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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Cogito vol.12  Salvador  2011

 

O parricídio na obra de freud

 

Parricide in Freud’s work

 

 

Maria Thereza Ávila Dantas Coelho*

Colégio de Psicanálise da Bahia

 

 


RESUMO

O objetivo deste texto é discutir o desenvolvimento teórico da Psicanálise, tomando como objeto de reflexão o parricídio na obra de Freud. Para tanto, trabalha-se com a noção de ‘só depois’, com a experiência de leitura de Freud do escritor Dostoievski e seus efeitos em sua obra. São destacados três textos escritos e publicados por Freud em datas distintas: Totem e Tabu (1913), Dostoievski e o Parricídio (1928) e Moisés e o Monoteísmo (1939). Argumenta-se que esses três textos estão entrelaçados, de modo que o segundo ressignificou o primeiro, e o terceiro, os dois anteriores, possibilitando a colocação do parricídio na gênese do ataque histérico, do monoteísmo, da criação artística e da transmissão da Psicanálise.

Palavras-chave: psicanálise; ‘só depois’; parricídio; Freud; Dostoievski.


ABSTRACT

The aim of this paper is to discuss the development of psychoanalysis, from parricide in Freud's work. To this end, I work with the notion of ‘deffered action’, with the freudian experience of reading the writer Dostoievski and its effects on his work. I highlight three texts written and published by Freud on different dates: Totem and Tabu (1913), Dostoievski and Parricide (1928) and Moisés and Monotheism (1939). I argue that these three texts are woven together, so that the second meant the first and the third, the two previous, allowing the placement of parricide in the genesis of hysterical attack, monotheism, artistic creation and transmission of psychoanalysis.

Key words: psychoanalysis; deffered action; parricide; Freud; Dostoievski.


 

 

Em 1913, no texto “Totem e Tabu”1 , Freud inventa um mito de origem para toda a humanidade e propõe o parricídio como o crime primevo fundador da cultura. Freud retoma, em 1928, no texto sobre Dostoievski2 , esse desenvolvimento teórico empreendido em 1913 e reafirma que o parricídio é a principal fonte do sentimento de culpa do homem. Essa novidade, por ele apresentada em “Totem e Tabu” (1913) e reafirmada em “Dostoievski e o Parricídio” (1928), teve, provavelmente, na obra de Dostoievski uma de suas fontes inspiradoras. Entretanto, Freud não citou essa fonte sequer para ilustrar o seu desenvolvimento teórico, como costumava fazer quando dialogava com o campo da arte. O apoio de suas ideias no trabalho de grandes artistas era, para ele, a confirmação de que o edifício teórico da Psicanálise estava sendo construído numa boa direção e que suas ideias tinham uma abrangência universal. No texto sobre a Gradiva, por exemplo, Freud,3 chega a afirmar que os artistas, com sua sensibilidade, antecipavam muitos aspectos da alma humana que a ciência ainda não vislumbrava estudar. Teria a anterioridade de Dostoievski incomodado Freud, a ponto de ele omitir a referência a esse escritor em “Totem e Tabu”, e interromper a escrita do texto sobre esse artista, em 1927, só o concluindo sob o incentivo de Eitington4? Talvez. Caso afirmativo, por que isso se teria passado especificamente em relação a Dostoievski, se, com relação aos demais escritores, como Sófocles e Shakespeare, Freud reconheceu e se apoiou nas suas antecipações?

Se a escrita de “Totem e Tabu”, de 1913, contribuiu para as formulações freudianas da segunda teoria do aparelho psíquico e das pulsões, no início dos anos 20 do século passado, essas formulações possibilitaram uma nova proposição do ataque histérico em seu texto de 1928, interpretado, então, a partir do desejo parricida e da dinâmica sadomasoquista entre o ego e o superego. Isso constituiu um avanço em relação ao artigo anterior, publicado em 1909, intitulado “Algumas Observações Gerais sobre Ataques Histéricos”5 . Nessa nova perspectiva, Freud postula uma associação entre o ataque histérico, o desejo de morte do pai, o sentimento de culpa e a autopunição por este desejo, tornada pública, pela primeira vez, nesse texto.

Freud, entretanto, não valorizou esse avanço. Alguns fatores pessoais foram relacionados a isso, por alguns autores. Um desses fatores foi a rivalidade de criador de Freud, em relação ao escritor russo, poeta do inconsciente que, a seus próprios olhos, era um dos maiores escritores de todos os tempos, como entende Dongier6 . Num certo sentido, como vimos, Dostoievski antecipa, em Os Irmãos Karamassovi, a relação entre o desejo parricida e a realidade psíquica, desenvolvida posteriormente por Freud. Não só Smierdiákov, mas também os demais filhos de Fiódor Karamassovi, à exceção de Aliócha, desejaram a morte do pai e, por este motivo, sentiram-se igualmente culpados pelo crime7. Um outro fator que foi considerado decisivo para a atitude pessimista de Freud em relação a esse texto foi o seu desejo parricida em relação à Charcot, de quem ele utilizou o conceito de histeroepilepsia para abordar o caso de Dostoievski. Nessa direção, o complexo paterno de Freud e a sua identificação com Dostoievski teriam interferido na escrita do seu texto sobre o escritor russo e na sua relação com ele.

Deixando de lado as interpretações dos diferentes autores quanto à atitude de Freud em relação a seu texto sobre Dostoievski, vale a pena ressaltar que, nele, Freud chama a atenção de que não se deve ao acaso o fato de três das grandes obras-primas da literatura – Édipo Rei, de Sófocles; Hamlet, de Shakespeare; e Os Irmãos Karamassovi, de Dostoievski – tratarem todas do mesmo assunto, o parricídio. É digno de nota que as duas primeiras obras foram muito citadas por Freud, por seus biógrafos e seguidores, em detrimento da terceira, objeto de nossa investigação. Os Irmãos Karamassovi e o texto de Freud sobre Dostoievski são pouco discutidos entre os pós-freudianos, o que parece dar continuidade ao ostracismo inicial a que foi relegada essa obra no campo da Psicanálise. Dela não se quer saber, e há uma transmissão dessa atitude ao longo das gerações sem nem sequer se questionar sobre as razões disto.

Que lugar ocupa essa obra no corpo da Psicanálise? Ela tem sido pouco trabalhada e, entretanto, no conjunto da obra de Freud, está explicitamente presente em seu texto “Dostoievski e o Parricídio”(1928), que figura como um dos três trabalhos, mais precisamente o segundo, que aborda a importante questão do parricídio. O primeiro e o terceiro – respectivamente, “Totem e Tabu” (1913) e “Moisés e o Monoteísmo” (1939)8 – são textos míticos, com pretensão de verdade histórica. O primeiro pretende explicar a origem da humanidade, e o terceiro, a origem do povo judeu e do judaísmo. Qual a importância e o papel desse segundo texto na construção da Psicanálise? Em que, aqui, a literatura contribuiu para o avanço teórico e técnico de Freud? Especificamente em relação a essa questão, não podemos ler esse texto isoladamente, sem fazer um movimento regressivo e progressivo em relação aos dois demais, na perspectiva do ‘só depois’, como diz Lacan9. De um lado, como vimos, é plausível supor que a obra de Dostoievski tenha sido uma das fontes inspiradoras da construção de “Totem e Tabu”, mas ‘só depois’ Freud escreveu um texto sobre esse escritor. De outro, não podemos deixar de ver a influência que esse texto exerceu sobre o texto posterior, publicado em 1939: “Moisés e o Monoteísmo”. Aqui, a história pareceu dar as mãos à literatura, pois um novo mito se produziu e Freud qualificou este seu ensaio como um ‘romance histórico’.

A influência do texto “Dostoievski e o Parricídio” sobre a escrita de “Moisés e o Monoteísmo” pode também ser pensada a partir de duas outras direções: das reflexões sobre o ataque histérico e da experiência de estrangeiro, vivida por Freud durante a escrita desse texto. Em ambas as direções, temos a presença do conceito da pulsão de morte, ausente na época em que Freud escreveu “Totem e Tabu”. Pela primeira via, a do ataque histérico, há, na identificação ao pai morto não apenas a atualização do desejo de morte do pai, mas também o desejo de autodestruição, de retorno ao estado inanimado, como conjetura Freud em “Além do Princípio do Prazer”, de 192010. O parricídio não se reduz, aí, ao Édipo, embora Freud se detenha nessa perspectiva. Ele é também a expressão da pulsão de morte, da vicissitude que leva o ser humano a buscar algo do qual não tem qualquer representação – a própria morte.

A identificação com o pai morto aponta para a identificação com o irrepresentável da morte, com o irrepresentável do pai. É provável que, no texto sobre Dostoievski, Freud, de forma não explícita, só tenha conseguido chegar a essa dimensão ex-sistente do pai porque já havia postulado o conceito de pulsão de morte. Essa é uma das maiores contribuições que podemos apreender das entrelinhas desse texto e que serviu, posteriormente, de base para a construção de seu Moisés. Foi ‘só depois’, nesse último texto, que o pai apareceu como pura letra — Javé —, impronunciável, irrepresentável e sem sentido. Ao contrário do que afirmou Karamassovi, no romance de Dostoievski, se Deus está morto, nada está permitido, como ressalta Lacan11. Paradoxalmente, o assassinato do pai não libera o gozo, mas o proíbe, e o amor ao pai se torna mais forte que o desejo pela mãe. A identificação ao Real do pai, à sua morte, é o que, justamente, possibilita essa operação. Sem isso, não se transmite a castração. A transmissão, de qualquer natureza, está ligada, portanto, à pulsão de morte e à identificação ao pai morto. Freud só pôde apreender isso depois de escrever “Dostoievski e o Parricídio”. Só dez anos depois, ele pôde desenvolver esse aspecto, ao escrever sobre Moisés. Nesse texto, a questão da transmissão e do Real do pai foi retomada e desenvolvida por Freud, num tempo em que, ao final de sua vida, ele se preocupava com a sobrevivência e a transmissão da própria Psicanálise.

A outra via, pela qual podemos pensar a influência do texto sobre Dostoievski na escrita de “Moisés e o Monoteísmo”, é a reexperiência de estrangeiro que esse texto pareceu propiciar para Freud. A condição russa de Dostoievski e a sua submissão às decisões do Czar, assim como à religião cristã, remeteram-no à cultura eslava e à forma de organização política da Rússia no século XIX. Quando Freud começou a escrever sobre Dostoievski, crescia o antissemitismo na Europa. Um ano antes, em 1926, ele chegou a declarar que, até então, considerava-se intelectualmente alemão, mas que, com o crescimento do preconceito antissemita na Alemanha e na Áustria germânica, preferia se dizer um judeu, como observa Gay12. Freud revivia, então, tanto na sua vida pessoal quanto na escrita sobre Dostoievski, uma experiência de estrangeiro. É plausível que a continuidade dessa experiência tenha culminado depois na sua grande elaboração teórica do Moisés como egípcio, num período em que a sua obra estava sendo queimada pelos nazistas e que ele teve de migrar para Londres, outra terra estrangeira. Sabemos que a condição de estrangeiro de Moisés, dentro da cultura judaica, já era familiar a Freud, conforme assinala Fuks13. Entretanto, podemos observar que, só em 1938, ele reuniu os elementos que lhe possibilitaram a defesa dessa tese. Moisés, reelaborado pela experiência de estrangeiro de Freud, tornou-se, ele mesmo, estrangeiro em seu escrito e, na visão de Freud, este foi um dos elementos que possibilitaram o surgimento do povo judeu, assim como da religião judaica. O judeu, na figura de Moisés, passou a ser, além de estrangeiro para o outro, também estrangeiro para si mesmo, conforme Fuks14 e Martinelli15.

Verificamos assim que, apesar de Freud ter feito uma apreciação negativa de seu texto sobre Dostoievski e de ter declarado não gostar desse escritor, tanto a obra de Dostoievski quanto esse texto de Freud muito contribuíram para importantes desenvolvimentos teóricos na Psicanálise. Os ecos disso podem ser apreendidos através das reflexões realizadas a partir dos textos “Totem e Tabu” e “Moisés e o Monoteísmo”. Nesse último texto, a colocação de Moisés como estrangeiro ao povo judeu é uma tese freudiana que, de certa forma, possibilita-nos bordejar o enigma da criação, apresentado por Freud em seu texto sobre Dostoievski. Nele, Freud afirma que, diante do problema do artista criador, a análise tem de depor suas armas. Freud não desenvolveu, entretanto, esse problema aí. Posteriormente, em seu trabalho sobre Moisés, ele coloca a condição de estrangeiro do pai criador como um elemento estrutural da criação do povo judeu. A criação, nessa perspectiva, implica, portanto, uma experiência de estrangeiro. Tal aspecto, de certa forma, está presente tanto na relação do criador com a sua obra, quanto na relação do espectador ou leitor com a obra criada, de modo que, a cada leitura, a obra é também recriada.

A partir de tudo o que foi exposto, podemos retomar a categoria do ‘só depois’ para reafirmar que, em “Dostoievski e o Parricídio”, Freud ressignifica a sua proposição apresentada em “Totem e Tabu”, segundo a qual o parricídio é o crime fundador da humanidade, e amplia a sua compreensão do ataque histérico a partir do desejo parricida e da consequente identificação ao pai morto, geradores de uma dinâmica sadomasoquista entre o ego e o superego. Também a partir da categoria do ‘só depois’, pudemos verificar que, em “Moisés e o Monoteísmo”, retomando os desenvolvimentos teóricos empreendidos nos textos anteriores, entremeados ao avanço do nazismo, que acabou por obrigá-lo a mais uma experiência de estrangeiro com o exílio na Inglaterra, Freud situa o parricídio na gênese da religião monoteísta e do povo judeu, ou seja, em sua própria origem, na medida em que este processo implica um ato de morte de uma referência paterna primordial, neste caso, a condição de judeu de Moisés, na proposição de ser ele um egípcio. Com esse avanço, ele nos possibilita também, num tempo ‘só depois’, uma outra aproximação ao enigma da criação artística, na perspectiva de que o parricídio se encontra na gênese de tal criação, bem como na gênese de qualquer invenção. Com seu texto “Moisés e o Monoteísmo”, Freud busca responder ao seu anseio de sobrevivência e perpetuação da psicanálise, num tempo em que tanto a sua própria existência quanto a da Psicanálise estavam ameaçadas por sua condição de judeu. O assassinato do pai Moisés, implícito na proposição da sua condição estrangeira, possibilita-nos, então, compreender que a extensão deste ato para qualquer representante paterno, o que não exclui o próprio Freud, coloca, assim, o parricídio na gênese inclusive da transmissão da Psicanálise.

 

Referências

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* Psicanalista membro do Colégio de Psicanálise da Bahia, Professora Adjunto da UFBA. [Email: therezacoelho@gmail.com].
1 FREUD, Sigmund. Totem e tabu [1913]. In: ______. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Rio de Janeiro: Imago, 1980. p.20-191.
2 FREUD, Sigmund. Dostoievski e o parricídio [1928]. In: ______. Edição standard brasileira..., op.cit., p.205-223.
3 FREUD, Sigmund. Delírios e sonhos na Gradiva de Jensen [1907]. In: ______. Edição standard brasileira..., op. cit., p.17-98.
4 Cf. JONES, Ernest. A vida e a obra de Sigmund Freud [1953]. Rio de Janeiro: Imago, 1989. p.152.
5 FREUD, Sigmund. Algumas observações gerais sobre ataques histéricos [1909]. In: ______. Edição standard brasileira..., op. cit., p.233-238.
6 DONGIER, Maurice. Dostoievski et Flaubert: écritures de l’epilepsie. Canadian Journal of Psychoanalysis, Montreal, Book Review, n.3, p.339-342, 1995.
7 DOSTOIEVSKI, Fiódor Mikhailovich. Os Irmãos Karamassovi [1880]. Rio de Janeiro: Companhia Aguilar, 1964. vol. 4, p.495-1.101.
8 FREUD, Sigmund. Moisés e o Monoteísmo [1939]. In: ______. Edição standard brasileira..., op. cit., p.19-161.
9 LACAN, Jacques. Posição do inconsciente [1966]. In: ______. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p.843-864.
10FREUD, Sigmund. Além do Princípio do Prazer [1920]. In: ______ Edição standard brasileira..., op. cit., p.17-85.
11LACAN, Jacques. O eu na teoria de Freud e na técnica da Psicanálise [1954-1955]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.165.
12GAY, Peter. Freud: uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p.409.
13FUKS, Betty Bernardo. Freud e a judeidade: a vocação do exílio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. p.88-89.
14Id., ibid.
15Cf. MARTINELLI, Verônica. Crime e ideologia: do Terceiro Reich ao assassinato de Moisés. Ágora, Rio de Janeiro, v.8, n.2, p.175-191, jul./dez. 2005.