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Revista da SPAGESP

versão impressa ISSN 1677-2970

Rev. SPAGESP v.1 n.1 Ribeirão Preto  2000

 

PARTE IV - TRANSTORNOS ANSIOSOS (FOBIA SOCIAL, TOC, PÂNICO) E TRANSTORNOS DEPRESSIVOS - DIFERENTES ABORDAGENS TERAPÊUTICAS

 

A capacidade para pensar e o paradigma da auto-organização: considerações sobre a teoria do pensamento em Psicanálise

 

 

Ernindo Sacomani Jr.1

Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo - SPAGESP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este trabalho busca uma aproximação entre a “capacidade de pensar”, numa perspectiva psicanalítica, e o paradigma da Auto-Organização. Propomos que o processo de pensamento apresenta características de auto-organização, pelo menos o pensar não-psicótico na consideração de Bion. Acreditamos que tal aproximação poderia nos trazer contribuições tanto para a teoria como para a técnica psicoterápica psicanalítica.


ABSTRACT

This work intends an approach among the “capacity to think”, in a psychoanalytic perspective, and the paradigm of the self-organization. We propose present characteristics of self-organization, at least no-psychotics thoughts in the Bion’s conception. We believe that such approach could bring us contributions so much for the theory as for the technique psychoanalytical psychotherapic.


RESUMEN

Este trabajo pretende aproximar la “capacidad de pensar” en una perspectiva psicoanalítica, y el paradigma de la auto-organización. Entendemos adecuado proponer que el pensamiento pasa por un proceso de auto-organización, por lo menos, o pensamiento no psicótico según Bion. Nuestro objetivo es mostrar que tal aproximación puede traer contribuciones simultáneamente para la teoría y la técnica psicoterápica psicoanalítica.


 

 

O presente trabalho tem por objetivo discutir o paradigma da auto-organização, e a teoria psicanalítica do pensamento e do pensar, numa abordagem que possibilite uma contribuição teórica e para a prática psicoterápica.

Partiremos do conceito de Auto-Organização de  DEBRUN (1996), com as contribuições de GONZALEZ (1994) e, em seguida, nos ocuparemos do problema do pensamento e do pensar na teoria psicanalítica, particularmente na teoria de BION.

Oferecendo novas possibilidades para o desenvolvimento da ciência, rompendo com os pressupostos deterministas dominantes no pensamento científico do século XIX e do inicio do século XX, o paradigma da auto-organização impõe maior complexidade à visão de homem.

As idéias da auto-organização tiveram seu início na década de 40, acompanhando o advento da cibernética, mas foi só na década de 80 que elas alcançaram seu desenvolvimento.

Por sua importância crescente na ciência, aproximando os fenômenos biológicos dos fenômenos mentais, é que nos parece bastante oportuna a  relação dessas idéias com a psicanálise.

A teoria da auto-organização, conceituada por DEBRUN (1996) a partir de idéias do senso-comum (intuitivas), diz respeito a um processo que se inicia através do rompimento com uma continuidade e que é promovido pelo encontro e interação entre elementos distintos ou semidistintos, sem a presença de um sujeito, ou de determinações pré-existentes, culminando com o surgimento de um atrator  e  de uma forma final organizada. Conforme ressalta DEBRUN (1996) tal forma não é apenas o produto de sua condição de partida ou do intercâmbio com o meio, sendo  o novo,  aqui, o próprio processo, com suas características intrínsecas. Quanto maior o hiato entre as condições de partida e a forma final, maior será o grau de Auto-Organização.

Para a discussão  sobre Auto-Organização, portanto, as seguintes noções se fazem centrais: Condições de Partida, Elementos Distintos,  Encontro e Interação, Ausência de Sujeito, Atratores e o Término do processo.

“A auto-organização contém seu próprio começo, mas não o produz”, diz DEBRUN (1996). Ela se inicia através de uma “condição de partida”,  que representa  sempre um rompimento com uma continuidade, mas não depende desta condição para a ocorrência do processo. O que caracteriza este rompimento é, fundamentalmente, um corte com o passado, oferecendo “liberdade” aos elementos distintos na relação de uns com os outros. Mesmo sendo a  “condição de partida” não determinante do processo de Auto-Organização, este depende muito de seu início, pois, como considera DEBRUN (1996 p. 34-35), ele não é um prolongamento ou desdobramento de um processo anterior, não é comandado por um código inato rígido, não se reduz à  maturação ou explicitação de uma estrutura inata ou, ainda, à simples aplicação de  regras.

A auto-organização pode se dar de uma forma primária ou secundária. A auto-organização primária representa sempre um potencial de novidade, pois não guarda nenhum compromisso com a continuidade de um sistema  preexistente, sendo então uma “criação” e não o resultado de um processo mecânico. A ruptura com esta continuidade libera  elementos distintos  para a ocorrência de um encontro. Faz-se necessário, no entanto,  que estes elementos sejam realmente distintos e que não exista entre  eles qualquer vínculo preestabelecido ou condicionamentos prévios. Tal condição garante a existência do acaso neste encontro, ao menos em seu início.

Ocorre também que  alguns processos se auto-organizam secundariamente,  no interior de um “ser” que os pretende mas que não se comporta como dominante no processo, participando no máximo, como hegemônico. Tais processos partem, assim, de uma organização já dada, mas que, com ocorrência de um rompimento com sua continuidade, adquire maior complexidade, envolvendo  um “aprendizado”. Para GONZALEZ, (1994) tal processo só pode ocorrer em seres vivos, pois apenas nestes se observa a existência de uma “continuidade”.  Por estas características, este processo (secundário) reserva entre seus elementos não uma distinção, mas uma semi-distinção, na medida que estes partem do interior de um “ser” já existente (organizado).

Podemos, então, considerar auto-organização primária aquele processo que ocorreu na ausência de um sujeito e do qual participam elementos realmente distintos e auto-organização secundária, o processo que se inicia a partir de uma organização já existente e adquire, através de um rompimento,  uma maior complexidade, proveniente da interação de elementos semi-distintos.

Uma hipótese fundamental, subjacente à teoria da auto-organização, proposta por DEBRUN (1986), diz respeito as condições de partida. Com a quebra da continuidade de um sistema e com a liberdade adquirida através desta, se estabelece a possibilidade de encontros entre os elementos. Estes encontros  têm mais uma característica  de acavalamento que de justaposição DEBRUN (1996). Entendemos o acavalamento como uma proximidade entre os elementos, onde se mantém uma completa desordem, sendo a justaposição uma proximidade com, pelo menos, alguma ordem. E é a partir destes encontros que pode surgir a interação, condição fundamental para a existência do  processo auto-organizado. Com a crescente interação entre os elementos, as características de acavalamento vão se perdendo e o papel do acaso diminui progressivamente.

DEBRUN (1996) considera que uma interação bem sucedida se caracteriza por uma crescente “endogenização”, onde se acentua progressivamente a diferença entre o que é “dentro” e o que é “fora”, e o processo se torna cada vez mais responsável pelo seu desenrolar.

A conceituação de interação por DEBRUN (1996) é centrada fundamentalmente naquela existente entre os elementos distintos ou semi-distintos no interior do processo. GONZALEZ (1994) admite a existência de uma interação maior entre o processo de auto-organização e o meio ambiente,  creditando  à inteligência artificial o estatuto de um processo de auto-organização não verdadeiro, por ser um sistema fechado sem interação com o meio.

Fundamental, também, para a auto-organização é a noção de sujeito. O processo de auto-organização  não comporta a presença de um sujeito, pelo menos, a  de um sujeito diretor, onipotente, dominante. Ou o sujeito está ausente, ou está presente de forma igualitária com os demais elementos. A existência de um sujeito absoluto e organizador retira da auto-organização seu fundamento e a transforma num processo de  hetero-organização.

Podemos organizar melhor as idéias acima utilizando a definição de DEBRUN (1996 p.32,49):

Há auto-organização cada vez que um processo de encontro e interação entre elementos distintos  tende, sem intervenção de um supervisor, pelo menos um supervisor onipotente, à constituição de uma forma global (ou todo). [...] sedimenta  progressivamente seu próprio atrator e portanto, se cria a si próprio enquanto sistema. [...]  resulta essencialmente da própria interação e só em grau menor de sua condição de partida ou  do intercâmbio  com o ambiente.

O conceito de auto-organização pode ser aplicado a várias áreas do conhecimento humano. Interessa-nos, no entanto, sua relação com a teoria psicanalítica do pensamento e do pensar. Neste sentido, procuraremos explicitar, no que se segue, os vínculos que julgamos possíveis entre a teoria da Auto-organização e essa teoria do pensamento.

Como Freud foi o primeiro a elaborar uma teoria psicanalítica para a formação do pensamento, trataremos de algumas de suas considerações acerca do assunto que se fazem adequadas para o desenvolvimento de nosso propósito. Desde 1895, com o “Projeto para uma psicologia” e mesmo ao longo de toda a sua obra, Freud mostra a importância que atribui à Fantasia Inconsciente, ao desejo e à evolução do pensamento.

Em Formulações sobre os dois princípios do funcionamento mental (1980), ele estabelece a origem evacuatória do pensamento, assinalando que ela provê o meio adequado para restringir a descarga motora e aliviar o incremento de tensão produzido pelo adiamento dessa descarga.

Considera FREUD (1980) que as exigências crescentes da realidade externa sobre o aparelho psíquico trouxeram à consciência a necessidade de apreender as qualidades sensoriais para o momento em que surgir uma exigência interna inadiável. A descarga motora, fica assim,  encarregada de uma ação adequada para a modificação da realidade externa e o processo do pensamento, originário da representação, fica incumbido  do adiamento desta descarga motora que se faz, então, necessário.

Na concepção Freudiana, então, o pensamento seria o meio (processo) adequado para se suportar o adiamento da satisfação relativa a uma pulsão,  adquirindo características conscientes à medida que se une a restos verbais. O pensamento seria sincrônico ao domínio do princípio da realidade e representaria o intervalo entre a necessidade (interna) e a ação apropriada para satisfazê-la.

Outro autor, na psicanálise, que trouxe grandes contribuições para a formulação de uma teoria do pensamento e do pensar foi  Bion que, ao longo de sua obra, preocupou-se com os transtornos do pensamento formulando suas teorias através da experiência da prática psicanalítica. Ocupar-nos-emos a seguir de sua teoria.

Para BION (1988, p. 102), o processo de pensar é o resultado satisfatório de dois desenvolvimentos mentais básicos. O primeiro deles é o desenvolvimento dos pensamentos e o  segundo é o desenvolvimento de um aparelho que se encarregue destes pensamentos, por ele designado, processo de pensar: “[...] o processo de pensar passa a existir para lidar com pensamentos.”

Esta concepção difere de outras teorias do pensamento onde se observa o pensamento como um  produto do processo de pensar. Bion considera o desenvolvimento do processo de pensar uma imposição à psique para lidar com a pressão exercida pelos pensamentos.  Os processos psicopatológicos podem estar associados a qualquer uma destas fases, ao desenvolvimento de pensamentos e ao processo de pensar, ou a ambos.

Em O aprender com a experiência, BION (1988) postula o conceito de função da personalidade, caracterizando a função-alfa como instrumento no trabalho com distúrbios do pensamento.

Pareceu-lhe conveniente supor a existência de uma função (alfa) da personalidade que convertesse impressões sensoriais e as experiências emocionais em elementos (alfa) disponíveis para a formação dos pensamentos. Estes elementos (alfa) são, pois, a transformação destas impressões sensoriais e experiências emocionais em imagens visuais ou em imagens que correspondam a modelos auditivos, olfativos, e outros no domínio do mental, utilizáveis para a formação dos pensamentos.

Na inoperância desta função (alfa) a mente não consegue  transformar as experiências emocionais e as impressões sensoriais em elementos (alfa) utilizáveis pelo pensamento, deixando-os em estados não modificados (elemento-Beta), sem capacidade para vincular-se entre si, mantendo, portanto,  apenas a forma  de uma aglomeração e não de uma integração.

A partir dessa teoria de BION (1988), podemos olhar os pensamentos e o pensar sob a denominação de “psicóticos”e de “ não-psicóticos”.

Compreende-se o “pensamento  psicótico” como resultado da inoperância de uma função da personalidade (alfa) que impede as sensações e as experiências emocionais de serem transformadas em elementos utilizáveis para o pensar. O “pensar psicótico’, proveniente de uma não organização ou de uma hetero-organização dos pensamentos, pode ser entendido  como aquele processo incumbido apenas de evasão da frustração. Há um “eu” buscador e organizador ativo de relações entre os pensamentos, utilizando-os de forma consciente apenas para  justificar a evasão pretendida. O pensar aqui é um processo “forçado” por um sujeito (eu) que utiliza os pensamentos a serviço do “princípio do prazer” incumbindo-se sempre da evasão da realidade.

No pensamento não-psicótico a função (alfa) da personalidade incumbida  de transformar as experiências emocionais e as impressões  sensoriais em elementos utilizáveis pelo pensamento opera adequadamente oferecendo aos  pensamentos liberdade em relação a um “eu” controlador  possibilitando uma  interação livre entre  eles.

Em nenhum momento da teoria psicanalítica do pensamento Bion considera a Teoria da auto-organização, como também não se preocupou em esclarecer como e quais  mecanismos, após a existência de pensamentos na mente, estabelecem o processo de pensar.

A hipótese a ser desenvolvida aqui pretende mostrar que o processo de pensar não-psicótico passa por processo auto-organizado enquanto o pensar psicótico não. Podemos inferir que se faz fundamental para a diferenciação do pensamento e pensar psicótico  do não-psicótico a existência ou não de um processo de  auto-organização no aparelho psíquico.

Tanto para a existência do pensamento como para o processo de pensar a noção de tolerância à frustração se faz importante. É a partir da  condição de se suportar na mente, por um determinado tempo, algum sofrimento (angústia) que se estabelece a base para a existência de desenvolvimentos futuros. Na intolerância,  a evasão da realidade é inevitável,  estabelecendo uma impossibilidade para o pensamento psicótico, enquanto que na tolerância à  frustração abre-se uma possibilidade para a  existência de um pensamento e  de um pensar não-psicótico.

Sustentaremos, então, que o processo de auto-organização secundário assim como o processo de pensar não psicótico, estão baseados num aprender ativo envolvendo os obstáculos e as frustrações em um “experienciar modificador”.

FREUD (1980) estabelece o princípio do prazer no qual a tendência contínua da mente é  livrar o aparelho psíquico de uma sobrecarga. Este “livrar-se” ao qual se refere Freud respeita o imediatismo, não há espera. Existindo  a sobrecarga, esta tem de ser esvaziada imediatamente. A tolerância à frustração oferece um corte, um rompimento com esta continuidade abrindo a possibilidade, através do “suportar a sobrecarga”,  para a existência de algo novo.

Podemos considerar, assim,  a tolerância à frustração como uma condição de partida para o processo de pensar, que se segue com os encontros e interação entre os pensamentos.

Não se pode descrever uma  seqüência nítida deste processo. No entanto, de uma inicial desorganização (pensamentos oníricos) surge a possibilita da interação entre os pensamentos,  capacitando o processo a organizar-se, melhor dizendo, a  auto-organizar-se  num pensar.

No pensar não-psicótico, o “eu” busca o conhecimento mas não o encontra; é encontrado por ele. Esse pensar ocorre a partir de um “eu” que o pretende mas que, em seguida, se ausenta e aguarda, tolera e oferece liberdade à mente para que os pensamentos se auto-organizem.

Já no pensar psicótico o “eu” (onipotente) mantém-se constantemente dirigindo o processo, buscando através deste “pensar” apenas uma via rápida para livrar a mente da sobrecarga de pensamentos.

A experiência de frustração, que a principio trouxe um rompimento com  a vivência  de satisfação, acaba por iniciar um processo mental que se dirige para o desenvolvimento. É através da frustração e da capacidade mental para suportá-la que se possibilita a formação do pensamento e do processo de pensar.

Podemos, então, finalizar, concluindo que o pensar é chamado a existir pela pressão e interação exercida pelos pensamentos no interior da mente, passando por um processo de auto-organização tendo como forma final um“aprender com a experiência”.

O alcance das realizações possíveis entre a teoria da Auto-organização e a teoria do pensamento em psicanálise, pode expandir-se também a contribuições técnicas para as psicoterapias psicanalíticas, particularmente para as grupoterapias. Essas realizações, no entanto, merecem uma elaboração mais demorada, e serão tema de um trabalho futuro.

 

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Endereço para correspondência
Ernindo Sacomani Jr.
R. Luis Hilário Garcia, 80
17500.000 Marília SP
E-mail: esacomani@hotmail.com

 

 

1 Médico psiquiatra e Psicoterapeuta. Docente da Faculdade de Medicina de Marília e do NUF &– SPAGESP - Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo.