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Avaliação Psicológica

Print version ISSN 1677-0471On-line version ISSN 2175-3431

Aval. psicol. vol.4 no.1 Porto Alegre June 2005

 

ARTIGOS

 

Tradução, análise semântica e adaptação do check list of interpersonal transactions - revisado

 

Translation, semantic analysis and adaptation of check list of interpersonal transactions - revised

 

 

Gleiber CoutoI, 1; Antonius Cornelius F. M. van HattumII, 2; Luc Marcel Adhemar VandenbergheIII3; Emerson BenficaIV, 4

I Universidade São Francisco
II English for Scientist
III Universidade Católica de Goiás
IV Universidade Vale do Rio Doce

Endereço para correspondência

 


 

RESUMO

Esse estudo teve como objetivo propor uma versão brasileira do CLOIT-R. Participaram desta pesquisa um grupo de 551 estudantes, com idades entre 13 e 52 anos, 66% do sexo feminino e 34% do sexo masculino; cursando da última série do ensino fundamental até o terceiro semestre do ensino superior; 75% de escolas públicas e 25% de escolas particulares. O instrumento foi um inventário construído para mapear comportamento interpessoal, contém 96 proposições distribuídas em 16 escalas que descrevem ações típicas de interações pessoais. Foram realizadas tradução e análise de adequação semântica, em seguida os sujeitos responderam ao teste marcando as palavras e as proposições que não conseguiram compreender. Como resultados, produziu-se modificações para adaptação às formas de expressão na cultura brasileira, foram marcadas como não compreendidas 89 palavras e proposições. A versão do CLOIT-R apresentada pode ser considerada adaptada para a cultura brasileira, necessitando de estudos das propriedades psicométricas.

Palavras-chave: Tradução, Adaptação, Relações interpessoais, Escalas de avaliação, Inventários.


ABSTRACT

Goal of the present study was to develop a Brazilian version of CLOIT-R. Research was performed with 551 persons from 13 to 52 years old, 66% female and 34% male, who were attending school at levels from last year of basic school to third semester of higher education, 25% at government and 75% at private schools. CLOIT-R is an instrument constructed to measure interpersonal behaviour, consisting of 96 items describing actions corresponding to dimensions in 16 categories of interpersonal behaviour. After translation and semantic analysis the subjects were asked to answer the questionnaires and note the expressions and words they didn't understand. This resulted in changes to better adapt CLOIT-R to the Brazilian way of expressing oneself. In total 89 words and expressions were scored as not understood. In conclusion CLOIT-R can be considered adapted to the Brazilian culture needing studies into the psychometric characteristics.

Keywords: Translation, Adaptation, Interpersonal relations, Evaluation scales, Inventory.


 

 

Introdução

O estudo da personalidade tem sido um dos temas de grande interesse da psicologia ao longo de seu desenvolvimento juntamente com a percepção, inteligência, aprendizagem, dentre outros. Freqüentemente os termos, interesses, desequilíbrio emocional, crenças e hábitos são reunidos como aspectos da personalidade e a avaliação de cada uma dessas características pode ser descrita como o estudo de um aspecto da personalidade (Anastasi & Urbina, 2000).

Em muitos casos a forma como as pessoas se relacionam umas com as outras é entendida como uma forma de expressão da personalidade. As pessoas usam freqüentemente os termos, retraído, introvertido, extrovertido, expansivo, agressivo ou de fácil contato para descreverem aspectos da personalidade (Plutichik, 1996).

A psicologia, por sua vez, utiliza o conjunto de comportamentos de uma pessoa para descrever vários aspectos de seu funcionamento psicológico em geral, e da personalidade, em particular. A medida das dimensões psicológicas a partir do comportamento manifesto passa pela adequação da representação comportamental que é um dos elementos das teorias do traço latente (Pasquali, 2000).

Marston (1928, citado por Cole & Tuzinski, 2003) estudando as interações entre os indivíduos e seu ambiente, propôs que o comportamento de expressão das emoções pode ser descrito em um modelo simples de classificação. Seu modelo descreve quatro tipos de padrões de comportamento de expressão emocional que tem início na percepção que a pessoa tem de si mesma em relação ao ambiente. Os quatro tipos foram chamados de dominância, indução, submissão e complacência e foram representados em um modelo bi-dimensional, por meio de dois eixos perpendiculares, formando um plano.

A primeira dimensão descreve a percepção da pessoa com relação ao ambiente, especificamente se o ambiente é favorável ou desfavorável; a segunda dimensão descreve a percepção da pessoa sobre o poder que ela tem sobre o ambiente, mais especificamente se tem mais ou menos poder sobre o ambiente. Combinadas, essas duas dimensões descrevem os quatro tipos de padrões de comportamento ou estilos de comportamento. Dominância, os indivíduos percebem a si mesmos como mais fortes que o ambiente e percebem o ambiente como desfavorável; Indução, os indivíduos percebem a si mesmos como mais fortes que o ambiente e o ambiente como favorável; Submissão, os indivíduos percebem a si mesmos como mais fracos que o ambiente e o ambiente como favorável; Complacência, os indivíduos percebem a si mesmos como mais fracos que o ambiente e o ambiente como desfavorável (Cole & Tuzinski, 2003).

Segundo Plutchik (1996), existem pelo menos duas razões para se supor que estados emocionais e traços de personalidade comumente tratados separadamente, sejam parte do mesmo domínio, nesse caso o domínio das relações interpessoais. A primeira delas é a notável sobreposição dos termos usados na linguagem para descrever traços de personalidade ou estados emocionais. Estados emocionais são usualmente entendidos como uma sensação transitória provocada por uma situação específica, enquanto os traços de personalidade são um padrão estável de respostas para várias situações.

Um outro Circulo Interpessoal foi construído por Kiesler (1983), como uma taxionomia compreensiva de domínio de comportamento interpessoal bi-dimensional integrando e expandindo o conteúdo de quatro outras medidas de comportamento interpessoal de adultos. A saber, The Interpersonal Check List, (ICL) desenvolvido por LaForge e Suczec (1955); The Interpersonal Behavior Inventory, (IBI) apresentado por Lorr e MacNair (1965); The Interpersonal Adjective Scales, (IAS) de autoria de Wiggins (1979, 1981); e a The Impact Message Inventory, (IMI) desenvolvido por Kiesler, Anchin, Perkins, Chirico, Kyle e Fredeman (1985).

O Circulo Interpessoal de Kiesler contém dezesseis categorias que são rotuladas pelas letras de A a P e distribuídas ao redor da circunferência em um sentido anti-horário. Suas definições caracterizam sujeitos com tendência a apresentar padrões de comportamento como os descritos a seguir.

Dominância (A), o sujeito assume responsabilidade com as pessoas com quem está interagindo, aceita ordens e situações de rotina, aceita exemplos, instruções ou avisos das mesmas. Freqüentemente tenta persuadir vigorosamente estas pessoas a seus pontos de vista ou resiste e "defende-se" de tentativas de persuasão.

Competição (B), o sujeito mantém-se firme para demonstrar seu humor às pessoas com quem está interagindo; põe seus interesses à frente, disputa ou desafia a exposição delas. Freqüentemente desdenha frente ao conhecimento ou contribuição delas ou dá o seu melhor para colocar essas pessoas em condições inferiores.

Desconfiança (C), O sujeito dissimula com as pessoas com quem está interagindo ou escapa de perguntas sobre suas próprias intenções ou motivos; procura detectar ou descobrir intenções prejudiciais dessas pessoas. Freqüentemente desconfia das ações úteis delas, acusa-as de um julgamento injusto sobre ele ou encontra dificuldade em perdoar qualquer mal, ofensa ou desapontamento vindo delas.

Frieza afetiva (D), o sujeito encontra dificuldade em expressar cordialidade, aceitação ou aprovação às pessoas com quem está interagindo; espera obediência aos princípios, regras ou regulamentos. Freqüentemente encontra faltas no comportamento delas, avalia-as de forma insensível ou desprendida; tem pouca simpatia ou clemência a respeito da fraqueza ou comportamento irregular delas.

Hostilidade (E), o sujeito por várias vezes quebra as regras com as pessoas com quem está interagindo, faz o que quer ou viola o espaço delas, recusa-se a cumprir ou cooperar com os apelos ou pedidos das pessoas. Freqüentemente opõe-se ou dificulta as sugestões, é brusco, rude ou insolente com elas; discute, queixa-se ou ofende.

Isolamento (F), o sujeito protege sua privacidade com as pessoas com quem está interagindo; mantém-se distante, descomprometido ou insensível; ignora ou não se interessa pelas ocupações pessoais delas ou parece querer retirar-se da presença de outros para seguir suas atividades solitárias.

Inibição (G), o sujeito trabalha de forma séria, precisa e correta sobre as exposições das pessoas com quem está interagindo; comporta-se racional e reservadamente com elas. Freqüentemente delimita e pesa todos os aspectos antes de decidir ou agir, minimiza expressões de sentimentos ou avaliações; evita compromissos, posições ou ações.

Insegurança (H), o sujeito tenta ser modesto ou evita ser pretensioso como as pessoas com quem está interagindo; admite prontamente suas próprias deficiências ou faltas, aceita culpa ou apologias delas. Freqüentemente parece necessitado e solicita suporte ou ajuda das pessoas; permanece culpado, desesperançado ou deprimido na companhia delas.

Submissão (I), o sujeito empenha-se para evitar tomar responsabilidades com quem está interagindo e é rápido para suportar ou cumprir os direcionamentos dados. Freqüentemente consente que os desejos e preferências dessas pessoas sejam feitos, concorda com suas opiniões; volta atrás quando questionado ou desafiado, hesita em adotar qualquer oposição, atitude ou posição.

Deferência (J), o sujeito tenta "aceitar" as pessoas com quem está interagindo com normalidade ou satisfação, faz apenas aquilo que foi pedido, é hesitante em tomar iniciativas para com essas pessoas. Freqüentemente é rápido em observar e seguir as orientações, ou fala favoravelmente, dá crédito ou faz comentários entusiásticos a respeito delas.

Confiança (K), o sujeito é cândido e honesto sobre suas intenções ou motivos; confia nas reclamações das pessoas com quem está interagindo sobre suas próprias intenções e motivos. Freqüentemente acredita no que os outros dizem e encontra-se desprotegido, simpatiza e perdoa qualquer transtorno ou ação das pessoas que possam prejudicar.

Calor afetivo (L), o sujeito é rápido em expressar cordialidade, aprovação ou aceitação para com as pessoas com quem está interagindo e é gentil e compreensivo com os sentimentos delas. Freqüentemente é indulgente em julgar cumprimentos, princípios, regras e regulamentos das pessoas; aponta força e princípios, é compassível ou não opina.

Amigabilidade (M), o sujeito é rápido em cooperar ou assistir as pessoas com quem está interagindo, faz sua parte, é cortês, atencioso ou diplomático; é paciente e complacente, respeita os direitos dessas pessoas e evita qualquer ofensa; encoraja, ajuda ou as conforta.

Sociabilidade (N), o sujeito tenta ser atento e susceptível as pessoas com quem está interagindo, pergunta e interessa-se sobre ocupações pessoais, expressa satisfação e alegria em sua presença. Freqüentemente parece querer iniciar um novo contato e incluí-las em atividades.

Exibicionismo (O), o sujeito é despreocupado e espontaneamente expressivo com as pessoas com quem está interagindo, fala ou faz pequenas premeditações, fala facilmente com essas pessoas. Freqüentemente expressa ou age de forma exageradamente emocional, enfeita os fatos e faz comentários surpreendentes, tenta tornar agradável ou excitante as relações.

Segurança (P), o sujeito tenta firmemente tranqüilizar-se e confiar nas pessoas com quem está interagindo, faz comentários de forma assegurada, evita mostrar-se culpado. Freqüentemente comporta-se formalmente, empenha-se em confiar em seus próprios recursos para tomar decisões enfrentando suas dificuldades ou problemas, expressa prazer em si mesmo, faz menção de seus méritos ou sucessos.

Foram construídos em 1984 os Ckeck List of Interpersonal Transactions (CLOIT) e os Check List of Psycoterapy Transactions (CLOPT) para mapear o comportamento interpessoal de pessoas alvo sobre as dimensões correspondentes as dezesseis categorias do Círculo Interpessoal. Estes são inventários construídos racionalmente em contraposição à construção empírica e possuem um conjunto de itens com conteúdo idêntico. Os itens do CLOPT foram derivados sistematicamente da taxionomia do Círculo para caracterizar o comportamento de oito pacientes e terapeutas em um contexto de psicoterapia individual por meio da observação direta. Os itens do CLOPT foram transcritos e adaptados para compor o CLOIT como uma forma de caracterizar comportamentos interpessoais em interações diádicas, como percebidas e classificadas por cada membro da díade (Kiesler, Goldston & Schmidt, 1991).

Os inventários foram revisados em 1987 e são apresentados em cinco formas, três para o CLOIT-R e duas para o CLOPT-R. O CLOIT-R existe na forma de auto-classificação na qual o sujeito descreve seu próprio comportamento típico quando está com outras pessoas; forma do transator, essa versão é usada na situação em que uma pessoa responde sobre o comportamento de outra com quem ela se relacionou, a chamada pessoa alvo; forma do observador, essa versão é usada por observadores externos que classificam o comportamento da pessoa alvo depois de observações ao vivo ou apresentadas em vídeo. O CLOPT-R, apresentado em duas versões para observar e classificar amostras de comportamento em sessões de psicoterapia ao vivo ou gravadas tendo o terapeuta (forma do terapeuta), ou o paciente (forma do cliente) como pessoa alvo (Kiesler, Goldston & Schmidt, 1991).

Os inventários do CLOIT-R se diferem dos outros nos quais foram inspirados por apresentarem itens em um formato de descrição da freqüência de comportamento manifesto. Também por apresentar uma descrição da pessoa alvo por duas outras, uma que se relaciona com ela e outra que observa seus padrões de interação. Os perfis apresentados pelos resultados são avaliados como padrões típicos de comportamento interpessoal, são facilmente interpretáveis e oferecem benefício em várias situações de análise, tanto em contextos de diagnósticos e tratamento psicológico quanto em pesquisa. Os resultados podem ser considerados como uma imagem visual do campo de força interpessoal que uma pessoa em particular projeta sobre suas interações com outras pessoas em contextos específicos (Kiesler, Goldston & Schmidt, 1991).

Além dos escores nas 16 escalas descritas, outras escalas são sugeridas a partir da combinação dos escores. Por exemplo, o número de itens marcados pelo sujeito formam uma escala específica a NIC (number of items checked), cuja interpretação é uma tendência de respostas ao acaso. A AIN (average intensity number) é a média de intensidade de itens marcados num protocolo e pode ser interpretada como respostas subjetivas de desejabilidade social (Kiesler, Goldston & Schmidt, 1991).

Combinando pares entre as 16 escalas podem ser formados octantes, que são escalas cujo objetivo é descrever padrões mais complexos de comportamentos. As combinações mais conhecidas são PA, BC, DE, FG, HI, JK, LM, NO. Estudos posteriores indicaram octantes não tradicionais como AB, CD, EF, GH, IJ, KL, MN, OP, que devem ser consideradas para estudo. Combinando os resultados de cinco escalas que compõe cada quarto do circulo podem ser formados os quadrantes, por exemplo, o quadrante hostilidade-dominância (HD); hostilidade-submissão (HS); amigábilidade-submissão (AS) e amigabilidade-dominância (AD) (Kiesler, Goldston & Schmidt 1991).

Também é recomendado calcular escores para quatro tipos de hemisférios, são eles, Dominância (DOM), Submissão (SUB), Amigabilidade (AMI), e Hostilidade (HOS). Estudos posteriores sugeriram que é importante a análise dos escores dos hemisférios, especialmente os dois últimos para complementar às observações em psicoterapia. Escores para dois eixos principais podem ser calculados, o escore no eixo vertical interpretado como Controle e o escore no eixo horizontal interpretado como Afiliação (Kiesler, Goldston & Schmidt, 1991).

Pesquisas sobre a tradução de inventários têm sido realizadas no Brasil com objetivo de preencher lacunas existentes sobre instrumentos de avaliação para demandas específicas. Por exemplo, Reichenheima, Moraesa e Hasselmannb (2000), estudaram a equivalência semântica da versão em português da escala Abuse Assessment Screen, utilizando no método os seguintes passos, tradução, retradução (Back Translation), apreciação formal da equivalência e crítica de especialistas. Na fase de tradução foram realizadas duas versões por pessoas diferentes e comparadas posteriormente na terceira etapa. Os pesquisadores consideraram a versão traduzida do instrumento como adaptada à população brasileira, recomendando que seu uso depende de estudos posteriores para verificação das propriedades psicométricas, e também recomendam a inclusão de uma etapa no processo de avaliação na qual se faça uma interlocução com a população alvo.

Berger, Mendlowicz, Souza e Figueira (2004), estudaram a equivalência semântica da Post-Traumatic Stress Disorder CheckList - Civilian Version (PCL-C), tendo seguido os passos de tradução, retradução (Back Translation), apreciação da equivalência e, nesse caso, o estudo incluiu a interlocução com a população alvo ao invés da crítica por especialistas. Para a fase de tradução foram feitas duas versões da escala que posteriormente foram retraduzidas por profissionais qualificados, não ligados ao grupo de pesquisa que realizou a tradução. As versões foram comparadas na fase de equivalência e selecionados os melhores itens para uma versão final. Em seguida, a versão final foi apresentada a uma amostra de conveniência composta por 21 sujeitos da população alvo que fizeram sugestões. Ao final a escala foi considerada adaptada à população brasileira e foi ressaltado que seu uso depende de estudos posteriores das qualidades psicométricas.

Shansis, Berlim, Mattevi, Maldonado, Izquierdo, Fleck (2003) desenvolveram uma versão em português da Clinician-Administered Rating Scale for Mania (CARS-M), sendo que o método utilizado nesse estudo consistiu na tradução pelo grupo de pesquisadores brasileiros, na Back Translation e na discussão com o autor original sobre as discrepâncias encontradas. Como resultado desse estudo foi proposta a Escala Administrada pelo Clínico para Avaliação de Mania (EACA-M) e recomendaram-se estudos posteriores para verificar se as propriedades psicométricas encontradas no original se mantêm na versão em português. Ainda nesse sentido, Pedroso, Oliveira, Araújo, Moraes (2004) estudaram a tradução, equivalência semântica e adaptação cultural do Marijuana Expectancy Questionnaire (MEQ). Nesse estudo foi realizada a tradução, aplicada em dez sujeitos e em seguida realizado brainstorming num grupo de quatro sujeitos para reprodução item a item. Posteriormente, efetuou-se a retradução e a análise semântica pelo grupo de especialistas. Os resultados apontaram para uma versão considerada adaptada com as recomendações de estudos psicométricos.

Várias outras investigações foram realizadas utilizando diferentes métodos, por exemplo, Rosa e Marcolin (2000) relataram a tradução e adaptação da Escala de Influências Medicamentosas (ROMI), como instrumento para avaliar a aderência ao tratamento. Romano e Helkis (1996) relataram a tradução e adaptação de um instrumento de avaliação psicopatológica das psicoses, a Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica- Versão Ancorada (BPRS-A). Lessa (1986) estudou a tradução e adaptação do Sistema Alemão de Documentação e Metodologia Psiquiátrica (AMDP).

Tendo em vista a gama de estudos de tradução e adaptação de instrumentos para a população brasileira, podemos considerar que essa é uma prática reconhecida pela comunidade cientifica. Verificando a escassez de instrumentos que medem padrões de comportamento interpessoal com as características propostas pelo CLOIT-R, o presente estudo teve como objetivo propor uma versão brasileira da forma de auto classificação e verificar se a escolha de sinônimos para a versão traduzida é adequada para descrever padrões de comportamento característicos de tipos de relações interpessoais como os propostos pelo original. E ainda, teve a intenção de verificar se a versão traduzida apresenta descrições usando vocábulos compreensíveis pela população brasileira.

 

Método

Participantes

Participaram desta pesquisa um grupo de 551 estudantes da região metropolitana de Belo Horizonte e região leste do estado de Minas Gerais, com idades variando entre 13 e 52 anos (M= 17,8 e DP= 4,7), sendo que oito pessoas não informaram sua idade. A amostra era composta por 66% de sujeitos do sexo feminino (F=366) e 34% de sujeitos do sexo masculino (F=185). Na data de aplicação 97% dos sujeitos eram solteiros (F=534) e 3% casados (F=17). Quanto à escolaridade 15% estavam cursando a última série do ensino fundamental (F=85), 23% estavam cursando a primeira série do ensino médio (F=126), 25% estavam cursando a segunda série do ensino médio (F=137), 26% estavam cursando a terceira série do ensino médio (141) e 11% estavam cursando o segundo e terceiro semestre do ensino superior (F=62). Com relação ao tipo de instituição 75% estudavam em escolas públicas (F=411) e 25% estudavam em escolas particulares (F=140).

Instrumentos

Check List of Interpersonal Transactions - Revised (CLOIT-R), trata-se de um inventário construído com a finalidade de mapear o comportamento interpessoal de pessoas alvo. É apresentado em três formas, de auto classificação, do transator e do observador e cada uma delas deve ser respondida respectivamente, pela pessoa alvo, por uma pessoa que interage com ela, também chamada de transator, e por um observador que presencia as interações da pessoa alvo.

Cada inventário contém 96 proposições que descrevem ações que podem ocorrer em interações entre pessoas, as proposições são as mesmas em cada forma, ou seja, apresentam as mesmas ações características de interações interpessoais mudando apenas os pronomes de acordo com a forma. Na forma de auto classificação todas as proposições são iniciadas com a particula Enquanto com outros... que fica centralizada no início de cada pagina, os sujeitos são solicitados a ler as proposições e marcar aquelas que descrevem os tipos de interações mais característicos de sua conduta.

As proposições estão divididas nas 16 escalas bi-dimensionais, a saber, Dominância (A), Competição (B), Desconfiança (C), Frieza Afetiva (D), Hostilidade (E), Isolamento (F), Inibição (G), Insegurança (H), Submissão (I), Deferência (J), Confiança (K), Calor Afetivo (L), Amigabilidade (M), Sociabilidade (N), Exibicionismo (O), Segurança (P). Cada uma delas contém 6 proposições que descrevem relações em dois níveis de intensidade, três proposições de intensidade moderada, as quais uma marca coresponde a um ponto, e três em um nivel de extrema intensidade para as quais uma marca recebe dois pontos. O resultado bruto é obtido somando-se os pontos, 1 ou 2 dependendo do nivel de intensidade da proposição, para cada resposta registrada pelo sujeito na folha de respostas. Cada escala pode receber um escore bruto que varia entre 0 e 9 pontos.

Procedimentos

Primeiro foi realizado uma tradução da forma de auto classificação do inventário pelos pesquisadores que em seguida analisaram a versão quanto à adequação semântica da escolha de sinônimos em língua portuguesa. Em seguida o piloto foi lido por dois pesquisadores de áreas diferentes da psicologia que não tinham conhecimento do instrumento e por um professor do curso de engenharia que fizeram sugestões. Depois o piloto foi corrigido por uma professora de português que também não tinha conhecimento do instrumento e oferecido para leitura para dez alunos de graduação, após o que se chegou a versão final.

Em seguida, nas escolas escolhidas os alunos foram convidados a participar da pesquisa. Aqueles que concordaram em participar assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e foram orientados a responder ao teste. Ao responderem as proposições deveriam escrever no verso da folha de respostas, quais as palavras que por ventura desconhecessem o significado, quais as proposições não conseguissem compreender e ainda fazer quaisquer observações sobre os elementos que dificultaram sua compreensão das proposições.

 

Resultados

Durante a análise semântica das proposições algumas delas necessitaram de modificações para melhor adaptação às diferenças nas formas de expressão entre a cultura dos EUA e a cultura brasileira e manter as características que definem os comportamentos típicos avaliados em cada escala. Na versão traduzida foi suprimido o pronome pessoal Eu que no original aparece no início de cada frase e foram acrescentadas reticências para ilustrar que cada frase começava com a partícula no início da página, Enquanto com outros... .

Na escala Insegurança (H), a tradução literal encontrou dificuldades para preservar os dois níveis de intensidade que são propostos no original. As proposições, 30 ... sou hesitante e tímido ao expressar minhas opiniões ou eu me comporto de maneira insegura, com falta de confiança ou me sinto desconfortável e 94 ... estou constantemente insatisfeito comigo mesmo, me sinto culpado ou deprimido ou me sinto sem esperança sobre o futuro. que em português expressam um aumento de intensidade na descrição de um tipo de comportamento de uma para a outra, aparecem juntas no nível de extrema intensidade da escala ambas recebendo 2 pontos. Por outro lado, as proposições 46 ... facilmente peço ajuda ou conselhos. e 78 ... indispensavelmente solicito os seus conselhos, sua ajuda ou os consulto até para problemas e dificuldades do dia-a-dia que também descrevem aumento de intensidade, aparecem juntas no nível de intensidade moderada da escala, ambas recebendo 1 ponto.

As proposições nas quais foi realizada uma adequação da tradução que as distanciavam do original estão listadas a seguir com as respectivas mudanças logo depois da proposição tal como aparece na versão original. Na proposição 6 I Express pleasure in myself; or I comment on my own accomplishments, awards, or successes, foi usado o termo méritos e não prêmios para traduzir awards, que pode ter o significado de mérito, reconhecimento ou distinção; neste contexto, prêmio não seria uma tradução adequada. Como resultado a proposição ficou, ...demonstro que me sinto bem comigo mesmo ou comento sobre minhas realizações, méritos ou sucessos.

Na proposição 24 I refrain at all costs from close visual or physical contact or direct body orientation with them foi retirada a expressão direct body orientation with them , orientação corporal direta com eles, pois na população brasileira esse aspecto da comunicação não verbal não tem a mesma intensidade que na cultura dos EUA, resultando em ... evito a todo custo contato visual ou físico com eles. Na proposição 27 I make strartling or 'loaded' comments; or I take liberties with facts to embellish stories foi usada a expressão modifico no lugar de tomo liberdade com os fatos que seria a tradução literal, porque resulta em uma frase de mesmo impacto que a frase original em inglês e é uma expressão mais coloquial, resultando em ... faço comentários espantosos ou carregados ou modifico os fatos para embelezar estórias.

No item 44 I question or express reservation or disagreement about the focus or direction of the conversation or course of action foi acrescentada a partícula dados por eles para deixar claro a discordância entre a pessoa alvo e as pessoas com quem ela mantém uma interação e melhorar a compreensão da oração, ... questiono ou fico com o ' pé atrás' a respeito da direção da discussão ou da ação dado por eles. Na frase 49 I state preferences, opinions, or positions in a dogmatic or unyielding manner foi acrescentado o pronome pessoal minhas e também em lugar da tradução literal sem ceder ou foi usada a expressão não deixar alternativas, para amenizar a expressão, pois dificilmente as pessoas admitem inflexibilidade nesse nível, ... afirmo minhas preferências, opiniões ou posições de maneira dogmática e sem deixar alternativas.

Na proposição 53 I seem alwayss to agree with or accommodate them; or I seem impossible to rile a expressão I seem always to agree não demonstra duvida, mas reflete a idéia de que se torna impossível dizer com certeza absoluta que sempre concordo, portanto foi traduzida com a expressão Sinto que sempre concordo para descrever uma impressão pessoal do respondente ... sinto que sempre concordo com ou deixo eles 'a vontade' ou sinto que não consigo me irritar. No item 54 I brag about achievements, successes, or good-fortune; or I 'put on airs' as if in complete control of my life o termo to brag foi traduzido como exagero em lugar de ostentar ou esnobar, pois no contexto é uma tradução mais adequada e também com o intuito de amenizar a expressão, … exagero as minhas realizações sucessos ou boa sorte ou ando 'com ar' de que tenho controle total sobre minha vida.

Na frase 63 I Express unbending sympathy, understanding, or forgiveness for their hurtful or injurious actions a expressão hurtful or infurious actions foi traduzida como ações prejudiciais ou que causam dor ou sofrimento com o objetivo de ter expressões usadas com maior freqüência na cultura brasileira, ... expresso simpatia, compreensão ou perdão, para com as suas ações prejudiciais ou que causam dor ou sofrimento. Na proposição 81 I overwhelm or 'steamroll' them by my arguments, positions, preferences, or actions a expressão overwhelm or 'steamroll' foi traduzida como passo por cima deles para refletir a essência da proposição em português e o termo positions por ponto de vista porque esses termos também são comumente usados no contexto descrito pela frase, ... passo por cima deles com meus argumentos meus pontos de vista, preferências ou ações. No item 83 I endlessly avoid or delay clear answer, decisions, actions, or commitment to positions foi usado o termo posicionar-me em lugar de comprometer-me a uma posição que seria a tradução literal, por ser um termo mais freqüentemente usado na forma de expressão em português, ... evito ou adio constantemente dar respostas claras, tomar decisões, agir ou posicionar-me.

Ao proceder a análise dos dados pôde-se observar que foram marcadas como não compreendidas 89 palavras da tradução. Dessas, 24 foram marcadas por menos de 1% da amostra, e outras 57 por um número menor que 10%, a partir dessa observação foram selecionadas aquelas que não haviam sido compreendidas por pelo menos 10% da amostra, o que resultou em apenas oito palavras que estão apresentadas na Tabela 1.

 

 

Em seguida as freqüências das palavras marcadas como não compreendidas foram analisadas em grupos divididos por série escolar, foi possível observar que por um lado a única palavra que diminuiu de freqüência em relação a um aumento da série escolar foi a palavra ambíguos, por outro lado a palavra postergo aumentava de freqüência em relação ao aumento da série escolar, sendo que as demais mantiveram freqüências relativamente equilibradas ao longo das séries, conforme apresentado na Tabela 2.

 

 

A análise realizada com relação ao tipo de instituição, levou em conta a exclusão dos alunos que estão cursando os primeiros semestres do curso superior (todos oriundos de instituições particulares) com vistas a equiparar as duas amostras. Pôde-se observar nos resultados apresentados na Tabela 3 que os alunos de escolas públicas relataram desconhecer essas palavras numa proporção maior que os alunos das escolas particulares, com exceção das palavras postergo, perscrutando e efusivo nas quais existe uma inversão.

 

 

A tabela 4 mostra a relação entre freqüência de palavras marcadas como desconhecida e região demográfica, sendo que três palavras foram marcadas mais freqüentemente na região leste de Minas enquanto que quatro palavras diferentes foram apontadas na região metropolitana de Belo Horizonte e a palavra efusivo apresentou freqüência semelhante nas duas regiões.

 

 

Ao se analisar as proposições que foram marcadas como não compreendidas os resultados apontaram 89 delas, sendo que dessas, 11 foram marcadas por menos de 1% da amostra, 73 por menos que 5%. Sendo assim, selecionou-se para análise aquelas não compreendidas por pelo menos 5% da amostra o que resultou em apenas cinco proposições que estão apresentadas na Tabela 5.

 

 

Avaliados em relação à série escolar os resultados parecem indicar que o aumento da escolaridade não diminuiu a freqüência de proposições não compreendidas. Dos itens marcados com freqüência maior que 10%, a proposição 19 apresentou maior freqüência entre os alunos da oitava série, as proposições 29 e 49 entre os alunos da primeira série, as proposições 15 e 95 entre os alunos da segunda série. A proposição 29 foi marcada como não compreendida por mais de 10% em todos os grupos com exceção do grupo de alunos do curso superior que apresentaram a menor freqüência em todas as proposições, (Tabela 6).

 

 

Para a análise dos grupos divididos por tipo de instituição foram excluídos os alunos que cursavam o ensino superior por não se possuir dados desse grupo para os dois tipos de instituição. Conforme os resultados apresentados na Tabela 7 pôde-se observar que a maior proporção de sujeitos que relatou não compreender essas proposições são provenientes de escolas públicas.

 

 

Em relação aos grupos divididos por região demográfica observou-se nos resultados apresentados na Tabela 8 que os alunos da região metropolitana de Belo Horizonte relataram não compreender essas proposições numa freqüência menor que os alunos da região leste do estado.

 

 

Em seguida foram analisadas também as proposições de menor freqüência de escolha, ou seja, entre aquelas marcadas conforme as instruções do teste foram respondidas como uma descrição do comportamento característico do sujeito por no máximo 15% da amostra. Como podem ser observadas na Tabela 9, 11 proposições obtiveram uma freqüência inferior a 15%. Comparando essas proposições com aquelas que foram marcadas como não compreendidas pelos sujeitos apenas a proposição 29, apontada como não compreendida, aparece entre as de menor freqüência de escolha.

 

 

Conclusão

Ao proceder a análise das proposições que compõem as escalas, na Escala Insegurança (H) observou-se uma dificuldade em identificar na versão traduzida os níveis de intensidade propostos originalmente, principalmente nos pares 30, 94 e 46, 78. Na versão brasileira recomenda-se uma pontuação diferente do original para corrigir os pesos com vistas a manter a relação de intensidade inalterada.

Algumas proposições apresentam semelhanças, com relação às ações descritas pelos verbos, com proposições de outras escalas fazendo com que fiquem muito parecidas. Por exemplo, a proposição 9 da Escala Submissão (I) é muito semelhante a 4 da Escala Deferência (J), o que deve interferir na discriminação dos padrões de relações que são descritos por cada uma delas. Na versão brasileira foi efetuada uma modificação de modo a atender as diferenças na expressão do comportamento típico entre as culturas dos EUA e Brasil, contemplado por cada uma das escalas.

Os resultados sugerem que, por um lado a escolaridade dos sujeitos não melhora ou melhora pouco a compreensão das proposições. Por outro lado, o tipo de instituição de origem dos alunos (pública, particular) parece influenciar na melhor compreensão das proposições, alunos de escolas públicas relatam maiores dúvidas que seus colegas das escolas particulares. Com relação à região demográfica palavras diferentes foram marcadas como desconhecidas o que pode ser considerado como preferências regionais de escolha ou uso de palavras.

Os resultados indicam que o teste pode ser aplicado em pessoas com grau de conhecimento lingüístico compatível ao de alunos a partir da última série do ensino fundamental. E, em se tratando de pessoas cuja instrução foi proveniente de escolas particulares, existe a probabilidade de apresentarem melhor compreensão das proposições.

Ainda no que respeita ao tema, a diferença observada na compreensão dos itens pelos alunos de escolas públicas em relação aos alunos de escolas particulares é de pouca expressão, como se pode observar pela pequena quantidade de proposições marcadas como não compreendidas em todos os casos. Além disso, deve se considerar que essa diferença foi verificada em estudantes e não se pode dizer que posteriormente, após algum afastamento das atividades escolares essa diferença se mantém.

Ao final da análise dos dados pode-se verificar que a escolha de sinônimos usada para a tradução dos itens do CLOIT - R no geral é adequada no que diz respeito à sua compreensão pela população brasileira. Nos 96 itens apenas 57 palavras e locuções foram relatadas como desconhecidas por uma fração maior de 10% da amostra e somente 5 dos 96 itens foram apontados como não compreendidos por uma fração maior de 5% da amostra. Isso resultou na necessidade de uma melhor adaptação de um número pequeno dos itens.

Portanto, a forma do CLOIT - R apresentada como resultado desse estudo pode ser considerada adaptada para a cultura brasileira e suficientemente compreensível por pessoas que tenham conhecimento lingüístico equivalente a estudantes da última série do ensino fundamental. Estudos posteriores das propriedades psicométricas do inventário são necessários para se conhecer suas possibilidades interpretativas e adequação ou relevância para uso no Brasil.

 

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Endereço para correspondência
Universidade São Francisco
Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia
LabAPE - Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional
Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45 - Centro
13251-900 Itatiba-SP
E-mail: gleibercouto@yahoo.com.br

Recebido em Junho de 2005
Reformulado em Outubro de 2005
Aceito em Novembro de 2005

 

 

Sobre os autores:

1 Gleiber Couto: Psicólogo, Doutorando do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Psicologia, Universidade São Francisco. Bolsista CAPES vinculado ao Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional - LabAPE.
2 Antonius Cornelius F. M. van Hattum: Biólogo, Mestre em Neurobiologia e Etologia Humana pela Universiteit van Amsterdam - UvA - Amsterdam, Paises Baixos. Professor do English for Scientists / EnfoS - Belo Horizonte, MG.
3 Luc Marcel Adhemar Vandenberghe: Psicólogo, Doutor em Psicologia pela Université de L'Etat a Liege - UL - Liege, Bélgica. Professor associado ao Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Psicologia, Universidade Católica de Goiás / UCG - Goiânia, GO.
4 Emerson Benfica: Acadêmico do último ano do curso de psicologia, realizando seu trabalho de conclusão de curso no Núcleo AC - PC / UNIVALE - Governador Valadares/MG.

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