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Avaliação Psicológica

versión impresa ISSN 1677-0471versión On-line ISSN 2175-3431

Aval. psicol. v.8 n.3 Porto Alegre dic. 2009

 

ARTIGOS

 

Dimensões do construto entusiasmo como percebido em professores universitários

 

Dimensions of the construct entusiasm perceived in university teachers

 

 

José Florêncio Rodrigues Jr.I, *; Luiz PasqualiII, **; Cristiane Faiad de MouraIII, ***

I Universidade Católica de Brasília, Brasília, Brasil
II Universidade de Brasília, Brasília, Brasil
III Universidade Salgado de Oliveira, Rio de Janeiro, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O presente estudo intenta examinar o construto entusiasmo, tal como evidenciado por docentes universitários. Partindo de uma abordagem ex post facto, o estudo baseou-se num questionário constituído de cinco itens centrados em dados demográficos do aluno respondente, dados sobre sexo e indicação nominal do professor identificado como entusiasmado e 24 proposições associadas a escalas Likert representando percepções sobre o professor entusiasmado. A Escala de Avaliação do Professor Entusiasmado (EAPE) foi administrada a 457 estudantes do penúltimo e último semestres de seis cursos de dez instituições de ensino superior representando as regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Os dados obtidos foram submetidos à análise fatorial, utilizando a técnica dos Componentes Principais - PC. Seis componentes de primeira ordem e três de segunda ordem emergiram do processo, que foram submetidos à rotação Varimax. Ao Componente 1 de segunda ordem, Sábio e Respeitoso, agregaram-se três de primeira ordem: Perito, Atento e Atencioso. O Componente 2 de segunda ordem, Ranzinza, teve dois componentes de primeira ordem agregados a si: Sisudo e Introvertido. Finalmente, o Componente 3 de segunda ordem, Relaxado, teve um componente de primeira ordem a ele associado: Relapso. Após a interpretação dos dados os autores indicam novas alternativas a serem exploradas no estudo do construto.

Palavras-chave: Entusiasmo, Validação, Professores.


ABSTRACT

The present study aims to examine the construct enthusiasm, as evidenced by university faculty. Taking an ex post facto approach to the problem, the study was based on a questionnaire made up of five items addressing demographics of the student, gender of the enthusiastic faculty and the indication of his/her name, and 24 propositions associated to Likert scales representing perceptions concerning the enthusiastic faculty member. The questionnaire was administered to 457 university seniors of 6 courses of 10 higher education institutions representing the Middle-West and Southeast regions of Brazil. The data collected was submitted to factor analysis by means of Principal Components - PC. Six first order and three second order components emerged, which were submitted to Varimax rotation. Component 1 of second order, Wise and Respectful clustered three first order components: Expert, Watchful and Courteous. The second order Component, Surly, aggregated two first order components, Serious and Introvert. Finally, second order Component 3, Negligent, had first order component Relapse associated to it. Following the interpretation of the data, the authors point out new alternatives to be explored in studying the construct.

Keywords: Entusiasm, Validation, Teachers.


 

 

Introdução

Até a década de 1960, pesquisadores das ciências do comportamento mantiveram-se à distância de construtos situados no domínio da moralidade, da espiritualidade e dos sentimentos. Possivelmente a fluidez, volatilidade e indefinição de contornos de tais construtos desencorajassem a aproximação a eles com instrumentos das ciências naturais, particularmente, o emprego de abordagens quantitativas.

Entretanto, a partir da década citada observa-se o aparecimento de estudos psicométricos focalizando construtos ditos fluidos. Embora temerosos de pisar o chão sagrado no qual os referidos construtos se situavam, pesquisadores iniciaram sua exploração. Dois deles ilustram essa mudança. Um deles centra-se no construto esperança; o outro no construto confiança. Snyder e colaboradores (1991), mediante emprego de análise fatorial, distinguiram dois fatores subjacentes a esperança: (a) objetivos e (b) estratégias. Abordagem diversa da anterior foi adotada por Tschannen-Moran e Hoy (2000) ao estudar o construto confiança. Valendo-se de ampla revisão da literatura, definiram sete facetas daquele construto, entre as quais, disposição a tornar-se vulnerável, competência e benevolência.

O presente estudo detem-se em examinar um outro construto fluido: o entusiasmo. Entretanto, como visto aqui, entusiasmo não se estende a toda gama de manifestações no ser humano. Ao contrário, examina-se sua manifestação num contingente particular de indivíduos, ou seja, docentes universitários.

Diferentes estudos examinando características de bons professores universitários - a ora denominados eficientes, ora eficazes ou professores de qualidade - enumeram, entre elas, o entusiasmo. Assim, entusiasmo figura entre as características identificadas por Li e Kaye (1998), indicadas por universitários ingleses em professores de qualidade superior (1998) e em universitários norte-americanos (ONWUEGBUZIE, Anthony J. & colaboradores, 2007).

Embora integrando o elenco de características de bons professores universitários, entusiasmo sofre uma limitação: ele constitui-se um construto de alta inferência; ou seja, baixas definição e objetividade. Por ser um construto de inferência elevada, o profissional do ensino desconhece sua natureza, estrutura e manifestação. Constitui-se, pois, um desafio para o estudioso da educação superior explicitar o construto entusiasmo do professor em componentes de baixa inferência; implica dizer, alta definição. O presente estudo constitui-se mais um degrau nessa busca. Com ele se intenta perscrutar as dimensões do construto entusiasmo do professor.

Breve Retrospecto de Estudos sobre Entusiasmo do Professor

Consulta a mecanismos de busca, tais como Web of Science e ERIC, resultou em cerca de duas dezenas de estudos estrangeiros sobre entusiasmo do professor. Foram consultadas bases de dados de teses e dissertações no Brasil, entre elas a do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), das bibliotecas das Universidades Federais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais; da Pontifícia Universidade Católica do Rio, da Universidade de São Paulo e da Universidade de Campinas. Entusiasmo do professor está ausente nesses acervos como objeto de pesquisa, o que sugere que ele ainda não mereceu atenção de estudiosos brasileiros.

Os primeiros estudos sobre entusiasmo do professor são de origem norte-americana e datam da década de 60 do século XX; eles centraram-se no professor do ensino fundamental e médio. O entusiasmo no docente do ensino superior começa a ser investigado na década de 80 do mesmo século.

É instrutivo atentar para a natureza desses estudos, tal como o fez Monteiro (2003). Eles podem ser agrupados em estudos experimentais e ex post facto. Típico do primeiro grupo é a intervenção na conduta do professor, o qual passa a empregar variados recursos associados a entusiasmo; por exemplo, locomover-se frente à turma ou fitar os alunos. Pesquisas ex post facto se dão após o fenômeno - no caso presente, o professor entusiasmado e sua instrução - haver se verificado. Nesse último grupo de pesquisas, o dado provém de percepções de alunos, particularmente do ensino superior. Um pressuposto permeia essas pesquisas: entusiasmo seria um construto constituído de comportamentos atômicos, os quais o professor assimila, incorpora, à sua instrução. Implica dizer, o professor "aprende" a ser entusiasmado mediante assimilação, à sua conduta, de comportamentos singulares.

Uma parcela pequena de estudos do final da década 1990 trata do professor universitário entusiasmado, porém tangencialmente. É o caso do estudo de March e Roche (2000). Estes procederam a uma re-análise de dados de estudos precedentes sobre a influência de duas variáveis independentes - carga de trabalhos exigidos de estudantes e condescendência do docente - sobre avaliações do ensino. Entusiasmo era um dos aspectos da avaliação do ensino e não teve relação com as notas obtidas pelos estudantes. Os autores ponderaram que, fosse real a influência pretendida, deveria ser clara a relação entre notas e entusiasmo do docente.

Rumo diverso é trilhado por Monteiro (2003), a qual toma como pressuposto a pré-existência do entusiasmo no professor. Elaborando sobre a concepção dualista de tipos psicológicos de Jung (1991), designados por ele introvertidos e extrovertidos, ela explora o entusiasmo como disposição congênita no professor. Um aspecto constitui uma inovação metodológica nesse estudo. Abrangendo alunos concluintes e professores de Exatas e Humanas de uma universidade privada do Centro-Oeste, os professores integrantes da pesquisa foram identificados nominalmente pelos alunos como sendo professores entusiasmados. Os 29 professores envolvidos foram objeto de investigação no estudo de Monteiro. O traço de permanência e ubiqüidade do entusiasmo no professor entusiasmado foi percebido de modo uniforme tanto por alunos como por professores. Ou seja, o(a) professor(a) entusiasmado(a) o é na sala de aula como fora dela.

Porém, a que se deve o entusiasmo do professor? Questões propostas por Monteiro aos professores identificados inquiriram sobre sua formação em pós-graduação, tempo de docência, tempo lecionando determinada disciplina, entre outras. O teste estatístico empregado não ratificou a importância dessas circunstâncias como tendo papel determinante no entusiasmo do professor. Por outro lado, examinando relatos concisos de episódios (denominados incidentes críticos) nos quais se evidenciou o entusiasmo do professor, emerge uma dimensão merecendo exploração mais detida. Trata-se daquilo que convencionamos denominar a dimensão ética do entusiasmo.

Depoimentos coletados nos incidentes críticos evidenciaram a percepção de alunos de que tais professores comportavam-se em sala de aula movidos por convicções e princípios, tais como respeito à vida, honestidade, mérito do trabalho e do esforço entre outros. Implicaria dizer, o(a) professor(a) entusiasmado(a) além de comportar-se assim de forma consistente, é movido por valores, princípios que lhe foram inculcados no passado.

 

Método

Como se informou inicialmente, no presente estudo busca-se identificar dimensões do construto entusiasmo, tal como percebido por estudantes universitários em seus professores. Assim definido, o problema de pesquisa caracteriza-se como uma análise de fatores subjacentes ao construto entusiasmo do professor. Dessa maneira, o caminho recomendado é o da análise fatorial (Kerlinger, 1973; Kim & Mueller, 1981; Dunn-Rankin, 1990; Gable & Wolf, 1993; Pasquali, 1999). Esses autores são concordes em que a análise fatorial é o método estatístico por excelência para reduzirem-se múltiplas variáveis a um conjunto de fatores.

Participantes

A amostra foi composta por 457 alunos de graduação, concluintes dos cursos, sendo 226 (49,5%) do sexo feminino e 226 (49,5%) do sexo masculino, com faixa etária 253 entre 20 e 24 anos (55,4%), 121 entre 25 e 29 anos e 72 com mais de 30 anos (15,8%). Os dados foram coletados em 9 Instituições de Ensino Superior (IES) das cidades Brasília, Goiânia e Minas Gerais, sendo 38 alunos da área de Exatas (8,3%), 260 de Humanas (56,9%) e 155 de Saúde (33,9%). Quanto ao sexo dos professores avaliados, 155 (33,9%) são mulheres e 296 (64,8%) são homens.

Instrumento

A Escala de Avaliação do Professor Entusiasmado - EAPE foi construída a partir do estudo de Monteiro (2003). A construção da escala deu-se em duas etapas. Inicialmente passou por uma aplicação coletiva e análise preliminar de dados. Esta análise apontou sugestão de modificações em um dos itens da escala, bem como uma ampliação da amostra.

O instrumento final foi composto por três partes, sendo a primeira relativa a dados sócio-demográficos do aluno respondente, a segunda dados sobre o professor a ser avaliado (sexo e indicação nominal) e, por último, 24 itens que avaliam a percepção dos alunos sobre o professor entusiasmado (vide em Anexo A). Os itens são avaliados por uma escala Tipo Likert de 5 pontos (1 = Concordo Fortemente a 5 = Discordo Fortemente).

Procedimento

O instrumento foi aplicado de forma coletiva, em salas de aula, após anuência do professor. Após a entrega do instrumento foi solicitado ao aluno que escolhesse, dentre todos os professores que já ministraram aula em seu curso de graduação, aquele ou aquela que o impressionou como um professor entusiasmado. Definido o professor, o aluno responderia a EAPE. Dado que os alunos eram concluintes de cursos de graduação; mais precisamente, do penúltimo ou último semestre do curso, os mesmos estariam supostamente capacitados a identificar o(a) professor(a) entusiasmado(a), por terem sido expostos ao número máximo de professores no decurso de seus estudos.. O tempo médio de resposta do instrumento foi de 20 minutos.

 

Resultados

Análise Fatorial Exploratória da EAPE

Inicialmente procedeu-se uma análise dos Componentes Principais (PC), sem extração para verificar a possibilidade de fatorialidade da matriz de correlações. Os dados mostraram que a matriz é fatorizável, apresentando um KMO de 0,87 considerado maravilhoso, segundo Kaiser (citado por Pasquali, 2007). A partir da análise do PC os dados mostraram os seguintes critérios de extração de fatores: a) Pelo critério de Kaiser (K1), de autovalores maiores ou iguais a 1, podem ser extraídos 6 fatores; b) Pelo critério de Harmam, de valores de porcentagem explicada maiores ou iguais a 3, tem-se a possibilidade de extração de 12 fatores e c) Pelo critério do Scree Plot (apresentado na Figura 1) é sugerido a extração de 3 a 6 fatores.

 

 

Inicialmente foi realizada uma análise pelo método Principal Components (PC), com rotação oblíqua Direct Oblimin para extração de 3 componentes. A análise de correlação mostrou que os fatores são independentes, sugerindo uma análise com rotação Varimax. A análise de 3 componentes mostrou na Matriz Residual a evidência de 46% de covariância não explicada entre as variáveis, sugerindo uma análise posterior de 4 ou mais componentes. A solução mais adequada foi a de 6 componentes de primeira ordem e de 3 de segunda ordem. A Tabela 1 apresenta a estrutura fatorial com 3 componentes de segunda ordem e 6 de primeira ordem, a partir da rotação Varimax, segundo a proposta de Pasquali (2008).

 

 

A análise interpretativa dos componentes aponta, primeiramente 3 componentes de segunda ordem que tratam, respectivamente, do professor sábio e respeitoso; professor ranzinza; professor relaxado ou relapso. A análise dos componentes de segunda ordem, juntamente com os 6 componentes de primeira ordem possibilitaram a seguinte interpretação:

O Componente I descreve um professor considerado sábio e respeitoso, identificado como um perito na área, uma pessoa atenta e atenciosa.

 

 

 

O Componente III descreve um professor relaxado, visto pelos respondentes como uma pessoa relapsa em sua atividade docente.

 

 

A análise da normalidade dos Componentes I, II e III indica terem eles distribuição normal, com uma concordância acima da média e certa tendência a curtose no Componente I e baixo da média nos Componentes II e III, como identificado nas figuras 5, 6 e 7.

 

 

 

 

A análise dos escores fatoriais para os 3 componentes apresentou médias de 4,03 (Componente I), 2,04 (Componente II) e 1,91 (Componente III). Estes dados apontam que ao se avaliar um professor percebido como entusiasmado, o pesquisador deve considerar as três características definidas nos Componentes: Sábio, Ranzinza e Relaxado. A partir do escore fatorial obtido por um professor, é possível defini-lo a partir destas características. Ou seja, um professor (S1) que obtenha escores 5 (Componente I), 1 (Componente II) e 2 (Componente III), pode ser considerado um professor que de fato é entusiasmado, por conformar-se ao paradigma oriundo do instrumento. Já um professor (S2) que obtenha escores 2 (Componente I), 3,5 (Componente II) e 1 (Componente III), pode ser considerado um professor marcadamente ranzinza e relaxado e pouco destacado como sábio e respeitoso, como apresentado no Figura 8.

 

Possíveis desdobramentos da EAPE

A Escala de Avaliação do Professor Entusiasmado (EAPE) explicitou três componentes que se combinam na formação do professor universitário percebido como entusiasmado pelos seus estudantes: Foram eles denominados, Componente I, sábio e respeitoso, Componente 2, ranzinza e Componente 3, relaxado.

Entretanto, este é um estudo exploratório e tem, por um lado, limitações; por outro lado, sugere exploração mais acurada do construto. Considera-se o número reduzido de proposições integrantes do questionário (24 relativas ao professor entusiasmado) uma limitação do instrumento. Existem, possivelmente, aspectos a serem explorados com instrumento de espectro mais amplo; pode-se expandir o número de proposições em cada Componente pelo menos em 10, aumentando a escala para algo em torno de 60 proposições. É isso que se tem em vista na segunda etapa da pesquisa, já iniciada.

Um segundo aspecto a ser aprofundado refere-se à constituição mesma do construto entusiasmo como percebido por estudantes universitários em seus professores. Os três componentes identificados na análise fatorial correspondem ao que, de fato, acontece com esses professores. Em particular, o Componente 3, relaxado, necessitar clarificação. Parece necessário, a esse ponto, o concurso de pesquisa qualitativa pela qual se possa ganhar um insight mais aproximado do professor universitário entusiasmado.

Nela entrevistar-se-ão professores indicados nominalmente pelos alunos como entusiasmados com o propósito, entre outros, de aprofundar dimensões do construto e assim dar à EAPE maior acuidade.

Uma segunda exploração a ser cogitada com a EAPE: Seria a composição dos seus componentes e facetas a mesma para professores entusiasmados de cursos distintos? Neste estudo houve indicação de que a percepção que alunos de Medicina, por exemplo, têm de um professor entusiasmado não é a mesma que de alunos de Direito. Os dados sugerem existirem distinções; por exemplo, alunos de Direito respondentes da EAPE associam a conduta do professor entusiasmado com a aula expositiva, entendimento diverso de respondentes de outros cursos. Cabe, portanto, refinar a exploração do instrumento com vistas a captar distinções tais como esta.

Finalmente, este estudo integra um painel multifacetado do construto entusiasmo refletido em professores universitários. Explicitando, com este estudo tem-se em vista abordar o fenômeno mediante a metodologia de métodos mistos (mixed methods), na qual combinam-se abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa focalizando o mesmo objeto de pesquisa (MAXWELL, J. A. & LOOMIS, D. M., 2003; ONWUEGBUZIE, Anthony J. & colaboradores, 2007). No caso presente, seguir-se-á à investigação quantitativa do construto entusiasmo manifesto em professores universitários com base na EAPE, estudo subseqüente no qual se entrevistarão professores identificados pelos alunos respondentes do questionário como professores entusiasmados. Dessa forma, espera-se, a um só tempo, expandir e aprofundar o entendimento do construto.

 

Referências

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Endereço para correspondência
E-mails: jfloren@apis.com.br

Recebido em Maio de 2008
Reformulado em novembro de 2008
Aceito em Março de 2009

 

 

Sobre os autores:

* José Florêncio Rodrigues Junior: mestre e doutor pela Emory University (1977; 1983). Integrou o corpo docente e exerceu funções administrativas nas universidades Federal do Piaui (1974-1984), de Brasília (1984-1998) e Católica de Brasília (1995-2008).
** Luiz Pasquali: Docteur e mestre pela Universite Catholique de Louvain (1967;1970). É Professor Emérito da Universidade de Brasília, pesquisador associado do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (docente deste 1975) e coordenador do Laboratório de Pesquisa em Avaliação e Medida (LabPAM).
*** Cristiane Faiad de Moura: Psicóloga, mestre e doutora em Psicologia pelo Programa de Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações da Universidade de Brasília. Atualmente atua como professora do Programa de Mestrado da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO - Niterói).

 

 

 

 

 

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