SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número29Possibilidade de uma ética não individualista da psicanáliseAlgumas posições do Príncipe Hamlet ante o desejo índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Stylus (Rio de Janeiro)

versión impresa ISSN 1676-157X

Stylus (Rio J.)  no.29 Rio de Janeiro nov. 2014

 

ENSAIOS

 

Na mansão do dito imaginário: opsis e a seção diagonal

 

In the mansion of the said imaginary: opsis and the diagonal section

 

 

Ana Laura Prates Pacheco*

Laboratório de Estudos Urbanos - Universidade Estadual de Campinas - LABEURB - UNICAMP
Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano - EPFCL

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O texto parte da experiência com a obra Seção Diagonal, de Marcius Galan, exposta no museu de Inhotim, em Minas Gerais. A partir dessa experiência, desenvolvo a frase de Lacan do Seminário 21 Les non-dupes errent: "O imaginário é sempre uma intuição daquilo a ser simbolizado". Para tanto, retomo brevemente o percurso do ensino de Lacan em relação ao registro do Imaginário, desde o texto sobre o Estádio do Espelho (1949), passando pela subversão operada pela noção de "objeto a" nos anos sessenta. Debato então as consequências da reabilitação do Imaginário, operada por Lacan a partir da topologia borromeana, a qual opera com uma noção de espaço que não é kantiana, e propõe uma apresentação da estrutura que não é da ordem do more geométrico. Proponho, finalmente, com Milner, uma homologia entre a "experiência borromeana" e o que ocorre em uma análise.

Palavras-chave: Imaginário, Nó borromeu, Jacques Lacan.


ABSTRACT

The paper bases itself on the experience with the artwork Seção Diagonal, by Marcius Galan, exhibited at the Inhotim Museum in Minas Gerais State. From this experience, I develop my work using as starting point the quote by Lacan at the 21st Seminar Les non-dupes errent: "The imaginary is always an intuition of what is to be symbolized". For this purpose, I briefly resume the path of what Lacan taught in relation to Imaginary imprint, from the text Mirror Stage (1949) to the subversion operated by the notion of the "object a" in the 1960s. Therefore, I discuss the consequences of the rehabilitation of the Imaginary operated by Lacan based on the borromean topology, which operates with a non-Kantian notion of space, and proposes a non-geometric presentation of the structure. Finally, I propose, based on Milner, establishing a homology between the "borromean experience" and what takes place in a psychoanalysis session.

Keywords: Imaginary, Borromean knot, Jacques Lacan.


 

 

Este texto parte de duas experiências díspares e incomensuráveis, mas igualmente desconcertantes. A primeira é a leitura lenta e árdua do Seminário Les non-dupes errent (1973-74), de Jacques Lacan, que estou sustentando em meu próprio seminário no FCL-SP desde 2013. A segunda foi o encontro com a obra de Marcius Galan, chamada Seção Diagonal, que está exposta em Inhotim, Minas Gerais. A obra, segundo a curadoria da exposição, "propõe uma relação ativa com o espectador, causando uma reação inicial de descoberta e surpresa, seguida de um momento que pode variar do encantamento à decepção". Confesso, entretanto, não ter me decepcionado, mas antes, me surpreendido e entusiasmado com a mostração operada pelo artista, a qual me ajudou a acompanhar a seguinte afirmação de Lacan (1973, s.p.): "É que o imaginário é uma dit-mansion tão importante quanto as outras. Isso se vê muito bem da ciência matemática. O imaginário, afirma Lacan, 'é sempre uma intuição daquilo a ser simbolizado'".

É difícil reproduzir aqui o impacto provocado pela obra de Galan, mas na impossibilidade de transportá-los para Inhotim, trarei algumas fotos para que possam intuir, quem sabe, o que tentarei articular.

 

 

Minha experiência foi a seguinte: entrei em uma sala vazia, toda branca, cujo único objeto presente era um espelho que refletia a própria sala e seu vazio. Eis, entretanto, que outra pessoa que entrou na sala comigo, atravessou o espelho, passando para o outro lado.

 

 

Revelava-se, assim, o fato de não se tratar de um espelho, nem sequer de um vidro transparente – outra percepção possível na experiência da instalação, segundo o relato de alguns. No meu caso, julguei (intuí? interpretei? percebi?) tratar-se mesmo de um espelho. Trata-se, na realidade, de uma montagem que usa elementos extremamente sutis, como uma moldura branca e um discreto jogo de cores para operar um corte no espaço.

 

 

Esse corte promove uma ilusão que pode durar um tempo indeterminado – sobretudo para aqueles que ali viram simplesmente um vidro. No caso de quem vê um espelho, como eu vi, a questão é mais complexa. No segundo seguinte ao atravessamento da ilusão, a pergunta que não pode mais se calar é a seguinte: como pude supor que ali havia um espelho, se minha própria imagem não vi refletida, pela simples razão de que um espelho real não havia? Ao supor um espelho, supus, por um segundo, uma imagem – a minha – que não existia. Aqui, não é apenas a imagem ortopédica do espelho que é uma ilusão, como havia proposto Lacan em seu famoso texto sobre O estádio do espelho (1949/1998). Lembremos: "O estádio do espelho é um drama cujo impulso interno precipita-se da insuficiência para a antecipação – e que fabrica para o sujeito, apanhado no engodo da identificação espacial, as fantasias que se sucedem desde uma imagem despedaçada do corpo até uma forma de sua totalidade que chamaremos ortopédica" (p. 100).

Lembremos ainda que em 1960, no texto Observação sobre o relatório Daniel Lagache, Lacan apresentara seu famoso esquema dos espelhos conjugados, a partir da "ilusão do buquê invertido", de Bouasse. Conhecemos bem o que Lacan chama de "modelo teórico", o qual, segundo ele fará aparecer "de maneira analógica com estruturas (intra)subjetivas como tais, representando a relação com o outro e permitindo distinguir nela a dupla incidência do imaginário e do simbólico" (op. cit., p. 681).

 

 

Lacan dissera na ocasião que:

[...] o que o modelo indica pelo vaso oculto na caixa é o pouco acesso que o sujeito tem à realidade do corpo, perdida por ele em seu interior, no limite em que redobra de camadas coalescentes a seu invólucro, e vindo costurar-se neste em torno dos anéis orificiais, ele o imagina como uma luva que pode ser virada pelo avesso (op. cit., p. 686).

O eu é assim, uma montagem do imaginário pelo simbólico, já que a fala é designada por A (o Outro) no que Lacan chama de "nossa topologia", "e é a esse lugar que corresponde o espaço real ao qual se superpõem os espaços virtuais 'por trás do espelho'".

Diante da ilusão imaginária da neurose, Lacan propõe um segundo modelo para representar o efeito da travessia produzido pela queda do espelho que o analista sustentara enquanto Outro – ou:

[...] ao se apagar progressivamente até uma posição a 90° de sua partida, o Outro, como espelho em A, pode levar o sujeito de $1 a ocupar a posição de $2 em I, de onde ele só tinha acesso virtual à ilusão do vaso invertido; só que nesse percurso, a ilusão fadada está a enfraquecer com a busca que ela guia" (op. cit., p. 687).

 

 

Em 1963, Lacan retoma ainda esse esquema, entretanto com um passo a mais, chamado objeto a, definido como objeto não especularizável: "O investimento da imagem especular é um tempo fundamental da relação imaginária. É fundamental por ter um limite. Nem todo investimento libidinal passa pela imagem especular. Há um resto" (p. 49). De um lado há o falo, e do outro o "a, que é resto, o resíduo, o objeto cujo status escapa ao status do objeto derivado da imagem especular, isto é, às leis da estética transcendental" (p. 49).

Assim, para Lacan, nesse momento, o imaginário estaria regido pelas leis da estética transcendental kantiana, à qual a psicanálise, com o conceito de objeto a faz obstáculo.

Mas quais são essas leis? Sabemos que o pensamento kantiano é um marco na criação da ciência moderna, na medida em que rompe com o que Luc Ferry chama de "argumento ontológico", ou seja, a existência de Deus, presente – embora de modos distintos – em Descartes e Espinoza. Para Kant, as marcas da finitude estão no espaço e no tempo, "âmbitos incontornáveis da aisthesis, a sensibilidade" (FERRY, 2010, p. 23). Para Kant, portanto, a intuição ou o sensível, está subordinado ao espaço e ao tempo enquanto a priori. A partir de então, como aponta Ferry, "é o ponto de vista do homem que deverá ser privilegiado, e não mais o cosmos"; e a marca desse ponto de vista finito é aquela "da sensibilidade de um corpo situado no espaço e no tempo" (p. 33). Para Kant, na Estética Transcendental, "o espaço não é um conceito discursivo". (...) "só podemos imaginar um único espaço, e quando falamos de vários espaços, entendemos com isso apenas as partes de um único e mesmo espaço. Essas partes tampouco poderiam ser anteriores a esse espaço único que compreende tudo, como se fossem esses elementos" (FERRY, 2010, p. 36).

É muito interessante notar como, nos esquemas ópticos, mesmo aquele que inclui um objeto não especularizável, o espelho é sempre suposto "estar lá" para que o sujeito diante dele se posicione. Mais de dez anos depois da afirmação de que o imaginário seria regido pelas leis kantianas, entretanto, Lacan revê essa posição, afirmando, como já dissemos que o imaginário é uma dit-mansion (dito-mansão) tão importante quanto as outras. Segundo Lacan, é a dominância de opsis que "faz com que haja sempre intuição nisso do qual parte o matemático". Conforme esclarece Kibuuca (2008) em Opsis na poesia dramática segundo a Poética de Aristóteles:

"[...] no capítulo VI da Poética de Aristóteles são discriminados seis elementos que caracterizam a tragédia, sendo Opsis um deles. Opsis, traduzido frequentemente como espetáculo ou encenação, implica que se dê corpo ao texto escrito. Opsis, assim, é como Aristóteles nomeia o aspecto visual da poesia trágica a qual é composta pelo poema e pela representação cênica" (KIBUUCA, 2008, s.p.).

Em seu primoroso texto Opsis, corpo e intuição, Sonia Alberti (2010) esclarece por meio de uma leitura rigorosa desse seminário, que "Lacan instrumentaliza o conceito de dimensão retomando sua etimologia, que remete por sua vez ao teatro medieval" (p. 152). Por falta de recursos técnicos, o palco continha todos os lugares nos quais as cenas se desenvolveriam. Esses locais eram chamados de "mensão". É essa a analogia que Lacan faz com sua nova topologia borremeana: as três dit-mansions estão ligadas de modo a que se uma se solta, as demais não se aguentam. Nas palavras de Alberti: "Eis como Lacan reabilita o imaginário: sem ele não há nó" (p. 152).

Lacan abre, então, todo um debate a respeito da diferença entre o espaço geométrico e o espaço vetorial, introduzido por Grassman e posteriormente formalizado por Peano. Ele afirma que "há três dimensões no espaço do ser falante – RSI –, o que de modo algum implica as coordenadas cartesianas as quais dependem da velha geometria":

 

 

 

 

Ao contrário, afirma Lacan (1973-74):

É porque o meu espaço, o meu, tal como eu o defino por essas três dito-mansões é um espaço cujos pontos se determinam de uma maneira inteiramente outra. É o que ele chama de cunhagem, ou seja, a característica borromeana que faz com que os três registros se enganchem de modo a ficarem inseparáveis (s.p.).

Trata-se "de uma outra maneira de operar com o espaço que nós habitamos realmente... se o inconsciente existe. Isso parte – ele diz – de outra maneira de considerar o espaço, sendo RSI estritamente equivalentes. Uma estrutura, comenta Lacan, "que muda certamente o sentido da palavra espaço, no sentido como ele é empregado na Estética Transcendental".

 

 

Em um texto recente – Richard de Saint Victor e o nó borromeano, Bernard Nominé (2013) nos apresenta sua leitura de um tratado de teologia de Richard de Saint Victor que apresenta uma tentativa de articulação lógica da trindade: "Saint Victor se esforça para fazer entrar todo o real da condição humana e o real das questões metafísicas, que isso supõe, em uma escrita lógica, pretendida por ele como uma estética perfeita" (s.p.).

Nominé (2013, s.p.) comenta:

 

 

É muito emocionante reencontrar nesses tratados o rastro (marca) de uma busca de escritura lógica para circunscrever o furo do simbólico. O que, depois de séculos, somente se pode fazer pelo uso do três o qual Lacan nos diz que é o real4. Os nomes do pai são três, é um real, é o real do nó.

É verdade que Lacan afirma que o amor cristão foi o primeiro a enodar os registros borromeanamente, ao inventar a trindade. Mas precisamos tomar todo o cuidado para não confundirmos a topologia dos nós com uma "estética perfeita", o que reeditaria o more geométrico ou a estética transcendental que Lacan faz questão de evitar. Se os três registros enodados borromeanamente são o Real, isso só vale na condição de que eles não formam Um, muito menos Um todo.

Voltando à minha experiência com a instalação de Galan, Seção Diagonal, eu diria que essa obra mostra, sem Lacan, o que ele ensina a respeito dessa "sua noção de espaço", já que o espelho não está dado a priori, mas é o próprio espelho – e não apenas a imagem – uma montagem en corps, não sem o Simbólico e o Real, portanto; e evidentemente, embora as três dimensões estejam simultaneamente presentes, elas ao mesmo tempo se furam mutuamente.

Lacan, entretanto, retoma a interlocução com Kant e mesmo com seus antecessores – Leibniz e Newton. Tratava-se exatamente de um debate a respeito da concepção do espaço e sua dependência a Deus. Seriam o espaço e o tempo pressupostos autônomos e infinitos ou um conjunto dos objetos matérias do mundo? Lacan comenta a famosa controvérsia epistolar entre Leibniz e Newton a respeito da descoberta do algoritmo infinitesimal. No texto Derivadas como no tempo de Newton e Leibniz, Luana Lopes dos Santos Alves afirma que o modo como ambos procediam o cálculo diferencial e integral não utilizava funções como se faz atualmente. As dificuldades residiam na "consistência lógica dos conceitos". "No cálculo moderno – ela comenta – essas dificuldades quanto aos fundamentos são esclarecidos pelo uso do conceito bem definido de limite."

Quanto a isso, Lacan (1973-74) é bastante explícito: "o nó borromeano não tem nenhuma espécie de ser. Ele não tem definitivamente a consistência do espaço geométrico o qual, sabe-se não tem limites" (s.p.). Ora, sabemos que a Topologia pode ser definida, como o faz Jean-Michel Vappereau, exatamente como a "parte da matemática que estuda a noção de continuidade e limite". Daí as definições de espaços compactos, conexos, abertos e fechados com as quais Lacan trabalha na primeira aula do Seminário Encore – através do teorema de Borel Lesbesgues – e que retoma nas primeiras aulas do Seminário Les nos-dupes errent.

A Topologia, lembremos, faz parte das geometrias não euclidianas, que são justamente aquelas que contradizem a concepção da geometria como correspondendo exatamente ao espaço físico. Os objetos topológicos, assim não precisam existir no mundo real, mas apenas na imaginação. Dois conceitos topológicos bastante trabalhados por Lacan na homologia por ele realizada entre a topologia dos nós e o espaço do parlêtre são os de invariante, equivalência e homeomorfismo. São essas as propriedades, que permanecem inalteradas, apesar das torções e transformações contínuas e reversíveis, que permitem a Lacan trabalhar a diferença entre forma e estrutura.

Na experiência topológica de Seção Diagonal, o que o artista põe em cena é o "espaço lacaniano" não kantiano e suas propriedades. Segundo a curadoria da instalação:

Em Seção diagonal (2008), este jogo (de ilusões) extrapola a representação e o objeto e, em última instância, faz o espectador re-examinar sua própria presença no espaço. Depois de experimentar a obra por uma vez, resta a frágil lembrança daquele momento inicial, cuja repetição é, pelo menos imediatamente, impossível.

É Milner (1986/2006) quem me ajuda a formalizar essa experiência borromeana, com seu texto Os nomes indistintos. Ele ensina que "o real do borromeanismo" se institui pelo imperfeito "isso se aguenta". "O borromeanismo – ele diz – só existe por esse instante do desenodamento no qual, por um único corte, os anéis são dispersos" (p. 12). E acrescenta:

Pois é preciso garantir a um só tempo que nada de S nem de I dá acesso a R e que – é essa a essência do nó – o ser falante é incessantemente solicitado a imaginar R. É nesse ponto preciso que se atesta a hiância onde um sujeito passível dos espelhos se descobre abandonado por todas as analogias do céu e da terra. Então, nada subsiste a não ser os traços da dispersão pura... (p. 12).

O instante de desenodamento pode, segundo Milner, ser seguido no instante seguinte por algum sentimento: "terror, piedade, fascinação, ou, por que não, delícia". A esse instante Milner nomeia "escansão nua": "num instante fora do tempo, nem espaço fora do espaço, acontece como que uma escansão nua cuja atestação reside apenas nos efeitos de dispersão que ela acarreta" (p. 13). Ela, entretanto, não pode ser olhada fixamente.

Não é isso o que faz uma análise? Transformar o horror da dispersão em instante fugaz de delícia (Outro gozo?) com a queda da imagem? A análise como discurso, isto é, como laço – conclui Milner – "passou e refez o nó daquilo que, numa escansão, ela mesma havia liberado. Nada aconteceu senão que, nesse nada que separa um antes e um depois, ao sujeito acontece um real" (p. 14).

 

Referências

ALBERTI, S. Opsis, corpo e intuição. In: Heteridade Revista de Psicanálise, n.8, O Mistério do Corpo Falante I, IF-EPFCL, 2010.         [ Links ]

FERRY, L. (2006). Kant. Uma leitura das três 'Críticas'. Rio de Janeiro: Difel, 2010.         [ Links ]

KIBUUCA, G. F. Opsis na poesia dramática segundo a Poética de Aristóteles. In: Anais de Filosofia Clássica, vol. 2 n.3, 2008.         [ Links ]

LACAN, J. (1949). O estádio do espelho como formador da função do eu. In: LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998, pp. 96-103.         [ Links ]

LACAN, J. (1960). Observações sobre o relatório de Daniel Lagache: Psicanálise e estrutura da personalidade. In: LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998, pp. 653-691.         [ Links ]

LACAN, J. (1962-63). O Seminário, livro 10: a angústia. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.         [ Links ]

LACAN, J. (1973-74). O Seminário, livro 21: les non-dupes errent. Versão não publicada oficialmente.         [ Links ]

MILNER, J. C. (1983). Os nomes indistintos. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2006.         [ Links ]

NOMINÉ, B. Richard de Saint Victor e o nó borromeano. 2013. Disponível em: <http://www.valas.fr/>. Acesso em 7, set. 2014.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
E-mail: analauraprates@terra.com.br

Recebido: 14/02/2014
Aprovado: 18/07/2014

 

 

* Psicóloga, Psicanalista. Especialista, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica pelo IPUSP. Pós-doutora em Psicanálise pela UERJ. Pesquisadora convidada do LABEURB/UNICAMP. AME da EPFCL, Membro do FCL-SP/EPFCL-Brasil. Coordenadora da Rede de Pesquisa de Psicanálise e Infância da EPFCL-Brasil. Autora de Feminilidade e experiência psicanalítica (2001) e Da fantasia de infância ao infantil na fantasia (2013).

Creative Commons License