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Avaliação Psicológica

versão impressa ISSN 1677-0471

Aval. psicol. vol.9 no.1 Porto Alegre abr. 2010

 

 

Formas abreviadas do Wais-III para avaliação da inteligência

 

Abbreviated forms of the Wais-III for intelligence assessment

 

 

Ana Cecília Araújo de Morais Coutinho1; Elizabeth do Nascimento

Universidade Federal de Minas Gerais

 

 


RESUMO

O uso de formas abreviadas constitui-se alternativa fidedigna à escala completa para estimar a capacidade intelectual de um indivíduo com economia de tempo e, consequentemente, com redução de custos. Na literatura norte-americana, principalmente, é possível encontrar inúmeras publicações de pesquisas relativas às Escalas Wechsler de Inteligência que versam sobre a utilização de formas abreviadas como recurso para estudar a capacidade intelectual. Entretanto, a literatura brasileira carece de estudos sobre esse tema. Este trabalho tem, assim, o propósito de levantar o estado da arte sobre formas abreviadas do WAIS-III, aclarar o desenvolvimento, a aplicabilidade e algumas das particularidades dessas versões na avaliação da inteligência, destacando-se a identificação das metodologias recomendadas para elaborá-las.

Palavras-chave: WAIS-III; Avaliação; Inteligência; Formas abreviadas.


ABSTRACT

The use of abbreviated forms constitutes a reliable alternative to full scale in estimating the intellectual capacity of an individual, with economy of time and, consequently, by cutting costs. In North American literature, especially, it is possible to find many research publications on the Wechsler Intelligence Scales, which address the use of abbreviated forms as a resource to study intellectual capacity. Meanwhile, the Brazilian literature lacks studies on the subject. This work has therefore the intention of lifting the state of the art forms abbreviated on the WAIS-III, clarify the development, application and some of the features of these versions in assessing intelligence, is highlighting the identification of the methods recommended to elaborate them.

Keywords: WAIS-III; Assessment; Intelligence; Abbreviated forms.


 

 

INTRODUÇÃO

A avaliação intelectual ou da personalidade é, por muitas vezes, um procedimento que apresenta dificuldades, geralmente relacionadas à extensão da tarefa. Nessas situações, o tempo necessário para realização do teste pode influir negativamente nos desempenhos, dando margem à fadiga, que leva à ansiedade, à diminuição da motivação e da atenção necessárias para a obtenção de um bom resultado. A duração da avaliação é frequentemente problemática, em particular quando utilizada em combinação com outros instrumentos (Rays, Wymer & Wagner, 1999).Historicamente, clínicos e pesquisadores, quando defrontados com a necessidade de encurtar o tempo de testagem, encontraram nas formas abreviadas (FAs) opções de avaliação válidas e precisas (Kaufman & Kaufman, 2001). As FAs constituem-se numa aplicação parcial do teste completo e são consideradas alternativas fidedignas à escala completa para estimar a capacidade intelectual de um indivíduo, com substancial economia de tempo. Elas são desenvolvidas para uso como instrumento de rastreio ou como medida do funcionamento intelectual geral para propósitos de pesquisas ou como instrumento de reavaliação de alguém antes submetido a uma avaliação completa (Axelrod, 2002).

O objetivo deste trabalho foi levantar o estado da arte sobre o desenvolvimento das FAs de um teste psicológico em particular, a Escala de Inteligência Wechsler para Adultos-III (WAIS-III). O WAIS-III, que se encontra adaptado para a população brasileira (Nascimento, 2004), constitui um teste relevante, principalmente nos contextos clínico (para fins de avaliações psicológicas e neuropsicológicas) e de pesquisa, uma vez que sua estrutura torna possível a investigação de um amplo espectro de capacidades cognitivas.

A revisão de literatura sobre as FAs do WAIS-III foi levantada a partir do Google Acadêmico, no período de agosto de 2006 a janeiro de 2009. A busca foi feita, inicialmente, tomando-se como palavras-chave “formas abreviadas”, “versões abreviadas”, “versões curtas” e “formas curtas” e “WAIS-III”. Na literatura brasileira foram encontrados apenas dois artigos referindo-se ao tema. Em uma nova busca, já em inglês, foram utilizadas as palavras “abbreviated forms” e “short forms” e “WAIS-III”, tendo sido encontrados 388 resultados referentes a livros e artigos de diversos periódicos indexados pelo Google Acadêmico relacionados não só ao WAIS-III, mas também às versões anteriores da escala.

Especificamente sobre o WAIS-III foram selecionados 22 artigos em inglês e dois em espanhol, cobrindo o período entre 1999 a 2008. De um total de 26 artigos, 17 foram estudos que investigaram o funcionamento das formas abreviadas em grupos clínicos e um em grupo não clínico; seis utilizaram a amostra de padronização do WAIS-III norte-americano e dois estimaram o tempo gasto na aplicação das formas abreviadas. As referências bibliográficas desses mesmos 26 artigos foram utilizadas para localizar os estudos que cobrem o período de 1943 a 1998, que, por sua vez, foram obtidos em meio eletrônico, nos periódicos indexados no Portal Periódicos (CAPES) ou por solicitação ao serviço da biblioteca.

Embora o WAIS-III seja um teste largamente usado como medida da inteligência, pouco se sabe sobre as características psicométricas de suas FAs no contexto brasileiro. Mas, para que as FAs sejam compreendidas, é necessário, primeiro, caracterizar o teste completo.

A Escala de Inteligência Wechsler para Adultos – Terceira Edição (WAIS-III)

Desenvolvidas ao longo de várias décadas, as Escalas Wechsler tiveram na Escala de Inteligência Wechsler-Bellevue (W-B), de 1939, a primeira forma de publicação. O propósito de seu autor, David Wechsler, foi oferecer um teste apropriado para a avaliação da inteligência de adultos. Conforme apontam Tulsky, Saklofske e Ricker (2003) a definição de inteligência proposta por David Wechsler, isto é, a capacidade do indivíduo agir propositadamente, pensar racionalmente e lidar mais efetivamente com seu ambiente, bem como o formato da escala W-B, reflete as influências que o autor recebeu das teorias sobre a inteligência e sua mensuração próprias de sua época, em particular, as teorias de Spearman e de Thorndike. Wechsler empreendeu esforços para unir essas teorias, pois considerava que ambas estavam corretas. Desta forma, construiu um instrumento que permitisse avaliar tanto a inteligência global quanto habilidades específicas, sendo o QI Total uma expressão da idéia de Spearman sobre a inteligência geral, enquanto os dois grandes fatores expressos pelos QIs Verbal e de Execução contemplam as concepções de Thorndike sobre as habilidades específicas.

Desde a Escala W-B, revisões das Escalas Wechsler foram realizadas com o propósito de aperfeiçoamento, tanto do ponto de vista teórico quanto do prático, além da atualização de normas. Com as revisões, novos subtestes foram incluídos, itens obsoletos foram substituídos e também houve alterações nas regras de pontuação e na obtenção de novos resultados (Nascimento & Figueiredo, 2002b).

A Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS) surgiu em 1955. Suas revisões são a Escala de Inteligência Wechsler para Adultos – Revisada (WAIS-R, 1981) e a Escala de Inteligência Wechsler para Adultos – Terceira Edição (WAIS-III, 1997). No WAIS-III, uma importante alteração diz respeito à extensão da faixa etária, que teve seu teto ampliado de 74 anos para 89 anos, o que estende sua utilidade na avaliação da população com mais idade. Outra importante alteração foi a inclusão de mais três subtestes: Procurar Símbolos, Raciocínio Matricial, e Sequência de Números e Letras (para mais informações sobre a fundamentação teórica e o histórico das revisões do teste, bem como as alterações efetuadas que geraram o WAIS-III, ver Nascimento e Figueiredo, 2002b).

Entre os testes de inteligência individual, o WAIS-III é o de uso mais difundido em propósitos práticos e de pesquisa (Hogan, 2006). Os 14 subtestes que compõem a escala agrupam-se da seguinte maneira: verbal (subtestes Vocabulário, Semelhanças, Aritmética, Dígitos, Informação, Compreensão e Seqüência de Números e Letras), e de execução (subtestes Completar Figuras, Códigos, Cubos, Raciocínio Matricial, Arranjo de Figuras, Procurar Símbolos e Armar Objetos) (Wechsler, 2004a). Os subtestes verbais avaliam a linguagem e os raciocínios verbal e abstrato e têm correspondência próxima com a inteligência cristalizada; os de execução avaliam organização visoperceptual, velocidade de processamento e resolução de problemas que envolvem a ação motora e têm correspondência próxima com a inteligência fluida (Nascimento & Figueiredo, 2002a). O tempo gasto para sua administração completa dura aproximadamente 75 minutos, variando entre 60 minutos e 90 minutos (Wechsler, 2004a), o que pode ser considerado como bastante tempo de envolvimento com a tarefa (Labiak & Rossini, 2008; Ryan & Ward, 1999). Entretanto, esse tempo médio foi calculado tomando-se por base indivíduos saudáveis pertencentes à amostra de padronização da versão original americana do instrumento. Para pacientes com transtornos psiquiátricos e/ou neurológicos, esse tempo torna-se significantemente mais longo, muitas vezes ultrapassando 100 minutos (Ryan, Lopez & Werth, 1998).

O desenvolvimento de formas abreviadas do WAISIII

O mais forte argumento para o desenvolvimento das FAs encontrado na literatura parece ser a necessidade de economizar tempo, uma vez que tanto a aplicação quanto a correção para o cálculo dos escores e a interpretação das medidas do WAIS-III são demoradas. Por esse motivo, muitos estudiosos, principalmente norte-americanos, têm desenvolvido trabalhos sobre FAs, com o objetivo de reduzir o tempo gasto na avaliação, mas sem impactar significativamente a precisão e a validade dos resultados dos escores de sumário (Axelrod, Ryan & Ward, 2001). Um critério também importante para que uma FA seja considerada como aceitável é que ela reduza o tempo de aplicação em no mínimo 50% (Levy, 1968).

As FAs são bastante apropriadas para o uso em pesquisas, já que nessa situação é mais importante a análise dos dados por grupo que o desempenho individual de cada participante (Kaufman, 1990). A literatura sugere que podem ser utilizadas ainda como instrumentos de triagem ou na avaliação de idosos (ver Kaufman & Kaufman, 2001; López, González, Vilariño & Linares, 2003; e Silverstein, 1990). Entretanto, não se recomenda a avaliação por meio de FAs quando se pretende categorizar os QIs das pessoas para diagnóstico ou classificação e fazer inferência neuropsicológica ou clínica sobre o perfil das capacidades individuais (Kaufman & Kaufman, 2001).

Em relação ao WAIS-III, de acordo com a literatura, existem duas abordagens empregadas para se desenvolver FAs. A primeira abordagem usa da seleção de um determinado número de subtestes (variando entre o mínimo de dois e o máximo de nove subtestes), enquanto a segunda abordagem reduz o número de itens de alguns subtestes.

Na abordagem da seleção de subtestes, o primeiro estudo de FAs com as Escalas Wechsler data de 1943. Rabin (1943), utilizando uma amostra composta por pacientes psiquiátricos norteamericanos, selecionou três dos 10 subtestes da Wechsler-Bellevue, todos da escala verbal, para compor sua FA. Encontrou correlação superior a 0,90 entre o QI Total (Quociente Intelectual Total) da versão completa e o QI Total estimado pela FA. Além disso, sua FA precisou de apenas 30% do tempo necessário para a aplicação e a correção, em comparação com a versão completa.

O primeiro artigo elaborado sobre o WAIS e uma versão reduzida foi o de Doppelt (1956). Nesse estudo, empregando dados coletados da padronização americana do WAIS, o autor descreve uma FA composta por quatro subtestes escolhidos pelas mais altas correlações encontradas com as escalas verbal e de execução – Vocabulário e Aritmética; Cubos e Arranjo de Figuras, respectivamente – com o objetivo de estimar o QI Total. Para os sete grupos separados por idade, foram obtidas correlações de 0,95 a 0,96 entre a FA e a versão completa. A seleção de subtestes permitiu a estimativa do QI Total após 35 minutos a 40 minutos de testagem.

Segundo Kaufman e Kaufman (2001), o pesquisador que mais inovou no desenvolvimento e na aplicação das FAs foi Arthur B. Silverstein, e sua grande contribuição também se faz presente no avanço da tecnologia psicométrica. Para o WAIS-R, Silverstein (1982), baseado em dados da amostra de padronização norte-americana, propôs duas composições diferentes para suas FAs: uma díade, composta pelos subtestes Vocabulário e Cubos; e uma tétrade, idêntica à de Doppelt, composta por Vocabulário, Aritmética, Cubos e Arranjo de Figuras. Os valores da precisão entre os escores da FA e da versão completa variaram entre 0,92 e 0,95, e os da validade entre 0,90 e 0,95. Não há referência sobre o tempo gasto na aplicação.

Num trabalho conjunto, Kaufman (1990) desenvolveu FAs do WAIS-R, versão norteamericana, compostas por tarefas extremamente curtas. As informações obtidas em estudos de outros pesquisadores acerca do tempo de administração dos subtestes permitiram que fossem selecionadas objetivamente uma díade (Informação e Completar Figuras), uma tríade (Informação, Completar Figuras e Dígitos) e uma tétrade (Semelhanças, Aritmética, Completar Figuras e Códigos), fundamentadas no critério do menor tempo gasto para a aplicação. Para a díade, a precisão encontrada foi de 0,90 e o tempo de aplicação 12 minutos, o que reduzia em 85% o tempo total gasto para a aplicação da versão completa. Para três subtestes, a precisão foi 0,91 e o tempo 16 minutos, reduzindo em 80% o tempo total e, para quatro subtestes, a precisão foi de 0,93 e o tempo de 19 minutos, equivalente a uma redução de 75%.

Com sete subtestes, existem duas FAs que são comumente usadas e que reduzem o tempo de aplicação em aproximadamente 50%. Esse número de subtestes tem como vantagem a possibilidade de estimar o QIV (Quociente Intelectual Verbal) e o QIE (Quociente Intelectual de Execução), além do QIT (Quociente Intelectual Total). Uma das FAs mais conhecidas é a de Ward (1990), para o WAISR, e inclui os subtestes Informação, Aritmética, Semelhanças, Dígitos, Completar Figuras, Cubos e Códigos. O estudo foi conduzido com uma amostra de 70 homens, encaminhados para avaliação psicológica em um hospital militar dos Estados Unidos. As correlações encontradas entre os QIs do WAIS-R e os QIs estimados correspondentes foram de 0,98 para o QIT, 0,97 para o QIV e 0,96 para o QIE.

Na literatura brasileira, Labiak e Rossini (2008) publicaram um estudo exploratório investigando a precisão do modelo de sete subtestes de Ward (1990) para o QIT, QIV, QIE e Índices Fatoriais em uma amostra composta por 30 jovens adultos saudáveis. Os participantes foram submetidos à aplicação da versão completa e da FA, e os resultados encontrados apontaram correlações variando entre 0,70 e 0,95, significando que o modelo investigado é bastante robusto para uma estimativa rápida das funções cognitivas, tanto para os escores estimados de QIs quanto para os Índices Fatoriais. O tempo médio de aplicação também foi pesquisado: para a versão completa foram utilizados 116,8 minutos, e para a FA, 51,4 minutos.

A segunda FA com sete subtestes deriva de um estudo conduzido por Ryan e Ward (1999), com dados obtidos da amostra de padronização norteamericana do WAIS-III, no qual compararam duas composições distintas de sete subtestes, que se mostraram psicometricamente equivalentes. Uma delas com a mesma composição de subtestes da de 1990 (a que denominaram SF1) e outra FA, na qual o subteste Cubos foi substituído por Raciocínio Matricial (denominada de SF2). As correlações para SF2 foram de 0,96 para o QI Verbal, de 0,92 para o QI Execução e de 0,97 para o QI Total; para a versão completa os valores são 0,97, 0,94 e 0,98, respectivamente, o que mostra precisões consistentemente altas (Ryan & Ward, 1999).

Muitos outros pesquisadores publicaram trabalhos investigando FAs extraídas das escalas

Wechsler. Foram encontradas composições de dois subtestes (p.ex. Ringe, Saine, Lacritz, Hynan & Cullum, 2002), quatro subtestes (p.ex. Blyler, Gold, Iannone, & Buchanan, 2000), cinco subtestes (p.ex. López & cols., 2003), sete subtestes (p.ex. Axelrod & cols., 2001; Labiak & Rossini, 2008; Tam, 2004; Ryan, 1999; Wymer, Rayls & Wagner, 2003) e nove subtestes (p.ex. Axelrod & Ryan, 2000). Outros se preocuparam com FAs que focam a obtenção dos Índices Fatoriais (p.ex. Christensen, Girard & Bagby, 2007; Donders & Axelrod, 2002) e outros ainda concentram a atenção especificamente no tempo de aplicação da FA (p. ex. Axelrod, 2001; Kaufman, 1990; Ryan & cols., 1998).

Num estudo sobre FAs relativamente recente, Ringe e cols. (2002) investigaram díades do WAISIII (Vocabulário e Cubos; Informação e Cubos; Vocabulário e Raciocínio Matricial; Informação e Raciocínio Matricial) numa amostra mista constituída por pacientes neurológicos e psiquiátricos (n = 196), cujos resultados foram submetidos à validação cruzada com uma segunda amostra com 57 participantes. Em ambas as amostras os QIs Total foram altamente correlacionados com os QIs Total estimados (r = 0,90 a 0,92, p < 0,001). Para a composição Vocabulário e Raciocínio Matricial a intercorrelação entre o QI Total da versão completa e o da FA foi de 0,93 para a amostra de teste. Para a amostra de validação cruzada a precisão foi de 0,90. O tempo gasto na aplicação foi de 26 minutos para Vocabulário e Cubos e 22 minutos para Vocabulário e Raciocínio Matricial.

Christensen e cols. (2007) encontraram evidências de validade de uma FA do WAIS-III composta por oito subtestes (FA8), numa amostra de 200 pessoas encaminhadas para avaliação neuropsicológica, que permitiu o cálculo de estimativas tanto do QIT quanto dos quatro Índices Fatoriais (IFs). Esta composição foi alcançada após a análise de díades de subtestes que melhor representariam os IFs. A FA8 inclui os subtestes de Vocabulário e Semelhanças (como medidas da Compreensão Verbal), Completar Figuras e Raciocínio Matricial (como medidas de Organização Perceptual), Aritmética e Dígitos (como medidas de Memória de Trabalho) e Códigos e Procurar Símbolos (como medidas de Velocidade de Processamento). Os coeficientes de precisão e validade encontrados ficaram acima de 0,90. Não foi informado o tempo necessário para a aplicação da composição.

Satz e Mogel (1962) desenvolveram uma abordagem diferente na definição das FAs do WAIS. No sistema que propuseram, todas as escalas e os subtestes estão representados. Os subtestes Dígitos e Códigos foram aplicados integralmente, enquanto que para os outros subtestes somente cada segundo ou terceiro item foi aplicado. A pontuação bruta de cada um dos subtestes foi então multiplicada pelo fator 2 ou pelo 3, conforme o caso, e os resultados convertidos em QIs de acordo com os procedimentos propostos para a versão completa. As correlações encontradas com o WAIS completo foram altas para os três QIs (QI Verbal = 0,99, QI Execução = 0,97 e QI Total = 0,99).

Uma observação importante diz respeito a qual abordagem escolher para compor uma FA. As FAs pela seleção de subtestes são geralmente preferidas no que diz respeito à precisão e à validade (Silverstein, 1990; Tellegen & Briggs, 1967). Há mais vantagens na seleção de subtestes, uma vez que fica mais fácil de administrar, fornece maior confiabilidade, e o tempo total de aplicação é mais curto que o de seleção de itens. Ademais, além de poder substituir satisfatoriamente a escala completa, uma FA baseada na seleção de subtestes permite ainda que seja possível administrar o restante dos subtestes nos casos em que seja necessária uma avaliação intelectual mais acurada (Kaufman, 1977).

Alternativamente ao WAIS-III, uma escala de inteligência Wechsler abreviada foi desenvolvida em 1999. O Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence (WASI) foi criado com o objetivo de solucionar os problemas de tempo e avaliação de idosos (Wymer & cols., 2003). Uma vantagem da WASI é tornar possível o cálculo da estimativa do funcionamento intelectual pelos escores do QIV e do QIE, além do QIT. No entanto, nenhum item dos subtestes que compõem a WASI está incluído nos subtestes correspondentes do WAIS-III. Embora os subtestes meçam construtos semelhantes aos medidos pelo WAIS-III, o conteúdo é diferente; os subtestes da WASI são formas alternativas dos subtestes correspondentes. A WASI é composta de quatro subtestes, dois verbais e dois de execução (Vocabulário e Semelhanças, Cubos e Raciocínio Matricial, respectivamente) que mostraram altas magnitudes de correlação com o funcionamento intelectual geral. Os coeficientes de precisão variaram de 0,81 a 0,97 para as crianças e de 0,84 a 0,98 para os adultos. A versão com dois subtestes fornece somente o QIT, e a versão com quatro subtestes fornece o QIT, o QI Verbal e o QIE (The Psychological Corporation, 1999, citado por Yates e cols., 2006).

De acordo com Wymer e cols. (2003), mais uma vantagem da WASI parece ser a administração da escala num curto período de tempo. O tempo de aplicação estimado varia entre 15 minutos para a versão com dois subtestes e 30 minutos para a versão com quatro subtestes (Axelrod, 2002). Contudo, suas limitações são as mesmas encontradas nas demais FAs, ou seja, o leque do funcionamento intelectual é reduzido a um ou três escores gerais, perdendo-se com isso informações sobre as especificidades das capacidades cognitivas. Yates e cols. (2006) desenvolvem, atualmente, num trabalho conjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Casa do Psicólogo, de São Paulo, o processo de adaptação e normatização da escala para o contexto brasileiro.

Validade e Precisão das FAs

O valor do coeficiente de correlação entre os escores de sumário da FA e os da versão completa é por convenção, a validade da FA (Silverstein, 1990). Uma alta correlação entre os escores das duas versões implica validade. Porém, uma vez que os escores nos subtestes de uma FA são obtidos a partir da pontuação alcançada nos protocolos dos subtestes da versão completa, isso faz com que sejam contados duas vezes. Assim, calcular a correlação entre ambas as versões, com base numa única administração da escala, leva a uma superestimação da correlação, o que segundo Levy (1967) concorre para a presença de elementos espúrios introduzidos pela repontuação. Conforme aponta a literatura, para a correção da correlação é possível utilizar métodos desenvolvidos por diferentes autores: Mcnemar (1950), Levy (1967), Tellegen e Briggs (1967) e Silverstein (1971).

De acordo com Silverstein (1990) a avaliação de uma FA pode ser realizada aplicando-se os três seguintes critérios: 1) deve haver uma correlação significativa e positiva entre a forma abreviada e a versão completa; 2) não devem existir diferenças estatisticamente significativas entre os QIs médios da forma abreviada e os da versão completa; e 3) deve existir uma elevada percentagem de concordância entre a forma abreviada e a versão completa na classificação em categorias qualitativas de QI. A validade de uma FA pode ser ainda verificada por meio da análise da diferença absoluta (discrepância) entre os QIs da versão completa e os da forma abreviada, segundo a proposta de Thompson, Howard e Anderson (1986). Por esse método, a diferença de pontos existente entre os QIs da versão completa e os da FA é alcançada subtraindo-se os escores da versão completa dos escores proporcionais das FAs. Na prática clínica, uma FA que seja útil deve estimar escores equivalentes aos da versão completa, dentro de uma pequena e razoável margem de erro (Schopp & cols., 2001).

Trabalhar com resultados de testes exige que esses escores sejam suficientemente confiáveis. Falase de confiabilidade ou de precisão da medida quando há evidências de que os resultados obtidos são consistentes se repetidos com os mesmos indivíduos ou grupos (Urbina, 2007). Segundo Tellegen e Briggs (1967) “a utilização plena e correta de uma nova combinação de subtestes exige informações sobre a sua confiabilidade” (p. 500). Cabe ressaltar que alguns investigadores elaboraram métodos para calcular e relatar a precisão de uma FA (para aprofundamento do tema, ver Moiser (1943), Tellegen & Briggs (1967) e Sattler (1992).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teórico apontou que a proposição de formas abreviadas para testes como o WAIS-III constitui um campo fértil e atual de investigação com implicações teóricas e práticas. A revisão bibliográfica conduzida permitiu identificar que na literatura internacional é são encontradas inúmeras publicações relativas as FAs propostas para as diferentes versões das Escalas Wechsler de Inteligência. Por meio desta revisão constatou-se também que a literatura brasileira carece de estudos sobre esse tema.

Vários estudos internacionais sugerem que o uso de formas abreviadas do WAIS-III constitui alternativa fidedigna à escala completa para estimar a capacidade intelectual de um indivíduo, sendo o mais forte argumento para o seu desenvolvimento a necessidade de economizar tempo tanto no processo de aplicação quanto de correção. As publicações oferecem suporte empírico para a utilização da FA, particularmente, nos contextos clínicos e de pesquisa. O seu uso é justificado quando no processo de elaboração de uma FA, além do critério de redução do tempo a ser gasto na aplicação em pelo menos a metade do despendido na aplicação da versão completa do WAIS-III, evidências de validade e de precisão são levantadas com a finalidade de se garantir a pertinência de se fazer interpretações dos escores sumários possíveis de serem estimados a partir dela. Foram identificados diferentes métodos para se levantar evidências de validade de uma FA, ressaltando-se entre eles o cálculo da correlação corrigida entre o escore de sumário obtido pela versão completa e pela FA, amplamente utilizado nos estudos.

Foram identificados dois métodos para elaboração de um FA: redução do número de itens de alguns subtestes e seleção de um determinado número de subtestes. A revisão da literatura permitiu identificar que esse segundo método é preferido em relação ao primeiro face aos argumentos bastante relevantes para o contexto da prática profissional: apresentam melhores evidências de validade e precisão, são mais fáceis de aplicar, o tempo de aplicação tende a ser mais curto e permite ainda que seja possível administrar o restante dos subtestes nos casos em que seja necessária uma avaliação intelectual mais acurada.

A literatura sobre o segundo método foi privilegiada no presente artigo, sendo reportados, do ponto de vista histórico, os resultados dos estudos dos principais pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento de FAs para as diferentes versões das Escalas Wechsler de Inteligência. As pesquisas sobre FAs para o WAIS-III em particular sugerem diferentes composições, que incluem desde as propostas ao longo das décadas para as versões anteriores quanto as mais recentes que buscaram investigar novas composições levando-se em consideração os subtestes incluídos nessa versão, especialmente os subtestes Raciocínio Matricial e Procurar Símbolos. Os estudos que propuseram FAs em que o subteste Cubos foi substituído por Raciocínio Matricial revelaram resultados bastante satisfatórios. Procurar Símbolos foi incluído naquelas FAs com maior número de subtestes com a finalidade de permitir avaliar, juntamente com o subteste Códigos, o domínio velocidade de processamento.

Na literatura detecta-se, portanto, o empreendimento de elaborar FAs que incorporem as vantagens do WAIS-III em relação aos seus antecessores. A inclusão do Raciocínio Matricial torna-se relevante em FAs com dois subtestes, pois ao associá-lo com o substeste Vocabulário, por exemplo, tem-se uma medida de raciocínio fluido e uma de raciocínio cristalizado compondo o escore em QI Total. A FA com oito subtestes tem como propósito contemplar um importante avanço no WAIS-III, que é a mensuração de quatro grandes domínios cognitivos: compreensão verbal, memória de trabalho, organização perceptual e velocidade de processamento. Oferece, portanto, em um menor tempo de aplicação, os principais escores de sumário.

Considera-se que a revisão apresentada neste artigo alcançou os seus objetivos, isto é, investigar o estado da arte sobre formas abreviadas e sistematizar as principais informações que possam nortear pesquisas que as investiguem no contexto brasileiro. Pesquisas contemplando diferentes composições e diferentes amostras (clínicas e não-clínicas) favorecerão o uso de FAs por profissionais e pesquisadores brasileiros para avaliação intelectual, com a vantagem adicional de utilizarem o material de um teste já adquirido, sem que seja necessário fazer um novo e caro investimento.

 

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Recebido em Abril de 2009
1ª revisão em Setembro de 2009
2ª revisão em outubro de 2009
Aprovado em Novembro de 2009

 

 

SOBRE OS AUTORES:

Ana Cecília Araújo de Morais Coutinho: psicóloga e especialista em Psicanálise com criança e adolescente pela PUC Minas. Mestre em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela Universidade Federal de Minas Gerais e atualmente aluna do programa de doutorado em Psicologia pela mesma instituição. Docente em Avaliação Psicológica.
Elizabeth do Nascimento: professora Associada do Departamento de Psicologia da UFMG. Membro fundador do Laboratório de Avaliação das Diferenças Individuais da UFMG- LADI. Membro fundador do IBAP.

1Contato:
E-mail: anacecicoutinho@gmail.com
Este artigo é parte da dissertação de mestrado da primeira autora,
intitulada “A investigação psicométrica de formas abreviadas do
WAIS-III para a avaliação da inteligência”, sob a orientação da
segunda autora. O trabalho foi desenvolvido no programa de Pós-
Graduação em Psicologia da UFMG.

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