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Psicologia em Revista

Print version ISSN 1677-1168

Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.20 no.3 Belo Horizonte Sept. 2014

 


RESUMO DE TESES E DISSERTAÇÕES

 

 

Engajamento paterno e agressividade em crianças de 4 a 6 anos

 

Gomes, Lauren B. (2011). Engajamento paterno e agressividade em crianças de 4 a 6 anos.

(Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

 

 

Lauren Beltrão Gomes*;Maria Aparecida Crepaldi**

 

 

A violência constitui-se em um dos principais problemas de saúde pública do mundo, sobretudo no que se refere à saúde de crianças e adolescentes. Considerando-se a tendência de que o comportamento agressivo infantil se mantenha na idade adulta e de que possa ser expresso por meio de atos de violência, faz-se relevante a identificação das origens da agressividade bem como dos fatores relacionados ao seu desenvolvimento. Visto que o engajamento paterno tem sido apontado como um importante fator de influência na regulação do comportamento agressivo infantil, objetivou-se investigar a relação entre engajamento paterno e agressividade em crianças de 4 a 6 anos de idade. A pesquisa transversal, descritiva e exploratória usou delineamento quantitativo e os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, questionário de engajamento paterno (QEP), inventário do comportamento infantil (TRF) e escala de comportamento social do pré-escolar (PSBS-T). Responderam aos questionários 50 pais que constituíam família biparental e que residiam com o filho, e 26 educadoras. As crianças foram selecionadas em 13 instituições de educação infantil de Santa Catarina. O tratamento dos dados envolveu análise descritiva e relacional por meio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Constatou-se que os pais estão engajados com seus filhos e que o engajamento é maior nas dimensões que dizem respeito a suporte emocional, disciplina e jogos físicos, indicando que a paternidade passa por um período de transição no qual se mesclam os modelos tradicional e o contemporâneo. O pai com maior jornada de trabalho é menos engajado, e quanto mais a figura paterna se dedica aos cuidados básicos, menos os filhos apresentam problemas de agressividade e problemas externalizantes. Conclui-se que políticas e programas de apoio ao envolvimento paterno são essenciais para a transformação e consolidação da responsabilidade masculina com relação aos filhos e para a prevenção da agressividade persistente.

 

Referências

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*Mestra em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), doutoranda em Psicologia pela UFSC. Endereço: Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Universitário Trindade, Florianópolis-SC, Brasil. CEP: 88040-970. E-mail:laurenbeltrao@yahoo.com.br.
** Pós-doutora em Psicologia, doutora em Saúde Mental, mestre em Psicologia Clínica, professora associada IV da Universidade Federal de Santa Catarina. Endereço: Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Psicologia. Campus Universitário Trindade, Florianópolis-SC, Brasil. CEP: 88040-970.E-mail:maria.crepaldi@gmail.com. Telefone: (48) 3721-9984.

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