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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Cogito vol.13  Salvador nov. 2012

 

Leia na minha camisa

 

Read on my t-shirt

 

 

Anna Amélia de Faria*

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

 

 


RESUMO

O trabalho conjuga o corpo enquanto mural expressivo de imagens altamente comunicativas, e, consequentemente, de compreensões e afetos pedagógicos e/ou alternativos. Após os anos 60, em distintas nações eclodiram tensões e transformações comportamentais e as camisetas estabeleceram e evidenciaram corpos desejantes políticos/afirmativos de sensibilidades eróticas experimentais. A partir daí, histórias, mais ou menos caretas, advieram. O trabalho expõe um breve périplo por algumas dessas marcas.

Palavras-chave: corpo; sexualidade; subjetividade; comportamento.


ABSTRACT

The work combines the body as an expressive mural of highly communicative images, and consequently, as pedagogical and/or alternative comprehensions and affections. After the sixties tensions and behavioral changes erupted in different nations. The T-shirts from post 60s established and showed political/affirmative bodies who desired erotic and experimental sensibilities. From then on, kind of cheesy stories came up. The paper provides a brief tour for of some of these issues.

Keywords: body; sexuality; subjectivity; behavior.


 

 

As histórias enredam-se à vida, na medida em que a própria vida ilumina, inventa, inventaria determinadas narrativas. Exponho aqui, um modo, um fragmento, de ver e de mixar passagens, não com o intuito sintético, mas movida pelo afeto. Este texto foi produzido incialmente para a Abeh — Associação Brasileira de Estudos da Homocultura — tratando de um tema fulcral, inequivocamente: a sexualidade, sendo ainda basilar e abrangente, porque curto-circuita posições: das mais rebeldes e libertárias às mais conservadoras e fascistas. Afirmei a satisfação de ter liberdade, no território Abeh, para lidar com temas tão impactantes, pois o corpo, seus usos e possibilidades de existir, liberta e apavora, nessa nossa esquizoépoca, que se estende entre regiões brutalmente dissentes.

 

MODOS DE VER E USAR

Tem-se a sensação, ao assistir filmes, ver fotografias anteriores aos anos 50 — em um mundo de orientação ocidental e de pessoas de um determinado extrato social — que elas eram velhas, mesmo sendo etariamente jovens. Vem a impressão que o corpo foi redescoberto no século XX. Abaixo, a foto de meu avô datada entre os anos 20 e 30, ele jovem/velho, caminhando com a vestimenta de seu tempo. Aos homens brasileiros as roupas conferiam um tom austero, europeizado, pesado, mesmo estando nos quentes trópicos. Para eles o corte curto do cabelo, a seriedade, enquanto afirmação de uma firmeza fálica. Às mulheres, do mesmo extrato social, vestidos longos, rostidade vazada; no olhar delas nem riso e nem participação, mas aparição volátil de um modo de ser conservador, modificado apenas nos anos 20. Aos mais abastados, corpos sempre cobertos, porque o corpo desnudo, não sendo o do negro e/ou indígena ideal, o “puro”, não singrava, oficialmente, por significações eróticas, evidenciava, o corpo desnudo, miséria e pobreza1 . Não se requer muito esforço para reconhecer que a adjetivação desqualificadora, da eroticidade do corpo nu banido através do discurso moralista de rebaixamento, situava-se no panteão das formulações eivadas de hipocrisias.

 

Figura 1 – Foto do avô.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.

 

Entretanto, corpo/substância abala-se: aquilatado, hierarquizado, capitalizado, ente que comove, advindo enquanto moeda de troca de distinta valoração. Digo isso porque, ao evocar um suposto recorte estético, à moda da Europa, me vem o Brasil desnudo, de duas matrizes étnicas potentes em circulação cultural, afetiva, comportamental, mas, ao mesmo tempo, relegadas à invisibilidade e/ou à menorização, seja nos textos de seus contemporâneos, textos moralistas e querentes de um ideal translocal, revisitados e criticados; quanto, ulteriormente, as contribuições dessas duas matrizes, indígenas e negras, permaneceram invisibilizadas e escasseadas nas plurais contribuições culturais, pelas mãos de outros feitores de histórias (brinco com o significante feitor, porque entendo que toda percepção promove, invariavelmente, certos fechamentos).

Pois bem, em relação ao uso ou não uso de roupas, já se escalona uma seriação, capaz de demarcar identidade, classe, religião, sexualidade, etc., dadas a perceber, através de informações descritivas da indumentária, reconhecida e mais ou menos valorizada por ser exibida ao olho taxonômico que desvaloriza o outro ao vê-lo despido. As informações são trançadas a outras memórias, principalmente as ligadas à potência sensual dos corpos; e vêm Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro, Mary del Priore, relatores desses usos, pois sabemos o quão “necessariamente” “fodedor” e agenciador de desejos foi e é o corpo sem pecado, alocado, aqui, no lado de baixo do Equador.

 

JUVENILIZAÇÃO E WAR

Entretanto, as histórias se comovem, se iluminam em diversas intensidades, repercutem, diferenciadamente, em seu trânsito e composições. Pulemos desse tempo — do olhar dos daguerreótipos, das poses duras e roupas escuras, ou da inferiorizada nudez — para alcançarmos a juvenilização de um mundo de orientação ocidental. O turning point realizado pelos jovens de nações que, mesmo não sendo as mais ricas economicamente, entretanto foram e são poderosas o suficiente para espraiar suas narrativas e versões capazes de divulgar o seu savoir vivre, e de fundar e asseverar vida, frustrações e aspirações de um extrato, o dos jovens, até então invisibilizado.

Uma contribuição à história da emergência da categoria jovem, sendo essa, até hoje, reconhecida e desejada como um estado de espírito e um tônus físico. Outro elemento significativo colaborador à emergência juvenil, a Primeira Guerra Mundial da Europa conforme trata Walter Benjamin no texto do Narrador2 , sobre o mutismo do soldado, testemunha das atrocidades advindas da guerra. Estavam emudecidos aqueles que retornavam, desiludidos e sem terem alcançado qualquer sabedoria advinda do confronto, que fora retratado como puro horror estúpido. A barbaridade endógena, o Outro maléfico era um do mesmo, desmontando toda aspiração de progresso deflagrada pela modernidade. Desamparo, horror, mutismo, angústia: não havia sabedoria no retorno dos soldados, e os mais velhos não eram mais os guardiães do mundo, datando a saída de cena da função de transmissão do saber de uma geração a outra, regras que colapsaram, explicitando a necessidade de narrar o sem- sentido experimentado pelos moços de então.

Um salto a outro tempo de horror, a Segunda Grande Guerra, decidida pela bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, quando os EUA após o Crack de 1929, se já era forte, sagrou-se como uma espécie de campeão incontestável e, consequentemente, arrogou-se a ser o guardião do mundo com seu poder mortífero. Em contrapartida, muitos de seus jovens, mostraram-se, surpreendentemente, desiludidos. Se, na Primeira Guerra, a desilusão advinha da visão da inutilidade do horror e da estupidez da violência, na Segunda, foram acoplados ao horror — ante os olhos dos saídos da infância —, rancor e ódio, direcionados à realidade deflagrada pelos adultos; referendado, para muitos, como inútil o progresso propalado, que não agradava aos enfants terribles, de vidas sem rumo, em uma ordem que não abrigava, confortavelmente, o grupo emergente que desdenhava do status quo.

Ainda assim, espalhou-se um jeito de viver estadunidense, inclusive no uso das vestes, a exemplo das camisetas, as famosas T-shirts, usadas, primordialmente, pelos jovens combatentes da Primeira e da Segunda Guerra. O pop, de uso de muitos, sempre foi parceiro de uma territorialidade horizontal. Daí, um mix das roupas, íntimas e privadas, de soldados e trabalhadores braçais, pois os jeans, igualmente, possuem semelhante origem, tornaram-se sinônimo de juventude, cujo emblema maior, grudado nas retinas da memória do inconsciente escópico, é o de Marlon Brando, James Dean.

Roupas mundializadas; mais ainda, juventude mundializada; mais ainda, expressão, inclinação à náusea mundializada, vinda pela mão do desamparo, sentido alinhado enquanto afeto moderno, urbano, privado, solitário. Se, antes do advento do sistema plenamente capitalista, inicialmente Deus foi descentralizado, no depois medievo os Estados mais ricos não obtiveram sucesso completo com o programa positivista de progresso, justapostas estavam, falta de paridade (relembrando um dos ícones da propaganda iluminista: igualdade) e repartição da riqueza, quer dizer, a miséria continuou e continua eclodindo em qualquer canto; de qualquer forma, ainda, e também, pelas mãos dos jovens: suicídios, recusas e reiteradas angústias alquebram as maníacas univocidades. Entretanto, certo é que o jovem transformou-se em token, em objetivo.

O caráter destrutivo não vê nada de duradouro. Mas, por isso mesmo, vê caminhos por toda parte3. Icônica, instituiu-se a virilidade do jovem, sua destrutividade, que, por muitas vezes, mais do que promover ruínas parecia desejar abrir caminhos, em detrimento dos desenhados pelos poderosos. A juventude, no século XX, não estava mais aprisionada a uma suposta inocência assexuada da infância e nem adestrada ao canto das funcionalidades, ser jovem significava/significa devir, e, por isso mesmo, à medida em que a juventude se normatizou..., deixou de ser. Mas essa seria outra discussão, uma ideia para deixar em stand by: ser jovem enquanto emblema e objetivo comum.

Quero elencar esse estrato, jovem, como potencialmente agente de transformações. Ser jovem veio a ser um comportamento expressivo, uma atitude. Stand by II: gostaria de, em outro momento, incluir os primeiros românticos enquanto fundadores dessa razão juvenil, deflagrada por determinadas vertentes estéticas e expressivas. Por hora, optei pelo design que evidenciou essa formação.

 

Figura 2 – Foto do disco Tropicália, 1968 feita por Olivier Perroy em 1967.

 

QUEERIZADOS AVANT LA LETTRE?

No Brasil, no final da década de 60, em sintonia com os movimentos questionadores dos outros países ocidentais, surgiram disputas e tensões contra o modelo político tradicional. Por mais de duas décadas, viveu-se sob ditadura, em meio a uma efervescência comportamental/sexual pela emergência transpolítica, anarquizando, inclusive, o entendimento comum do prêt-à-porter. Os mais arrojados, por conta de suas ações e gestos, foram criticados pela direita e também pelas organizações da esquerda, incomodadas pela falta de uma agenda, pedagógica e modelizante. Assim ocorreu com os tropicalistas, desordenadores dos esquemas estritos e afeitos às montagens afetivas; em alguns momentos, a carga de uma portentosa e buliçosa diferença era tamanha, a ponto da censura da época, reiteradamente obtusa, ignorar sua voltagem rebelde, emergente e questionadora de certos produtos e expressões, que transformavam os corpos e mentalidades, bem como os modelos de ser e de viver, por meio da gama performatizadora e imagética, que ainda nos veste, em movediças e sobrepostas tessituras que nos alcançam.

Um exemplo: a música “Baby”, de Caetano Veloso, de 1968, do disco Tropicália, cuja capa está exposta na Figura 2, traz o verso: “Leia na minha camisa: baby I love you”; dialoga com uma forte voltagem discursiva, a do comportamento. Igualmente tensas foram as investidas de outro tropicalista, Hélio Oiticica, conclamando na legenda do seu “poema-bandeira” um dito, como se fosse para uma torcida a palavra de ordem: “Seja marginal, seja herói”, Hélio referia-se ao assassinato de seu amigo, o ocupante das margens Cara de Cavalo. Ferindo emblematicamente a ideia usual vinculadora de heroísmo e moralismo. Questões folheadas do corpo, da classe, da sexualidade foram produtiva/criativamente tratadas pelos artistas que trouxeram o trópico menor à categoria de topo. Atitudes rocker, por aqui, em dança com o destemor dos que souberam incluir a sonoridade da guitarra à camiseta vestida por uma Baby que passeava, “Enquanto Seu Lobo Não Vem”, em Salvador, passando por Lindoneia e pelo Parque Industrial, fazendo o Bat Macumba e aconselhando à Mamãe, Coragem, já ciente de cozinhar, desde então, uma Geleia Geral. Eis o pós-modernismo, m(b)atizado pelas matrizes ágrafas e, por isso mesmo, inesquecíveis. A coisa deu-se em outro fluxo de transmissão; agiram, os tropicalistas, demonstrando, rebolativos e performáticos, os corpos, uma alegria, substância outra, equivocidades, nos sonharam, chacoalhando potências inusitadas.

Novamente, chamo a música, ela vem e eu me atenho à frase que explicita a tensão do olhar e do jogo reflexivo, pois o corpo se reveste na “transa” da língua estrangeira que aproxima o outro, quando lhe endereça o transitivo: I Love You. A canção enuncia, para aquele que vê, uma flechada de amor endereçada e dispersa. Um amor multidão, já que a frase alcança a cada espectador e o desclassifica, conectando-se, em modalidade pop, com a língua odiada pelos militantes e nacionalistas daqui, em simultâneas provocações; no amor que atira a todo lado que olha; no uso metacrítico da língua do “Imperialismo”, pois este era o termo usado para se referir à língua inglesa, devido aos alinhamentos dos EUA com os militares e por conta de os EUA, além de se configurarem economicamente incontestáveis, naquela época, simultaneamente, advirem tal qual potência espraiadora de moda e comportamento.

 

CORPOS: INUSITADOS, ATUALIZADOS

“O que se oculta não é a sexualidade, mas o ódio”4 . Se dos anos 60 em diante havia tensão entre a revolução e a rebeldia, a rebeldia da sexualidade continua a atormentar. Me vem Freud dizendo sobre o que não se quer ver de si e que, quando aparece, causa inquietação, ódio e mal-estar (Ocorre-me o texto “O inquietante”, de 1919, das obras de Freud)5. E o ódio aufere direito ao mal, atua através de dispositivos excludentes: da seriação, classificação, massificação. As segregações intolerantes são frágeis e ineficientes em suas justificativas. A vontade de apagamento das alteridades em nome de um Ideal, universal, metafísico, descarnado, retira toda possibilidade de gentileza e simpatia transitivas e relacionais, pois sempre há necessidade de outro(s) para existir, se se é simpático e/ou gentil com alguém, não se firma sendo em si.

Vemos, nesse momento atual, novamente, determinadas intenções de censura e ódio – nada velado, mas obscenamente declarado – organizarem-se por meio de discursos metódicos direcionados aos corpos e às sexualidades plurais; intenções deflagradas por grupos retrógrados que atiçam e estimulam violências, intolerâncias. Relembremos Caetano e Gil: “é preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte.”, eu acrescentaria: o tempo é para fazer existir, afirmar os corpos e a vida. Daí valem e são bem-vindas, as denúncias irreverentes, debochadas, por meio do recente poema/bandeira, conectado ao tropicalista Helio Oiticica, criado pelo artista plástico, radicado em Nova Iorque, Fernando Carpaneda: “Seja viado, seja herói”, que critica, através de suas esculturas. Trago a foto Bolsonaro’s sex party — a homofobia e a mentalidade excludente expressadas pelas opiniões de evangélicos e de alguns políticos.

 

Figura 3 – Bolsonaro’s sex party – Fernando Carpaneda.
Fonte: Nova York, 2011. Fornecida pelo autor.

 

Ganhei de Fernando, a significativa, imagem-valise Queer punk, de uma de suas esculturas; nela, corpo entronca sexualidade, movimento social, camiseta, slogan, etc.

 

Figura 4 – Queer Punk – Fernando Carpaneda.
Foto: Fernando Carpaneda (2010).

 

 

Referências

BENJAMIN, Walter. Documentos de cultura, documentos de barbárie: escritos escolhidos. Trad. Celeste Sousa et al. São Paulo: Cultrix, 1986.         [ Links ]

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.         [ Links ]

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.         [ Links ]

DEL PRIORE, Mary. Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2011.         [ Links ]

FREUD, Sigmund. História de uma neurose infantil: “O homem dos lobos”, além do princípio do prazer e outros textos (1917-1920). Trad. Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.         [ Links ]

CAMELO’s blog. Disponível em: http://caramelizando.blogspot.com.br/2011/07/bolsonaro-seja-viado-seja-heroi.html . Acesso em: 20 maio 2012.         [ Links ]

CARPANEDA [page]. Disponível em: http://www.etsy.com/people/carpanedaunderground?ref=owner_profile_leftnav/ Acesso em: 19 outubro 2012.         [ Links ]

HOMORREALIDAD [blog]. Disponível em: http://www.homorrealidade.com.br/2012/ 04/seja-viado-seja-heroi-por-hurtz.html. Acesso em: 22 maio 2012.         [ Links ]

KULTURIART [blog]. Disponível em:http://kulturiart.blogspot.com.br/2012/01/fernando-carpaneda-e-polemica-escultura.html . Acesso em: 22 maio 2012.         [ Links ]

 

 

* Psicanalista. Pós-doutoranda pelo PPG-Artes da UnB. Professora Adjunta da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. anna.annamelia7@gmail.com
1 Cf. DEL PRIORE, Mary. Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2011. p.17.
2 BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.
3 BENJAMIN, Walter. Documentos de cultura, documentos de barbárie: escritos escolhidos. Trad. Celeste Sousa et al. São Paulo: Cultrix, 1986. p.188.
4 BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p.85.
5 Cf. FREUD, Sigmund. História de uma neurose infantil: O homem dos lobos, além do Princípio do Prazer e outros textos [1917-1920]. Trad. Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. v.14, p.328-376.