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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Cogito vol.12  Salvador  2011

 

A função do tempo na constituição do sujeito

 

The role of time in the subject's constitution

 

 

Cibele Prado Barbieri*

Círculo Psicanalítico da Bahia

 

 


RESUMO

A autora trabalha a noção de tempo a partir do "Projeto para uma psicologia científica" em que Freud propõe o aparelho psíquico, desde seus estágios arcaicos, como operador de conversão das quantidades dos estímulos em qualidades. O sistema capta diferenças de período nas ondas de estímulos e as codifica em "signos de qualidade", "signos de realidade", segundo Freud. A partir dessas articulações, a autora propõe o tempo como atributo do Real. A qualidade do afeto, a sensação de bom ou ruim, será determinada pelo período da catexia; tais registros de diferenças puras colhidos do período determinarão a constituição da rede de significantes e da própria subjetividade.

Palavras-chave: tempo; Das Ding; Real; pulsão; sujeito.


ABSTRACT

The author works the notion of time from the "Project for a scientific psychology" where Freud proposes the psychic apparatus, since its early stages, as the convertion operator of stimuli’s quantities in qualities. The system captures differences of period in the waves of stimuli and encodes in "signs of quality", "signs of reality", according to Freud. From these joints the author proposes time as an attribute of the Real. The affect quality, good or bad sensations will be determined by the period of cathexis; these pure differences records harvested from the period will determine the significant network constitution and the subjectivity itself.

Keywords: time; Das Ding; Real; drive; subject.


 

 

Raduan Nassar, em Lavoura arcaica, diz que o tempo confere qualidade a todas as coisas. Diz ele:

[...] o tempo, o tempo, esse algoz às vezes suave, às vezes mais terrível, demônio absoluto conferindo qualidade a todas as coisas, é ele ainda hoje e sempre quem decide e por isso a quem me curvo cheio de medo e erguido em suspense me perguntando qual o momento, o momento preciso da transposição? que instante, que instante terrível é esse que marca o salto? que massa de vento, que fundo de espaço concorrem para levar ao limite? o limite em que as coisas já desprovidas de vibração deixam de ser simplesmente vida na correria do dia-a-dia para ser vida nos subterrâneos da memória; ela estava agora diante de mim, de pé ali na entrada, branco branco o rosto branco filtrando as cores antigas de emoções tão diferentes, compondo com a moldura da porta o quadro que ainda não sei onde penduro, se no corre-corre da vida, se na corrente da morte[...]1.

Nesse trecho de Lavoura Arcaica, podemos perceber como Nassar parte da ideia de tempo articulada à qualidade das coisas para, logo em seguida, enveredar pela questão da quantidade do tempo: o corre-corre, o momento da morte significando “final dos tempos”, quantidade que se acaba, prazo que se esvai e se extingue, como se fosse possível um momento fenomênico de ausência, de privação imaginada do eu, que tornaria a vida uma corrente constituída pelo tempo em relação ao seu último elo, a morte. Ele descreve, ainda, a corrida contra o tempo, tão característica dos nossos sujeitos, numa perspectiva de tempo como quantidade a ser administrada segundo padrões que implicariam a qualidade no bom ou mau uso do tempo, ou seja, como objeto de uso.

Como não há tempo sem sujeito que o quantifique como tal, não nos surpreende que a nossa cultura (ocidental), principalmente no último século, tenha feito do tempo seu mais novo objeto privilegiado: o mais-de-gozar. “Tempo é dinheiro” tornou-se o imperativo dos discursos capitalistas contemporâneos.

O tempo, enquanto representação ligada a um predicado quantitativo, a isto se presta. Quanto ao predicado qualitativo, resta mais afeito à estética e à poética.

É claro que podemos ler o tempo matematicamente. Mas, se quisermos realmente explorar seus efeitos sobre o sujeito, não devemos a isso nos ater, mas ao que o escritor refere logo de início e que podemos tomar ao pé da letra: “[...] o tempo, esse algoz às vezes suave, às vezes mais terrível, demônio absoluto conferindo qualidade a todas as coisas, é ele ainda hoje e sempre quem decide [...]”.

Seguindo sua sugestão, lembramos, então, que Freud em 1985, em seus primeiros passos na construção da teoria da constituição subjetiva (no “Projeto para uma psicologia científica”), também pensava assim.

Chama a nossa atenção que, em meio à enorme importância conferida à questão da Quantidade (Q e Qη) no “Projeto”, em dado momento, ele se tenha apercebido de que os sistemas φ e ψ - organizados a partir das exigências impostas pelas quantidades/intensidades de estímulos internos (ou externos) circulantes - eram insuficientes para explicar a característica mais essencial da consciência: a captação da qualidade das sensações.

Nesta “lavoura arcaica” imaginada por Freud, a partir dessa quantidade/intensidade de energia do estímulo lançada através dos neurônios, tanto pode germinar trigo como pode surgir joio, e ele se pergunta como o ser humano faz para separar o joio do trigo. Em outras palavras, o que é da ordem do prazer e o que é da ordem do desprazer já que, no humano, ao contrário da ameba, o processo não se reduz a um simples movimento de carga e descarga reflexa que seria, em princípio, excludente da subjetividade, da consciência e do entendimento humanos.

No item 7 da primeira parte do “Projeto”, que leva o título de O Problema da Qualidade, diz ele:

Até aqui nada se disse sobre o fato de que toda teoria psicológica, independentemente do que se realiza do ponto de vista da ciência natural, precisa satisfazer mais um requisito fundamental. Ela tem de nos explicar tudo o que já conhecemos da maneira mais enigmática, através de nossa “consciência”; e, uma vez que essa consciência nada sabe do que até agora vimos pressupondo - quantidades e neurônios -, também terá de nos explicar essa falta de conhecimento.

[...] Estivemos tratando os processos psíquicos como algo que pode prescindir dessa percepção da consciência, como algo que existe independentemente dela.

[...] A consciência nos dá o que se convencionou chamar de qualidades - sensações que são diferentes numa ampla gama de variedades e cuja diferença se discerne conforme suas relações com o mundo externo2. Nessa diferença existem séries, semelhanças etc., mas, na realidade, ela não contém nada de quantitativo. Pode-se perguntar como se originam as qualidades e onde.

Reunimos ânimo suficiente para presumir que haja um terceiro sistema de neurônios[o sistema ω] que é excitado junto com a percepção,[...], e cujos estados de excitação produzem as diversas qualidades - ou seja, as sensações conscientes3.

Freud propõe, então, mais um sistema para explicar como o incipiente “aparelho” julga uma sensação como boa ou ruim, podendo gerar prazer ou desprazer, independentemente da sua intensidade maior ou menor; esse sistema identifica diferenças qualitativas num referencial regido pelas diferenças da quantidade e explica como isso é possível da seguinte forma:

Só vejo uma saída para essa dificuldade: uma revisão de nossa hipótese fundamental sobre a passagem de Q. Até o momento, só a considerei como uma transferência de Q de um neurônio para outro. Mas ela deve ter mais outra característica, de natureza temporal; pois a mecânica dos físicos também atribuiu essa característica temporal aos outros movimentos de massas no mundo externo. Para abreviar, designarei essa característica como “o período”,4.

Nesta hipótese Freud presume que os “[...] neurônios ω se apropriem do período de excitação, e que esse estado[...] constitui a base fundamental da consciência.[...] Os desvios desse período psíquico que lhes é específico chegam à consciência como qualidades”5 .

Lemos a partir daí que a excitação, para além da sua característica quantitativa, tem uma característica temporal que pode ser detectada ou codificada; transmitida e lida pelos “neurônios ψ” como informação qualitativa: bom/ruim; aceitável ou rejeitável. É pelo desvio dos períodos reconhecidos como desprazerosos, rejeitáveis pela consciência que o sujeito vai evitar o mal-estar e buscar, em outras vias, desviando-se daquelas, as sensações portadoras de períodos lidos como especificamente bons ou prazerosos. É assim que surge o que ele denomina trilhamentos (Bannungen).

Mas o que seria esse tal período e qual é a sua relação com o tempo?

A Enciclopédia Livre Wikipédia define período da seguinte forma:

Na área de física, é chamado de período o tempo necessário para que um movimento realizado por um corpo volte a se repetir. Por exemplo, em um relógio de pêndulo, o período do pêndulo é determinado pelo tempo que este leva para realizar o movimento de ida e de volta. Nota-se que, depois deste período, o pêndulo fará o mesmo movimento novamente, ou seja, se repetirá. O período é usualmente representado pela letra T. O inverso do período é chamado de frequência. Ou seja:

 

 

No Sistema internacional de unidades (SI), o período é medido em segundos (s)6.

A freqüência ( f ) indica o número de ocorrências de um evento (ciclos, voltas, oscilações, etc.) em um determinado intervalo de tempo. A frequência nada mais é que a repetição num intervalo de tempo. Uma onda é um pulso energético que se propaga através do espaço ou através de um meio (líquido, sólido ou gasoso). São características de todas as ondas o período, a frequência, a amplitude e o comprimento.7

Resumindo, Freud pensou a propagação de ondas de energia (mais tarde, catexias) através dos neurônios como fundamento e origem do psiquismo enquanto sistema que se organizaria e evoluiria em complexidade constituindo, gradativamente, o “eu”. Ele supôs o aparelho psíquico, desde seus estágios arcaicos, como operador de conversão das quantidades dos estímulos em qualidades na medida em que essas quantidades se propagam em ondas que tem uma frequência, uma repetição em ciclos que se completam em períodos de tempo. O sistema é capaz de captar diferenças de tempo e codificá-las em “signos de qualidade” (Qualitätszeichen) ou “signos de realidade” (Realitätszeichen), segundo Freud.

Para Derrida, o conceito de período adotado por Freud em 1895 corresponde à noção de diferença pura, difícil de ser pensada nessa época8 . Mesmo assim, podemos considerar que Freud tenha postulado a temporalidade no registro da diferença pura, na medida em que propõe o signo de qualidade como diferencial9, estabelecendo-o como predicado qualitativo: o desvio, a diferença ou, se quisermos, o binário, prazer/desprazer, 0/1, +/-, como nos sugere Lacan10.

Prazer/desprazer são efeitos possíveis que Freud atribui à reiteração no tempo através do recurso ao conceito de período da física.

Podemos, então, agora focalizar no “Projeto” a importância do registro de uma temporalidade para a própria constituição da subjetividade, sem a qual o sistema se restringiria a um aparato mecânico regulador das cargas e descargas de energia que, mesmo que sobrevivesse, não teria como evoluir em complexidade. Num sistema regido apenas pela quantidade não haveria como diferenciar as modulações das percepções das sensações e a consciência seria supérflua já que não haveria utilidade alguma em estabelecer predicados para os estímulos.

É à medida que a diferença prazer/desprazer entra no jogo, como informação privilegiada que determina a direção e o objetivo das ações do sistema, que podemos pensar uma subjetividade que se organize a partir dessa leitura. Estamos dizendo, então, que devemos entender o tempo como um efeito do real que necessita de um dispositivo que dele faça uma leitura. Dessa forma, o tempo é algo a ser lido que, ao se inscrever no psiquismo como signo, poderá associar-se a outras representações atribuindo a elas um sentido.

Podemos identificar o tempo de que Freud nos fala ao tempo do pulso, do pulsar da pulsão. O período dessa pulsação é tempo sentido na repetição. Talvez possamos ousar dizer que o tempo medido na unidade de tempo – convencionada a partir do simbólico em relação ao real que volta ao mesmo lugar – é a leitura possível, pelo simbólico, a partir daquela primeira inscrição arcaica: o signo de qualidade.

O “Projeto” trata, a meu ver, não apenas do avanço da criação teórica de Freud do plano do real via imaginário dos neurônios ao simbólico do significante, como também da formulação da constituição dos registros do real, simbólico e imaginário como possibilidades do próprio percurso de engendramento do psiquismo arcaico. Considero este texto como momento de passagem já que, desde o texto das afasias, Freud já trabalhava com a ideia da representação, das inscrições, das marcas mnêmicas, dos predicados da Coisa (Das Ding). Mas no “Projeto”, ele vai explicitamente do neurônio à imagem e da imagem à palavra; da carga de energia à atenção e ao pensamento judicativo; da quantidade à qualidade; quer dizer, do real ao simbólico.

“É em outro lugar e numa posição mais isolada, menos situável do que qualquer outro aparelho, que o sistema ω funciona.”11, nos diz Lacan no Seminário 7.

García-Roza também acompanha as dificuldades de Freud e faz três tentativas de situar o sistema ω em relação aos sistemas φ e ψ e não se dá por completamente satisfeito. Parece que esse sistema de sensores do período é - tanto quanto outras construções hipotéticas, como nos diz Freud na “Interpretação dos sonhos” -, uma construção teórica para dar conta de um real inapreensível que não para de não se inscrever.

Em Kant, encontramos uma ideia que concorda plenamente com esta formulação, onde o tempo, apesar de ser essencial como parte da nossa experiência, é destituído de realidade. Para ele, "[...] tempo não é algo objetivo. Não é uma substância, nem um acidente, nem uma relação, mas uma condição subjetiva, necessariamente devida à natureza da mente humana" 12. Isso quer dizer que o tempo só pode ser quantificado a partir de si mesmo e, principalmente, pelo sujeito.

Assim também, posso concluir que o tempo não tenha sido apenas um recurso no pensamento de Freud para resolver um problema teórico, mesmo que tenha surgido como uma saída para um impasse diante de uma construção que não se fechava logicamente. Na proposição do “Projeto”, o tempo é algo a ser lido: registrado, imaginarizado e simbolizado, como tudo que vem do real. Justamente por isso, ele se presta a ser pensado como “[...] esse algoz às vezes suave, às vezes mais terrível, demônio absoluto conferindo qualidade a todas as coisas, é ele ainda hoje e sempre quem decide[...]”, como lemos em Nassar.

Nessa mesma linha de Kant, diria, então, que o tempo não é nada que exista em si em lugar algum. Mas mesmo não existindo, ele gera efeitos, na medida em que uma sequência de acontecimentos, de deslocamentos, de movimentos pode promover no sujeito a percepção de uma sensação, um efeito de diferença pura que pode ser lido e interpretado como predicado de algo inapreensível pelas palavras. Que o tempo não exista, não apenas na natureza externa ao eu, mas também no mundo interno onde se engendra a consciência e O Inconsciente, não significa que não possa ser construído como lei e gere efeitos.

Mas o mais importante que o projeto nos ensina é que a ordem em que as imagens se apresentam e que são marcadas - registradas como marcas mnêmicas - não influi nos resultados, como a ordem dos fatores não altera o produto. Para o sistema, pouco importa o que aconteceu antes ou depois. O importante é o que se registrou nos “arquivos de memória” e suas ligações com predicados qualitativos, constituindo assim o arquivo das experiências que compõem e permitem ao aparelho funcionar como ele o faz. Esse aparelho - que será de linguagem - só poderá ser de linguagem, pois se engendra na codificação das energias que o atravessam criando signos que determinam o que é lido como bom ou mau para o próprio sistema – não pela temporalidade em termos de antes/depois, mas por seus efeitos resultantes da diferença na reiteração. Lembro que a repetição – compulsória neste caso, na medida em que não há outra fórmula – sustenta a definição de período.

É, portanto, muito compreensível que o Inconsciente, assim como o sistema Inc, como Freud o chama no “Projeto”, seja dito atemporal no sentido de uma ordenação posterior ou anterior das marcas, das imagens dos acontecimentos. E que isso não dependa do tempo, que não obedeça a uma lógica baseada na temporalidade espacializada em sequências ordenadas - no tempo e no espaço - para estabelecer a significação. Nós, e aqui falo do psiquismo, do eu arcaico e do sujeito mais adiante, é que atribuímos a ele um sentido, fazemos dele uma leitura e o registro de uma qualidade de bom ou de ruim. Associamos a ele a qualidade de mau ou de fim - quando descobrimos a morte -, pois é claro que o eu - no sentido imaginário - não quer perecer. A vida deve continuar seu desvio da morte e é no tempo, no período pulsional, que ela se fia para se distanciar da destruição de si mesma.

Se, em nossa cultura, a morte não fosse identificada com o fim da vida psíquica, o tempo, certamente, não teria o mesmo sentido.

Os povos que acreditam na continuidade da vida após a morte do corpo, assim como os astrofísicos partidários da teoria quântica, que consideram a consciência mais uma partícula indivisível e imperecível que se desloca - pois nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, e a energia é produto do movimento quântico dessas partículas -, esses povos e esses cientistas consideram a morte restrita ao corpo material. O sentido da vida, da morte e também do tempo, desse ponto de vista, não se vincula à perda, à castração ou à privação da vida. Naquilo que a ideia de morte influi na concepção de “final do tempo”, outras significações emergem do lugar da angústia que permeia a ideia ocidental do eu como consciência perecível, e é isso que permite a alguns sujeitos lidar com a angústia, o desamparo, segundo outros parâmetros, e permanecer “Zen”.

Não estou certa de que seja possível equiparar o tempo à Das Ding, em sua especificidade de coisa que não tem substância, de demônio capaz de produzir efeitos, “qualidades” de terrível ou de suave - usando as palavras de Nassar - da Coisa sempre a ser lida, inapreensível, inominável.

Mas arrisco afirmar que, na perspectiva freudiana, o tempo é um atributo do real pulsional, do movimento decorrente da repetição que, embora sempre presente, não se expressa em si mesmo e pode ser apenas entrevisto pelos sentidos que confere ao se imiscuir na representação. Quero dizer com isso que a ideia que se liga ao afeto na constituição do representante representativo da pulsão (Vorstellungsrepresëntanz) carrega uma informação fundamental: a qualidade do afeto, a sensação de bom ou ruim determinada pelo período da catexia. E são esses registros de diferenças puras colhidos do período que possibilitarão a própria constituição da rede de significantes e da própria subjetividade.

 

Referências

FREUD, S. Edição eletrônica brasileira das obras psicológicas completas. Rio de Janeiro: Imago. v.1.1CD-ROM.         [ Links ]

GARCÍA-ROZA, L. A. Introdução à metapsicologia freudiana 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1991. v.1.         [ Links ]

LACAN, J. O Seminário, Livro 7. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. p. 66.         [ Links ]

LACAN, J. O Seminário sobre “A carta roubada”. In:______. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998 .         [ Links ]

NASSAR, R. Lavoura arcaica. 3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.         [ Links ]

 

 

* Psicanalista. Membro do Círculo Psicanalítico da Bahia. Texto apresentado na XXIII Jornada do CPB em 22/10/2011.
1 NASSAR, R. Lavoura arcaica. 3.ed. São Paulo: Companhia das Letras 1989. p.99.
2 Os grifos são meus.
3FREUD, S. Projeto para uma psicologia científica. In: ______. Edição eletrônica brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, v.1. CD-ROM.
4 Id. ibid.
5 Id. ibid.
6Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_(f%C3%ADsica)>.
7Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Onda >.
8 Cf. DERRIDA, J. Freud e a cena da escritura (apud GARCÍA-ROZA, L. A. Introdução à metapsicologia freudiana. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991. v.1, p.107).
9 Id. ibid., p. 111.
10 LACAN, J. O Seminário sobre “A carta roubada”. In: ______. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 50-51.
11 LACAN, J. O Seminário, Livro 7. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. p. 66.
12 Disponível em: <http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/curioso/cap03/cap3framebaixo.php >.