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Psicologia em Revista
versão impressa ISSN 1677-1168
Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.23 no.3 Belo Horizonte set./dez. 2017
EDITORIAL
Prezados leitores,
Neste número, continuamos consolidando o compromisso com a diversidade de nossa revista, divulgando temas instigantes e variados no campo da psicologia, abertos à publicação de distintos trabalhos acadêmicos e práticas profissionais que dão conta das distintas realidades de nosso país.
Assim, iniciamos com um artigo que discorre sobre o processo de adoção, examinando as questões dos pais em torno da chegada do futuro filho na cidade de Aracaju. Em contrapartida, o texto seguinte explora a teoria lacaniana, em torno da repetição a partir da análise dos registros do psiquismo.
Retornando à questão familiar, avançamos explorando a visão da família sobre o papel da escola no desenvolvimento das crianças, mediante uma pesquisa qualitativa desenvolvida na cidade de Assis, em São Paulo. Tendo a arte como balizadora das relações não mais a escola o texto subsequente explora a participação das mulheres na música de São João Del Rei, Minas Gerais: cidade reconhecida pela sua forte tradição musical.
Prosseguimos, desta vez dialogando com o filósofo Michel Foucault em seu livro História da loucura, com o intuito de efetuar uma leitura do presente, a partir dos atravessamentos históricos e sociais que constituem os saberes "psi". Ainda examinando o presente, o artigo seguinte estuda por um lado as representações sociais da velhice por meio das vivências dessa fase da vida no mundo atual, ressaltando seus aspectos positivos. Por outro lado, a formação dos analistas lacanianos é investigada a partir das contingências que possibilitam (ou não) o acolhimento à diferença, em seus distintos espaços de atuação que são cada vez mais instigantes para nossa profissão. O texto posterior, ao lidar com as vulnerabilidades sociais nas áreas rurais do Nordeste, destaca esses desafios na lida com as desigualdades sociais e no acesso aos serviços socioassistenciais.
Os três textos subsequentes centram em aspectos éticos-políticos da práxis humana. O primeiro deles aborda a noção de reconhecimento na construção do sujeito político enfatizando a mudança social. Por outro lado, a saúde mental em seu formato asilar é colocada em xeque, rastreando-se as violências políticas e sociais existentes nesse contexto. Ainda na busca da autonomia e em defesa do singular, o processo de reinserção social dos egressos prisionais é estudado em interlocução com a Psicanálise.
A linguagem que nos torna humanos é explorada a partir da perspectiva de Austin e a produção de realidades que este autor defende pela vertente da Linguística denominada Pragmática. Para além da linguagem, a imagem encarnada nos jogos eletrônicos é indagada a partir da violência e da agressividade. Imagem também analisada na literatura em interlocução com Georges Bataille e Michel Houellebecq, agora em sua relação com a sexualidade e a morte. Na sequência, a ficção continua a ser investigada, dessa vez com produtora de efeitos nos jovens portadores de HIV, explorando suas possiblidades no enfrentamento da doença.
Agradecemos as colaborações dos autores, técnicos e pareceristas e convidamos os leitores à leitura.
A Comissão Editorial.