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Avaliação Psicológica

versão impressa ISSN 1677-0471

Aval. psicol. vol.12 no.1 Itatiba abr. 2013

 

EDITORIAL

 

 

Na segunda década de existência, a Avaliação Psicológica passa pela primeira mudança visual! A capa e o miolo sofreram modificações, não apenas com o objetivo de tornar a revista esteticamente mais atraente, mas para favorecer a internacionalização do periódico. Assim, recuperamos um título anteriormente sugerido por nosso coeditor Claudio Hutz e o incluímos na capa como nome adicional, para que os números de ISSN impresso e eletrônico não necessitassem ser alterados. Com essa opção, endossada pelo IBICT, mantivemos nosso nome original, mas acrescentamos mais um, Interamerican Journal of Psychological Assessment, que tornará a revista mais facilmente reconhecida como espaço de veiculação de conhecimento da área, também para pesquisadores de fora do nosso país, atraindo novos autores e novos leitores.

Para além dessas mudanças, o conteúdo deste volume continua como nos anteriores, igualmente interessante e com artigos analisados competentemente por integrantes do nosso conselho editorial e pareceristas ad-hoc. Foi com a colaboração deles que trazemos em primeiro lugar o artigo intitulado "Estudo comparativo entre indicadores afetivos das técnicas de Pfister e Zulliger", de Anna Elisa de Villemor-Amaral e Giovana de Souza Quirino, que verificou a correlação entre os tipos de resposta de cor no teste de Zulliger com o aspecto formal no teste das Pirâmides Coloridas de Pfister-TPC. Os dados encontrados evidenciaram que o TPC é sensível para identificar desenvolvimento cognitivo em grupos de crianças e adolescentes.

Danielle Viveiros Guedes, Altemir José Gonçalves Barbosa e Neide Cordeiro de Magalhães, elaboraram a pesquisa "Qualidade de vida de idosos com declínio cognitivo: auto e heterorrelatos". Nele foram comparadas as avaliações efetuadas por idosos (autorrelato) e por seus cuidadores (heterorrelato) quanto à qualidade de vida, bem como analisada a consistência interna de uma mesma medida quando auto ou heterorrelatada. Os resultados permitiram afirmar que ocorreram mais convergências que divergências entre auto e heterorrelatos e que a escala parece ser confiável para uso com idosos e seus cuidadores no contexto brasileiro.

"Funcionamento Diferencial do Item no Alcohol Use Disorders Identification Test" é o artigo de Nelson Hauck Filho e Marco Antônio Pereira Teixeira, que investigaram a presença de Funcionamento Diferencial do Item (DIF) para o sexo nos itens do Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Diante dos achados, os autores recomendam cautela na utilização de escores brutos, especialmente quanto ao seu uso com pessoas do sexo feminino.

Com o objetivo de analisar a relação entre as dificuldades interpessoais na adolescência e dimensões estruturais e clínicas da personalidade, por meio da versão experimental portuguesa do Minnesota Multiphasic Personality Inventory – Adolescent (MMPI-A) e do Questionário sobre o Percurso Escolar, Renato Gil Carvalho e Rosa Ferreira Novo elaboraram o trabalho "Características da personalidade e relacionamento interpessoal na adolescência". Os resultados revelaram diferenças significativas entre os grupos nas dimensões que sugerem perturbações de personalidade.

O estudo "Construção e validação da Escala de Orgulho e suas relações com autoestima", de Lorena Maria Laskoski, Jean Carlos Natividade, Daniela Navarini, Maiala Bittencourt e Claudio Simon Hutz, visou à construção e validação de uma escala para mensurar orgulho em adolescentes e verificar sua correlação com autoestima. Os resultados indicaram a emergência de duas dimensões para orgulho com índices satisfatórios de precisão, denominadas orgulho autêntico e orgulho arrogante.

Com o título "Construção e validação de uma Escala de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho", Fabián Javier Marín Rueda, Fernanda Ottati, Lariana Paula Pinto, Thatiana Helena de Lima e Juliana Maximila de Paula Bueno objetivaram desenvolver uma escala para avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho. A análise da consistência interna evidenciou valores de alfa considerados muito bons para o instrumento.

"Inventário de Potencial de Abuso Infantil – CAP: Evidências de validade e precisão" é o artigo de Karyne de Souza Augusto Rios, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, Patrícia Waltz Schelini, Marina Rezende Bazon e Eulalio Arteaga Piñón. O objetivo foi investigar as evidências de validade de construto e precisão do Inventário de Potencial de Abuso Infantil – CAP. Os resultados encontrados indicaram a viabilidade de adaptação do instrumento.

Margarida Couto, Carlos Farate, Nuno Torres, Susana Ramos e Manuela Fleming verificaram se havia diferenças nas respostas dadas às três subescalas em avaliação na versão em língua portuguesa do Therapeutic Identity Questionnaire (ThId) (fatores curativos, estilo terapêutico e pressupostos de base) em função da orientação teórica, dos anos de experiência e da realização de terapia pessoal de 34 terapeutas e avaliaram as características psicométricas do instrumento. O título do artigo é "Estilo terapêutico e orientação teórica: estudo comparativo com o Therapeutic Identity" e a conclusão do estudo é que a versão apresenta boas qualidades psicométricas e revela-se útil para detectar diferenças de estilo e atitude terapêutica entre clínicos de diferentes orientações teóricas.

O trabalho de Patrícia Nunes da Fonsêca, Deliane Macedo Farias de Sousa, Rildésia S. V. Gouveia, José de Farias de Souza Filho e Valdiney Veloso Gouveia é denominado "Escala de Hábitos de Estudo: evidências de validade de construto". Os autores buscaram reunir evidências de validade da Escala de Hábitos de Estudo (EHE) por meio de dois estudos, cujos resultados revelam adequação da medida para o propósito pretendido.

O artigo "Evidências de validade da Escala de Envolvimento Acadêmico para universitários", de Camila Alves Fior, Elizabeth Mercuri e Dirceu da Silva, apresenta evidências de validade da Escala de Envolvimento Acadêmico. Os resultados demonstraram que a escala contribui para ampliação do conhecimento sobre a vivência acadêmica e reafirma a diversidade de experiências presentes na formação universitária.

Para examinar a validade da versão brasileira da Escala de Atividades do Questionário de Busca Auto Dirigida (SDS), Mauro de Oliveira Magalhães desenvolveu a pesquisa intitulada "Validade de critério da Escala de Atividades do Questionário de Busca Autodirigida". Os resultados corroboraram predições derivadas do modelo hexagonal de avaliação dos interesses e, em termos da prática da orientação profissional, os autores recomendam o uso atento e contextualizado das codificações tipológicas de carreira listadas no instrumento, de modo a adequá-las às características específicas das relações entre educação e trabalho no Brasil.

Intitulado "Uso de inventários comportamentais para a avaliação socioemocional em idade pré-escolar", o estudo de Sofia Major e Maria João Seabra-Santos salientou a importância do uso de escalas de avaliação enquanto medidas do funcionamento socioemocional de crianças pré-escolares. A análise crítica efetuada indicou que, apesar de diversas vantagens, existem também algumas limitações inerentes a esse tipo de instrumento de avaliação, sendo apontadas recomendações para seu emprego mais eficaz.

 

Acácia Aparecida Angeli dos Santos

Editora responsável