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Avaliação Psicológica

versão impressa ISSN 1677-0471versão On-line ISSN 2175-3431

Aval. psicol. v.7 n.1 Porto Alegre abr. 2008

 

EDITORIAL

 

O primeiro editorial do ano de 2008 servirá para informar sobre as novidades na Revista Avaliação Psicológica. A primeira refere-se ao fato de ter um aumento no quadro de 'assistente editorial', com a inclusão de duas alunas do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco: Maiana Farias Oliveira Nunes (doutoranda) e Natália Martins Dias (mestranda). Anteriormente, as tarefas eram solitariamente desenvolvidas pelo Rodolfo Ambiel. Com isto, acredita-se que além da maior agilidade ao processo editorial, será possível atribuir maior qualidade às publicações.

A segunda inovação refere-se à publicação quadrimestral da Revista, de tal modo que a partir deste ano serão publicados três números. Sabe-se que esta decisão é bastante ousada, considerando todas as dificuldades inerentes à publicação de periódicos científicos no país, tal como já abordado em editoriais anteriores. Para que os três números saiam a contento, será necessária a colaboração dos autores e pareceristas, de modo mais ainda mais efetivo. A esse respeito, convém destacar que se tem contado com um crescente aumento da submissão de manuscritos e, ao lado disso, tem-se recebido pareceres mais rapidamente e com qualidade indiscutivelmente superior.

O presente número traz, no total, 10 artigos de pesquisa, uma nota técnica e duas resenhas de livros. Daniel Heredia, Sebastián Piemontesi, Luís Furlan e Edgardo Pérez, da Universidad Nacional de Córdoba, na Argentina, apresentam o artigo Adaptación de la escala de afrontamiento ante la ansiedad e incertidumbre pre-examen (COPEAU). No trabalho, os autores aplicaram a escala referida no título em estudantes universitários argentinos, após traduzi-la de forma direta. Os resultados indicaram duas soluções fatoriais aceitáveis, uma relacionada com a original com três fatores, e uma alternativa, com quatro fatores. Como ambas as soluções apresentaram consistência interna adequada, a manutenção da estrutura original foi adotada.

Tatiane Paschoal e Alvaro Tamayo (Universidade de Brasília) fizeram um estudo, denominado Construção e validação da Escala de Bem-estar no Trabalho, em que partiram do pressuposto que o bem-estar no trabalho envolve variáveis tais como emoções, expressividade e realização pessoal. Assim, as análises indicaram a existência de três fatores, com bons níveis de precisão. Os autores concluem que o instrumento pode ser útil em pesquisas científicas e em diagnósticos organizacionais.

Descrever uma experiência clínica em orientação profissional, focalizando o processo de desenvolvimento da maturidade para a escolha da carreira foi o objetivo de Daniele Palomo Bordão-Alves e Lucy Leal Melo-Silva, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto) no artigo Maturidade ou imaturidade na escolha da carreira: uma abordagem psicodinâmica. Durante o processo relatado, em que um adolescente de 17 anos foi atendido, foram utilizadas técnicas objetivas, como a Escala de Maturidade para Escolha Profissional e projetivas, como o Teste de Fotos de Profissões - BBT-Br. As autoras discutem ao final do relato as possibilidades e limites da Orientação Profissional.

Denise de Souza Fleith (Universidade de Brasília) e Eunice M. L. Soriano de Alencar (Universidade Católica de Brasília) estudaram a relação entre características individuais, características do ambiente escolar e criatividade de estudantes do ensino fundamental no artigo Características Personológicas e Fatores Ambientais Relacionados à Criatividade do Aluno do Ensino Fundamental. A avaliação foi feita por meio da Bateria Torrance de Pensamento Criativo, da escala Perfil de Autopercepção para Crianças, da Escala sobre Clima para a Criatividade em Sala de Aula e um questionário para coletas de informações gerais dos sujeitos. Foram encontradas correlações positivas significativas entre criatividade, autoconceito e clima de sala de aula para criatividade, além de diferenças significativas entre alunos de escolas públicas e particulares em relação à criatividade, bem como entre alunos que estudam uma 2a. língua e os que não estudam.

Construir uma escala de satisfação acadêmica para estudantes universitários foi o objetivo do trabalho de Fermino Fernandes Sisto (Universidade São Francisco), Monalisa Muniz (Faculdades Integradas Einstein de Limeira e Universidade São Francisco), Daniel Bartholomeu (Faculdade Politécnica de Jundiaí e Centro Universitário Salesiano de Americana), Neusa Salete Vítola Pasetto (Faculdade Internacional de Curitiba e Universidade Federal do Paraná), Ana Francisca de Oliveira (Universidade José do Rosário Vellano) e Wilma Maria Guimarães Lopes (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Universidade FUMEC-MG). Após a construção dos itens e a aplicação, foram feitas análises fatoriais, e a precisão de cada fator foi estimada, sendo que os autores indicam a necessidade de mais estudos, inclusive replicando o mesmo. O título do artigo é Estudo para a construção de uma escala de Satisfação acadêmica para universitários.

O objetivo do artigo Escala de investimento corporal (BIS): evidências de sua validade fatorial e consistência interna foi adaptar uma medida de investimento corporal em uma amostra do sexo feminino, buscando-se conhecer evidências de validade fatorial e consistência interna da Body Investment Scale (BIS). Os resultados indicaram que a BIS apresenta boas qualidades psicométricas, podendo ser um bom instrumento para futuras pesquisas. Os autores são Valdiney V. Gouveia, Carlos Antonio Santos, Rildésia S. V. Gouveia, Walberto S. Santos e Sandra L. Pronk, todos da Universidade Federal da Paraíba.

O estudo de Zilda Aparecida Pereira Del Prette (Universidade Federal de São Carlos), Miriam Bratfisch Villa (Psicóloga Clínica), Maura Glória de Freitas (Universidade Estadual de Londrina) e Almir Del Prette (Universidade Federal de São Carlos), denominado Estabilidade temporal do inventário de habilidades sociais conjugais (IHSC) objetivou testar a precisão do instrumento citado. A amostra foi constituída prioritaiamente por díades marido-mulher, que responderam ao IHSC em dois momentos distintos. Constatou-se correlações altas, tanto para o escore geral como para os seis escores fatoriais do instrumento, além de não haver diferença significativa entre os escores de teste e reteste.

Análise fatorial do inventário de depressão infantil (CDI) em amostra de jovens brasileiros, trabalho de Josiane Lieberknecht Wathier, Débora Dalbosco Dell'Aglio e Denise Ruschel Bandeira, todas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, explorou a estrutura fatorial versão brasileira do Inventário de Depressão Infantil (CDI). A amostra foi composta por 951 crianças e adolescentes (56,8% meninas), entre sete e 17 anos. A análise fatorial encontrou uma solução conceitualmente aceitável de três fatores, que explicaram 31,89% da variância das respostas, sendo que o Alpha do instrumento foi de 0,85. As autoras destacam que seus resultados reforçam a validade do CDI.

Investigação psicodiagnóstica de adolescentes: encaminhamentos, queixas e instrumentos utilizados em clínicas-escolas é o título do artigo de Caroline Tozzi Reppold, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, e Claudio Simon Hutz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo do estudo foi investigar o uso de testes psicológicos e encaminhamentos de adolescentes para avaliação em clínica-escolas de psicologia. Os dados conduzem a reflexões sobre as políticas públicas de saúde mental, bem como na formação e profissionalização dos psicólogos brasileiros.

Claudette Maria Medeiros Vendramini e Fernanda Luzia Lopes, da Universidade São Francisco, apresentam estudo que teve como objetivo identificar as dificuldades de psicólogos e estudantes de psicologia quanto à leitura de informações estatísticas contidas em manuais de testes psicológicos. Os resultados de Leitura de manuais de testes psicológicos por estudantes e profissionais de psicologia apontaram no sentido de haver diferenças significativas entre os dois grupos estudados.

Por fim, são apresentadas uma nota técnica e das resenhas de livros. Sonia Regina Pasian e Erika Tiemi Kato Okino, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, de Ribeirão Preto, trazem informações importantes a respeito do Berfusbilder Test - Teste de Fotos de Profissões (BBT). No texto, as autoras fazem uma retrospectiva dos estudos normativos do instrumento em amostras brasileiras. Denise da Fonseca Martins e Mariana Varandas de Camargo Barros, ambas da Universidade São Francisco, apresentam resenhas a respeito de orientação profissional. A primeira apresenta o livro Orientação Profissional: Princípios Teóricos, Práticas e Textos para Psicólogos e Educadores, enquanto que a segunda versa sobre o livro PIP - Programa de Informação Profissional.

Ana Paula Porto Noronha, editora.

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