SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.8 issue1Reading and study conditions in freshmen university studentsViolence: the understanding of the concept by teenagers submitted to juditial social-educative measures author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Psic: revista da Vetor Editora

Print version ISSN 1676-7314

Psic vol.8 no.1 São Paulo June 2007

 

ARTIGOS

 

Avaliação da escrita no contexto escolar entre 1996 e 2005

 

Evaluation of writing in the school context between 1996 and 2005

 

Evaluación de la escrita en el contexto escolar entre 1996 y 2005

 

 

Adriana Cristina Boulhoça Suehiro *; Neide de Brito Cunha **; Acácia Aparecida Angeli dos Santos ***

Universidade São Francisco

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo focalizou a produção científica sobre a escrita. Buscou-se identificar a maneira como os pesquisadores da área têm avaliado este importante construto psicológico no contexto escolar, entre 1996 e 2005, em periódicos científicos de psicologia classificados como A Nacional. Os principais resultados apontaram que as publicações sobre escrita se concentram nos anos de 2003 a 2005; as produções na área são realizadas predominantemente por instituições localizadas na região sudeste do país e a maioria dos artigos é do tipo relato de pesquisa, com delineamento correlacional, tratamento quantitativo e estatística inferencial. As crianças foram os participantes mais avaliados, sendo o ditado o instrumento mais utilizado. Somente 28,1% dos instrumentos utilizados apresentam evidências de validade. Diante desses resultados, espera-se que mais pesquisas sejam realizadas para revelar o estado da arte desse construto que se faz tão importante numa época em que os resultados da avaliação da aprendizagem são tão desanimadores.

Palavras-chave: Escrita, Avaliação psicológica, Produção científica.


ABSTRACT

This study focused the scientific production on the writing. It searched to identify the way the researchers of the area have been evaluating this important psychological construct in the school context, between 1996 and 2005, in scientific newspapers of psychology classified as A National. The main results appeared that the publications on writing are concentrate in the years from 2003 to 2005; located institutions in the southeast of the country accomplish the productions in the area predominantly and most the most part of the articles are research report, with co relational delineation, quantitative treatment and inferential statistics. The children were the most appraised participants, being dictation the instrument more used. Only 28,1% of the used instruments present validity evidences. Before those results, it is expected that more researches be accomplished to reveal the state of the art of this construct that is so important in a time when results of the evaluation of the learning are so unhopeful.

Keywords: Writing, Psychological assessment, Scientific production.


RESUMEN

Este estudio se concentró en la producción científica sobre la escrita. Se buscó identificar la manera como los investigadores del área han evaluado este constructo psicológico tan importante en el contexto escolar, entre 1996 y 2005, en revistas científicas de psicología clasificados como A Nacional. Los principales resultados apuntaron que las publicaciones sobre escrita se concentran entre los años de 2003 a 2005; las producciones en el área son realizadas predominantemente por instituciones localizadas en la región sudeste del país, y la mayoría de los artículos es del tipo relato de investigación con delineamiento correlacional, tratamiento cuantitativo y estadística inferencial. Los niños fueron los participantes más evaluados, siendo más utilizado como instrumento el dictado. Sólo 28,1% de los instrumentos utilizados presentan evidencias de validez. Frente a esos resultados se espera que más investigaciones sean realizadas para mostrar el estado de ese constructo, que es tan importante en una época en que los resultados de la evaluación del aprendizaje son tan desanimadores.

Palabras clave: Escrita, Evaluación psicológica, Producción científica.


 

 

Introdução

A escrita é uma das maiores invenções da humanidade, visto que tornou possível o registro da história humana (Ellis, 1995; Goodman, 1995; Maluf, 2003, entre outros). Ela é definida por Cagliari (1987) como a expressão da linguagem oral através de sinais criados pelo homem, tornando possível a transmissão de informações entre as pessoas.

Os estudos sobre escrita são caracterizados por duas áreas principais de interesse, a saber, a que trata a escrita como o processo de traçar símbolos sobre o papel e a que a compreende como um processo de produção de textos (Pontecorvo & Orsolini, 1996). A primeira focaliza os diferentes sistemas de escrita, sua natureza, os aspectos notacionais, o desenvolvimento na aquisição de um dado sistema (o alfabético, por exemplo), tratando, ainda, das relações entre a linguagem oral e a escrita. A segunda área se relaciona à escrita de unidades lingüísticas maiores do que palavras e frases, focalizando o discurso, o texto e seus gêneros.

Há ainda, pesquisas que focalizam a composição ou a produção de textos e têm o discurso, o texto e seus gêneros como foco de análise. As investigações a cerca da avaliação da produção de textos, independentemente do modelo adotado, têm se centrado, basicamente, sobre a produção de textos ou histórias que variam da produção livre, induzida por figuras ou por reprodução de uma história ouvida, até o estudo da coerência na produção e a compreensão de histórias lidas (Brandão & Spinillo, 2001; Carneiro, Martinelli & Sisto, 2003; Graham, 1990; Trivedi & Mohite, 1984; entre outros).

Há poucas pesquisas sobre o construto nas etapas de escolarização intermediárias, especialmente no ensino médio. O tema reaparece focalizando o ingresso no ensino superior, que exige uma prova de redação, etapa na qual também são apontados vários dos problemas existentes na produção de textos. De acordo com pesquisas, como as de Carone (1976) e Rocco (1981), foram identificados aspectos relacionados ao vazio das idéias, atribuído à falta de informações e à dificuldade de articulação verbal adequada, bem como à limitação e inadequação de vocabulário utilizado.

Em decorrência das dificuldades nessas etapas anteriores, igualmente, nas produções de texto de universitários, há problemas. Pesquisas demonstraram que há relação entre as deficiências de compreensão e a falta de hábito de leitura e o baixo desempenho acadêmico desses alunos, já que as atividades de leitura e produção de textos são constantes nessa etapa de escolarização (Arouca, 1997; Cunha & Santos, 2005; Oliveira, 2003; Pellegrini, 1996; Sampaio & Santos, 2002; Santos, 1990).

Como visto, em todas as etapas da escolarização há avaliação da aprendizagem. Todavia, somente a partir da década de 30 é que os estudos na área de avaliação passaram a incluir procedimentos mais abrangentes e a ampliar a idéia de mensuração por meio de testes padronizados. As concepções de avaliação vigentes apresentavam um cunho eminentemente positivista e tecnicista bastante difundido entre a mentalidade educacional, para a qual avaliar tem sido, no cotidiano das práticas pedagógicas, sinônimo de medir, atribuir notas e classificar (Abramowicz, 1998; Esteban, 2000; Oliveira, 2003; Souza, 1998).

Avanços significativos, tanto no conhecimento da aquisição da linguagem, como no das dificuldades de aprendizagem vêm ocorrendo no campo da psicologia cognitiva. Porém constata-se que os Parâmetros Curriculares Nacionais não levam em conta, ignoram, ou minimizam a literatura científica. As implicações dessa atitude se refletem nos indicadores do Sistema de Avaliação do Ensino Básico (SAEB), programa de avaliação implementado pelo governo brasileiro. Ainda que seja pautado numa dimensão humana com uma longa tradição de pesquisa na Psicologia, a das habilidades cognitivas, seus métodos de mensuração têm sido muito criticados porque se centram sobre a 'correção do fluxo escolar', ou seja, para a diminuição dos índices de evasão e repetência, assim como as diversas práticas de 'aceleração' (Carvalho, 2001; Oliveira, 2005). Já o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF), criado por duas organizações não-governamentais, mede as habilidades da população por meio de testes que gerem informações que ajudem a dimensionar e compreender o fenômeno, fomentem o debate público sobre ele e orientem a formulação de políticas educacionais e propostas pedagógicas (Ribeiro, 2006).

Há muitos anos os autores têm apontado a precariedade dos instrumentos psicológicos utilizados no Brasil (Noronha, 2002; Noronha, Freitas, Baldo, Barbini & Almeida, 2004; Noronha, Freitas & Ottati, 2001; Noronha, Oliveira & Beraldo, 2003; Sisto, Codenotti, Costa & Nascimento, 1979; Vendramini & Noronha, 2002). Essas constatações associadas à maior consciência social dos profissionais da psicologia mobilizaram alguns segmentos da comunidade científica e profissional, levando à criação do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) bem como a de um programa de Pós-Graduação Stricto Sensu com área de concentração em Avaliação Psicológica, recomendado pela CAPES em 2001, na Universidade São Francisco. Também o Conselho Federal de Psicologia (CFP), refletindo toda a mobilização em torno da questão, estabeleceu através da Resolução n.º 002/2003, a regulamentação do uso, elaboração e comercialização de testes psicológicos no Brasil.

Esse contexto exige um trabalho intenso de pesquisa, que por sua vez aumenta o número de publicações. Porém, já havia sido constatado o crescimento das publicações no país decorrente, segundo Freitas (1998), de diversos fatores entre os quais se encontram pressão institucional, crescente socialização do ensino, quantidade de pesquisadores ativos e competitividade em relação aos financiamentos. A autora ressalta que hoje os pesquisadores podem contar com recursos que são repassados dos governos estaduais e federal por agências de fomento (CNPq, FINEP, CAPES, FAPESP), além do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT).

Outros fatores associados são os cursos de pós-graduação stricto-sensu, de mestrado e doutorado, que, via de regra, exigem que seus docentes apresentem produção em forma de publicação (resumos em anais de congressos, artigos e livros ou capítulos de livros). Dentro desse contexto, avaliar a quantidade e qualidade das produções desses pesquisadores é uma tarefa essencial, pois, de acordo com Freitas (1998) e Meneghini (1998), essa avaliação, entendida como análise, assegura o desenvolvimento e o aprimoramento das áreas e das atividades de pesquisas.

Ao lado disso deve-se ressaltar que a produção científica dos docentes é o item com maior peso nas decisões sobre a avaliação dos programas de pós-graduação. Assim, na área de psicologia, a preocupação com a qualidade dos periódicos nos quais a produção científica é veiculada tem sido objeto de atenção nos últimos anos (Macedo & Menandro, 1998).

As funções das revistas científicas independem do formato adotado para sua publicação. Para Gonçalves, Ramos e Castro (2006), desde as primeiras revistas, sua função principal é o registro e a difusão do conhecimento científico existente, favorecendo a comunicação entre pesquisadores e as comunidades científicas e, conseqüentemente, contribuindo para o desenvolvimento, atualização e avanços científicos.

As avaliações de periódicos se apresentam como instrumentos para obtenção de informações úteis em termos de sociologia da ciência no Brasil que possibilitem, entre outras ações, o estabelecimento de políticas de gestão científica. A crescente demanda por informações qualitativas como substrato para decisões políticas tem gerado pressões por avaliações mais freqüentes e mais difundidas da produção científica brasileira. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) iniciou a avaliação de periódicos científicos de todas as áreas por meio da classificação Qualis em 1998, como subsídio para as avaliações dos programas de pós-graduação, que começaram em 1976. Ela compreende uma qualificação da produção científica dos docentes e discentes que subsidia a avaliação conduzida pela CAPES dos programas de pós-graduação credenciados pela instituição e é alimentada a partir dos relatórios enviados pelos referidos programas. Os periódicos são classificados quanto ao âmbito de circulação (local, nacional e internacional) e quanto ao conceito (A, B e C) (Costa, 2006; Paula, 2002).

A pesquisa de Yamamoto, Souza e Yamamoto (1999) avaliou seis periódicos brasileiros especializados em Psicologia, de circulação nacional, editados entre 1990 e 1997. Analisaram-se a política de publicação desses periódicos e os perfis dos autores e das instituições as quais eles pertencem. Foram examinados 719 artigos distribuídos pelas 80 edições dos periódicos. Os resultados apontaram que há poucos autores publicando sistematicamente e que essa produção está concentrada em poucas instituições nas regiões Sul e Sudeste. Foi também verificado que as mulheres constituíram a maioria dos autores.

Não foi encontrado, no levantamento bibliográfico deste trabalho, nenhum estudo desse porte focalizando a avaliação da escrita, instrumento essencial para a sociedade. Aliás, faz-se necessário ressaltar que, embora a escrita seja investigada em diferentes pesquisas e, inclusive, relacionada a diferentes construtos, dentre os quais os mais freqüentes são leitura, consciência fonológica, consciência sintática e dificuldade de aprendizagem, ela tem sido pouco focalizada nas fundamentações teóricas dos trabalhos realizados. Vários são os exemplos de pesquisas que investigam também a escrita, mas concentram sua fundamentação em um outro construto, o que gera uma lacuna na área e dificulta a própria definição desse construto (Cardoso-Martins & Batista, 2005; Guimarães, 2003; Jaeger, Schossler & Wainer, 1998; Mota, Moussatchè, Castro, Moura & D'Angelis, 2000; Simões, 2000; entre outros).

É importante que sejam realizadas pesquisas sistemáticas sobre a produção científica de um determinado tema ou assunto para revelar o 'estado da arte' do conhecimento de um campo de estudo, bem como levantar possíveis diretrizes para novos temas de pesquisas e de distribuição do fomento (Witter, 1996, 2005). Diante do exposto, este estudo objetivou analisar a produção científica sobre avaliação da escrita, entre 1996 e 2005, em periódicos científicos de psicologia classificados como A Nacional, verificando, especificamente, como este construto tem sido avaliado no contexto escolar. Os periódicos classificados como A Nacional na última avaliação (2004/2005), realizada pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) em parceria com a CAPES, foram escolhidos como fonte de análise, por fornecerem parâmetros de qualificação para as publicações da área.

 

Método

O estudo foi realizado em duas partes. A primeira focalizou todos os periódicos classificados como A Nacional (N=29) e a segunda apenas aqueles, nos quais foram encontrados artigos de pesquisa que focalizam o construto avaliação da escrita no contexto escolar (N=7) e, aos quais, as autoras tiveram acesso. Isso se deve ao fato de que até o momento no qual a coleta de dados foi finalizada, muitos periódicos ainda não haviam disponibilizado, especialmente, os números referentes a 2005. Nessa segunda etapa foram analisados os seguintes periódicos: Psicologia em Estudo (UEM - publicação Quadrimestral com início em 1996), Psico-USF (USF - publicação Semestral com início em 1996), Interação em Psicologia (UFPR - publicação Semestral com início em 1997), Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE - publicação Quadrimestral com início em 1996), Estudos de Psicologia - Natal (UFRGN - publicação Quadrimestral com início em 1996), Psicologia: Teoria e Pesquisa (UNB - publicação Quadrimestral com início em 1985) e Psicologia: Reflexão e Crítica (UFRGS - publicação Quadrimestral com início em 1986).

Composição da amostra

A amostra do estudo foi composta, portanto, por 32 artigos, encontrados em 7 periódicos classificados como A Nacional, que avaliavam, de alguma forma, a escrita no contexto escolar.

Material

Sites de bibliotecas eletrônicas: disponibilização do texto na íntegra.

Scientific Electronic Library Online - SciELO - biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros. O site da SciELO é parte do Projeto FAPESP/BIREME/CNPq e um dos produtos da aplicação da metodologia para preparação de publicações eletrônicas em desenvolvimento, especialmente o módulo de interface Internet. O objetivo deste site é implementar uma biblioteca eletrônica que possa proporcionar um amplo acesso a coleções de periódicos como um todo, aos fascículos de cada título de periódico, assim como aos textos completos dos artigos. O acesso aos títulos dos periódicos e aos artigos pode ser feito através de índices e de formulários de busca.

Periódicos Eletrônicos em Psicologia - PEPSIC - reúne uma coleção de revistas científicas em Psicologia e áreas afins. Fruto da parceria entre a Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi) e a Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia - ABECiP. Tem como meta ampliar o acesso à produção científica em Psicologia e áreas afins através da publicação de periódicos em formato eletrônico e sua disponibilização gratuita na Internet.

Sites dos periódicos: foram utilizados como fontes de consulta, pois neles encontravam-se disponíveis, on-line, alguns volumes e números aos quais as pesquisadoras não tiveram acesso por outros meios.

Procedimento

Os artigos foram analisados na íntegra com base nos seguintes critérios: (a) Revistas, buscou-se identificar quais periódicos publicaram em maior freqüência e ano de concentração de publicação dos artigos; (b) Autoria, identificou-se a natureza da autoria (individual ou múltipla), bem como, o gênero dos autores, sua formação e região da instituição de filiação; (c) Modalidade, verificou-se a tipologia: relato de experiência, projeto de pesquisa, relato de pesquisa ou reflexão teórica; (d) Tipo de Delineamento, verificou-se o delineamento adotado: descritivo-correlacional, quase-experimental ou experimental; (e) Relação com outros Construtos, identificou-se a relação entre a escrita e outros construtos; (f) Participantes, buscou-se identificar se a amostra era composta por crianças, adolescentes, adultos ou se essa categoria não se aplicava ao estudo desenvolvido; (g) Método de Avaliação, identificou-se os instrumentos utilizados na avaliação da escrita: testes e/ou escalas (com ou sem evidência de validade), outro tipo de material (qual) ou não se aplica; (h) Análise de dados, realizou-se a classificação do tipo de tratamento (qualitativo, quantitativo ou misto) e da estatística utilizada (descritiva e/ou inferencial - paramétrica e/ou não paramétrica) e (i) Referências, verificou-se o tipo de material utilizado para a fundamentação do artigo: artigos, dissertações, teses e trabalhos apresentados em congressos, bem como sua origem (nacional ou estrangeira).

O levantamento de todos os dados foi realizado pelas autoras da pesquisa, separada e concomitantemente, para dar confiabilidade à avaliação. O índice de concordância ficou acima dos 90%.

 

Resultados

Inicialmente, foram levantadas as freqüências de publicação de artigos que investigaram a avaliação da escrita e os anos de publicação destes artigos. Os resultados desse levantamento estão apresentados na Tabela 1.

 

 

Observou-se que os artigos que avaliaram a escrita nos últimos dez anos foram publicados predominantemente pela revista Psicologia: Reflexão e Crítica (N=14), sendo a revista Psicologia em Estudo o periódico que menos publicou artigos que avaliassem o referido construto. Ao lado disso, evidenciou-se que entre 1996 e 1999 somente sete artigos foram publicados sobre o tema, sendo que o maior número de publicações se concentra nos últimos três anos (N2003=4; N2004=8; N2005=5).

Os resultados referentes ao tipo de autoria, individual ou múltipla, evidenciaram que os artigos foram escritos, na maioria, por mais de um autor (81,3%; N=26), como pode ser confirmado pelo número total alto (N=69) de autores registrados nos 32 artigos localizados nos periódicos pesquisados. Os resultados também indicaram que há um número maior de mulheres na autoria dos trabalhos (82,61%; N=57). A Tabela 2 mostra a análise da autoria do trabalho, considerando os dados referentes à instituição de filiação dos autores, bem como ao estado de localização das mesmas.

Conforme pode ser observado, a seguir, na Tabela 2, os autores filiados à Universidade São Francisco (23,88%; N=16) foram os que mais publicaram, sendo que em oito das dezoito instituições, a saber, UNIP, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Brás Cubas, Universidade Salesiana de Americana, UEL, University of Denver, Universidade do Vale do Rio Verde e PUCSP foi observada apenas uma autoria (1,49%). Ao lado disso, os resultados indicaram que as produções na área são mais realizadas por instituições localizadas na região sudeste do país, uma vez que dos 67 autores, 49 (73,13%) são filiados a instituições localizadas nessa região. A formação dos autores pode ser visualizada na Tabela 3.

 

 

 

Observou-se que a maioria dos autores apresenta níveis de formação mais especializados, ou seja, mestrado e doutorado (13,43%; N=09 e 40,30%; N=27, respectivamente) e que poucos profissionais apresentam apenas o curso de graduação (4,48%; N=03). Os resultados referentes à modalidade dos artigos, considerando sua tipologia: relato de experiência, projeto de pesquisa, relato de pesquisa ou reflexão teórica, mostraram que trinta dos 32 artigos recuperados (93,8%) são do tipo relato de pesquisa.

A maioria dos estudos realizados apresentou um delineamento correlacional (59,4%; N=19), sendo que somente sete foram classificados como experimentais (21,9%; N=07) e, portanto, com um tratamento estatístico mais sofisticado. Os resultados evidenciaram ainda que em 25 dos 32 artigos (78,1%) a escrita aparece relacionada a outras variáveis ou construtos. Dentre os construtos verificados, a leitura aparece relacionada à escrita em 12 artigos, seguida da consciência fonológica (N=06) e da consciência sintática (N=04). No que se refere aos participantes dos estudos, verificou-se que 28 (87,5%) dos 32 artigos focalizaram crianças. Os instrumentos utilizados na avaliação da escrita aparecem na Tabela 4.

 

 

Observou-se que o instrumento mais utilizado pelos autores na avaliação da escrita foi o ditado (59,4%; N=19). No entanto, independentemente dos instrumentos utilizados, verificou-se que somente nove (28,1%) apresentam evidências de validade e, portanto, características essenciais para que uma avaliação pautada em princípios científicos seja realizada.

Em 30 dos 32 artigos encontrados, ou seja, 93,8%, o tipo de tratamento conduzido na análise de dados foi o quantitativo. Os outros 2 (6,3%) eram artigos teóricos. Dentre os tipos de prova estatística utilizados na análise de dados verificou-se que a estatística inferencial apareceu em 26 dos 32 artigos localizados (81,3%).

Por fim, buscou-se verificar o tipo de material utilizado para a fundamentação dos artigos, a saber, artigos, dissertações, teses e trabalhos apresentados em congressos, bem como sua origem (nacional ou estrangeira). Com relação aos materiais utilizados pelos autores para fundamentar seus estudos, observou-se que os livros ainda são bastante utilizados (N=408) em comparação a materiais mais atualizados como artigos de periódico (N=480) e trabalhos em congressos (N=10). Ao lado disso, evidenciou-se que, no geral, os autores têm se pautado, com maior freqüência, como desejado, em fontes internacionais (N=528), embora também se tenha encontrado uma alta freqüência de materiais nacionais (N=427).

 

Discussão e Considerações Finais

O maior número de publicações sobre escrita se concentra nos anos de 2003 a 2005. Essa concentração pode estar refletindo uma preocupação com resultados desastrosos de estatísticas do governo e de organizações não-governamentais sobre os níveis de alfabetização (Oliveira, 2005; Ribeiro, 2006).

Quanto aos resultados referentes ao tipo de autoria, individual ou múltipla, evidenciou-se que os artigos foram escritos, na maioria, por mais de um autor. Esse fato pode estar associado a fatores como pressão institucional, crescente socialização do ensino, quantidade de pesquisadores ativos e competitividade em relação aos financiamentos (Freitas, 1998; Meneghini, 1998). Há que se considerar, também, que nos cursos de pós-graduação stricto sensu, os docentes publicam com seus orientandos e alunos de suas disciplinas.

Ainda quanto ao tipo de autoria, houve um número maior de mulheres (82,61%). Resultado semelhante foi encontrado na pesquisa de Yamamoto e cols. (1999), em que as mulheres constituíram a ampla maioria dos autores.

Quanto à filiação dos autores, verificou-se que os pesquisadores da Universidade São Francisco foram os que mais publicaram sobre o construto escrita. Cabe lembrar que nessa instituição há um programa de pós-graduação stricto sensu, com área de concentração em avaliação psicológica, que desenvolve estudos também na área educacional. Há ainda o envolvimento dos professores como filiados ao IBAP, alguns deles são integrantes da diretoria, bem como a maioria dos docentes participa do grupo de avaliação psicológica da ANPEPP. Assim, parece que a freqüência mais alta de publicação do grupo sobre o tema se justifica pelo engajamento que suas atividades proporcionam.

Ao lado disso, os resultados indicaram que as produções na área são realizadas predominantemente por instituições localizadas na região sudeste do país, o que já havia sido apontado na pesquisa de Yamamoto e cols. (1999), que avaliou seis periódicos brasileiros especializados em Psicologia, de circulação nacional, editados entre 1990 e 1997. A maioria dos autores apresentou níveis de formação mais especializados, ou seja, mestrado e doutorado. Pode-se considerar que essa produção seja atribuída a docentes, visto que é o item com maior peso nas decisões sobre a avaliação dos programas de pós-graduação, conforme Macedo e Menandro (1998).

Os artigos do tipo relato de pesquisa somaram trinta dos 32 recuperados, sendo que a maioria dos estudos realizados apresentou um delineamento correlacional. Percebe-se que o construto 'escrita' tem sido mais freqüentemente abordado por meio de delineamentos que envolvem a pesquisa empírica. Outros resultados decorreram disso, pois em 93,8% dos artigos o tipo de tratamento conduzido na análise de dados foi o quantitativo e dentre os tipos de prova estatística utilizados na análise sobressaiu a estatística inferencial, que apareceu em 81,3% deles.

Em 78,1% dos artigos, a escrita aparece relacionada a outras variáveis ou construtos. Dentre os construtos verificados, a leitura aparece em primeiro lugar, seguida da consciência fonológica e da consciência sintática. Essa constatação já havia sido relatada por vários autores (Cardoso-Martins & Batista, 2005; Guimarães, 2003; Jaeger e cols., 1998; Mota e cols., 2000; Simões, 2000; entre outros). As pesquisas que investigam também a escrita, mas concentram sua fundamentação em um outro construto geram uma lacuna na área e dificultam a própria definição desse construto.

No que se refere aos participantes dos estudos, verificou-se que 87,5% dos 32 artigos focalizaram crianças. Infere-se daí que há uma inquietação quanto às dificuldades de aprendizagem da escrita e sua relação com a vida acadêmica dos alunos, visto que, após o período de alfabetização, há poucas oportunidades de desenvolvimento da linguagem escrita. Assim, nas etapas posteriores, no ensino fundamental, no médio, nos exames de processo seletivo para o ingresso no ensino superior e também no nível superior, há sérios problemas na produção de textos (Carone, 1976; Corrêa, 2001; Cunha & Santos, 2005; Di Nucci, 2002; Pellegrini, 1996; Rocco, 1981; Santos, 1990; Soares, 1998).

O instrumento mais utilizado pelos autores na avaliação da escrita foi o ditado. No entanto, verificou-se que somente 28,1% dos instrumentos utilizados apresentam evidências de validade, confirmando a precariedade dos instrumentos psicológicos utilizados no Brasil (Vendramini & Noronha, 2002; Noronha e cols., 2003). Como já relatado, não há testes padronizados para avaliar a alfabetização, assim recorre-se a testes produzidos de forma artesanal, que não respeitam os princípios psicométricos mais elementares, gerando pouco conhecimento útil ou generalizável (Oliveira, 2005). Embora a psicologia cognitiva venha permitindo avanços significativos, tanto no conhecimento da aquisição da linguagem, como no das dificuldades de aprendizagem, constata-se que os Parâmetros Curriculares Nacionais não levam em conta, ignoram, ou minimizam a literatura científica, o que tem implicado nos indicadores do SAEB (Carvalho, 2001; Oliveira, 2005).

Finalmente, verificou-se o tipo de material utilizado para a fundamentação dos artigos: dissertações, teses, trabalhos apresentados em congressos e artigos, bem como sua origem (nacional ou estrangeira). Os artigos de periódico (N=480) foram os mais utilizados, ressaltando a importância da avaliação da quantidade e qualidade das produções dos pesquisadores, entendida como uma análise que assegura o desenvolvimento e o aprimoramento das áreas e das atividades de pesquisas. Na área de psicologia, a qualidade dos periódicos, nos quais a produção científica é veiculada tem sido objeto de atenção nos últimos anos, sendo arbitrada pela CAPES por meio da classificação da Qualis (Costa, 2006; Freitas, 1998; Macedo & Menandro, 1998; Meneghini, 1998; Paula, 2002).

O panorama descrito ressalta a importância de que a avaliação seja pautada não apenas em instrumentos adequados, mas, sobretudo, sob um olhar crítico para a técnica e os procedimentos empregados pelo avaliador. Este estudo pretendeu sair do âmbito da avaliação do professor e focalizar a produção científica sobre a escrita, identificando a maneira como os pesquisadores da área, ou seja, aqueles que teoricamente produzem o saber difundido na escola e também fora dela, têm avaliado a escrita, um dos braços da aprendizagem, importante construto psicológico no contexto escolar. Assim sendo, espera-se que mais pesquisas sejam realizadas para revelar o estado da arte desse construto que se faz tão importante numa época em que os resultados da avaliação da aprendizagem são tão desanimadores.

 

Referências

Abramowicz, C. C. (1998). Repensando a avaliação da aprendizagem no curso noturno. Disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_25_p119-133_c.pdf. Acessado em 22/06/2006.        [ Links ]

Arouca, E. A. (1997). Validação de um material programado de linguagem escrita aplicado a universitários. Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: São Paulo.        [ Links ]

Brandão, A. C. P. & Spinillo, A. G. (2001). Produção e compreensão de textos em uma perspectiva de desenvolvimento. Estudos de Psicologia, 6, 51-62.         [ Links ]

Cagliari, L. C. (1987). Alfabetização & lingüística. São Paulo: Scipione.        [ Links ]

Cardoso-Martins, C. & Batista, A. C. E. (2005). O conhecimento do nome das letras e o desenvolvimento da escrita: evidência de crianças falantes do português. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(3), 330-336.         [ Links ]

Carone F. B. (1976). O desempenho lingüístico dos candidatos ao vestibular: Concordância verbal. Cadernos de Pesquisa, 19, 39-52.        [ Links ]

Carneiro, G. R. S., Martinelli, S. C. & Sisto, F. F. (2003). Autoconceito e dificuldades de aprendizagem na escrita. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(3), 427-434.        [ Links ]

Carvalho, M. P. (2001). Estatísticas de desempenho escolar: o lado avesso. Educação & Sociedade, 77, 231-252.        [ Links ]

Conselho Federal de Psicologia (CFP) (2003). Resolução no 002/2003. Disponível em http://www.pol.org.br. Acessado em 25/04/2007.        [ Links ]

Corrêa, M. L. G. (2001). Letramento e heterogeneidade da escrita no ensino de Língua Portuguesa. Em I. Signorini (Org.). Investigando a relação oral/escrito e as teorias do letramento (pp.135-166). Campinas: Mercado de Letras.        [ Links ]

Costa, A. L. F. (2006). Publicação e avaliação de periódicos científicos: paradoxos da classificação Qualis em Psicologia. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte: Rio Grande do Norte.        [ Links ]

Cunha, N. B. & Santos, A. A. A. (2005). Habilidades de escrita: um estudo com universitários ingressantes. Em M. C. R. A. Joly, A. A. A. dos Santos & F. F. Sisto (Orgs.). Questões do Cotidiano Universitário (pp. 103-122). São Paulo: Casa do Psicólogo.        [ Links ]

Di Nucci, E. P. (2002). Práticas de letramento de alunos do ensino médio: um estudo descritivo. Tese de Doutoramento. Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas: Campinas.        [ Links ]

Ellis, A. W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. Tradução Dayse Batista. 2ª ed., Porto Alegre: Artes Médicas.        [ Links ]

Esteban, M. T. (2000). Exigências democráticas, exigências pedagógicas: avaliação. Tecnologia Educacional, 29(148), 3-6.        [ Links ]

Freitas, M. H. A. (1998). Avaliação da produção científica: considerações sobre alguns critérios. Psicologia Escolar e Educacional. 2(3), 211-228.        [ Links ]

Gonçalves, A., Ramos, L. M. S. V. C. & Castro, R. C. F. (2006). Revistas Científicas: características, funções e critérios de qualidade. Em D. A. Población, G. P. Witter & J. F. M. Silva (Orgs.). Comunicação e produção científica: contexto, indicadores, avaliação (pp. 165-190). São Paulo: Angellara.        [ Links ]

Goodman, Y. M. (1995). Como as crianças constroem a leitura e a escrita: perspectivas piagetianas. Tradução Bruno Charles Magne. Porto Alegre: Artes Médicas.        [ Links ]

Graham, S. (1990). The role of production factors in learning disabled students' compositions. Journal of Educational Psychology, 82, 781-91.         [ Links ]

Guimarães, S. R. K. (2003). Dificuldades no desenvolvimento da lectoescrita: o papel das habilidades metalingüísticas. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 19(1), 33-45.        [ Links ]

Jaeger, A., Schossler, T. & Wainer, R. (1998). Estudo comparativo da aquisição da escrita em crianças e em adultos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 11(3), 551-558.        [ Links ]

Macedo, L. & Menandro, P. R. M. (1998). Considerações sobre os indicadores de produção no processo de avaliação dos programas de pós-graduação em psicologia. Infocapes, 6(3), 34-38.        [ Links ]

Maluf, R. M. (2003). Metalinguagem e aquisição da escrita: contribuições para a prática da alfabetização. São Paulo: Casa do Psicólogo.        [ Links ]

Meneghini, R. (1998). Avaliação da produção científica e o projeto SciELO. Ciência da Informação 27(2) [online]. Disponível em http: www.scielo.br. Acessado em 08/04/2007.        [ Links ]

Mota, M., Moussatchè, A. H., Castro, C. R., Moura, M. L. S. & D'Angelis, T. (2000). Erros de escrita no contexto: uma análise na abordagem do processamento da informação. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13(1), 01-06.        [ Links ]

Noronha, A. P. P. (2002). Problemas mais graves e mais freqüentes no uso dos testes psicológicos. Psicologia Reflexão e Crítica, 15(1), 135-142.        [ Links ]

Noronha, A. P. P., Freitas, J. V., Baldo, C. R., Barbin, P. F. & Almeida, M. C. (2004). Conhecimento de estudantes a respeito de conceitos de avaliação psicológica. Psicologia em Estudo, 9(2), 263-269.        [ Links ]

Noronha, A. P. P., Freitas, F. A. & Ottati, F. (2001). Informações contidas nos manuais de testes de inteligência. Psicologia em Estudo, 6(2), 101-106.        [ Links ]

Noronha, A. P. P., Oliveira, K. L. & Beraldo, F. N. M. (2003). Instrumentos psicológicos mais conhecidos e utilizados por estudantes e profissionais de Psicologia. Psicologia Escolar e Educacional, 7(1), 47-56.        [ Links ]

Oliveira, K. L. (2003). Compreensão de leitura, desempenho acadêmico e avaliação da aprendizagem em universitários. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia, Universidade São Francisco: Itatiba.        [ Links ]

Oliveira, J. B. A. (2005). ABC do alfabetizador (3ª ed.). Belo Horizonte: Alfa Educativa.        [ Links ]

Paula, M. C. S. (2002). A base Qualis e sua utilização no projeto Inserção. Em J. Velloso (Org.). Formação no país ou no exterior? Doutores na pós-graduação e excelência. Um estudo na Bioquímica, Engenharia Elétrica, Física e Química no País (pp. 217-237). Brasília: Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.        [ Links ]

Pellegrini, M. C. K. (1996). Avaliação dos níveis de compreensão e atitudes frente à leitura em universitários. Dissertação de Mestrado. Universidade São Francisco: Bragança Paulista.        [ Links ]

Pontecorvo, C. & Orsolini, M. (1996). Writing and written language in children's development. Em C. Pontecorvo, M. Orsolini, B. Burge, & L. B. Resnick (Orgs.). Children's early text construction (pp. 3-24). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum.        [ Links ]

Ribeiro, V. M. (2006). Analfabetismo e alfabetismo funcional no Brasil. Disponível em http//www.reescrevendoaeducacao.com.br/pages.php?recid=28. Acessado em 20/12/2006.        [ Links ]

Rocco, M. T. F. (1981). Crise na linguagem: A redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou.        [ Links ]

Sampaio, I. S. & Santos A. A. A (2002). Leitura e redação entre universitários: Avaliação de um programa de remediação. Psicologia em Estudo, 7(1), 31-38.        [ Links ]

Santos, A. A. A. (1990). Leitura entre Universitários: Diagnóstico e Remediação. Tese de Doutorado.Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo: São Paulo.        [ Links ]

Simões, V. L. B. (2000). Histórias infantis e aquisição da escrita. São Paulo em Perspectiva, 14(1), 22-28.        [ Links ]

Sisto, F. F., Codenotti, N., Costa, C. A. J. & Nascimento, T. C. N. (1979). Testes psicológicos no Brasil: que medem realmente. Educação e Sociedade, 2, 152-165.        [ Links ]

Soares, M. B. (1998). Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica.        [ Links ]

Souza, S. M. Z. L. (1998). Avaliação da aprendizagem: teoria, legislação e prática no cotidiano de escola de primeiro grau. Disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p106-114_c.pdf. Acessado em 05/03/2006.        [ Links ]

Trivedi, S. & Mohite, P. (1984). Difficulties in reading and writing: A search for a viable model. Child Psychiatry Quaterly, 17, 75-84.        [ Links ]

Vendramini, C. M. M. & Noronha, A. P. P. (2002). Estudo comparativo entre testes de inteligência e de personalidade. Psico, 33(2), 413-426.        [ Links ]

Witter, C. (1996). Psicologia escolar: Produção científica, formação e atuação (1990-1994). Tese de Doutorado. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo: São Paulo.        [ Links ]

Witter, C. (2005). Produção Científica e Educação: Análise de um periódico nacional. Em G. P. Witter (Org.). Metaciência e psicologia (pp. 137-154). Campinas: Alínea.        [ Links ]

Yamamoto, O. H., Souza, C. C. & Yamamoto, M. E. (1999). A produção científica na psicologia: uma análise dos periódicos brasileiros no período de 1990-1997. Psicologia Reflexão e Crítica, 12(2), 549-565.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
E-mail: dricbs@yahoo.com.br

Recebido em: julho/2006
Revisado em: dezembro/2007
Aprovado em: junho/2007

 

 

Sobre as autoras:

* Adriana Cristina Boulhoça Suehiro é Psicóloga. Mestre em Psicologia, doutoranda pelo Programa de Pós-Gradução Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco/Itatiba. Bolsista CAPES.
** Neide de Brito Cunha é Bacharel em Letras. Doutora em Psicologia pelo Programa de Pós-Gradução Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco e Docente da Graduação da Universidade São Francisco/Bragança Paulista e Itatiba.
*** Acácia Aparecida Angeli dos Santos é Psicóloga. Doutora em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano pela USP e Docente da Graduação e do Programa de Pós-Gradução Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco/ Itatiba. Bolsista produtividade do CNPq.