seu intento, ao tempo em que ele quase se afoga. Verdoux, em outra cena, está na cerimônia de seu casamento com uma das amantes, quando uma outra surge como convidada. O público ri dos seus hilariantes esforços para não ser reconhecido por essa mulher e torce para que ele consiga escapar dessa situação embaraçosa. Quando, num restaurante, ele é identificado por familiares de uma de suas vítimas, que chamam a polícia para prendê-lo, mais uma vez o público deseja que ele escape e, como seu cúmplice, está já posicionado do lado contrário ao da lei. Ele, então, se denuncia, numa busca inconsciente de ser reconhecido, alcançar a fama e se tornar célebre.

Ao mesmo tempo em que Verdoux é colocado por Chaplin (2003) como um criminoso frio, ele é também apresentado como alguém afetuoso, dedicado à sua família e como uma vítima de sua sociedade, por ter sido demitido, após 30 anos de leal serviço, do banco em que trabalhava. O cenário de tudo isso é a crise financeira de 1929, o desemprego, os suicídios que se seguiram, o nazismo e a guerra. A conclusão do filme é bastante questionadora: comparado à fama dos assassinos responsáveis por milhões de mortos, que se tornam heróis, Verdoux não passa de um matador modesto, de um vilão.

Por tudo o que vimos até então, podemos considerar que um dos elementos essenciais do humor do criminoso perverso é a sua relação com o que é da ordem do horror, do absurdo e do monstruoso. O humor cínico, que lhe é característico, aponta para o limiar entre o humano e o que é considerado como inumano, pela cultura. Ele faz borda com o Real, na medida em que seu conteúdo porta algo de inassimilável pelo sujeito. O humor do criminoso perverso revela que é possível rir do que, a princípio, pareceria impossível. Produzindo o riso ao invés da dor diante de uma tragédia, ele força o limite do risível e estende a sua fronteira para além das convenções sociais. Há, portanto, nos momentos pincelados de humor, um traço de desafio em relação às normas estabelecidas pela cultura, característico da perversão. Por não aceitar essas regras, por se rebelar contra a castração, o criminoso perverso brinca com as situações que as convocam, com um ar de superioridade narcísica e de invencibilidade diante da punição e aparente derrota. Há, portanto, aí, uma subversão de valores, um questionamento profundo da própria vida, que parece frágil e ridícula. A vida deixa de ter um valor supremo e a notoriedade e a celebridade assumem o seu lugar. Mais uma vez é da recusa da castração que se trata e da busca de uma inserção simbólica na cultura, ainda que pelas vias marginais. A recusa da morte e da sua outra face, a vida, fragiliza a disposição de pagar o preço social da submissão às normas, ameaçando a autoconservação do indivíduo. Ele transgride, se arrisca e, não raro, perde a sua própria vida. Tais elementos configuram o universo psíquico e o humor do criminoso perverso e dividem o ouvinte/espectador, que experimenta sentimentos contraditórios e se indigna diante de seu próprio riso e cumplicidade.

 

Referências

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* Psicanalista membro do Colégio de Psicanálise da Bahia, Professora Adjunta do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA.

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