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Psicologia em Revista

versão impressa ISSN 1677-1168

Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.20 no.1 Belo Horizonte  2014

 

EDITORIAL

 

 

Prezado leitor, O primeiro número de Psicologia em Revista de 2014 oferece um conjunto de reflexões e discussões que contemplam temas estritamente teóricos e outros da prática da Psicologia. O artigo que abre a revista, de Carlos Roberto Drawin, apresenta alguns parâmetros para a discussão acerca do estatuto epistemológico da psicanálise. Mantendo o eixo teórico da psicanálise, temos o texto de Lia Carneiro Silveira, Rúbia Mara Maia Feitosa e Paula Danyelle Barros Palácio que, com base em um caso clínico, escuta o sofrimento do trabalhador e revela que a escuta, fundamentada na psicanálise, pode oferecer subsídios para compreender os sofrimentos que marcam a estruturação psíquica do sujeito. Na trilha do estudo do sofrimento psíquico do trabalhador, Magda Maria Augusto,Lêda Gonçalves de Freitas e Ana Magnólia Mendes investigam as vivências de prazer e sofrimento de trabalhadores de uma fundação pública de pesquisa. Ednéia José Martins Zaniani e Cristina Amélia Luzio também têm por objeto o Poder Público, mas se dedicam à atual política de saúde mental infanto-juvenil, que propõe o diálogo intersetorial permanente e que garanta integralidade dos uidados, como pleiteia o paradigma da atenção psicossocial. É uma pesquisa de cunho documental que reflete sobre a produção científica sobre o tema do desafio da intersetorialidade nos Centros de Atenção Psicossocial da Infância e da Adolescência. O CAPS Infantil é objeto do estudo de Francine Delavald Bottoni e Luciane Marques Raupp, que apresenta uma experiência tendo como foco as vivências, dificuldades, e inquietações surgidas no percurso de aplicação de uma intervenção.

Mais uma vez, a saúde pública fica em foco no trabalho de Luiz Gonzaga Chiavegato Filho e Vera Lucia Navarro, que se dedicam ao estudo das condições de trabalho no Sistema Único de Saúde e sua repercussão sobre a saúde dos trabalhadores.

O diálogo com e sobre as políticas públicas aparece com frequência nas reflexões dos profissionais da Psicologia. Nesse sentido, Fernanda Ludke Nardi, Guilherme Machado Jahn Débora Dalbosco Dell’Aglio buscam desvelar o perfil de adolescentes em conflito com a lei que cumpriam medida socioeducativa em regime fechado em Porto Alegre, observando a ocorrência de eventos estressores, uso de drogas e expectativas de futuro. Os jovens são o centro da reflexão de Leonardo de Sousa Fortes, Maria Elisa Caputo Ferreira, Maria Fernanda Laus e Sebastião Sousa Almeida, mas, no caso, a insatisfação corporal e o comportamento alimentar inadequado entre atletas adolescentes de várias modalidades esportivas e diferentes níveis competitivos. Juliene Madureira Ferreira e Celia Vectore se dedicam ao estudo dos possíveis efeitos de uma prática mediada, com base na utilização dos contos de fadas, na construção de repertórios cognitivos,em crianças pré-escolares.

O último artigo, de Julián Grunin, refere-se aos resultados de uma tese de doutorado desenvolvida na disciplina Psicopedagogia Clínica, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires (UBA). Foram exploradas formas atuais de abordagem clínica sobre questões de simbolização de púberes e adolescentes com dificuldades de aprendizagem

Por fim, este número conta com duas resenhas, uma de uma tese, outra de um livro, e dois resumos de pesquisas da pós-graduação, uma dissertação e uma tese. Beatriz Schmidt, Mauro Luis Vieira, Maria Aparecida Crepaldi apresentam o resumo da dissertação que tem por objetivo verificar a relação entre relacionamento conjugal de pais e temperamento de crianças com idade entre 4 e 6 anos. André Faro, autor da tese “Determinantes psicossociais da capacidade adaptativa: um modelo teórico para o estresse”, apresenta o resumo. Márcia Stengel produziu uma resenha sobre a tese de Merie Bitar Moukachar, “Psicologia da Educação nas licenciaturas: considerações sobre uma didática clínica”.

 

Boa leitura!

A Comissão Editorial.

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