SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.9 número2Evidências de validade relativas ao contexto do trânsito para o Teste de Atenção Concentrada - TEACO-FFPropensão para inovar e criatividade: um estudo com adultos trabalhadores portugueses índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Psic: revista da Vetor Editora

versão impressa ISSN 1676-7314

Psic v.9 n.2 São Paulo dez. 2008

 

ARTIGOS

 

Produção científica sobre o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender entre 1999 e 2008

 

Scientific Production about Teste Gestáltico Viso-Motor between 1999 and 2008

 

Producción científica sobre el Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender entre 1999 y 2008

 

 

Adriana Cristina Boulhoça Suehiro *; Silvana Batista Gaino **; Everson Meireles ***

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O presente estudo investigou a produção científica sobre o Bender, entre os anos de 1999 e 2008. Foram focalizados 10 periódicos, dos quais 18 artigos foram analisados com base nos seguintes critérios: quantidade de artigos publicados por revista e por ano; distribuição da produção por origem; natureza da autoria e gênero dos autores; distribuição do tipo de trabalho; contextos nos quais o instrumento tem sido aplicado e, por fim, as relações com outros construtos. Os dados evidenciaram um aumento das publicações nos últimos três anos, sendo 2007 o ano com maior número de artigos. Observou-se que o relato de pesquisa foi a forma mais utilizada e que o sudeste foi a região que mais publicou nesse período. Houve ainda a predominância da autoria múltipla e feminina e de pesquisas que associaram outros testes ou escalas ao Bender e, portanto, relações com outros construtos.

Palavras-chave: Metaciência, Bibliometria, Qualidade das publicações, Psicologia, Periódicos.


ABSTRACT

This study investigated the scientific production of the Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender, among the years of 1999 to 2008. Ten journals were studied, in which 18 articles were analyzed based on the following criteria: amount of articles published per year, type of paper, region of the research, quality of the authors, authors' gender, type of work, contexts in which the instrument has been administered and relations with other constructs. The data evidenced an increase of publications in the last three years, and the year with larger number of articles was 2007. The research report was the most used form and southeast region had published more. There was still the predominance of multiple and female authors as well as the researches employed tests or scales with Bender, and therefore relationships with other constructs.

Keywords: Metascience, Bibliometric, Quality of publications, Psychology, Journals.


RESUMEN

Este estudio investigó la producción científica sobre el Bender, entre los años de 1999 y 2008. Fueron enfocadas 10 revistas, de las cuales fueron analizados 18 artículos con base en los siguientes criterios: cantidad de artículos publicados por revista y por año; distribución de la producción por origen; naturaleza autoral y sexo de los autores; distribución del tipo de trabajo; contextos en los cuales el instrumento ha sido aplicado; y finalmente, las relaciones entre los constructos. Los datos evidenciaron un aumento de las publicaciones en los últimos tres años, siendo que 2007 fue el año con mayor número de artículos. Se observó que el relato de investigación fue la forma más utilizada y que el sudeste fue la región que más publicó en ese período. Hubo también una predominancia de múltiplos autores y femenina, y de investigaciones que asociaron otros testes o escalas al Bender, y por lo tanto, relaciones con otros constructos.

Palabras clave: Meta-ciencia, Bibliometría, Calidad de las publicaciones, Psicología, Revistas.


 

 

Introdução

As revistas ou periódicos científicos surgiram no século XVII, na Europa, com a criação das sociedades e academias científicas, transformando-se desde então em fontes relevantes de comunicação formal da ciência (Freitas, 2006). A primeira revista de psicologia editada no Brasil foi a Revista Brasileira de Psicanálise, que teve seu primeiro número publicado em 1928 (Gonçalves, Ramos & Castro, 2006).

Desde então, entre os diversos meios de disseminação científica, os periódicos parecem ser a forma mais eficiente de superação dos problemas de recuperação e divulgação da informação. Tendo em vista sua importância para o registro da produção intelectual e dos avanços no campo do conhecimento, bem como o fato de que, especialmente na psicologia, a avaliação dos periódicos é o principal instrumento para garantir um padrão mínimo de qualidade nas publicações da área, parece natural que esses veículos de comunicação também sejam alvo de estudos. Tais estudos devem avaliar a produção científica tanto de pesquisadores, quanto de instituições, ao analisarem, por exemplo, indicadores de citação, autoria, co-autoria e acesso, entre outros (Costa, 2006, Gonçalves e cols., 2006; Witter, 1996; Witter, 1999, 2006; Yamamoto, Souza & Yamamoto, 1999).

Embora haja um consenso quanto à relevância da análise da produção científica, poucos estudos específicos sobre a produção da psicologia têm sido realizados e registrados na literatura brasileira. As pesquisas que têm se debruçado sobre a produção científica nessa área do conhecimento têm revelado, por um lado, que a região Sudeste têm se firmado como o grande berço da produção do país e, por outro, que os manuscritos divulgados, em sua maioria relatos de pesquisa, são escritos predominantemente por mulheres e em sistema de co-autoria (Aguiar Netto, 1988; Cunha, Suehiro, Oliveira, Pacanaro & Santos, no prelo; Matos, 1988; Suehiro, Cunha, Oliveira & Pacanaro, 2007; Suehiro, Cunha & Santos, 2007; Suehiro, Rueda, Oliveira & Pacanaro, no prelo; Yamamoto e cols., 1999).

Esses resultados têm sido recorrentes nos estudos desenvolvidos em áreas específicas da psicologia, como no caso da avaliação psicológica, na qual as pesquisas sobre produção científica são ainda mais restritas. Foram localizados apenas três estudos desse tipo em periódicos científicos (Oliveira e cols., 2007; Souza Filho, Belo & Gouveia, 2005; Suehiro & Rueda, no prelo).

O primeiro deles foi realizado por Souza Filho e colaboradores em 2006. Nele os autores traçaram o perfil da utilização dos testes psicológicos na literatura científica brasileira entre os anos de 2000 e 2004. Para tanto analisaram 1.182 artigos de periódicos brasileiros disponíveis na base de periódicos da Capes em fevereiro de 2005. Os principais resultados demonstraram a predominância dos artigos que não consideravam nenhum teste. Entre os 320 que consideravam os testes psicológicos, houve uma equivalência entre aqueles que utilizavam os testes de forma direta e, portanto, os tinham como foco central do artigo e indireta como, por exemplo, quando o trabalho buscava conhecer a relação entre duas variáveis, sendo a maioria deles de natureza empírica. A maior concentração dessas produções estava situada na Região Sudeste e as menores concentrações nas regiões Nordeste e Norte, respectivamente. Em termos institucionais, as universidades mais produtivas foram as federais e privadas, sobretudo aquelas que tinham um histórico pautado pelo interesse na área da avaliação psicológica, tais como a Universidade São Francisco e a Universidade de Brasília, respectivamente.

A exemplo do verificado em outros estudos sobre a produção científica na psicologia, os autores evidenciaram que também no que se refere aos testes psicológicos houve uma maior participação feminina e múltipla na autoria dos artigos. No que diz respeito ao sexo, tais resultados reforçam a constatação de que ao longo de mais de três décadas de regulamentação da profissão de psicólogo, o predomínio marcante do sexo feminino entre os seus profissionais se faz cada vez mais presente (Bock, 2003; Castro & Yamamoto, 1998; Rosas, Rosas & Xavier, 1988). Considerando esses resultados, Souza Filho e cols. (2006) concluíram, de forma geral, que a utilização dos testes psicológicos no contexto da produção nacional ainda é modesta e está, em grande parte, restrita aos âmbitos acadêmicos mais intensamente dedicados ao estudo dos testes.

Muitas das características observadas por Souza Filho e cols. (2006) também foram evidenciadas por Oliveira e cols. (2007) em seu estudo sobre a produção científica em avaliação psicológica no contexto escolar de 1995 a 2004. Nesse estudo os autores confirmaram um predomínio de manuscritos empíricos, provenientes da Região Sudeste, de autoria múltipla e feminina nos 234 artigos, de sete periódicos classificados como A Nacional pela CAPES/ANPEPP. Houve um aumento significativo no número de publicações sobre o tema a partir de 2002 e, portanto, nos últimos três anos do período analisado. A revista Psicologia: Reflexão e Crítica foi a que apresentou mais artigos publicados na área de avaliação psicológica no contexto escolar/educacional, seguida da Psicologia Escolar e Educacional e da Estudos de Psicologia, respectivamente.

No que se refere aos instrumentos empregados pelos autores em suas pesquisas verificou-se que os instrumentos psicométricos foram os mais utilizados, embora as entrevistas e a observação também tenham sido freqüentes. Segundo Oliveira e cols. (2007), o resultado obtido no que concerne ao tipo de instrumento utilizado nas avaliações sugere que, de modo geral, os pesquisadores têm aplicado técnicas que apresentam alguma fundamentação estatística para realizar sua avaliação, o que pode gerar resultados mais confiáveis. Embora as autoras não tenham informado a freqüência na qual cada um dos mais de 130 instrumentos listados foi utilizado, destaca-se que entre eles encontravam-se os Dezesseis Fatores de Personalidade (16PF); a Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5); o Inventário de Habilidades Sociais (IHS); o RAVEN Escala Especial e Geral; o WISC, WISC III e WISC R; o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender e o Desenho da Figura Humana.

Do mesmo modo, embora tenham verificado uma variabilidade muito grande de testes e/ou escalas utilizadas (nacionais, internacionais ou traduzidas para o português), Suehiro e Rueda (no prelo) constataram que os instrumentos mais empregados nos 100 artigos por eles avaliados foram o Questionário de Personalidade 16PF, a Escala de Avaliação de Dificuldades na Aprendizagem da Escrita (ADAPE), as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender (todos utilizados em três pesquisas); e o Desenho da Figura Humana, a Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5), as Escalas de Responsividade e Exigência Parental, o Teste de Pensamento Criativo de Torrance, o Inventário Beck de Depressão (BDI), a Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil (EAC-IJ) e a Escala de Avaliação do Reconhecimento de Palavras (utilizados em duas investigações). Ao lado disso, observaram um aumento das publicações no periódico Avaliação Psicológica nos últimos dois anos (2006 e 2007), sendo 2007 o ano com maior número de artigos. O relato de pesquisa foi a forma mais utilizada pelos autores que se constituíram, em sua maioria, por mulheres. Novamente, houve a predominância da autoria múltipla e a região de maior produção no período de 2002 a 2007 foi o Sudeste.

Independentemente da ordem classificatória quanto à freqüência de utilização de cada um dos instrumentos citados nos estudos realizados por Oliveira e cols. (2007) e Suehiro e Rueda (no prelo), há que se ressaltar que grande parte deles tem figurado nas pesquisas que têm sido realizadas, a fim de se verificar quais são os instrumentos de avaliação mais conhecidos e utilizados, tanto por profissionais quanto por estudantes de psicologia (Noronha, Primi & Alchieri, 2005; Oliveira, Noronha & Dantas, 2006; Oliveira, Noronha, Dantas & Santarém, 2005), assim como nas investigações que se detiveram em identificar os instrumentos disponíveis no mercado e os problemas a eles relacionados (Alves, 2002; Noronha, 2002, Noronha e cols., 2002). Esses estudos têm apontado que o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender está entre os instrumentos mais utilizados na avaliação psicológica, seja no contexto clínico ou no escolar e educacional (Alves, 2002; Noronha, 2002; Noronha e cols., 2002; Noronha e cols., 2005; Oliveira e cols., 2006; Oliveira e cols., 2005).

O instrumento criado em 1938 por Lauretta Bender, a partir dos estudos realizados por Max Wertheimer sobre a gestalt visual, procura avaliar a percepção e reprodução das figuras com base no pressuposto de que, ambos os processos são determinados por princípios biológicos e de ação sensório-motriz que variam em função do padrão de desenvolvimento, nível maturacional e do estado patológico funcional e orgânico do indivíduo. Inicialmente o teste era avaliado de maneira qualitativa, não havendo um sistema de correção que permitisse a atribuição de uma pontuação para cada um dos nove desenhos que engloba (Sisto, Bueno & Rueda, 2003; Sisto, Noronha & Santos, 2004).

Em decorrência de sua ampla utilização nacional e internacional e da preocupação com uma maior objetividade na análise dos protocolos, surgiram diversas propostas de sistema de avaliação e interpretação das figuras. Entre os sistemas de avaliação para adultos encontram-se: (1) o Sistema Billingslea, que foi o primeiro método objetivo e quantitativo do teste; (2) o Sistema Hutt, que utiliza o Teste Gestáltico Viso-Motor como um teste projetivo não verbal e o interpreta à luz da teoria psicanalítica e (3) o Sistema Pascal e Suttell, que busca uma estimativa do grau de ajustamento emocional do indivíduo ao considerar que o teste reflete a atitude do examinando diante da realidade.

Entre os sistemas utilizados com crianças encontram-se: (1) o Sistema Santucci e Galifret-Granjon, que utiliza apenas cinco das nove figuras propostas por Lauretta Bender e cujos resultados indicam que os ângulos, a orientação e a posição relativa são os três aspectos que intervêm na reprodução exata delas; (2) o Sistema Santucci e Pêcheux, que revisou o teste adaptado por Santucci e Galifret-Granjon e propôs um estudo genético da reprodução das figuras; (3) o Sistema Koppitz, que é destinado à avaliação da maturidade neurológica viso-motora; (4) o Sistema Clawson, que identificou sinais e desvios na reprodução das figuras do Bender como indicadores de perturbação emocional e (5) o Sistema de Pontuação Gradual (B-SPG), que atribui uma pontuação gradual a cada item, conforme a presença de desvios na forma de cada uma das figuras do teste (Machado, 1978; Sisto e cols., 2003; Sisto, Noronha e cols., 2004; entre outros).

Em que pesem os diversos sistemas de correção ou avaliação existentes, o teste tem sido empregado em diversos estudos, comprovando sua aplicabilidade para diferentes situações (Colorni, 1994; Koppitz, 1989; Machado, 1978; Santucci & Galifret-Granjon, 1968; Silva & Nunes, 2007; Tosi, 1990). A investigação de características neurológicas, por exemplo, foi realizada em diferentes grupos com dificuldades específicas, entre os quais se encontram pacientes epilépticos e esquizofrênicos (Aucone e cols., 2002; Lee & Oh, 1998; Maciel Jr. & La Puente, 1983), crianças com deficiência auditiva (Cariola, Piva, Yamada & Bevilacqua, 2000; Gemignani, & Chiari, 2000) e pacientes portadores da síndrome de imunodeficiência adquirida (Mattos, 1991). Tais estudos têm indicado que, em geral, o instrumento tem sido sensível à captação das diferenças existentes entre os portadores de distúrbios e pessoas sem distúrbios aparentes (Sisto e cols., 2004).

Além do uso em pesquisas que focalizam grupos com dificuldades específicas, o Bender tem sido utilizado na avaliação sensório-motora e na detecção de possíveis problemas de aprendizagem, assim como no diagnóstico de perturbações emocionais e na avaliação de sujeitos delinqüentes. Ao lado disso, tem sido empregado como teste de inteligência e como medida de personalidade em adolescentes, bem como na predição do desempenho escolar e determinação da necessidade de psicoterapia (Arrillaga, Eschebarria & Goya, 1981; Bandeira & Hutz, 1994; Koppitz, 1989; McCarron & Horn, 1979; Pinelli Jr. & Pasquali, 1991/1992; Sisto, e cols., 2003; Vance, Fuller & Lester, 1986).

Apesar da popularidade do Bender, Field, Bolton e Dana (1982) ressaltaram que a validade e a precisão da maioria dos sistemas de correção propostos para o teste foram pouco investigadas para propósitos de mensuração em situações específicas, demandando, assim, um aprimoramento. Tendo em vista essas considerações, recentemente diversos autores têm se debruçado sobre essas questões, especialmente no que se refere ao sistema de avaliação proposto por Koppitz, um dos mais utilizados, o Developmental Bender Test Scoring System, e o B-SPG (Britto & Santos, 1996; Carvalho, 2006; Chan, 2001; Neale & McKay, 1985; Noronha & Mattos, 2006; Noronha, Santos & Sisto, 2007; Pinelli Jr. & Pasquali, 1991/1992; Sisto, Noronha e cols., 2004; Sisto, Noronha & Santos, 2005; Sisto, Santos & Noronha, 2004; Suehiro & Santos, 2005; Suehiro & Santos, 2006).

A despeito do lugar de destaque que o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender tem ocupado na construção da prática profissional dos psicólogos e da importância da análise da produção científica, verificou-se a ausência de estudos que tenham investigado a produção científica do teste nos periódicos científicos. Nesse sentido, considera-se que estudos desse porte são extremamente relevantes não apenas em razão das modificações pelas quais a área passou nos últimos anos em conseqüência de uma série de eventos considerados marcantes para a o desenvolvimento desse campo da psicologia, mas, sobretudo, por possibilitar o desenvolvimento e o aprimoramento das atividades de pesquisa como um todo. Diante do exposto, este estudo teve por finalidade levantar e avaliar as publicações sobre o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender, no Brasil, entre os anos de 1999 e 2008, divulgadas em duas bases de dados on-line.

 

Método

O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira focalizou todos os periódicos disponibilizados no Scientific Electronic Library Online (Sc7iELO) e nos Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC) e a segunda, apenas aqueles nos quais foram encontrados artigos que enfocavam o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender na época da coleta de dados (outubro de 2008). Para a recuperação desses textos foram considerados os termos: "Teste de Bender", "Teste Gestáltico Visomotor de Bender", "Bender's Test", "Bender", "Bender Gestalt Test", "aprendizagem escolar", "avaliação psicológica", "testes psicológicos", "validade" e "parâmetros psicométricos". Nessa segunda etapa foram analisados os seguintes periódicos: Arquivos de Neuro-Psiquiatria (ABNEURO - publicação Trimestral), Avaliação Psicológica (IBAP/Casa do Psicólogo - publicação Semestral), Paidéia (USP - não há informação no site quanto à periodicidade da publicação), Psicologia: Ciência e Profissão (CFP - publicação Trimestral), Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE - publicação Quadrimestral), Psicologia em Estudo - Maringá (UEM - publicação Quadrimestral), Psicologia: Reflexão e Crítica (UFRGS - publicação Quadrimestral), Psic: Revista de Psicologia da Vetor Editora (Vetor - publicação Semestral), Psico-USF (USF - publicação Semestral) e Revista de Educação Especial (ABPEE - publicação Quadrimestral).

Composição da amostra

A amostra do estudo foi composta por 18 artigos encontrados em 10 periódicos que focalizavam o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender entre 1999 e 2008.

Procedimento

Os artigos foram analisados na íntegra com base em alguns critérios estabelecidos por Witter (1999) e outros considerados relevantes pelos autores. Os itens pesquisados foram: (a) a quantidade de artigos publicados por revista e por ano; (b) a distribuição da produção por origem (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste, Norte, parcerias nacionais e internacionais); (c) a natureza da autoria (individual ou múltipla), bem como o gênero dos autores; (d) a distribuição do tipo de trabalho (relato de pesquisa de campo ou manuscrito teórico); (e) contextos nos quais o instrumento tem sido aplicado e (f) relações com outros construtos.

O levantamento de todos os dados foi realizado pelos autores da pesquisa, separada e concomitantemente, para dar confiabilidade à avaliação. O índice de concordância ficou acima dos 90%.

 

Resultados e Discussão

Considerando-se o objetivo do estudo, num primeiro momento verificou-se a quantidade de artigos publicados por periódico e por ano. A Tabela 1 apresenta os resultados desse levantamento.

 

 

Observou-se que das dez revistas analisadas, seis publicaram apenas um artigo sobre o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender nos últimos dez anos. O maior número de publicações foi realizado pelos Periódicos Avaliação Psicológica e Psic: Revista de Psicologia da Vetor Editora (n=4; 22,2% cada). No que se refere à revista Avaliação Psicológica, tal resultado parece refletir a finalidade da revista, de divulgação do conhecimento de práticas e pesquisas nesse campo. Quanto à freqüência de publicação, por ano, verificou-se que de 1999 a 2002 não foram publicados artigos referentes ao assunto focalizado, em contrapartida o maior número de publicações se concentrou nos últimos três anos (n2006= 3; 16,7%; n2007= 6; 33,3%; n2008= 1; 5,6%). O aumento no número de publicações nos últimos três anos de estudo também foi verificado por Oliveira e cols. (2007) ao investigarem a produção científica em avaliação psicológica no contexto escolar no período de 1995 a 2004 e por Suehiro e Rueda (no prelo).

Para avaliar a origem da produção, levantou-se a procedência dos artigos. Para tanto, avaliou-se a região, o país e as parcerias regionais e internacionais realizadas. Faz-se necessário ressaltar, no entanto, que se considerou como "parcerias" os textos elaborados entre pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e de países distintos. Quando os estudos foram produzidos por pesquisadores de diferentes instituições, porém da mesma região, foram considerados referentes à região da qual os autores eram provenientes. Os resultados concernentes à região e à natureza da autoria podem ser visualizados na Tabela 2.

 

 

Os resultados referentes à origem da produção indicaram, por um lado, que a região Sudeste foi a que mais contribuiu para a divulgação dos conhecimentos produzidos sobre o Bender ao longo do período analisado, representando mais da metade do total (77,7%). Por outro, evidenciaram que as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte não contribuíram com nenhuma publicação sobre o assunto nos últimos dez anos. O fato de o Sudeste configurar como a região de maior produção do conhecimento no país também foi constatado por outros estudos que se detiveram à análise da produção científica em avaliação psicológica e na utilização de testes no país, refletindo uma tendência observada na psicologia como um todo (Oliveira e cols., 2007; Souza Filho e cols., 2006, Suehiro & Rueda, no prelo).

Quanto ao tipo de autoria, individual ou múltipla, verificou-se que os artigos foram escritos, na maioria, por mais de um autor (n=17; 94,4%), assim como constatado por Souza Filho e cols. (2006), Oliveira e cols. (2007) e Suehiro e Rueda (no prelo). A média de autores por artigos foi 2,72, sendo o mínimo um e o máximo cinco. Ao se considerar a amostra total observou-se que a maior parte dos autores foi do sexo feminino (n=34; 69,4%), e dos 18 artigos analisados, em 13 deles o primeiro autor também foi do sexo feminino.

Os achados com relação à superioridade feminina na autoria dos trabalhos que têm sido divulgados corroboram a hegemonia verificada por diversos estudos a cerca da produção científica no país (Cunha & Santos, 2007; Cunha e cols., no prelo; Souza Filho e cols., 2006; Suehiro, Cunha, Oliveira e cols., 2007; Suehiro & Rueda, no prelo; Yamamoto e cols., 1999). Ao lado disso, há que se ressaltar o fato de que desde a sua criação a Psicologia têm se constituído como uma profissão tipicamente feminina, o que faz essas constatações parecerem algo natural (Bock, 2003; Castro & Yamamoto, 1998; Rosas e cols., 1988).

No que se refere à análise por tipo de trabalho, buscou-se investigar a modalidade na qual o manuscrito se enquadrava. Para tanto, consideraram-se as categorias relato de pesquisa de campo e manuscrito teórico. Os resultados evidenciaram que a maior parte do material publicado se referia a relatos de pesquisa (N=15; 83,3%), enquanto os manuscritos teóricos representaram 16,7% do total, corroborando os achados de Souza Filho e cols. (2006), Oliveira e cols. (2007) e Suehiro e Rueda (no prelo).

Dentre os artigos de relato de pesquisa 11 foram aplicados ao contexto escolar com diferentes focos. Destes, oito (72,7%) se propuseram a uma avaliação cognitiva (inteligência e dificuldades de aprendizagem), dois (18,2%) buscaram relações entre aspectos cognitivos e de personalidade e um (9,1%) se deteve na avaliação sensório-motora. Em acréscimo, verificou-se entre os 18 textos publicados entre 1999 e 2008, independentemente da modalidade na qual o artigo se enquadrava (relato de pesquisa de campo ou manuscrito teórico), uma predominância daqueles que associaram outros testes e/ou escalas ao Bender (N=11; 61,1%) e, portanto, que relacionaram o instrumento a outros construtos. São eles, a Escala de Avaliação de Dificuldades na Aprendizagem da Escrita (ADAPE), o Desenho da Figura Humana, as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e a Escala de Traços de Personalidade para Crianças (ETPC) (utilizados em duas investigações); o Teste Palográfico (PMK), a Escala Terman-Merrill, o WISC III; o R-2, o Teste de Desempenho Escolar (TDE), o Teste Não Verbal de Inteligência - TONI 3 - Forma A e o Teste de Acuidade Motora (utilizados em uma investigação). Faz-se interessante ressaltar que, embora não tenham relacionado o Bender a outros construtos, quatro artigos se debruçaram sobre a comparação entre os sistemas de correção e/ou avaliação do teste, quais sejam B-SPG, Clawson, Hutt, Koppitz, Lacks, Pascal e Suttel, Santucci-Percheux.

Esses resultados parecem refletir não apenas uma preocupação com a maneira como o teste tem sido avaliado, mas, sobretudo, com sua aplicabilidade para diferentes situações (Colorni, 1994; Machado, 1998; Silva & Nunes, 2007). As propostas de estudos aqui observadas corroboram a aplicabilidade do Bender na avaliação sensório-motora e na detecção de possíveis problemas de aprendizagem, assim como uma peça importante na medida de inteligência e de avaliação da personalidade (Arrillaga, Eschebarria & Goya, 1981; Bandeira & Hutz, 1994; Koppitz, 1989; McCarron & Horn, 1979; Sisto, e cols., 2003).

 

Conclusão

O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento dos trabalhos publicados sobre o Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender, no período de 1999 a 2008, em duas bases de dados on-line. Isso porque se considerou que o acesso a produções em bases de dados desse tipo tem permitido que haja uma disseminação muito mais rápida do conhecimento produzido nas diversas áreas do conhecimento.

As categorias de análise focalizadas neste estudo foram: quantidade de artigos publicados por revista e por ano; distribuição da produção por origem; natureza da autoria e gênero dos autores; distribuição do tipo de trabalho; contextos nos quais o instrumento tem sido aplicado e, por fim, as relações com outros construtos. Embora se tenha empregado categorias amplamente difundidas para estudos desse porte, considera-se que pesquisas com um maior aprofundamento sobre o objetivo dos estudos e as análises realizadas, bem como dos resultados obtidos devem ser realizados.

Em que pese as limitações desta pesquisa, tais como o foco em apenas duas bases de dados on-line e a quantidade ainda restrita de estudos voltados para a avaliação psicológica e que possibilitem maior respaldo para seus achados, considera-se que estudos com um maior aprofundamento devem ser realizados levando em consideração as possibilidades de investigação citadas anteriormente. Pesquisas desse porte são relevantes não apenas por possibilitarem o desenho e o desenvolvimento da área, mas, sobretudo, porque funcionam como um indicativo das lacunas que precisam ser preenchidas, contribuindo assim para a disseminação, a qualidade e progresso do conhecimento produzido.

 

Referências

Aguiar Netto, M. C. (1988). A produção do conhecimento psicológico fora do espaço acadêmico. In Conselho Federal de Psicologia (Org.), Quem é o psicólogo brasileiro (pp.123-137). São Paulo: Edicon.        [ Links ]

Alves, I. C. B. (2002). Instrumentos disponíveis no Brasil para avaliação da inteligência. In R. Primi (Org.), Temas em avaliação psicológica (pp. 80-102). São Paulo: Casa do Psicólogo.        [ Links ]

Arrillaga, S. G. P., Eschebarria, C. C. & Goya, I. O. (1981). Una investigación sobre aspectos intelectuales en una población de deficientes de un grupo marginal. Psiquis: Revista de Psiquiatria, Psicologia y Psicosomatica, 2(1), 12-22.        [ Links ]

Aucone, E. J., Wagner, E. E., Raphael, A. J., Golden, C. J., Espe-Pfeifer, P., Dornheim, L., Seldon, J., Pospisil, T., Proctor-Weber, Z. & Calabria, M. (2002). Test-retest reliability of the Advanced Psychodiagnostic Interpretation (API) scoring system for the Bender Gestalt in chronic schizophrenics. Assessment, 8(3), 351-353.        [ Links ]

Bandeira, R. D. & Hutz, C. S. (1994). A contribuição dos testes DFH, Bender e Raven na predição do rendimento escolar na primeira série. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 10(1), 59-72.        [ Links ]

Bock, A. (2003). Quarenta e um anos de profissão no Brasil.disponível em http://www.pol.org.br/publicacoes/materia. Acesso em 03/05/2007.        [ Links ]

Britto, G. N. O. & Santos, T. R. (1996) The Bender Gestalt Test for 5-to 15-year old Brazilian children: norms and validity. Jornal de Medicina e Biologia, 29(11), 1513-1518.        [ Links ]

Cariola, T. C., Piva, R. A., Yamada, M. O. & Bevilacqua, M. C. (2000). A prova gráfica de organização perceptiva para crianças de quatro a seis anos deficientes auditivas. Pediatria Moderna, 36(9), 588-594.        [ Links ]

Carvalho, L. (2006). Evidências de Validade do Sistema de Pontuação Gradual do Bender (Bender-SPG). Tese de Doutorado, Universidade São Francisco, Itatiba-SP.        [ Links ]

Castro, A. E. F. & Yamamoto, O. Y. (1998). A psicologia como profissão feminina: apontamentos para estudo. Estudos de Psicologia, 3(1), 147-158.        [ Links ]

Chan, P. W. (2001). Comparison of visual motor development in Hong Kong and the USA assessed on the Qualitative Scoring System for the Modified Bender-Gestalt Test. Psychological Reports, 88(1), 236-240.        [ Links ]

Colorni, E. R. (1994). O teste gestáltico visomotor de Bender e o fracasso escolar: fator lesional ou emocional? Temas sobre Desenvolvimento, 4(20), 20-24.        [ Links ]

Costa, A. L. F. C. (2006). Publicação e avaliação de periódicos científicos: paradoxos da classificação Qualis em psicologia. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, RN.        [ Links ]

Cunha, N. B., Suehiro, A. C. B., Oliveira, E. Z., Pacanaro, S. V. & Santos, A. A. A. (no prelo). Produção Científica da Avaliação da leitura no Contexto Escolar. Psico.        [ Links ]

Field, K., Bolton, B. & Dana, R. H. (1982). An evaluation of three Bender-Gestalt scoring systems as indicators of psychopathology. Journal of Clinical Psychology, 38(1), 838-842.        [ Links ]

Gemignani, E. Y. M. C. & Chiari, B. M. (2000). Escala de Maturação do Teste de Bender em um grupo de crianças deficientes auditivas. Pró-fono Revista de Atualização Científica, 12(2), 49-53.        [ Links ]

Gonçalves, A., Ramos, L. M. S. V. C. & Castro, R. C. F. (2006). Revistas científicas: características, funções e critérios de qualidade. In D. A. Poblacion, G. P. Witter, & J. F. M. da Silva (Orgs.), Comunicação e produção científica: contexto, indicadores, avaliação (pp. 163-190). São Paulo: Angellara.        [ Links ]

Koppitz, E. M. (1963). The Bender Gestalt Test for young children. New York: Grums Stratton.        [ Links ]

Koppitz, E. M. (1989). O Teste Gestáltico Bender para crianças. Porto Alegre, RS: Artes Médicas.        [ Links ]

Lee, S. Y. & Oh, S. W. (1998). Visuoperceptual and constructive ability disturbances of patients with traumatic brain injury in Hutt Adaptation of the Bender Gestalt Test. Korean-Journal-of-Clinical-Psychology, 17(1), 311-317.        [ Links ]

Machado, M. C. L. (1978). Uso do teste de Bender para avaliar a organização perceptivo-motora de escolares paulistas. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo-SP.        [ Links ]

Maciel Jr., J. A. & La Puente, M. (1983). Avaliação Multimodal do Teste de Bender no Psicodiagnóstico da Epilepsia. Revista Brasileira de Neurologia, 2(19), 55-58.        [ Links ]

Matos, M. A. (1988). Produção e formação científica em Psicologia. Em Conselho Federal de Psicologia (Org.), Quem é o psicólogo brasileiro (pp.100-122). São Paulo: Edicon.        [ Links ]

Mattos, P. (1991). Os distúrbios mentais orgânicos e a síndrome de imunodeficiência adquirida. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 40(7), 375-381.        [ Links ]

McCarron, L. M. & Horn, P. W. (1979). Haptic visual discrimination and intelligence. Journal of Clinical Psychology, 35(1), 117-120.        [ Links ]

Neale, M. D. & McKay, M. F. (1985). Scoring the Bender-Gestalt test using the Koppitz developmental system: Interrater reliability, item difficulty, and scoring implications. Perceptual and Motor Skills, 60(2), 627-636.        [ Links ]

Noronha, A. P. P. (2002). Problemas mais graves e mais freqüentes no uso dos testes psicológicos. Psicologia Reflexão e Crítica, 15(1), 135-142.        [ Links ]

Noronha, A. P. P., Freitas, J. V., Baldo, C. R., Barbin, P. F. & Almeida, M. C. (2004). Conhecimento de estudantes a respeito de conceitos de avaliação psicológica. Psicologia em Estudo, 9(2), 263-269.        [ Links ]

Noronha, A. P. P., Primi, R. & Alchieri, J. C. (2005). Instrumentos de avaliação mais conhecidos/utilizados por psicólogos e estudantes de psicologia. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(3), 390-401.        [ Links ]

Noronha, A. P. P., Oliveira, A. F., Cobêro, C., Paula, L. M., Cantalice, L. M., Guerra, P. B. C., Martins, R. M. M. & Filizatti, R. (2002). Instrumentos psicológicos mais conhecidos por estudantes do sul de Minas Gerais. Avaliação Psicológica, 1(2), 151-158.        [ Links ]

Oliveira, K. L., Cantalice, L. M., Joly, M. C. A. & Santos, A. A. A. (2006). Produção científica de 10 anos da revista Psicologia Escolar e Educacional (1996/2005). Psicologia Escolar e Educacional, 10(1), 283-292.        [ Links ]

Oliveira, K. L., Noronha, A. P. P. & Dantas, M. A. (2006). Instrumentos psicológicos: estudo comparativo entre estudantes e profissionais cognitivo-comportamentais. Estudos de Psicologia, Campinas, 23(4), 359-367.        [ Links ]

Oliveira, K. L., Noronha, A. P. P., Dantas, M. A. & Santarém, E. M. (2005). O psicólogo comportamental e a utilização de técnicas e instrumentos psicológicos. Psicologia em Estudo, 10(1), 127-135.        [ Links ]

Oliveira, K. L., Santos, A. A. A., Noronha, A. P. P., Boruchovitch, E., Cunha, C. A., Bardagi, M. P. & Domingues, S. F. S. (2007). Produção científica em avaliação psicológica no contexto escolar. Psicologia Escolar e Educacional, 11(1), 239-251.        [ Links ]

Pinelli Jr., B. & Pasquali, L. (1991/1992). Parâmetros psicométricos do Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender: um estudo empírico. Revista de Psicologia, 9/10(1/2), 51-74.        [ Links ]

Rosas, P., Rosas, A. & Xavier, I. B. (1998). Quantos e quem somos. Em Conselho Federal de Psicologia (Org.), Quem é o psicólogo brasileiro? (pp. 32-48). São Paulo: Edicon.        [ Links ]

Santucci, H. & Galifret-Granjon, N. (1968). Prova Gráfica de Organização Perceptiva. Em R. Zazzo, Manual para o exame psicológico da criança (pp. 233-268). São Paulo: Editora Mestre Jou.        [ Links ]

Silva, R. B. F. & Nunes, M. L. T. (2007). Teste Gestáltico Visomotor de Bender: revendo sua história. Avaliação Psicológica, 6(1), 77-88.        [ Links ]

Sisto, F. F., Bueno, J. M. H. & Rueda, F. J. M. (2003). Traços de personalidade na infância e distorção e integração de formas: um estudo de validade. Psicologia em Estudo, 8(1), 77-84.        [ Links ]

Sisto, F. F., Noronha, A. P. P. & Santos, A. A. A. (2004). Distorção de forma no Teste de Bender: questionando seu critério de validade. Revista do Departamento de Psicologia da UFF, 16(2), 139-154.        [ Links ]

Sisto, F. F., Noronha, A. P. P. & Santos, A. A. A. (2005). Bender - Sistema de Pontuação Gradual B-SPG. Itatiba, SP: Programa de Pós-graduação Stricto-sensu em Psicologia da Universidade São Francisco, Vetor.        [ Links ]

Sisto, F. F., Santos, A. A. A. & Noronha, A. P. P. (2004). Critério de integração do Teste de Bender: explorando evidências de validade. Avaliação Psicológica, 3(1), 13-20.        [ Links ]

Souza Filho, M. L., Belo, R. & Gouveia, V. V. (2006). Testes psicológicos: análise da produção científica brasileira no período de 2000-2004. Psicologia: Ciência e Profissão, 26(3), 478-489.        [ Links ]

Suehiro, A. C. B., Cunha, N. B., Oliveira, E. Z. & Pacanaro, S. V. (2007). Produção Científica da Revista Psico-USF de 1996 a 2006. Psico-USF, 12(1), 327-334.        [ Links ]

Suehiro, A. C. B., Cunha, N. B. & Santos, A. A. A. (2007). Avaliação da escrita no contexto escolar entre 1996 e 2005. Psic, 8(1), 61-70.        [ Links ]

Suehiro, A. C. B. & Rueda, F. J. M. (no prelo). Avaliação Psicológica: um estudo da produção científica de 2002 a 2007. Avaliação Psicológica.        [ Links ]

Suehiro, A. C. B., Rueda, F. J. M., Oliveira, E. Z. & Pacanaro, S. V. (no prelo). Avaliação do Autoconceito no Contexto Escolar em Periódicos Brasileiros. Psicologia: Ciência e Profissão.        [ Links ]

Suehiro, A. C. B. & Santos, A. A. A. (2005). O Bender e as dificuldades de aprendizagem: estudo de validade. Avaliação psicológica, 4(1), 23-31.        [ Links ]

Suehiro, A. C. B. & Santos, A. A. A. (2006). Evidência de validade de critério do Bender-Sistema de Pontuação Gradual. Interação (Curitiba), 10, 217-224.        [ Links ]

Tosi, S. M. V. D. (1990). Adaptação Hutt do Teste Guestáltico de Bender em alcoólicos e toxicômanos. Temas, 38, 108-127.        [ Links ]

Vance, B., Fuller, G. B. & Lester, M. L. (1986). A comparison of the Minnesota Perceptual Diagnostic Test Revised and the Bender Gestalt. Jounal of Learning Disabilities, 19(4), 211-214.        [ Links ]

Witter, C. (1996). Psicologia Escolar: produção científica, formação e atuação (1990-1994). Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.        [ Links ]

Witter, G. P. (1999). Metaciência e leitura. In G. P. Witter (Org.), Leitura: textos e pesquisas. (pp. 13-22). Campinas: Alínea.        [ Links ]

Witter, G. P. (2006). Produção científica: escalas de avaliação. In D. A. Poblacion, G. P. Witter, & J. F. M. da Silva (Orgs.), Comunicação e produção científica: contexto, indicadores, avaliação (pp. 287-311). São Paulo: Angellara.        [ Links ]

Yamamoto, O. H, Souza, C. C. & Yamamoto, M. E. (1999). A produção científica na psicologia: uma análise dos periódicos brasileiros no período 1990-1997. Psicologia: Reflexão e Crítica, 12(2), 549-565.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Rua do Cajueiro, s/n. - Cajueiro, Santo Antônio de Jesus - BA, CEP: 44574-490.
E-mail: dricbs@uol.com.br

Recebido em outubro de 2008
Revisado em novembro de 2008
Aprovado em dezembro de 2008

 

 

Sobre os autores:

* Adriana Cristina Boulhoça Suehiro é Psicóloga. Doutora em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco e docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
** Silvana Batista Gaino é Psicóloga. Mestre em Lingüística pela Universidade de São Paulo e docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
*** Everson Meireles é Psicólogo. Mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília e docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.