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Stylus (Rio de Janeiro)

versão impressa ISSN 1676-157X

Stylus (Rio J.)  no.32 Rio de Janeiro jun. 2016

 

ESPAÇO ESCOLA

 

A transmissão como sustentação do passe: para além da nomeação

 

Transmission as sustenance of the pass: beyond the nomination

 

 

Daniele Guilhermino Salfatis*

Fórum do Campo Lacaniano – São Paulo

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O texto coloca em pauta a importância de, a partir da lógica do desejo, que passantes e passadores os quais as experiências de passe não tenham culminado em nomeação, sigam nos trilhos da transmissão. A não nomeação de AE não deve encerrar a circulação e o questionamento tanto daquilo que foi experenciado, bem como do mecanismo do dispositivo em si. A transmissão não estar atrelada à nomeação, ou submetida a ela, permite que se faça escola, que se faça laço entre a experiência e a comunidade. Guiados pela ética e pela política do desejo, em que o analista se autoriza de si mesmo, passantes e passadores podem autorizar-se de si mesmos a escrever, dizer, o indizível da experiência que vivenciaram.

Palavras-chave: Transmissão, Nomeação, Passe, Escola.


ABSTRACT

Departing from the logic of the desire, the text discusses the importance "passants" and passers whose experiences have not culminated in nomination, are to follow on the transmission tracks. The AE non-nomination should not close the circulation and the questioning of both the experience and the mechanism of the device itself. Keeping the transmission free from the nomination or submitted to itself, allows school to be carried out, and also a bond between experience and community. Guided by the ethics and politics of the desire in which the analyst gets his own authorization, "passants" and passers may authorize themselves to write and speak the unspeakable about the lived experience.

Keywords: Transmission, Nomination, Pass, School.


 

 

Acredito que qualquer pessoa que se aproxime da teoria lacaniana, logo escuta algo acerca do dispositivo do passe inventado por Lacan – marca de sua Escola, diferença de outros campos de formação. Mas, afinal, do que se trata? Quem já passou pelo passe? Quem já viveu essa experiência? O que se pode colher dela? O que se pode dizer dela?

De acordo com o arranjo estrutural de funcionamento de uma Escola lacaniana que tenha tomado o passe como um de seus dispositivos, aqueles nomeados Analistas de Escola (AE) serão, em tese, aqueles que concederão testemunhos de suas análises para a comunidade psicanalítica.

A nomeação de AE é concedida pelo cartel do passe. Tal cartel se responsabiliza por dizer se o que foi escutado por seus membros coloca em evidência o desejo de analista. Na Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano, o passante que se torna AE trabalhará para a escola por três anos para dizer de sua análise, do passe, seguir testemunhando, exercitando a transmissão do impossível da psicanálise.

O que acontece quando não há nomeação? A experiência se perde? O trabalho de passantes e passadores é "engavetado"?

Durante o Encontro Internacional da IF-EPFCL em Paris, 2014, um membro da mesa falava que o final de análise traria esperança e que a entrada para o dispositivo do passe seria uma espécie de manutenção da esperança e do entusiasmo despontados ao final de análise, e então alguém da plateia pergunta: quando a nomeação de AE não acontece acabou a esperança?

Trago estas interrogações para este texto. Mesmo sem a nomeação de AE, acredito ser importante dizer do dispositivo e da experiência vivida. Acredito que a transmissão não deve estar atrelada à nomeação, ou submetida a ela. Continuamos, em uma escola lacaniana, guiados pela ética e pela política do desejo, em que o analista se autoriza de si mesmo. Seguindo esta lógica, desenho este texto.

 

O dispositivo do passe

Na "Proposição de 9 de outubro de 1967", Lacan formalizou, ou, de acordo com Roudinesco e Plon (1998, p. 576), "conferiu um caráter institucional a essa noção de passagem". Por meio do passe, Lacan procurou assegurar a passagem da psicanálise em intensão para a psicanálise em extensão, bem como trazer para a escola experiências das passagens de analisante para analista e a evidência do desejo de analista.

A elaboração deste dispositivo rompia com a ideia de hierarquia piramidal, tão em voga na IPA daqueles tempos. Não seria preciso ter passado por uma análise didática ou ser um membro com determinadas especificações curriculares para que o mesmo fosse nomeado AE.

No atual funcionamento do Campo Lacaniano, por exemplo, a rigor, qualquer analisante poderia se submeter ao dispositivo. Para tanto, após o trabalho do secretariado do passe, o passante deveria dar um testemunho de sua passagem de analisante para analista a dois passadores. Tais passadores seriam, de acordo com Lacan (1967/1998, p. 260) "… um outro que, como ele, o é ainda, esse passe, ou seja em quem está presente nesse momento o des-ser…".

Portanto, o passador é aquele que se encontra na mesma horizontalidade que o passante, não é alguém que está colocado hierarquicamente acima, ou que tenha algum atributo curricular que lhe confira tal função dentro de uma escola, mas aquele que está às voltas com sua própria passagem, que vive intensamente o seu processo de finalização. Mais à frente falarei sobre a posição do passador e da importância de tal horizontalidade.

Terminado o testemunho do passante, os passadores transmitem ao cartel do passe aquilo que foi escutado no decorrer dos encontros entre as partes.

Caberá então a este cartel nomear, ou não, o passante como AE. O cartel do passe é composto pelos membros eleitos para o Colégio Internacional de Garantia (CIG) e é multinacional, plurilinguístico e de duração transitória. O cartel escuta o testemunho e discute se foi possível por meio dos testemunhos dos passadores escutar o desejo do analista, algo da diferença absoluta.

O nomeado sela um compromisso de trabalhar pela Escola por um período de três anos, de dar provas da passagem de analisante para analista, de falar sobre o desejo de analista e seguir o exercício da transmissão.

Ocorre que, a meu ver, a experiência de passar por tal dispositivo não deve se encerrar na não nomeação para aqueles passantes que não o foram. Há que se dizer da transmissão ocorrida durante o processo. Por que não fazer escola com isso? A experiência ímpar de ser passante e/ou passador, independentemente daquilo que é franqueado pela Escola ou daquilo que é colocado em pauta por ela, merece continuar no curso da extensão. Mesmo porque, não se trata de um dispositivo de avaliação, em que apenas aqueles que foram aprovados recebem um título que os autorizam a tomar um lugar. Devemos ter em mente que o passe tem seu lugar no interior de uma escola de psicanálise estabelecida a partir das diretrizes dos ensinamentos de Lacan e norteados pela ética do desejo.

 

Nomeação de AE

O que é a nomeação? A nomeação de AE, especificamente? Não é meu intuito questionar tal nomeação, sua autenticidade, suas razões. Trago a questão apenas para deixar claro que sua negativa não deve fazer calar aquele que, passado seu momento de final de análise, faz vistas ao seu processo, via dispositivo do passe, no interior de uma escola. Ou ainda, dar por encerrada a tarefa do passador, que percorreu o discurso alheio de forma tão inusitada, tal como é arquitetada pelo dispositivo. Nem mesmo creio que a Escola pretenda que o silêncio se faça condição e a experiência de cada um não deva circular entre seus pares.

Primeiramente, é de suma importância lembrar que toda nomeação dentro da Escola de Psicanálise foi proposta em 1967 sob a ideia de gradus e não de hierarquia. Isto significa que a nomeação está baseada no fazer da Escola o campo das provas, que coloca em campo o arsenal de experiências daqueles que fazem escola, que nada têm a ver com a política de reconhecimento de uma estrutura piramidal em que o detentor do saber destaca aquele o qual julga também ser possuidor de determinado conteúdo.

O gradus nomeia aqueles que fazem escola, como os AMEs, que, reconhecidamente, deram provas de seu trabalho à comunidade. Isso é diferente de ser intitulado mestre por critérios determinados por uma sociedade, ou por um membro da mesma.

No Campo Lacaniano, portanto, serão os psicanalistas membros de fórum, membros de escola, AMEs, AEs, que, por meio de suas experiências, fazem Escola, procuram bordar, no sentido de fazer bordas, de preencher com linhas coloridas alguns pontos do molde sempre furado.

No Seminário 18, Lacan (1971/2009, p. 160) dirá que, "como dizia o outro, nome é aquilo que chama. Sem dúvida, mas chama a quê? Ele é aquilo que chama a falar".

Para Porge (2014, pp. 94-95), em Fundamentos da clínica psicanalítica, a nomeação no passe teria duas vertentes:

A primeira é a da metáfora paterna, na qual o nome do pai está acoplado ao sentido, fálico, que ele engendra. Esse plano é o avesso da psicose e da foraclusão.

A segunda vertente, portada, ela, pelo discurso histérico, que Lacan lembra em outra parte que é o discurso do analisando, é a de uma consistência própria da nomeação, mais além da intensão e da extensão, como chamado [appel] a falar […] a nomeação no passe é um ato que decide um antes e um depois para aqueles que, de perto ou de longe, participaram nele, e que de fato são arrastados por um turbilhão, um ato no qual o sentido é esburacado e o saber não é totalizante, um ato no qual a significação procede do enodamento que revela entre o real, o simbólico e o imaginário […] seus efeitos não são previsíveis e podem produzir-se em cada um daqueles comprometidos no passe. Em tal sentido, a clínica do passe é uma clínica de nomeação.

Tendo em mente que são os psicanalistas engajados em uma Escola que fazem a Escola, que são a Escola, que dão provas de sua experiência como analisantes, analistas em constante (de)formação, se debatendo com os saberes que abrem outros e outros caminhos, nos angustiando e nos entusiasmando a cada vírgula, como não falar da experiência do passe para além da nomeação?

Parece-me que o convite da nomeação, do chamado à fala, ao dizer, nasce já no desejo de ser passante, no desejo de abrir a possibilidade de circulação, de transmissão de sua experiência analítica, dizer de sua passagem e de sua autorização enquanto psicanalista.

A experiência do passe abre, sim, um antes e um depois, marca, faz diferença. Tal experiência, se for do desejo do analista que experienciou o passe, não deve ser encerrada pelo veredito do cartel. Deve circular, seguir o exercício de transmissão, de escrita do impossível que se impõe no desejo do analista, o desejo da diferença absoluta.

 

Passador

Na experiência do Campo Lacaniano, o passador é designado por um AME. O AME será o analista que escuta que algum, ou alguns de seus analisantes encontram-se em passagem, prestes a chegar ao final e passar a analista. O nome deste analisante (de novo o nome) segue para uma lista e, no caso de existir um passante, há um sorteio dentre estes nomes indicados por AMEs. Detalhe, o fato de entrar na lista de passadores nem sempre é dito para os analisantes indicados pelos AMEs.

Assim aconteceu comigo: recebi um telefonema e sou informada de que meu nome havia sido sorteado como passadora. Esse é o primeiro momento de angústia, de abertura para a falta, para o não saber. Eu me perguntava como havia "caído" nesta lista. Seria um engano? Qual era a minha função? Como fazer isso? Precisaria me preparar? Haveria algo a saber para desempenhar tal função?

Depois de passado o primeiro impacto e ter minimamente me informado de qual seria o trabalho, tive absoluta certeza de que a única certeza era de que nada saberia a respeito do passante. Suposto saber era carta fora do baralho.

De alguma forma, o real parece pulsar mais intensamente neste encontro entre passante e passador, já que a fantasia foi atravessada pelo primeiro e está em vias de com o segundo, ambos sabem que estão despidos (ou quase) de suas vestimentas imaginárias. Trata-se de uma experiência de intimidade radical. Nas palavras de Bruno (2007, p. 22), citado por Porge (2014) "O sentido passa, é êxtimo; o real volta, é íntimo".

Em nosso primeiro encontro, uma apresentação breve, a leitura de uma carta, a escolha do analista, o início. Combinamos então que nos encontraríamos novamente em uma semana. Durante este intervalo me deparo com uma sensação que nunca havia experimentado, parecia que algo rodava à minha volta, tinha a sensação de estar em um local escuro, apenas com alguns flashes de luz. Em nosso segundo encontro, o passante conta que um de seus sintomas era a sensação de vertigem. No momento em que ele nomeou o que eu sentia, passou.

Algo do real não precisou ser dito para que pudesse ser transmitido. Talvez, simbolicamente metabolizado, em um segundo momento, até mesmo porque o intuito do passe é minimamente dizer o indizível, mas a transmissão daquilo que não se diz estava ali, crua, dando alguma notícia, tomando o corpo que permitia a passagem da experiência. Algo do real que brota para além do arranjo simbólico fazendo furo na narrativa do passante.

 

Passante

Passadora, final de análise… urgência. Tomada pelo tal entusiasmo, tanto pela experiência como passadora como pelo final de minha análise, algo pulsava em direção ao passe. Precisava transmitir o que havia passado, fazer Escola, dizer da experiência e buscar mais uma experiência, a de passante.

Toda transmissibilidade inclui sua intransmissibilidade, um fato clínico só se realiza quando é transmitido, assim como no chiste, é no Outro onde se realiza (PORGE, 2014).1 Sigamos com Porge (Ibid., p. 78):

Os recortes, eles não estão fora do tempo. As escansões, temporalizadas logicamente, são os significantes que representam o sujeito para outras escansões. O après-coup da transmissão opera sobre a clínica, ela terá efeitos de retorno. Há uma clínica da transmissão.

Ainda com Porge (Ibid., pp. 81-82).

O próprio das relações da clínica e de sua transmissão é que elas provêm do mesmo recorte, um corte na falação. Se a clínica e sua transmissão resultam do mesmo corte é porque se trata de um corte que se recorta, um corte de duas voltas, isto é, o que Lacan chamou de oito interior correspondendo ao traçado de uma fita de Moebius.

Se transmitir a clínica é igualmente transmitir seus fundamentos, trata-se então de transmitir um método, o caminho para alcançar os resultados. Tal caminho, já dissemos, é rastro de um corte, em dupla torção, na falação; tal caminho é recorte clínico [section clinique]. É necessário um re-torno, duas voltas, já que o caminho bordeja um buraco, o da parte da intransmissibilidade em psicanálise, sobre a qual testemunha o passe (Lacan 1978[1979, p. 219]).2

Falar de transmissão… passadora… sentir no corpo… corpo que dá passagem, que faz passagem. Algo do Real que brota para além do arranjo simbólico, agora posto na narrativa do passante.

Como passante, ao tentar traçar um método, um caminho para a minha narrativa, inicio com a cena de um filme, assistido após o final de minha análise. Aqui já posso falar de um après-coup, uma nova escansão, outro significante. Ao escrever o nome do filme, que fala de escravidão, cometo um ato falho e, em vez de escrever "Doze anos de escravidão", aglutino o livro "Cem anos de solidão", e escrevo "cem anos de escravidão". Prontamente aquilo ressoa, se faz ouvir, retorno do recalcado, real que não deixa de marcar presença e se reeditar em infinitas séries de significantes que se reinventam, mas de forma, digamos, um pouco mais elástica, não engessada pela fantasia e pela angústia. E desse ato falho se pode falar, fazer transmitir neste enodamento tão íntimo entre intensão e extensão… a luva e seu avesso.

Em um texto de Prates Pacheco (2014, p. 16), "Do impasse da fantasia ao passe: a letra entre o saber e o gozo", em que a autora cita uma cena do livro de Clarice Lispector (1964) e nesta cena algo que se dá entre o olhar e a escrita, destaco o seguinte trecho:

Após comer a gosma branca, ela passa do registro do olhar, para o do dizer, a partir do intervalo de silêncio que era a matéria da barata, a verdade anterior a nossas palavras. Enlaça, então, o outro de modo inédito através da escrita de seu testemunho que se passa no limite, mas não sem desejo: Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isso, é exatamente isso […] (p. 173). E afirma: Tenho avidez pelo mundo, tenho desejos fortes e definidos, hoje de noite irei dançar e comer, usarei o vestido azul. (p. 173). Desejo inédito advindo dessa experiência.

Talvez pudesse dizer que esse é o desejo de analista, inédito, desejo advindo da experiência da análise, do final de análise, da passagem de analisante para analista, e, por que não?, da experiência da imersão no dispositivo em si. A escrita do testemunho, que movimenta, que afeta, mas que é resto… um bordado sob um pano tecido com tantas tramas, por tanto tempo, por tantos… mas resto que dá nome e abre radicalmente para a diferença.

O testemunho é uma escrita, "um" poder dizer, que reverbera, que ecoa, via transmissão e extensão. Sem encerrar-se em si mesmo, não é um ponto-final, uma definição, mas a possibilidade de advir diferença.

Tanto na experiência como passadora, como de passante, algo transpassa. Algo do incontornável, do intangível, do furo, acena de forma extremamente impactante. A sensação de estar fazendo um rally na banda de Mœbius, estar imersa em uma garrafa de Klein, dando loops no toro. Isto talvez diga sobre o desejo do analista, desejo de se aventurar no real, naquilo de real que cada experiência de análise, cada analisante, cada sessão pode disparar, despida, até certo ponto, de armaduras imaginárias e discursos prontos. É poder fazer uma aposta no sem sentido, no mal-entendido, no impossível da comunicação.

O passe tem como horizonte a transmissão, e não a nomeação. Quem passa pelo passe terminou sua análise e não deveria ter a nomeação como objetivo ou algo de ideal. O que resta é o entusiasmo que acompanha, que impulsiona a transmissão. Sempre tentando circundar, sondar, tocar o furo, intransmissível e impossível. Enfim, o compromisso do passe é com a transmissão e não com a nomeação. Sigamos, então… fazendo Escola.

 

Referências

BRUNO, P. "Sans la passe…". In: Essaim. Toulouse, n. 18, 2007, pp.11-24.         [ Links ]

LACAN, J. (1968). "Proposição de 9 de outubro de 1967". In: Outros escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.         [ Links ]

LACAN, J. (1970-71). O seminário, livro 18: De um discurso que não fosse semblante. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro : Zahar, 2009, pp. 152-166.         [ Links ]

LISPECTOR, C. (1964). A paixão segundo GH. 4. edição. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964. p. 173.         [ Links ]

PRATES PACHECO, A. L. "Do impasse da fantasia ao passe: a letra entre o saber e o gozo". In: Livro Zero. São Paulo, n.5, 2014, pp. 9-16.         [ Links ]

PORGE, E. Fundamentos da clínica psicanalítica. Tradução de J. Guillhermo Milán-Ramos. Campinas: Mercado de Letras, 2014.         [ Links ]

RODINESCO, E., PLON, M. Dicionário de Psicanálise. Tradução de Vera Ribeiro, Lucy Magalhães. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 1998.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Rua Três Irmãos, 310 – cj. 207 – Morumbi
São Paulo – SP – CEP: 05615-190
E-mail: dgsalfatis@yahoo.com.br

Recebido: 05/02/2016
Aprovado: 24/05/2016

 

 

* Psicanalista, membro do Fórum do Campo Lacaniano – SP. Mestre pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
1 Esta frase de Porge refere-se à vinheta clínica e não ao passe, mas acredito que é bastante oportuna para o que está sendo tratado no texto.
2 Recortes feitos por mim.

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