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Stylus (Rio de Janeiro)

Print version ISSN 1676-157X

Stylus (Rio J.)  no.28 Rio de Janeiro June 2014

 

ENSAIOS

 

Dom Quixote, Sancho Pança, a errância do desejo e mais-além

 

Don Quixote, Sancho Panza, the wandering of the desire and far beyond

 

 

Raul Pacheco*

Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (Brasil)
Fórum de São Paulo

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O objetivo deste artigo é discorrer sobre a errância constitutiva do ser humano em seu encantamento com os objetos, circunscrevendo e explorando a interrogação sobre o que é que pode fazer desse circunvolucionar em torno – e afagar – do objeto do desejo um mais-além do simples retorno do "mesmo" e um sinalizar na direção de alguma transformação efetiva do sujeito e de seu modo de gozo. Algumas passagens do Dom Quixote, de Cervantes, oferecem o contexto alegórico apropriado para reflexões sobre o tema.

Palavras-chave: Desejo, Gozo, Errância, Causa, Objeto.


ABSTRACT

The aim of this article is to discuss the constitutive wandering of the human being in his/her enchantment with the objects, marking and exploring the interrogation about what it is possible to do of this circling around – and fondling – of the object of the desire a far beyond of the simple return of the 'same' and a signaling towards some effective transformation of the subject and his/her way of jouissance. Some passages from Cervantes' Don Quixote offer the appropriate allegorical context for reflections on the topic.

Keywords: Desire, Jouissance, Wandering, Cause, Object.


 

 

Afirma Kojève, logo no início de sua Introdução à leitura de Hegel (1947/2002), que o homem, absorvido pelo objeto que contempla, só pode voltar a si mesmo por meio do desejo. Apenas o desejo pode transformar o ser, revelado a si mesmo por si mesmo, "em um objeto revelado a um sujeito, por um sujeito diferente do objeto oposto a ele". Consequentemente, "é como seu desejo que o homem se constitui e se revela". É também a partir do desejo que ele sai da passividade, inquieta-se e age sobre o mundo.

Mas, para que haja "consciência-de-si" (Selbstbewusstsein) é mister que o desejo se dirija a um objeto não-natural e ultrapasse a realidade. Daí que "o desejo que se dirige a um outro desejo, considerado como desejo, vai criar, pela ação negadora e assimiladora que o satisfaz, um Eu essencialmente diferente do 'Eu' animal" (KOJÈVE, Ibid., p. 12). Sabemos: só pode ser desejo humano o desejo mediatizado pelo desejo de outro ser humano. É preciso que intervenha a demanda, com o incondicional de seu objeto (o amor), para que a perda da especificidade do objeto do instinto se traduza na condição absoluta a que o desejo eleva o seu objeto.

Capturado nas malhas do significante – como ilustrado por Freud, com o joguinho do Fort-Da de seu netinho, e assinalado por Lacan, no Seminário 11 – "alguma coisinha do sujeito" se destaca e "é com seu objeto que a criança salta as fronteiras de seu domínio transformado em poço e que começa a encantação." (LACAN, 1964/1988, p. 63). Da fenda produzida pela extração do objeto, a partir da operação automutiladora constituinte do sujeito, emerge o vetor pulsional que vai em busca dos objetos do mundo. Daí que, como já propunha Heidegger, o ser do Dasein não seja estático, mas sim ekstático, no sentido do verbo latino eksistere, de "dar um passo à frente, para fora" (TEIXEIRA, 2006, p. 23); ou seja, de insistir, de estender-se para fora e para além de si mesmo, ultrapassando-se.

Porém, se o desejo escava no homem a cicatriz de sua eksistência e o ultrapassamento de si próprio, em direção aos objetos do mundo, sabemos que ele responde também pela sua errância, não como acontecimento transitório e fortuito, mas como componente essencial da sua abertura ao mundo. "O caminhar historial do homem é essencialmente errante. Isto se torna compreensível pelo caráter ontológico in-sistente e ek-sistente do homem" (BATISTA, 2005, p. 4).

Erra aquele que busca o segredo do desejo humano nos entes do mundo com que este se encanta e distrai: aquilo que é da ordem do das Wohl da crítica kantiana à razão prática1. Por maior que seja a fascinação com as coisas do mundo, e a despeito da sua importância ou potência de sideração sobre o sujeito, ainda assim, por razões de compromisso da precisão terminológica com o que é de ordem estrutural, cumpre sempre grafar essas coisas do mundo com o cê minúsculo de tudo que a fantasia dispõe em sua tela para cobrir a janela do real: ou seja, os objetos que o sujeito vai encontrando no caminho da errância ditada pelo desejo. O desejo é a metonímia do discurso da demanda, e o nó do problema não é o encanto de cada novo objeto e sim a própria mudança de objetos, em si mesma. O verdadeiro segredo do desejo tem que ser procurado na forma que subjaz a essa distração, encanto, fascinação, errância: é na Coisa com cê maiúsculo (das Ding) que, é mister, ele seja procurado. É no ontológico, e não no ôntico, que a errância deve ser procurada, diria Heidegger, já que "a errância ocupa, no pensamento de Heidegger sobre a essência da verdade, o lugar antitético da 'antiessência fundamental que se opõe à verdade essencial'" (BATISTA, 2005, p. 4)2. Isto mostra que nem sempre a Filosofia tem que se opor ao que a Psicanálise descobre em sua clínica.

E quem poderia, na Literatura, melhor do que Dom Quixote, de Cervantes, oferecer uma alegoria para os paradoxos e a errância do desejo? Dom Quixote, o cavaleiro errante, e suas andanças na busca do amor de Dulcineia: o objeto de seu amor cortês. Dom Quixote, o cavaleiro da triste figura, montado no pangaré Rocinante e usando como capacete uma cuia para fazer a barba; criado por Cervantes para fazer ironia às ordenações do discurso do amo, em uma Espanha decadente e em crise e com uma Inquisição intolerante e violenta. A derrota da "Invencível Armada" em 1588 é apenas um dos muitos episódios que haviam feito a Espanha da passagem do século XVI para o XVII duvidar de si mesma (JERPHAGNON, 2009) e, como que para denunciar isto por antinomia, Dom Quixote só tem certezas. Dom Quixote, cuja importância para o questionamento do desejo não passou despercebida de Freud, que se dedicou a aprender o espanhol tendo como objetivo precípuo a leitura da obra em seu idioma original. Dom Quixote, que, embora louco, às vezes dá mostras, como no trecho a seguir, de conhecer os paradoxos do desejo e as contradições entre, de em lado, a realidade e a fantasia que a sustenta, e, de outro, o lócus recôndito e impossível da causa do desejo:

– Não! – disse ele, acreditando sua imaginação e com voz que pudesse ser ouvida. – Não há de ter força a maior formosura da terra para que eu deixe de adorar a que tenho gravada e estampada no meio do coração e no mais escondido das entranhas, ora estejas, senhora minha, transformada em repolhuda lavradora, ora em ninfa do dourado Tejo. [...] Pois onde quer que seja és minha e onde quer que seja eu fui e hei de ser teu (CERVANTES [SAAVEDRA], 1615/2007, p. 557).

Dom Quixote, o engenhoso fidalgo, cuja província, La Mancha, evoca para nós, analistas, a mancha do quadro Os embaixadores, de Holbein (um contemporâneo do mesmo século), estampada na capa do Seminário 11, e que remete ao objeto a como olhar. Olhar, como objeto real, que deve desaparecer do mesmo modo que o feixe de raios luminosos do experimento de Gelb e Goldstein, para que surjam as imagens dos objetos em seu estatuto de realidade. Como diz Lacan no Seminário 11, "em sua relação ao desejo, a realidade só aparece como marginal" (1964/1988, p. 105).

Porém, se ao longo da obra Dom Quixote traça seu percurso errante, alienado na produção imaginária de suas loucas fantasias, no capítulo final do Segundo Livro recupera o juízo, desautorizando a desfaçatez de pseudointerpretações psicanalíticas aplicadas de qualidade duvidosa, que pudessem pretender limitar o alcance da obra a uma exemplificação da Verwerfung. Aí o encontramos na hora da morte, impotente e resignado:

– Já não sou Dom Quixote de La Mancha, mas sim Alonso Quijano [...]. Já me são odiosas todas as histórias profanas de cavalaria andante; já conheço a minha nescidade e o perigo em que me pôs o tê-las lido; já por misericórdia de Deus e bem escarmentado, as abomino. [...]

– Os contos, que até agora têm sido verdadeiros só em meu prejuízo – respondeu Dm Quixote – espero que a minha morte os mude, com o auxílio do céu, em meu proveito. Sinto senhores, que a morte vem correndo; deixem-se de burlas e tragam-me um padre a quem eu confesse e um tabelião que faça meu testamento (CERVANTES [SAAVEDRA], 1615/2005, p. 910).

– As misericórdias, [...] são as que neste momento Deus teve comigo, sem as impedirem [...] os meus pecados. Tenho o juízo já livre e claro, sem as sombras caliginosas da ignorância com que o ofuscou a minha amarga e contínua leitura dos detestáveis livros das cavalarias. Já conheço os seus disparates e os seus embelecos e só me pesa ter chegado tão tarde este desengano, que já não me desse tempo para me emendar, lendo outros que fossem luz da alma. Sinto-me [...] à hora da morte; quereria passá-la de modo que mostrasse não ter sido tão má a minha vida, que deixasse renome de louco, pois, apesar de o ter sido, não quereria confirmar-se essa verdade expirando. Chama-me os meus bons amigos, o cura, o bacharel Sansão Carrasco, e mestre Nicolau, o barbeiro, que me quero confessar e fazer o meu testamento (Ibid., p. 909).

E aqui quero dirigir o contexto alegórico de Dom Quixote para uma interrogação sobre o que pode fazer o percurso de uma análise em relação à errância constitutiva do ser humano e seu encantamento com os objetos do desejo. O objeto da pulsão é in-diferente, ainda que nele a pulsão encontre sua satisfação e ainda que Heidegger atribua ao homem (Dasein) a função de "pastor do ser", encarregado de guardar e de cuidar de todas as coisas do mundo. Porém, embora o percurso de uma análise não se faça sem a massa de mira colocada sobre os objetos do desejo, o final de uma análise e o atravessamento da fantasia têm que contar com o que se encontra em outro lugar, que não nas coisas para as quais a Psicanálise reserva, como primeira letra, o cê minúsculo. Sem isso, erra o sujeito, mas erra também o analista, já que, como já disse Lacan, les non-dupes errent [os não-tolos também erram] e sua errância toma o lugar de [Freud], o Nome-do-Pai [le Nom-du-Père] (LACAN, 1973-1974). Em tudo que para o Dasein importa, em tudo em que ele investe sua libido, a Coisa encontrada que o move será sempre a mesma e exige a letra maiúscula para sua grafia: e é do real que essa causa provém. Como opera uma análise para fazer, desse circunvolucionar em torno – e afagar – do objeto do desejo, um mais-além do simples retorno do "mesmo" e um sinalizar na direção de alguma transformação efetiva do sujeito e de seu modo de gozo?

Pensar-se que a Psicanálise opera pela simples subestimação das coisas do mundo com que o desejo humano se relaciona é um equívoco. É equivocado pensar-se que a in-diferença dos objetos pulsionais possa conduzir a uma des-valorização de tudo que cai, clareira que cada homem escava ao redor do lugar que ocupa no mundo. É verdade que na via de toda análise não existe objeto ou sentido que mereça o estatuto de sagrado e que, por essa condição, deva ser resguardado do questionamento mais radical. Não há o intocável que não possa ser eventualmente colocado em questão. Assim como por trás do fetiche de toda mercadoria, Marx descobre o equivalente geral e a mais-valia, por trás de todo objeto com que o ser humano se entretém (por trás de todo objeto da pulsão), Freud e Lacan descobrem o mais-de-gozar. Mas não nos enganemos: a Psicanálise não é uma prática de ascese, uma teologia negativa ou a apologia da resignação.

Dom Quixote arrepende-se e renega a falsidade e mentira de suas fantasias, responsáveis por sua errância. Para Heidegger e também para a Psicanálise, o homem erra e move-se na errância porque isto lhe é ontologicamente constitutivo: ele "in-siste ek-sistindo, agindo inquietamente de um objeto para o outro na vida cotidiana e desviando-se do mistério – isto é o errar" (BATISTA, p. 3). Porém, abominar e "esquecer a errância, isto é, não levá-la a sério, é esquecer o esquecimento do mistério: a decisão enérgica pelo mistério se põe em marcha para a errância que se reconheceu como tal" (Ibid., p. 4).

Lembra-nos Soler (1993/1995, pp. 102-103), que uma análise tem que despir o sintoma de sua mentira significante e reduzi-lo a seu ser de gozo, pois a mentira é inerente à cadeia significante: uma vez que falamos, mentimos. Contudo, o falso do sintoma implicado pela "identificação ao sintoma" do final de análise não é a mentira que o acompanha ao longo das sucessivas declinações em seu trajeto: "não é o falsus com conotação de mentira, de oposto à verdade, mas do falsus com a conotação de caído, ou seja, o que fica para o deciframento de sua mentira, o que resta de idêntico a si mesmo". Escreve Lacan em O aturdito: "falso, leva a uma ideia do real que eu diria ser verdadeira. Infelizmente, não é essa a palavra que convém ao real. Preferiríamos poder prová-la falsa, se com isso se entendesse 'decaída' (falsa), ou seja, escorregando dos braços do discurso que a estreita" (1973/2003, p. 478).

No mesmo texto, ele afirma que só se atinge o fim de uma análise quando o analisante faz, do objeto a, o representante da representação de seu analista. Enquanto dura o seu luto pelo objeto a, ao qual ele reduziu seu analista, ele continua a causar seu desejo: mas "sobretudo maníaco-depressivamente" (Ibid., p. 489). Porém, não são a depressão e a morte, o que deve estar à espera no ponto final do percurso analítico. Falando a respeito da morte do Homem dos Ratos nas trincheiras da guerra mundial de 1914, Soler assinala que Lacan "percebe em algum lugar que Freud considera que essa morte não aconteceu por acaso e está correlacionada à análise" (1993/1995, p. 115). Teria sido a solução pela morte real, enquanto que uma análise levada a seu termo tem como solução a "identificação com o sintoma".

Para esse sujeito que não atravessou seu fantasma, a morte realizou a mortificação interna existente em seu fantasma; realizou o desejo impossível, com suas formas de gozo (...). Com a morte vem o fim das consequências e, nesse sentido, ela é um ato falho, um ato que não pode ser provado. Não há 'passe' para o cadáver, o falecido. A morte torna todo passe impossível" (Ibid., p. 116).

A melhor alegoria para um Cervantes reconciliado com seu sintoma, no final da saga de Cervantes, – um mais-além da errância do desejo que não seja a morte ou a depressão – não é o Dom Quixote abatido, impotente e resignado, desculpando-se com seu companheiro por conduzi-lo a aventuras insensatas. É Sancho Pança, contestando-o e buscando conduzi-lo novamente ao entusiasmo, que melhor representa essa posição. Recuperemos esse diálogo:

[Dom Quixote] – Perdoa-me, amigo, o haver dado ocasião de pareceres doido como eu, fazendo-te cair no erro, em que eu caí, de pensar que houve e há cavaleiros andantes no mundo.

– Ai! – respondeu Sancho Pança, chorando – não morra Vossa Mercê, senhor meu amo, mas tome o meu conselho e viva muitos anos, porque a maior loucura que pode fazer um homem nesta vida é deixar-se morrer sem mais, sem ninguém nos matar, nem darem cabo de nós outras mãos que não sejam as da melancolia. Olhe, não me seja Vossa Mercê preguiçoso, levante-se dessa cama e vamos para o campo vestido de pastores, como combinamos. Talvez em alguma mata encontremos a senhora dona Dulcineia [...] (CERVANTES [SAAVEDRA], 1615/2005, pp. 912-913).

Termino com o epitáfio aposto por Sansão Carrasco na sepultura de Dom Quixote:

Jaz aqui o fidalgo forte,
que a tanto extremo chegou.
Valente, e de tal sorte,
que a morte não triunfou,
sobre sua vida, com sua morte.

Teve a todo o mundo, em pouco,
Foi o espantalho mais mouco,
De um mundo em tal conjuntura,
que acreditou ser sua ventura,
morrer são e viver louco
(CERVANTES [SAAVEDRA], 1615/2007, pp. 847).

 

Referências

BATISTA, João Bosco. (2005). A verdade do ser como alétheia e errância. Existência e arte: Revista Eletrônica do Grupo PET – Ciências Humanas, Estética e Artes, Universidade Federal de São João Del-Rei, ano 1, n. 1, jan./dez. 2005. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/existenciaearte/Edicoes/1_Edicao/A%20verdade%20do%20ser%20como%20Aletheia%20e%20Errancia%20Joao%20Bosco%20Batista.pdf>. [9 fev. 2014].

CERVANTES [SAAVEDRA], Miguel de (1615). D. Quixote de la Mancha (Segunda Parte). eBooksBrasil, 2005. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/quixote2.html>. [9 fev. 2014]         [ Links ].

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LACAN, JACQUES (1959-1960/1988). O seminário, livro 7: a ética da Psicanálise.. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.         [ Links ]

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Endereço para correspondência
E-mail: raulpachecofilho@uol.com.br

Recebido: 15/02/2014
Aprovado: 31/03/2014

 

 

* Professor Titular da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), atuando no Curso de Psicologia e no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social, onde coordena o Núcleo de Pesquisa, Psicanálise e Sociedade (inscrito no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil – CNPq). Psicólogo com graduação pela PUC-SP e Mestrado e Doutorado pelo Instituto de Psicologia da USP. AME dos Fóruns do Campo Lacaniano (EPFCL – Brasil) e da Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano (Fórum de São Paulo).
1 Veja-se o Seminário 7 (LACAN, 1959-1960/1988) e o texto Kant com Sade (LACAN, 1963/1988).
2 "A errância 'é uma componente essencial da abertura do ser-aí".(Id.)