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Avaliação Psicológica

Print version ISSN 1677-0471On-line version ISSN 2175-3431

Aval. psicol. vol.11 no.3 Itatiba July/Sept. 2012

 

 

Revisão de pesquisas brasileiras sobre o teste de Pfister

 

Brazilian research review about Pfister test

 

Revisión de la investigación brasileña sobre las pruebas de Pfister

 

 

Luciana Mendes da Silva1,I; Lucila Moraes CardosoII

IUniversidade do Planalto Catarinense
IICentro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio

 

 


RESUMO

O Pfister é um método projetivo que visa à compreensão da dinâmica emocional e alguns aspectos relativos a habilidades cognitivas da pessoa avaliada. O método foi introduzido no Brasil no final da década de 1950 e mais de 60 anos depois teve mais uma edição publicada. Nesse período diversos estudos foram realizados e esta pesquisa buscou fazer uma análise dos artigos científicos relacionados ao Pfister no Brasil desde sua inserção no país. O material analisado partiu de um levantamento na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-Psi). Foram encontradas 32 produções científicas sobre o método de Pfister, sendo 20 resumos de artigos científicos publicados em periódicos de pesquisa no período entre 1959 e 2000 e 12 artigos completos desde 2001 até 2011. Notou-se que grande parte dos artigos recentes lança esforços que buscam evidências de validade do Pfister.

Palavras-chave: avaliação psicológica, teste de Pfister; evidências de validade.


ABSTRACT

Pfister is a projective method that aims to understand the emotional dynamics and indicators of cognitive abilities from the assessed person. The method was introduced in Brazil during the late 1950s and, more than 60 years later, another edition was published. During this period several studies were conducted and this research aimed to analyze the scientific articles related to Pfister in Brazil since its inclusion in the country. The material analyzed came from a survey in the Virtual Health Library (BVS-Psi) database. We found 32 scientific productions about Pfister method, 20 scientific articles abstracts published in research journals during the period between 1959 and 2000 and 12 full papers from 2001 to 2011. It was observed that most recent articles launched efforts seeking evidence of Pfister validity.

Keywords: psychological assessment; Pfister Test; validity evidences.


RESUMEN

Pfister es un método proyectivo que tiene como objetivo la comprensión de la dinámica emocional y los indicadores correspondientes a las capacidades cognitivas de la persona evaluada. El método fue introducido en Brasil a finales de 1950 y, más de 60 años más tarde, una nueva edición fue publicada. Este estudio trató de hacer un análisis de los artículos científicos relacionados con Pfister en Brasil desde su inserción en el país. El material analizado procede de una encuesta en la base de datos de la Biblioteca Virtual en Salud (BVS-Psi). Fueron encontrados 32 trabajos científicos sobre el método de Pfister, 20 resúmenes de artículos científicos publicados en revistas de investigación en el período comprendido entre 1959 y 2000, y 12 trabajos completos de 2001 a 2011. Se observó que gran parte de los artículos recientes lanzan esfuerzos que buscan evidencias de validez del Pfister.

Palabras-clave: evaluación psicológica; test de Pfister; evidencias de validez.


 

 

A avaliação psicológica é um processo amplo e complexo no qual são usadas diferentes técnicas para obter informações e compreender o funcionamento psicológico da pessoa avaliada. Nos últimos anos, a área da avaliação psicológica vem se expandindo e ganhando a atenção de diversos ramos da sociedade. De acordo com Primi (2003), a atenção recebida por psicólogos e pela sociedade em geral retoma diversos desafios antigos que precisam ser encarados e solucionados para que a área efetivamente cresça. Para o autor, é preciso que a avaliação psicológica seja compreendida como a responsável pela operacionalização das teorias psicológicas em eventos observáveis, integrando teoria e prática. Essa área viabiliza que as teorias sejam testadas e eventualmente aprimoradas, contribuindo para a evolução do conhecimento na psicologia. A psicologia enquanto profissão possui um histórico que percorre a área da avaliação psicológica e da psicometria em si.

A história da psicometria foi retratada por Pasquali e Alchieri (2001) em cinco períodos. O primeiro período, entre 1836 e 1930, foi influenciado pela inserção da ciência psicológica como novo campo de estudo nas faculdades de medicina, pelo uso dos métodos e recursos psicológicos nas escolas normais e pela criação de diversos centros de pesquisas psicobiológicas relacionados à saúde. Esse primeiro período também foi marcado pelo início do desenvolvimento de instrumentos. No segundo período, entre 1930 e 1962, houve o aumento progressivo do ensino de psicologia nas universidades. Esse foi o início dos tempos áureos dos testes psicológicos, que perdurou até o período seguinte, entre 1962 e 1970, quando a psicologia foi efetivamente regulamentada como profissão e continuava a criação de novos testes psicológicos. No entanto, havia pouco interesse para a análise e elaboração dos parâmetros psicométricos dos instrumentos e no período seguinte, entre 1970 e 1990, o uso dos testes psicométricos foi praticamente abandonado e a sociedade passou a questionar incisivamente o uso deste recurso de avaliação. Após 1990, quinto período descrito, a situação calamitosa dos testes psicológicos no Brasil levou alguns psicólogos a se organizarem e atuarem incisivamente na fundamentação da problemática e avaliação das qualidades psicométricas dos instrumentos.

A preocupação com a situação foi evidenciada nos eventos exclusivos sobre a Avaliação Psicológica promovidos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Esses eventos culminaram na consolidação de sociedades científicas como Associação Brasileira de Rorschach (ASBRo), em 1993, e do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP), em 1997. Em 2002, houve também a criação da revista “Avaliação Psicológica”, específica para produção científica desta área de conhecimento. Nos últimos 20 anos, pode- -se notar um aumento nas publicações relacionadas à área, sendo que na última década produziram-se praticamente três vezes mais que na década de 1980 (Primi, 2010).

Há uma estreita relação entre as pesquisas científicas e os instrumentos psicológicos, pois elas se utilizam dos instrumentos para observar constructos na tentativa de validar explicações sobre o comportamento humano (Primi, 2010). Segundo Anastasi e Urbina (2000), os resultados do uso dos instrumentos psicológicos bem administrados oferecem uma medida objetiva e padronizada de uma determinada amostra de comportamento. Chiodi e Wechsler (2008) reforçam que para avaliar são necessários procedimentos confiáveis.

Os instrumentos psicológicos tradicionalmente são diferenciados em testes de medida objetiva e de medida projetiva. Os instrumentos de medida objetiva acessam informações em níveis diferentes dos instrumentos de medida projetiva (Villemor-Amaral & Pasqualini-Casado, 2006). Os métodos projetivos geram informações sobre o comportamento e tendências espontâneas, isto é, aspectos mais subjetivos que geralmente são motivados por necessidades implícitas e mais passíveis de se tornarem manifestas em contextos específicos do que as técnicas objetivas, cujas implicações de um motivo ou necessidade especial são claras para quem as relata (Villemor-Amaral & Pasqualini- -Casado, 2006).

Dentre as técnicas projetivas, existe o Teste das Pirâmides Coloridas (TPC), que foi criada em 1951 pelo suíço Max Pfister e um grupo de Freiburg, chefiado pelos psicólogos Robert Heiss e Hildegard Hiltmann, que atribuíram o caráter científico ao instrumento (Villemor Amaral, 1978). O TPC é uma técnica não verbal, de rápida aplicação e sem características escolares, o que diminui a possibilidade de não se envolver com a tarefa e as limitações da impaciência ou dificuldade em manter a atenção (Cardoso & Capitão, 2007).

Na administração do TPC, é solicitado que o indivíduo preencha três esquemas de pirâmides usando quadrículos coloridos. Cada esquema de pirâmide tem espaço para 15 quadrículos e os quadrículos uma variedade de dez cores, a saber, azul, verde, vermelho, violeta, laranja, amarelo, marrom, preto, branco e cinza. As cores azul, verde e vermelho possuem quatro tonalidades distintas, enquanto que o violeta possui três tonalidades e as cores laranja, amarelo e marrom possuem duas tonalidades, totalizando 24 matrizes de cor. Para a realização da tarefa é fornecido um esquema de pirâmide por vez e solicitado que preencha o esquema de modo que a pirâmide fique bonita ao gosto do examinando. Ao final, o examinando deverá escolher dentre as três pirâmides que montou a que considera mais bonita (Villemor-Amaral, Primi, Farah, Cardoso & Franco, 2003; Villemor- Amaral, 2005, 2012).

Em 1966, o psicólogo Fernando Villemor- -Amaral publicou o primeiro estudo de adaptação e validação da técnica para uma amostra brasileira e, em 1973, realizou novas pesquisas de normatização do instrumento. Nessa época, o TPC já era reconhecido e tinha ampla aceitação em clínicas, em seleção de pessoal e em outros campos da psicologia (Villemor-Amaral e cols., 2003; Villemor-Amaral, 2005, 2012). Observou-se, entretanto, uma queda na utilização da técnica após terem se esgotado os manuais da segunda publicação, realizada em 1978. Eram escassos os estudos utilizando o TPC e raros os que se preocupavam com a validade diagnóstica do instrumento, tal qual acontecia com a área de avaliação psicológica.

Após 25 anos, Villemor-Amaral e cols. (2003) publicaram um estudo que contribuiu para o valor normativo do TPC. Participaram do estudo 109 pessoas sem histórico de busca de ajuda psicológica ou psiquiátrica que responderam ao instrumento individualmente. Foi analisada a frequência das cores, das síndromes cromáticas e o aspecto formal das pirâmides. A frequência das cores se apresentou muito semelhante com o observado por Villemor-Amaral (1978) e foram apresentadas tabelas referentes à frequência de síndromes cromáticas e ao aspecto formal, que não haviam sido enfatizados em estudos anteriores. Em 2005, foi publicado um novo manual do Pfister (Villemor-Amaral, 2005) e, recentemente, houve a reimpressão revisada do manual (Villemor-Amaral, 2012).

Noronha e Reppold (2010) afirmam que a avaliação psicológica está renascendo e, apesar dos avanços, não se pode ingenuamente acreditar que ela está em nível de excelência, principalmente quando comparada às grandes potências internacionais. Nota-se que as pesquisas na área da avaliação psicológica acompanham o aumento da produção científica nos variados segmentos da sociedade brasileira, bem como a maior disponibilidade dessas informações, que tornam mais palpáveis os estudos de revisão de literatura.

Os estudos que visam à avaliação das pesquisas científicas viabilizam uma compreensão do desenvolvimento histórico do conhecimento científico e propiciam uma perspectiva mais integrada do tema alvo de interesse de profissionais e pesquisadores. Desse modo, o presente artigo tem como objetivo levantar as pesquisas relacionadas ao TPC na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-PSI).

 

Método

Composição da amostra e material

Os artigos foram obtidos por meio de uma busca pelo termo “Pirâmides Coloridas de Pfister”, na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia Brasil (BVS-Psi Brasil). Na busca, surgiram algumas produções não relacionadas à técnica de Pfister, por isto selecionaram-se os 32 artigos científicos sobre o instrumento.

Procedimento

Após a seleção dos 32 artigos, verificou-se que 20 destes foram publicados no período entre 1959 e 2000 e somente os resumos estavam disponíveis para download na internet. Por isso, optou-se em analisar os resumos dos 20 artigos em separado dos 12 artigos publicados na íntegra entre 2001 e 2011 na SciELO ou PePsic.

Os resumos dos artigos publicados até 2000 foram considerados apenas em relação à frequência e objetivo dos estudos. Já os 12 artigos completos foram lidos e quantificados nas categorias de informações criadas, sendo elas: revista científica em que o artigo foi publicado, ano da publicação, objetivo da pesquisa, quantidade de autores, sexo do primeiro autor, titulação e afiliação institucional do primeiro autor e Unidade da Federação das instituições. Verificaram-se também quais outros instrumentos foram utilizados na pesquisa, a descrição do procedimento de análise dos dados e se os artigos apresentavam introdução, justificativa e objetivo bem definidos.

 

Resultados e Discussão

Após realizar as pesquisas no BVS-Psi, as publicações foram primeiramente organizadas por data e objetivo da pesquisa, conforme a Figura 1. Ao considerar as datas de publicação, elas foram organizadas por décadas e os objetivos da pesquisa foram categorizados em três eixos principais, a saber, busca por evidências de validade, estudos de normatização e uso do método de Pfister para investigar aspectos da dinâmica emocional ou cognitiva de pessoas inseridas num contexto específico.

Na Figura 1, observa-se que, na primeira década de uso do Pfister no Brasil, foram produzidos quatro trabalhos, dois buscavam por evidências de validade do instrumento, com foco na importância do diagnóstico pelo Pfister (Amaral & Amaral, 1959) e na influência da “capacidade intelectual” na realização do Pfister (Van Kolck, 1968) e dois verificaram o uso do Pfister em contextos específicos, sendo usado na avaliação de “delinquentes” (Van Kolck, Souza & Baraella, 1966) e outro que buscava compreender a imaturidade neurológica em adultos (Van Kolck, 1967).

 

 

No período entre 1970 e 1979, também foram publicados quatro estudos. O primeiro foi publicado em 1972, tendo como foco a investigação do instrumento em si, mais especificamente o indicador síndrome de propulsão (Van Kolck, Abreu, Sampaio, Chohfi & Baptista, 1972). Três artigos foram publicados em 1973, destes um comparava o Pfister com o teste I.E.S. (Van Kolck, 1973), outro comparava o significado da síndrome de propulsão do Pfister com o Rorschach e o PMK (Van Kolck, Sampaio, Abreu, Baptista & Chohfi, 1973) e o terceiro utilizava o Pfister para avaliação da inteligência (Falek & Van Kolck, 1973), mas não havia especificação da amostra no resumo.

Outros cinco artigos eram da década de 1980. Dois consideraram o uso do instrumento à avaliação psicopatológica (Amaral, Viegas & Riffald, 1980; Marques & Grossman, 1986), dois eram exploratórios, buscando compreender os alcances e limitações do teste, sendo um estudo com crianças (Aguirre & Celli, 1981) e outro sobre a sequência de produção das formas de pirâmides no teste (Marques, 1985) e um investigava conflitos de identidade por meio de técnicas projetivas incluindo o Pfister (Romaro & Loureiro, 1986).

Por fim, havia sete artigos publicados na década de 1990. Um tratava de uma releitura do teste (Brauer, 1990) e os outros seis utilizavam-se da técnica para compreender melhor sobre um determinado contexto, a saber, o Pfister em pacientes com narcolepsia (Levefre, Barreto Filho & Reimão, 1990), a investigação de sentimentos frente à perda auditiva (Souza, Duarte & Cordeiro, 1991), a caracterização da percepção do real em pacientes esquizofrênicos (Carnio & Loureiro, 1993), conhecer o dinamismo psicológico envolvido na rinite alérgica (Mac Faden, Duarte, Nicolas & Farci, 1993), relacionar aspectos afetivos e desempenho acadêmico (Jacob, Loureiro, Marturano, Linhares & Machado, 1999) e o último foi um estudo de caso sobre necrofilia (Rossetto & Luigi, 2000).

Os resumos descritos tiveram uma análise superficial, em especial, pelo fato de alguns serem imprecisos no que se refere à linguagem e não conterem informações suficientes sobre os objetivos, a composição da amostra, método de coleta e análise de dados e resultados. Ainda assim, considera-se que essa revisão das datas das pesquisas com o Pfister confirmam observações de Villemor-Amaral (2005 e 2012) e de Villemor-Amaral e cols. (2003). Ou seja, reafirmam que as duas décadas seguintes à publicação do primeiro manual do Pfister no Brasil, isto é, nas décadas de 1970 e 1980, a técnica conquistou o respeito nos meios acadêmicos e clínicos, contando com diversas publicações de diferentes autores, e uma redução das pesquisas após este período. Nota-se que a maioria das publicações da década de 1990 não focou as qualidades psicométricas do instrumento e sim o uso deles para compreensão de aspectos afetivos de uma determinada amostra da população.

Observa-se também que foram publicados 12 artigos no período entre 2001 e 2011, enquanto foram publicados cinco artigos na década de 1980. Essa relação entre a quantidade de artigos e o período de publicação corrobora com os períodos mencionados por Pasquali e Alchieri (2001) e com a análise de Primi (2010). Pasquali e Alchieri (2001) destacaram o fato de os testes receberem duras críticas na década de 80, notando-se um declínio do uso dos instrumentos e consequentemente estagnando a área de avaliação psicológica. Primi (2010) enfatizou que, na última década, a produção científica na área de Avaliação Psicológica praticamente triplicou em relação à década de 1980.

Sem dúvidas, é um dado animador o aumento significativo na frequência de publicações sobre o TPC. No entanto, é preciso verificar os objetivos e os métodos empregados nesses estudos para que se possa verificar até que ponto essa produção tem colaborado para a superação dos antigos desafios da área, conforme relatado por Primi (2003). Para tanto, os 12 artigos obtidos na íntegra foram analisados nas categorias mencionadas, conforme a Tabela 1.

 

 

Na Tabela 1, observa-se que 58,3% dos artigos foram publicados nas revistas “Avaliação Psicológica” e “Psico-USF”, sendo apenas um artigo a mais na primeira. Destaca-se a existência de um artigo na revista de Cirurgia Digestiva, dando indícios do reconhecimento da importância tanto da avaliação psicológica quanto do teste de Pfister em outras áreas de conhecimento.

No período entre 2001 e 2008, foi publicado pelo menos um artigo por ano, sendo 33,2% no período entre 2003 e 2004, pouco antes da publicação do manual do Pfister (Villemor-Amaral, 2005) e todas elas visavam evidências de validade da técnica. Após 2005, foram publicados 41,66% da produção referente à técnica, sendo que as últimas se dedicaram ao uso prático do Pfister em contextos específicos. Desde 2008 não há novas publicações.

Quanto ao objetivo das pesquisas, observou- -se que 75% delas visam comprovar as qualidades psicométricas do TPC. Delas, sete (58,3%) buscavam por evidências de validade e dois (16,6%) foram estudos de normatização. Os demais 25% se tratavam do uso do TPC em contextos específicos de atuação. Esses dados corroboram o cuidado crescente apontado por Chiodi e Wechsler (2008) e Noronha e Reppold (2010) com a comercialização e uso de instrumentos confiáveis.

No que se refere à quantidade de autores, observa-se que 75% dos estudos tem mais de três autores, sugerindo que se trata de produção de grupos de pesquisas e não de publicações isoladas. No que se refere ao primeiro autor das pesquisas, 91,6% é do sexo feminino, sendo que aproximadamente 60% das pesquisas foram coordenadas pela Prof. Dra. Anna Elisa de Villemor-Amaral, autora do manual do Pfister, publicado em 2005 (com reedição em 2012) e docente da Universidade São Francisco, onde se concentra a origem de 75% dos primeiros autores dos artigos publicados. Esses dados evidenciam a importância de ampliar a divulgação da técnica e a relevância de mais pessoas se apropriarem do método para realização de novas pesquisas.

Das instituições onde o primeiro autor é afiliado, 91,6% localizam-se no Estado de São Paulo, ou seja, a busca por conhecimento e exploração das possibilidades do Pfister está concentrada no estado de São Paulo, mais especificamente na Universidade São Francisco. Nota-se, portanto, que a expansão da avaliação psicológica, embora crescente ainda seja pouco representativa no Brasil, pelo menos no que se refere ao TPC. Esse dado reafirma que ainda há muito para fazer na área de avaliação psicológica e, mais especificamente, na divulgação do Pfister.

Do total de pesquisas realizadas, 41,6% utilizaram a SCID com intuito de confirmar diagnósticos psiquiátricos e tornar homogêneos os critérios para inclusão na amostra. Esse dado confirma os esforços em busca de evidências de validade do Pfister para avaliação psicopatológica, conforme descrito por Amaral e cols. (2003), que parece ser uma das preocupações da área de avaliação psicológica (Noronha & Reppold, 2010).

Quanto aos procedimentos de análise estatística, cinco (41,6%) adotaram a regressão logística, um (8,33%) fez correlação, três (25%) fizeram comparação de grupos, dois (16,6%) usaram estatística descritiva. Apenas um usou análise qualitativa dos dados ao invés de análise quantitativa.

No que se refere à estrutura dos artigos, todos apresentavam introdução, justificativa, objetivo, método, resultados e discussão. Os doze artigos serão descritos de acordo com os objetivos da pesquisa.

Dos sete artigos que visavam buscar evidências de validade, cinco compararam um grupo de pessoas sem histórico de busca de ajuda psicológica ou psiquiátrica com um grupo psicopatológico. Os grupos psicopatológicos que foram comparados com o grupo de não pacientes foram 12 pacientes com Transtorno Obsessivo Compulsivo (Villemor- -Amaral, Silva & Primi, 2002), 15 participantes diagnosticados como alcoolistas (Villemor-Amaral, Silva & Primi, 2003), 15 pacientes que tivessem apresentado pelo menos um episódio de pânico (Villemor- Amaral, Farah & Primi, 2004), 19 pacientes depressivos (Villemor-Amaral e cols., 2004) e 20 esquizofrênicos (Villemor-Amaral e cols., 2005). Nesses cinco artigos, os pacientes foram selecionados em instituições de saúde do interior de São Paulo, sendo encaminhados inicialmente pelos próprios profissionais dessas instituições. O diagnóstico psicopatológico foi confirmado pela Entrevista Clínica Semiestruturada para os critérios do DSM IV (SCID) e foi considerado como critério para inclusão na amostra do grupo psicopatológico. A SCID foi administrada após o cumprimento dos requisitos éticos e em seguida era administrado o teste de Pfister. Os indicadores do TPC analisados foram a frequência das cores e o aspecto formal das pirâmides. Os dados coletados foram analisados por meio da regressão logística, que visa predizer a probabilidade de um evento ocorrer em função de outros fatores.

Os resultados encontrados pelos autores sugerem que o Pfister pode contribuir com o diagnóstico dessas psicopatologias junto a outros recursos para maior segurança diagnóstica. Além disso, os indicadores que divergiram dos dados da amostra normativa possuem uma interpretação coerente com o quadro sintomático observado na doença. Ainda assim, eles sugerem que é preciso ter cautela ao usar o TPC no diagnóstico psicopatológico e destacam a importância de novos estudos que confirmem os achados.

No sexto artigo, que buscou por evidências de validade, Cardoso e Capitão (2006) correlacionaram os indicadores emocionais e aspectos cognitivos do TPC com o Desenho da Figura Humana (DFH). Participaram desse estudo 118 crianças com idade entre 6 e 12 anos e escolaridade entre pré e quarta série do ensino fundamental. Os dois testes foram aplicados na mesma sessão, sendo administrado o Pfister e depois o DFH. O estudo possibilitou compreender alguns aspectos sobre os instrumentos e a partir das correlações encontradas supõe-se que alguns indicadores dos instrumentos avaliam o mesmo traço de personalidade. Porém, o número de correlações foi considerado pequeno e alguns indicadores emocionais do Pfister se relacionaram com muitas variáveis do DFH.

Um sétimo artigo, que buscava evidências de validade do Pfister, foi o estudo desenvolvido por Cardoso e Capitão (2007). Os autores buscaram identificar a sensibilidade do TPC na investigação de aspectos emocionais e cognitivos entre grupos de surdos (29 bilíngue, 21 comunicação total e 31 oralizados) e 37 ouvintes pareados em relação à idade, sexo e escolaridade, sendo todos os participantes do interior de São Paulo. O critério para inclusão na amostra para os surdos foi perda auditiva neurossensorial bilateral congênita ou perinatal e para os ouvintes ausência de histórico de recuperação escolar. Foi usado o Pfister e uma entrevista de identificação. Os dois instrumentos foram aplicados em uma única sessão, utilizando o tipo de comunicação adotado pelo examinando, isto é, Linguagem Brasileira de Sinais com os surdos bilíngues, oralização com os ouvintes e surdos oralizados e fala associada aos sinais com os surdos de comunicação total. Os dados apontaram traços de ansiedade em surdos quando comparados aos ouvintes e algumas diferenças no que se refere à habilidade cognitiva entre os grupos. O estudo contribuiu com as evidências de validade do Pfister para o contexto da surdez e destacou alguns pontos em que o teste facilita a compreensão da dinâmica emocional e da organização cognitiva de surdos.

Em continuidade à análise dos dados da Tabela 1, dois dos artigos tinham como objetivo estudar as normas do Pfister. O primeiro investigou a frequência das cores, síndromes cromáticas e aspecto formal do Pfister para um grupo de 109 pessoas que residiam no estado de São Paulo, com idade entre 18 e 66 anos e sem histórico de busca de ajuda psicológica ou psiquiátrica. Os resultados mostraram que a frequência das cores foi praticamente a mesma encontrada por Villemor-Amaral (1978), que investigou a frequência das cores numa amostra de 200 paulistanos (Villemor-Amaral e cols., 2003).

Já, no segundo estudo de normatização, Villemor-Amaral, Pianowski e Gonçalves (2008) buscaram averiguar se existiam diferenças significativas em diferentes regiões brasileiras. Para este estudo foi composta uma amostra de 83 participantes da capital e interior da Paraíba e interiores do Rio Grande do Norte e Pernambuco, com idade entre 18 e 50 anos, sendo 64% dessa amostra do sexo feminino. O critério para inclusão nesse estudo era que os indivíduos não apresentassem histórico de tratamento psicológico ou psiquiátrico, nem de tratamento por dependência química. Os resultados foram comparados com base na tabela normativa de não-pacientes da região sudeste incluída em Villemor-Amaral (2005). Os resultados mostraram que houve diferença significativa apenas no aspecto formal e na frequência da cor laranja, aparecendo rebaixado para o grupo do nordeste.

Outros três artigos analisados se referiam à aplicação do Pfister em um contexto específico. Oliveira, Pasian e Jacquemin (2001) investigaram o funcionamento psíquico de idosas de 60 anos, voluntárias, moradoras de Ribeirão Preto e com condições mentais e motoras adequadas para realizar o Pfister. Elas foram divididas em dois grupos de idosas, um com 30 institucionalizadas e outro com 30 residentes em seus próprios lares, com propósito de investigar se a institucionalização tem interferência na vida afetiva de idosos. Os instrumentos utilizados foram uma entrevista semiestruturada para coletar dados sobre a vida das pesquisadas ao longo das fases de vida e o teste de Pfister para avaliar o funcionamento afetivo emocional. Os dados foram coletados após consentimento das instituições e dos pesquisados e os resultados qualitativos da entrevista apontaram que as idosas apresentaram semelhanças de sentimentos com relação à infância, fase adulta e velhice, porém as não asiladas visualizavam o momento atual com mais positivismo. Com relação ao Pfister, não houve diferenças significativas entre os grupos, sendo que foram analisados os tipos de formação e a frequência das cores.

Machado, Zilberstein, Cecconello e Monteiro (2008) analisaram indícios da compulsão alimentar antes e dois anos após a cirurgia bariátrica. Foram avaliadas 50 pacientes submetidas à cirurgia bariátrica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sendo 86% da amostra feminina com idade entre 22 e 65 anos. O estudo contou com uma entrevista semiestruturada e o TPC. A pesquisa concluiu que os portadores de obesidade mórbida submetidos à cirurgia bariátrica apresentaram indícios de compulsão alimentar tanto antes quanto depois da cirurgia e que esta compulsão estava relacionada a dificuldades em organizar emoções, à ansiedade, depressão e a um prejuízo na estrutura emocional. No entanto, a impulsividade, o controle, a rigidez e a instabilidade emocional contribuíram para que novos episódios compulsivos viessem a se manifestar. Após a cirurgia, os hábitos alimentares se modificaram e diante das situações que faziam o paciente comer compulsivamente, ele conseguia comer alimentos mais facilmente, de forma que o comportamento alimentar inadequado persistiu e pode se agravar após a cirurgia.

Faria (2008) teve os objetivos de contribuir com a divulgação do Transtorno Dissociativo de Identidade e relatar a riqueza de se utilizar o TPC. O estudo de caso contou com um paciente, sendo que as aplicações do teste ocorreram no consultório do pesquisador em duas sessões e, segundo o autor, duas personalidades em atuação num mesmo psiquismo foram envolvidas neste estudo. O autor considerou que os resultados do estudo permitem considerar o Pfister como um “instrumento enriquecedor” para avaliação de pacientes com Transtornos de Múltiplas Personalidades. Aspectos amnésicos, referências traumáticas e dissociações foram identificados de maneira significativa pelo Pfister.

Pode-se perceber, com base na análise dos 12 artigos, que grande parte deles tinha como objetivo buscar evidências de validade do Pfister no diagnóstico de psicopatologias, tendo sido considerado adequado desde que associado a outros instrumentos ou foram sugeridas mais pesquisas com relação ao objetivo. O fato de ser adequado quando associado a outros instrumentos não deve ser visto de maneira negativa, pois uma boa avaliação geralmente é composta por um conjunto de técnicas diversificadas (Chiodi & Wechsler, 2008).

 

Considerações Finais

A avaliação psicológica é uma área que historicamente passou por períodos de valorização e desvalorização. O TPC, que é um método projetivo, acompanhou esse processo. Os estudos com o método podem ser divididos em duas etapas. A primeira que foi de 1959 até 2000 e a segunda no período entre 2001 e 2011. Ambos foram marcados com pesquisas que inicialmente focalizaram as qualidades psicométricas dos instrumentos e posteriormente os estudos dedicavam-se ao uso desse recurso em diferentes contextos de atuação do psicólogo.

Considerando que as pesquisas com o TPC têm apresentado boas evidências de validade e o fato de elas serem mais frequentes em uma única região do Brasil, sugere-se que pesquisadores oriundos de diversos estados do Brasil, engajados com a ética e o desenvolvimento da avaliação psicológica, desenvolvam pesquisas com esse método. Ademais, nota-se a importância de um número maior de pesquisas usando esse recurso além do contexto clínico. Espera-se, ainda, ter estimulado em pesquisadores e clínicos a continuidade das investigações das qualidades psicométricas do Pfister exploradas em variados contextos.

 

Referências

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Recebido em abril de 2012
Reformulado em julho de 2012
Aceito em agosto de 2012

 

 

Sobre as autoras:

Luciana Mendes da Silva: Psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica pela Universidade para o Desenvolvimento do Alto Itajaí (UNIDAVI). Atualmente é residente em saúde da família e comunidade, pela UNIPLAC, atuando em equipe multidisciplinar.
Lucila Moraes Cardoso: Psicóloga, Mestre e Doutora pela Universidade São Francisco. Professora em cursos de graduação e especialização. Consultora de seleção para empresas, dedicando-se principalmente aos métodos de avaliação Pfister, Zulliger/SC e Rorchach/SC.


1Endereço para correspondência:
Rua Alcinda Passos Varela, 36 - Bairro Universitário Lages-SC CEP 88511-040