SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.5 issue1Investigate Therapeutic Effectiveness of Theorized Interpretation in the Short-term Psychoterapy author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Psic: revista da Vetor Editora

Print version ISSN 1676-7314

Psic vol.5 no.1 São Paulo June 2004

 

EDITORIAL

 

A Vetor Editora entrega aos seus leitores mais um número da revista PSIC, agora atualizando a publicação com o ano em curso. Certamente a maioria dos leitores não imagina o trabalho que é publicar uma revista. O processo que vai desde o recebimento dos artigos até sua publicação final é um longo caminho com inúmeros obstáculos a vencer, o que faz com que o Editor, apesar de sentir-se realizado quando consegue publicar o último número, já comece a vivenciar a ansiedade para a publicação do próximo.

Neste número vários temas são abordados sempre com o objetivo de fazer com que o leitor tenha uma ampla visão a respeito do que ocorre com a psicologia, a psiquiatria, a pedagogia e os vários temas a elas relacionados.

Angela Cristina Gebara, José Tolentino Rosa, Ryad Simon e Kayoko Ymamoto investigam a eficácia da Interpretação Teorizada da Psicoterapia Breve Operacionalizada, mostrando a evolução ocorrida em dez pacientes, observada por uma análise comparativa das interpretações com as soluções encontradas por estes, concluindo que a terapêutica da Interpretação Teorizada é eficaz nos casos classificados segundo a EDAO-R, como grupos 3 e 4 nos Moderados e Severos e nas situações emergenciais.

Três trabalhos específicos com testes psicológicos são publicados neste número enriquecendo dessa forma o uso de instrumentos adequados por psicólogos.

Deuslira de Araújo Candiani aborda com eficiência o Teste de Zulliger, realizando uma pesquisa com 50 alunos que iniciavam o curso de Psicologia numa Faculdade Particular de Belo Horizonte, concluindo que o Zulliger é um instrumento fidedigno para ser utilizado para estudar a possível adaptação dos alunos ao curso que escolheram.

Ainda um novo trabalho com teste, desta vez escrito por duas autoras venezuelanas, Patrizia Damiani e Jenny dos Santos, pesquisando respostas características no teste de Fábulas de Düss e seu poder para discriminar entre crianças com ou sem problemas emocionais. Esse artigo publicado em espanhol tem como interesse especial o fato de essas pesquisadoras terem empregado a forma de avaliação de Tardivo, bem como as normas brasileiras obtidas pela mesma autora brasileira (em livro publicado por nossa Editora).

Jussara Van de Velde da Silva, José Tolentino Rosa, Isabel Cristina Paegle, Marlene A.S. Braunholz e Mayrose Fernandes Bolgar trazem um trabalho muito atualizado sobre uma das doenças mais comuns nos nossos dias, o Pânico, sod o título Contribuições do Teste de Relações Objetais de Phillipson para o diagnóstico do funcionamento mental de pacientes com transtorno de pânico. Nesse estudo em que as 13 lâminas foram aplicadas, constatou-se que os problemas encontrados nas serie A, B e C devem ser considerados na indicação de psicoterapia e evolução clínica.

Não poderíamos esquecer de publicar trabalhos sobre crianças. Assim Fernanda de Carvalho Santos e Regina Durães Amaral falam sobre a criança hiperativa ao tentar definir quem ela é fazendo uma abordagem geral sobre a hiperatividade e suas conseqüências e indicando os locais, na Bahia, que prestam atendimento às crianças portadoras desse distúrbio.

Leia Priszkulnik tece considerações sobre a criança sob a ótica da Psicanálise, partindo de um breve trajeto pela história ocidental, indicando como as idéias e o conceito de criança e infância têm se modificado de acordo com as visões de mundo peculiares a um determinado tempo e lugar.

Leila Cury Tardivo apresenta neste artigo o serviço APOIAR, inserido no Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clínica Social da Universidade de São Paulo, que se encontra sob sua coordenação. Vale a pena conhecer a forma como psicólogos, docentes, pesquisadores, estudantes de graduação e de pós-graduação estão trabalhando integrando pesquisa e intervenção.

José Glauco Bardella