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Psicologia em Revista

versão impressa ISSN 1677-1168

Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.21 no.1 Belo Horizonte jan. 2015

 

EDITORIAL

 

 

Caro leitor, Em seu perfil de periódico generalista, acolhendo estudos de diferentes áreas que configuram as pesquisas e as práticas psicológicas, este número de Psicologia em Revista apresenta, inicialmente, três artigos que abordam questões ligadas à velhice e à primeira infância.

No primeiro, Glória Castilho e Angélica Bastos apresentam, à luz da psicanálise, os impasses e a dor que envolvem os "lutos difíceis" na velhice. Em seguida, Keilla Rebeka Simões de Oliveira, Fabíola de Sousa Braz, Nádia Maria Ribeiro Salomão e Clara Raíssa Fernandes de Melo buscam identificar as modalidades do brincar em crianças de 1 a 3 anos de vida, discutindo sua importância para o desenvolvimento infantil. Ainda na área das intervenções precoces na infância, Dorian Mônica Arpini, Edinara Zanatta, Rafaela Quintana Marchesan, Sabrina Dal Ongaro Savegnago e Pedro Henrique Bernardi relatam uma observação da relação mãe-bebê numa unidade básica de saúde, o que coloca em relevo a atuação preventiva da Psicologia no campo da saúde pública.

O texto seguinte discute o lugar do adolescente autor de ato infracional no espaço escolar. Nesse artigo, Jacqueline de Oliveira Moreira, Paula Melgaço, Bruna Simões de Albuquerque, Bianca Ferreira Rocha e Ana Carolina Ferreira Ribeiro abordam alguns impasses na educação de hoje, entendendo a escola como lugar de vida.

O artigo que vem a seguir discute a questão: como o corpo é abordado pela Psicologia? Joanneliese de Lucas Freitas, Caroline Bevilacqua, Juliana Carolina de Castilhos e Luís Henrique Fuck Michel apresentam uma revisão das publicações científicas sobre o corpo, na Psicologia brasileira, na primeira década dos anos 2000.

A temática do corpo está encadeada com três estudos clínicos que revisitam questões sempre atuais. No primeiro, Isadora Klamt da Conceição, Joana Rodrigues Bello, Christian Haag Kristensen e Vinícius Guimarães Dornelles trazem um estudo exploratório em pacientes com transtornos de personalidade borderline, buscando rastrear, por meio da história de traumas na infância, os sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. No segundo, Marcos Vinícius Brunhari e Maria Lívia Tourinho Moretto discutem o entrelaçamento teórico dos temas suicídio e vínculo amoroso, sob o signo da melancolia, por uma reflexão metapsicológica baseada em Freud e Lacan. Segue-se o texto em que Mariana Carvalho da Costa e Cynthia Pereira de Medeiros analisam as aproximações entre os conceitos de depressão e melancolia na obra freudiana, articulando-os a reflexões de autores contemporâneos.

Criminologia e obscenidade do olhar se juntam ao ciberespaço para compor a temática dos três textos. Em primeiro lugar, Fídias Gomes Siqueira aborda as possibilidades de tratamento do sujeito criminoso, com base nos paradigmas da culpa, em Freud, e da responsabilidade, em Lacan. Seguese a análise do filme Janela Indiscreta, de Hitchcock, tomado como a tela em que Renata Damiano Riguini e Ilka Franco Ferrari abordam, na ótima psicanalítica, a "obscenidade do olhar", considerado como um sintoma de nossa época.

Finalmente, Taziane Mara da Silva, Talita de Oliveira Teixeira e Sylvia Mara Pires de Freitas examinam o ciberespaço à luz do existencialismo sartriano, como uma nova configuração do ser no mundo.

Na "Seção Aberta", apresentamos a tradução do texto "Técnicas socioclínicas para a análise institucional das práticas sociais", de Gilles Monceau, da Universidade Cergy-Pontoise/Paris. O autor discute as ferramentas de intervenção para se efetuar a análise institucional de práticas sociais. Trata-se aqui de uma das modalidades da socioclínica institucional.

 

Desejamos a você uma frutuosa leitura de mais este número da nossa revista.

 

A Comissão Editorial

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