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Psicologia em Revista

versão impressa ISSN 1677-1168

Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.26 no.2 Belo Horizonte maio/ago. 2020

 

EDITORIAL

 

 

Prezados leitores,

É com satisfação que trazemos mais um número de Psicologia em Revista. Sabemos do aumento de cursos de Psicologia no Brasil, especialmente em localidades de médio, médio-pequeno e pequeno porte do País. É considerando o contexto de expansão e interiorização da formação na última década que trata o artigo de abertura desta edição.

A discussão das questões pertinentes às práticas clínicas sempre se faz importante. Assim, temos artigos que discutem os processos de avaliação psicológica forense em situação de disputa de guarda; o processo psicoterapêutico psicodinâmico de uma criança com sintomas internalizantes, analisado a partir do Child Psychotherapy Q-Set; e dois artigos que abordam a psicanálise, pensando seu lugar epistemológico e a questão da letra e da escrita no processo analítico. Ainda há o texto que relata uma experiência numa unidade de Saúde da Família, com base em um diagnóstico organizacional com ênfase no trabalho do agente comunitário de saúde.

No âmbito da família, encontramos um artigo que trata da interação entre trabalho e família e a rede de apoio construída por casais economicamente ativos com a chegada dos filhos. As crianças também são contempladas no texto que faz uma revisão integrativa da literatura nacional referente a família, escola e transição para a escolaridade, período que exige a adaptação dos diversos atores envolvidos. A juventude, por seu lado, foi alvo na investigação sobre as influências da participação em grupos de lazer, no desenvolvimento de jovens de classes populares.

Questões relativas às mulheres e ao universo feminino são apresentadas em três artigos. O primeiro problematiza as maneiras como, entre os anos de 2000 a 2013, mulheres acusadas ou julgadas por crimes foram enunciadas na mídia impressa e digital brasileira. Uma pesquisa narrativa que visa a compreender o mundo experienciado de mulheres jovens que tentaram suicídio perfaz o segundo artigo. Já no terceiro, encontramos relatos de mulheres considerando o dito e o silenciado sobre suas maternidades, em uma perspectiva psicanalítica.

Também temos textos que tratam de duas questões delicadas: a leucemia e a surdez. A primeira foi debatida a partir do acometimento de crianças e adolescentes, sob a ótica das mães acerca das repercussões psicossociais nos irmãos sadios. Já a surdez e o preconceito a ela associado foram investigados na literatura científica nacional, em uma revisão em periódicos no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2016.

Por fim, dois artigos investigam pessoas não brasileiras. Os refugiados foram foco de debate baseado na especificidade da clínica a partir do uso da língua de acolhimento por parte do analisando e seus destinos na transferência. E foi discutida a realidade psicossocial do desemprego e seus impactos na vida dos egressos da Universidade Agostinho Neto de Luanda (Angola).

Não podemos deixar de agradecer aos autores que participaram e aos pareceristas e técnicos que colaboraram para este número.

Desejamos uma boa leitura!

A Comissão Editorial.

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