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Avaliação Psicológica

Print version ISSN 1677-0471

Aval. psicol. vol.12 no.2 Itatiba Aug. 2013

 

EDITORIAL

 

 

O segundo número de 2013 é composto no período em que nos preparamos para o VI Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica, em conjunto com o IX Congresso Iberoamericano de Diagnóstico y Evaluación Psicológica, que ocorrerá em junho/2013 em Maceió-AL. Nossa revista terá um stand especial, onde estaremos disponíveis para atender nossos leitores e autores.

O primeiro artigo, intitulado “Escala de Atitudes Religiosas, Versão Expandida (EAR-20): Evidências de Validade”, teve como objetivo reunir evidências de validade de construto (fatorial, convergente e discriminante) e fidedignidade desse instrumento. Os autores, Thiago Antonio Avellar de Aquino, Valdiney V. Gouveia, Shirley de Souza Silva e Andrei Alves de Aguiar concluíram que a escala pode ser adequadamente empregada para conhecer as atitudes de religiosidade em diferentes matrizes religiosas como a católica, evangélica e espírita.

Os “Problemas apresentados pelos instrumentos com parecer desfavorável no SATEPSI” foram discutidos por Tatiana de Cássia Nakano. A autora observou que a maioria dos testes reprovados envolvem os construtos da personalidade e inteligência e apresentam problemas principalmente em relação à ausência ou desatualização dos estudos de validade, precisão e normatização. Acrescenta que foram notados, também, problemas com sustentação teórica e equívocos na utilização de análises estatísticas.

Caroline Tozzi Reppold e Claudio Simon Hutz elaboraram o artigo “Evidências de validade da escala de avaliação de ansiedade em adolescentes brasileiros”. O objetivo dos autores foi o de apresentar evidência de validade de critério da escala com base em resultados de dois grupos de adolescentes, sendo um deles com diagnóstico psiquiátrico e o outro composto por escolares indicados pelos professores por apresentarem comportamentos relacionados à ansiedade. Os resultados foram positivos, mostrando a adequação do instrumento para o propósito pretendido.

O artigo “A perícia psicológica em casos de suspeita de abuso sexual infanto-juvenil” de Lara Lages Gava, Cátula Pelisoli e Débora Dalbosco Dell’Aglio teve o objetivo de discutir casos de crianças e adolescentes. Nele são apresentados modos de realização desse tipo de perícia em diferentes contextos e identificados pontos de convergência entre as propostas de diferentes autores.

A “Escala de Avaliação da Metacognição Infantil: evidências de validade e análise semântica” é o artigo de Jussara F. Pascualon e Patrícia Waltz Schelini, cujo objetivo foi a elaboração de itens e análise das evidências de validade baseadas no conteúdo e análise semântica de uma escala de avaliação da metacognição em crianças. Os resultados obtidos foram favoráveis ao acúmulo de evidências de validade.

O propósito do estudo “Validação fatorial de escala de atitudes frente a estilos de liderança” foi buscar evidências de validade de uma escala de atitudes frente à liderança transformacional e transacional. As autoras, Ana Márcia de Oliveira Fonseca e Juliana Barreiros Porto, esclarecem que os itens foram extraídos de escalas internacionais validadas e passaram pelo processo de tradução-retradução. As evidências encontradas apontaram para a validade das interpretações obtidas com a aplicação do instrumento.

Octávio Moura, Mário R. Simões e Marcelino Pereira avaliaram 120 crianças com a prova de fluência verbal semântica e fonêmica e publicaram os resultados no texto “Fluência verbal semântica e fonêmica em crianças: funções cognitivas e análise temporal”. Foi observado um efeito significativo em função da idade da criança, o que corroborou o reconhecimento da sensibilidade desses testes aos processos neurodesenvolvimentais.

O texto “Estudo de validação da Escala de Necessidade de Cognição com amostra portuguesa”, de Alexandra Gomes, Joana Vieira dos Santos, Gabriela Gonçalves, Alejandro Orgambidez-Ramos e Jean-Christophe Giger, teve como objetivo analisar a estrutura fatorial da escala numa amostra Portuguesa. Os resultados mostraram uma estrutura trifatorial, com elevada consistência interna, o que sugeriu a sua aplicabilidade nessa população.

Tendo como pressuposto que o desenvolvimento do self assume diversas trajetórias de acordo com modelos culturais, que se constroem em reação a contextos específicos, Maria Lucia Seidl-de-Moura, Cilio Ziviani, Ana Carolina Fioravanti- -Bastos e Rafael Vera Cruz de Carvalho descrevem a adaptação de um instrumento de avaliação. No artigo “Adaptação brasileira das Escalas de Self Autônomo, Relacionado e Autônomo-Relacionado de Ç. Kagitçibasi”, os autores demonstraram o potencial de contribuição do uso de sistemas de crenças e modelos culturais no contexto brasileiro.

“Tradução, adaptação e evidências de validade para a medida de Conflito trabalho-família” é o artigo de Carolina Villa Nova Aguiar e Antonio Virgilio Bittencourt Bastos. Os autores objetivaram validar para o Brasil uma medida do construto, contemplando as dimensões Interferência do Trabalho na Família e Interferência da Família no Trabalho. Os resultados encontrados apontaram para as boas propriedades psicométricas da medida.

Livia de Oliveira Borges, Maria Teresa Pires Costa, Antônio Alves Filho, Anizaura Lídia Rodrigues de Souza, Jorge Tarcisio da Rocha Falcão, Clara Pires do Rêgo Lobão Amorim Leite e Sabrina Cavalcanti Barros trazem para os leitores o artigo “Questionário de condições de trabalho: reelaboração e estruturas fatoriais em grupos ocupacionais”. Os resultados apontaram que o questionário pode ser útil para diagnósticos ocupacionais.

Para buscar evidências de validade e fidedignidade da “Escala de Avaliações Autorreferentes: características em amostras brasileiras”, Maria Cristina Ferreira, Sayonara Helena Thadeu, Verônica da Costa Masagão, Luziene Francisca da Silva Gottardo, Larissa Maria David Gabardo, Simone Alves Azeredo Sousa e Thays Corletto Tavares Mana relataram as propriedades psicométricas do instrumento. Os resultados da análise fatorial evidenciaram uma estrutura unifatorial, além de índice satisfatório de consistência interna. Os autores recomendaram seu uso em situações de diagnóstico e pesquisas futuras, no contexto das organizações de trabalho.

Estudos brasileiros referentes à evidência de validade de construto do teste SON-R 2½-7[A] foram realizados por Jacob Arie Laros, Girlene Ribeiro de Jesus e Camila Akemi Karino. Em sua pesquisa, com o título de “Validação brasileira do teste não-verbal de inteligência SON-R 2½-7[A]”, os dados da amostra nacional de normatização brasileira foram submetidos à análise fatorial exploratória e à confirmatória. Os resultados sugeriram que o teste é uma ferramenta promissora para a avaliação das habilidades cognitivas de crianças no Brasil.

No estudo de Milena Shimada e Lucy Leal Melo-Silva, publicado com o título de “Interesses profissionais e papéis de gênero: escolhas femininas no BBT-Br”, as autoras avaliaram as participantes atendidas em um Serviço de Orientação Profissional. Os resultados evidenciaram interesses por atividades relacionadas à ajuda e ao cuidado com o outro. Foi discutida a importância de intervenções no campo da Orientação Profissional que ajam sobre os estereótipos de gênero, evitando a restrição de possibilidades no desenvolvimento de carreira.

O artigo de Heloiza de Sousa, Marucia Patta Bardagi e Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes, “Autoeficácia na formação superior e vivências de universitários cotistas e não cotistas” se refere a uma investigação com estudantes cotistas e não cotistas da Universidade Federal de Santa Catarina. Os resultados revelaram a dificuldade dos cotistas nas relações interpessoais e a importância de serviços universitários que poderiam auxiliar na integração acadêmica desses alunos, preparando-os para uma vivência globalizada.

“Validação da Psychological Well-being Scale em uma amostra de estudantes universitários” é o artigo de Wagner de Lara Machado, Josiane Pawlowski e Denise Ruschel Bandeira. Os resultados revelaram que o modelo teórico de seis fatores oblíquos apresentou melhor ajuste e que as seis subescalas se correlacionaram na direção e magnitude esperada com indicadores de bem-estar, denotando as boas propriedades psicométricas do instrumento.

Na Nota Técnica “O Desenho da Figura Humana na avaliação da agressividade infantil”, de Juliane Callegaro e Mariana Bauermann, é enfatizado que o DFH pode contribuir de forma significativa, permitindo à criança a expressão livre e não controlada das emoções que permeiam seus comportamentos.

César Merino Soto, Ryan A. Allen e Scott L. Decker elaboraram a Nota Técnica “Test Gestáltico Visomotor de Bender 2ª versão”, descrevendo as modificações estruturais e funcionais da nova versão, que consiste na maior revisão ocorrida até agora. Esse trabalho revê e apresenta as características do Bender-II, destacando a necessidade de elaboração de pesquisas com o instrumento.

Gabriela da Silva Cremasco resenhou o livro “Desafios Psicossociais da Família Contemporânea - Pesquisas e Reflexões” de Wagner, A. e cols. (2011), editado pela Artmed. Usando linguagem clara e de fácil compreensão a autora descreve os capítulos publicados, revelando o potencial de contribuição da obra.

Espero que a leitura seja proveitosa e que visitem nosso stand em Maceió!

 

Acácia Aparecida Angeli dos Santos

Editora responsável