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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Cogito vol.12  Salvador  2011

 

Os tempos do amor

 

Les temps de l´amour

 

 

Malvine Zalcberg*

Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle

 

 


RESUMO

Hoje em dia, muitas pesquisas empenham-se em determinar o parceiro adequado e o programa sexual mais conveniente para cada um. Esses programas situam-se nas antípodas do traçado inconsciente de um sujeito, feito de enunciados singulares da sua história. A psicanálise não pretende nenhuma solução que valeria para todos. Pelo contrário, ela defende essencialmente o encontro contingente que põe em jogo tudo o que em cada um marca o traço de seu exílio da “relação sexual”. Encontro de dois inconscientes, de duas solidões, de dois sintomas nos quais se escreve o real em jogo nas parcerias amorosas.

Palavras-chave: amo moderno; gozo; ablação do simbólico; real; relação sexual; encontro contingente; parcerias amorosas; amor. .


RÉSUMÉ

Maintes pseudo-recerches s´emploient aujourd´hui à déterminer le partenaire adéquat et le programme sexuel plus convenable pour chacun. Ces programmes se situent aux antipodes des traces inconscientes d´un sujet fait des énoncés singuliers de son histoire.La psychanalyse ne prétend à aucune solution qui vaudriat pour tous. Au contraire, elle défend essentiellement la rencontre contingente qui met en jeu tout ce qui chez chacun marque la trace de son exil du “rapport sexuel”. Rencontrre de deux inconscients, de deux solitude, de deux symtpômes ou s´écrit le réel en jeu chez les partenaires amoureux.

Mots clé: maître moderne; jouissance ; ablation du symbolique ; réel ; rapport sexuel ; rencontre contingente; partenaire sexuel ; amour.


 

 

O amor deve ser reinventado, disse o poeta Rimbaud1.

A ser inventado por cada sujeito de acordo com sua história pessoal, com suas “condições de amor”, como Freud preconizou, num movimento que, no entanto, não se dissocia do contexto histórico em que o sujeito se insere. A psicanálise distingue os funcionamentos que evidenciam as estruturas sociais nas quais se inscreve o sujeito, para além das singularidades individuais As subjetividades são, portanto, contextualizadas, levada em conta a realidade histórico-cultural da qual o sujeito emerge.

Por isso, em sua definição de discurso, Lacan considera as relações do sujeito aos significantes e ao objeto que lhe são determinantes, mas que não deixam de guardar as marcas do vínculo social sendo estabelecido2.

Na leitura do sintoma contemporâneo, reconhecemos, tanto pelo lado da cultura quanto pela do sujeito, a prevalência do gozo, uma vez que cada época inventa novas formas de gozo e novas formas de determinar gozos permitidos.

Pelo lado do social, esta determinação de gozos deve ser estabelecida por cada comunidade histórica, uma vez que ela propicia uma configuração estável do vínculo social entre os sujeitos.

Pelo lado psíquico, a determinação dos gozos permitidos tem a ver com a concessão feita ao desejo, seguindo-se a formulação de Lacan: “o gozo deve condescender ao desejo3”.

Os tempos do pós-guerra favoreceram modificações profundas na sociedade e acarretaram novas configurações de gozo, principalmente ao longo do século XX. Dois fatores foram determinantes nessa nova disposição dos sujeitos na sociedade.

Um deles, a entrada da mulher no mercado de trabalho constituiu uma verdadeira revolução: deu a ela uma independência econômica e pessoal, principalmente pelo domínio de seu corpo e de sua sexualidade. O sociólogo Gilles Lipovetsky chamou esta nova mulher de “terceira” na longa história das mulheres4.

Outro, a decadência da figura de autoridade paterna. A prevalência da autoridade paterna correspondia a tempos em que ainda se acreditava que os ideais poderiam orientar os seres falantes. Nos anos 30, Lacan escreve com antecipação sobre o declínio da sociedade paternalista que já estava em curso: “Se ficou evidente na análise psicológica do Édipo que ele deve ser compreendido em função de seus antecedentes narcísicos, isso não quer dizer que ele se funde fora da relatividade sociológica”5.

Esses dois aspectos fundamentais que se revelam interligados, favorecem movimentos da sociedade em que as relações entre os sexos se estabelecem sobre novas bases. Um deles, nas décadas de 60 e 70, foi o que se chamou de “amor livre”.

A expressão “amor livre” durante muito tempo significou promiscuidade, circulação dos corpos, sexo fácil, mas tudo em nome do amor. Libertou-se o amor como se liberta uma princesa adormecida e, por isso, foram também anos de imensa generosidade misturada com candura e ingenuidade. Um potencial ilimitado parecia ao alcance de todos: a prosperidade econômica, a queda de tabus bastante enfraquecidos e o sentimento de pertencerem a uma “nova” geração predestinada em um século abominável; por outro lado, suscitaram uma abundância de iniciativas: multiplicação de paixões, criatividade sem igual, inacreditável fecundidade artística, musical e literária nesses anos de inocência. Tempos de Woodstock Music & Art Fair.

O que abalou a euforia desses anos não foi só a irrupção brutal da Aids, a selvageria do capitalismo ou algum retorno da ordem moral do passado. Mais simples: o tempo passou. A geração não conhecia senão uma estação na existência: a juventude eterna. A vida pregou-lhes esta peça terrível: envelheceram. Ele era menos uma revolução do que o resultado de um processo iniciado antes, mas que deu início a novos tempos.

É esta a artimanha da razão amorosa: cada geração só pode assumir um papel histórico, antes de ver seus atos e suas intenções de voltarem contra ela e lhe escaparem6. O movimento esgotou-se por si mesmo, tendo cumprido seu papel histórico.

Logo em seguida, surgiu a época da globalização — um conceito da vida contemporânea não uniformemente compreendido, mas do qual os sujeitos sofrem os efeitos — com um amor que substitui o amor livre: o amor líquido uma expressão cunhada por Zygmunt Bauman7. O sociólogo sustenta que o processo de liquefação dos laços sociais e a fragilidade consequente dos elos amorosos não é um desvio de rota na história da civilização ocidental, mas uma proposta contida na própria instauração da modernidade.

A rapidez do acesso às informações e as respostas imediatas que esse intercâmbio acarreta nas decisões diárias, produtos que ficam obsoletos em alta velocidade, as incertezas radicalizadas em todos os campos de interação humana, a falta de padrões reguladores precisos e duráveis, são evidências compartilhadas por todos em nossos tempos. Imprimindo sua marca em vários aspectos da experiência humana, não poderia deixar de fazê-lo nos relacionamentos amorosos.

O apelo para fazer escolhas que possam, num espaço muito curto de tempo, ser trocadas por outras mais promissoras, não apenas orientam as decisões de compra num mercado abundante de produtos novos, mas também comandam o ritmo da busca por parceiros cada vez mais satisfatórios8 . Experimentamos o outro como produto: “Você me agrada, ficamos juntos; você me cansa, eu o dispenso”. O filme Perto demais (2004) de Mike Nichols, qualificado pelo The New York Times de “uma olhada mordaz e honesta dos relacionamentos modernos”, mostra como laços se fazem e se desfazem, se estabelecem e desaparecem.

O filósofo Alain Badiou, em seu O elogio do amor, afirma que hoje pesam duas ameaças sobre o amor9. Uma delas é o da busca por amor sem risco. É o que promovem os sites de relacionamentos que prometem amor com segurança. Os sites de relacionamento oferecem uma concepção reasseguradora do amor. É o amor seguro: você terá o amor, mas terá bem calculado o risco, escolhendo judiciosamente uma parceira: você tem sua foto, seus gostos em detalhe, seu signo astrológico, etc. — o que faz pensar que com esta/este vai-se dar bem. Amor com garantia.

De certa forma, não difere dos casamentos arranjados pelas famílias. Mesmo que não seja mais em nome da ordem familiar por mecanismos despóticos, mas em nome de uma segurança pessoal, por um arranjo que o antecede. E reprodução do modelo econômico: doravante, cada um de nós é sua pequena empresa, as questões do coração são questões de conveniência.

Ora, evidentemente, o amor, como bem sustenta Alain Badiou — este algo que dá à vida intensidade e significação —, não pode ser este dom dado à existência num regime de ausência total de riscos, deixando pouco espaço para o encontro contingente, favorecido por uma poesia existencial.

E, depois, há uma segunda ameaça que pesa sobre o amor, é a de tentar não lhe reservar um lugar de importância na vida dos sujeitos contemporâneos. O drama da vida amorosa é que a busca da realização pessoal e profissional a reduz a uma existência marginal. Para a mentalidade econômica, o amor ocupa um lugar de má reputação. Sua leveza é incompatível com a seriedade dos negócios e a exigência do sucesso profissional. “O amor não existe mais”, já dissera Robert Musil, “[...] só permanecem a sexualidade e a camaradagem”10. Posto no banco dos réus, o sentimento será inocentado pelo desejo, com a condição de renunciar à sua preeminência e de se contentar com um pequeno papel no novo roteiro que está sendo escrito. Trata-se assim de evitar toda experiência imediata, toda experiência autêntica e profunda da alteridade pela qual o amor é tecido.

Lacan reconhece que todo discurso que se assemelha ao capitalismo, deixa de lado tudo o que chamamos das coisas do amor e abre espaço para o domínio do gozo. A busca desenfreada de objetos de consumo, que marca nossos tempos, não se dissocia da elevação do objeto mais de gozar, objeto a lacaniano, ao Zenith social, ou seja, o predomínio do objeto sobre o ideal11.

Na época de Freud, havia uma importante repressão de gozo instituída pela sociedade e transmitida pela figura paterna. A regulação do gozo nas sociedades levava o selo da repressão através dos ideais. O domínio era do discurso do Mestre. Para Freud, o pai seria uma “invenção” do neurótico que, desta forma, estaria dando um pai à civilização, um pai do sentido sexual e do gozo.

O filme Fita Branca (2009), do cineasta Michael Haneke, ambientado na época da véspera da Primeira Guerra, o ilustra. O mal-estar na cultura, para o qual Freud chamou a atenção, se refere a essa regulação em demasia dos gozos12 .

É evidente que, quando Freud se queixa do exagero da repressão, não preconiza uma ausência total desta, porque, como fica cada vez mais claro hoje, sem repressão, o desejo fica totalmente desorientado e submetido ao domínio do gozo. O filme Império dos Sentidos (1976), do cineasta Nagisa Oshima, revela o quanto o gozo sem limites é mortífero.

Esta é a crise do pai (da falta dele): o pai já não mais está lá para regular o gozo, para vigiá-lo e, por isso, o gozo está solto. A precariedade, a vulnerabilidade dos laços sociais mostra um estado de falta de proteção que deixa o sujeito à mercê de seu mundo pulsional.

Em meio à turbulência dos movimentos estudantis em Paris, em 1968, Lacan preconiza que a sociedade caminhava para ter um novo Mestre: o Gozo. Ele indica que o discurso do mestre se modifica no curso da história (o que é uma forma de dizer que o laço social se modifica). O mundo que nos fala e do qual nós falamos também se modifica.

Em “Subversão do sujeito e dialética do desejo”, Lacan já sustenta que “O Édipo não pode manter-se indefinidamente em cartaz em formas de sociedade nas quais se perde cada vez mais o sentido da tragédia”13. Na década de 70, volta a mencionar a mudança histórica com a qual somos confrontados no discurso do mestre, dizendo que, no espírito do tempo, alguma coisa mudou e revela efeitos sobre os sujeitos14.

No rumo da história da civilização ou da cultura, há este vetor que desliza da valorização dos ideais para a queda destes. A mudança do discurso dominante na contemporaneidade — do discurso do mestre ao discurso da ciência associado ao capitalismo — acarreta uma transformação no simbólico: ela faz com que este campo não se preste mais à comunicação e ao inconsciente como discurso, mas ao gozo que não é adequado à dialética.

Ou seja, no século passado, os ideais funcionavam como moderadores do modo de gozar; neste século, eles já não predominam nas organizações sociais como anteriormente — o que é diferente de dizer que eles tenham desaparecido —, pois o objeto a, objeto da pulsão, está cada vez mais em evidência: o objeto droga, o uso do corpo como tela para inscrições de tatuagens e piercingsgadgets que visam à satisfação imediata, tão característica dos objetos de consumo que a ciência oferece. O que promove o evitamento da castração, inclusive a questão incontornável da diferença entre os sexos e a intolerância com o furo que a sexualidade faz no encontro com o sexo15.

Diferentemente, pois, do supereu freudiano, que impunha restrições ao gozo, no supereu lacaniano de nossa época, prevalece um imperativo de gozo: em lugar de proibir o gozo, há um empuxo ao gozo, sendo esta a direção da “subjetividade moderna”. Um gozo que, não sendo adequado à dialética subjetiva não implica o amor, não implica desejo, não implica o Outro.

A questão de nossos tempos é como o gozo autoerótico pode vestir-se de Outro. Isto é, como o gozo autoerótico se transforma em aloerótico. Dito em outros termos, como o gozo pode entrar na dimensão do Outro, como passamos do gozo ao desejo do Outro. Evocando a frase final de “A subversão do sujeito e a dialética do desejo”, de Lacan — “[...] a castração significa que é preciso que o gozo seja recusado, para que possa ser atingido na escala invertida da Lei do desejo”16 —, trata-se de saber como cada sexo lida com o fato de não haver relação sexual propriamente dita17?

Não há relação entre homens e mulheres porque eles se constituem diferentemente e se colocam em posições particulares na lógica da sexuação, determinando que suas fantasias, desejos e gozos sejam estruturalmente diferentes. E sem complementaridade.

Lacan liga o impossível da relação sexual às relações sexuais possíveis. A oposição reside, portanto, entre a relação necessária, e que não existe enquanto tal e o encontro, que é contingente e existe.

O amor é o que vem suprir a inexistência da relação sexual, possibilitando um encontro entre os sexos, onde só haveria desencontro. Esta é a antinomia entre amor e sexo. Enquanto, no sexo, o sujeito está em relação consigo mesmo pela mediação do corpo do outro, no amor, ao contrário, a mediação do Outro vale por ela mesma. No encontro amoroso, vai-se em direção ao Outro, a fim de o fazer existir tal qual é. O amor constitui o esforço para inscrever o gozo na relação com o Outro. Com o parceiro amoroso, trata-se essencialmente de um encontro contingente que põe em jogo “[...] tudo o que em cada um marca o traço do seu exílio, não como sujeito, mas como falante”18 .

Diante desse ponto de real que faz “o destino e o drama do amor”, uma posição ética é convocada. Lacan a enuncia assim: “[...] o de que se trata é de o amor ser impossível e a relação sexual se abismar no não senso, o que não diminui em nada o interesse que devemos ter pelo Outro”19 . Ele se dirige para esse Outro com a bússola de seu saber-fazer com o sintoma, incluindo o artifício20 .

O real do sexo é ligado à experiência de gozo, que é contingente. Não é, pois, um real de repetição, de automaton e sim de tiquê. A contingência do encontro à qual tanto homens como mulheres se destinam, tem a ver com a invenção e a reinvenção.

 

Referências

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* Doutora em Psicanálise, Membro Psicanalista da SPID.
1 RIMBAUD, A. Une saison en enfer. In : ______. Poésies. Paris :Gallimard, 1999. .
2 LACAN, J. O Seminário, Livro XX: mais, ainda [1972-17973]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1982..
3 LACAN, J. O Seminário, Livro X: angústia [1962-1963].Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
4 LIPOVETSKY, G. A terceira mulher. São Paulo, Companhia das Letras, 2000.
5 LACAN, J. Os complexos familiares na formação do indivíduo. In: ______. Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p. 62.
6 BRUCKNER, P. O paradoxo amoroso. Rio de Janeiro:DIFEL, 2011.
7 BAUMAN, Z. Amores líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
8 BAUMAN, Z.Vida de consumo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
9 BADIOU, A. L’éloge de l´amour. Paris: Flammarion, 2010.
10MUSIL, R. O homem sem qualidade [1978]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
11MILLER, J.-A. El Otro que no existe y sus comités de ética [1996-1997]. Buenos Aires: Ed. Paidós, 2005. p. 364.
12FREUD, S. Civilization and its discontents [1930]. In: ______. Standard Edition. London: Hogarth Press, 1961. v. XXI.
13LACAN, J. Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano [1960]. In: ______. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 827.
14LACAN, J. O Seminário, Livro XXI: os não-tolos erram [1973-1974]. Inédito, aula de 19/03/1974.
15ASSAD, S. De Zênite ao amor. Comentários de dois fragmentos clínicos a partir da intervenção de Miller por ocasião do IV Congresso Mundial da AMP, 2004.
16LACAN, J. Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano, op. cit., p.841.
17LACAN, J. O Seminário, Livro XX...., op. cit., p. 14.
18Id., ibid., p.93-94.
19Id., ibid., p.132.
20LACAN, J. O Seminário, Livro XXIII: o sinthoma[1975-1976]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 62.